8 BOAS RAZÕES PARA NÃO SE CONFIAR SEMPRE NOS CONSELHOS DAS MÃES:
1º- Deixa de jogar bola e vai estudar para poderes ter um futuro !
(Mãe de Ronaldo)
2º- Pára de gritar!!!
(Mãe de Luciano Pavarotti)
3º- Deixa de brincar com essas máquinas ou nunca terás nada na vida !
(Mãe de Bill Gates)
4º- É a última vez que riscas as paredes da casa de banho com desenhos!
(Mãe de Malangatana)
5º- Pára de bater na mesa, estou cansada desses ruídos !
(Mãe de Samuel Morse)
6º- Fica quieto de uma vez, daqui a nada vais-te pôr a dançar nas paredes !
(Mãe de Michel Jackson)
7º- Nada de igualdades! Eu sou a tua mãe e tu és o filho !
(Mãe de Karl Marx)
8º- Pára de mentir! Achas que a mentir vais conseguir ser alguém na vida ?
(Mãe de Armando Guebuza)
( Préstimos de Maria Helena )
Saturday, 31 May 2008
Pode acreditar?
Há de tudo, neste nosso mundo....
Há cada uma no Brasil...
Afinal há autocarro para lá!!No entanto, quanto a mim há quem possa ir directamente sem precisar de transporte!!!!!!!! Lol
Em Bela Vista, uma cidadezinha do interior de Minas, cercada de mato , um dos bairros tem o nome de Puta que Pariu...!
Acredite se quiser!
Não há dúvida, o Brasil é um manancial de surpresas.
( Préstimos de Olga )
Piadas
Na Conservatória do Registo Civil um Angolano, residente em Portugal,
quer registar o seu filho recém-nascido:
- Bô dia! Eu quer registrar meu minino que nasceu
otem.
- Muito bem. O seu filho nasceu ontem, é do sexo
masculino... e qual é o nome?
- Marmequer Bicicreta.
- Desculpe?! Quer chamar ao seu filho Malmequer
Bicicleta?!
- É.
- Desculpe, mas não posso aceitar esse nome.
- Não pode porque tu é racista! Si meu minino fosse
branco tu punha.
- Não tem nada a ver com racismo. Esse não é um
nome admitido em Portugal.
- Tu é racista. Si meu minino fosse branco tu punha
esse nome a ele. Tu não põe porque meu minino é preto.
- Já lhe disse que não tem nada a ver com racismo.
- Malmequer Bicicleta não é nome de gente.
- Ai não?!
- Então porque é que tu tem uma branca chamada
Rosa Mota???
-------------------------------------------------------------------------------------------------------
O alentejano mais pobre da aldeia só tinha uma bicicleta, mas um dia aparece no Café Central com um descapotável.
Admirados, perguntam os conterrâneos:
'Atão cumpadri, onde arranjou esse carrinho?
'Nem calculam! Na estrada vi uma moça, por acaso bem jeitosa, a chorar e perguntê 'o que é que se passa?'
Atão ela disse-me 'veja lá, um carrinho tão novo e já avariado!'. Atão, abri o motor, liguê dois fios e pronto!
O carro estava arranjado. Atão ela puxou-me para trás de um chaparro,
despiu-se toda e disse-me:
'Para pagar o trabalho que o senhor teve, faça o que quiser!'.
E eu fiz o que quis, meti-me no carro e abalê com ele.'
Em coro, respondem os outros:
'E vossemecê fez muito bem. De certeza que a roupa também nã lhe servia...'
( Préstimos de Monia )
quer registar o seu filho recém-nascido:
- Bô dia! Eu quer registrar meu minino que nasceu
otem.
- Muito bem. O seu filho nasceu ontem, é do sexo
masculino... e qual é o nome?
- Marmequer Bicicreta.
- Desculpe?! Quer chamar ao seu filho Malmequer
Bicicleta?!
- É.
- Desculpe, mas não posso aceitar esse nome.
- Não pode porque tu é racista! Si meu minino fosse
branco tu punha.
- Não tem nada a ver com racismo. Esse não é um
nome admitido em Portugal.
- Tu é racista. Si meu minino fosse branco tu punha
esse nome a ele. Tu não põe porque meu minino é preto.
- Já lhe disse que não tem nada a ver com racismo.
- Malmequer Bicicleta não é nome de gente.
- Ai não?!
- Então porque é que tu tem uma branca chamada
Rosa Mota???
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O alentejano mais pobre da aldeia só tinha uma bicicleta, mas um dia aparece no Café Central com um descapotável.
Admirados, perguntam os conterrâneos:
'Atão cumpadri, onde arranjou esse carrinho?
'Nem calculam! Na estrada vi uma moça, por acaso bem jeitosa, a chorar e perguntê 'o que é que se passa?'
Atão ela disse-me 'veja lá, um carrinho tão novo e já avariado!'. Atão, abri o motor, liguê dois fios e pronto!
O carro estava arranjado. Atão ela puxou-me para trás de um chaparro,
despiu-se toda e disse-me:
'Para pagar o trabalho que o senhor teve, faça o que quiser!'.
E eu fiz o que quis, meti-me no carro e abalê com ele.'
Em coro, respondem os outros:
'E vossemecê fez muito bem. De certeza que a roupa também nã lhe servia...'
( Préstimos de Monia )
Tuesday, 27 May 2008
Silêncio
MECÚFI parou por um minuto para observar um silêncio em homenagem aos
compatriotas que, na África do Sul, foram vítimas de violência xenófoba protagonizada pelos nativos da etnia zulu.
O minuto de silêncio foi testemunhado pelo Presidente Armando Guebuza, ele próprio participante na iniciativa.
Vale referir que a esmagadora maioria, se não todos, directamente afectados
pela violência xenófoba, são moçambicanos que escolheram a África do Sul como aquele País Prometido que nunca tiveram na sua própria terra.
Outros (muitos) partiram para o País vizinho em busca do que não há em Moçambique. Portanto, nem todos contentes com as políticas sociais ou de emprego em Moçambique.
São precisamente estas pessoas que Guebuza se curva em memória.
Sabe a pouco, devia ser mais..
( Retirado, com a devida vénia, do “ Expresso “, de 23-05-08 )
compatriotas que, na África do Sul, foram vítimas de violência xenófoba protagonizada pelos nativos da etnia zulu.
O minuto de silêncio foi testemunhado pelo Presidente Armando Guebuza, ele próprio participante na iniciativa.
Vale referir que a esmagadora maioria, se não todos, directamente afectados
pela violência xenófoba, são moçambicanos que escolheram a África do Sul como aquele País Prometido que nunca tiveram na sua própria terra.
Outros (muitos) partiram para o País vizinho em busca do que não há em Moçambique. Portanto, nem todos contentes com as políticas sociais ou de emprego em Moçambique.
São precisamente estas pessoas que Guebuza se curva em memória.
Sabe a pouco, devia ser mais..
( Retirado, com a devida vénia, do “ Expresso “, de 23-05-08 )
FIFA zangada
POR estas alturas a cúpula da Federação Internacional de Futebol (FIFA) deve estar reunida para, entre outros assuntos, decidir sobre a suspensão, ou não, da Federação Queniana do Futebol.
A FIFA tem quase a certeza de que a actual direcção da Federação Queniana não resulta de um processo eleitoral democrático, transparente, mas imposta pelas autoridades governamentais do País.
Desse modo e após investigações preliminares, a FIFA terá apurado a veracidade das queixas que teriam chegado até sí, daí o encontro desta manhã para uma reunião decisiva sobre o assunto.
Estes quenianos ingénuos...
Os supostos responsáveis por esta vergonha, teriam escapado às garras da FIFA se, antes, tivessem requisitado os serviços de alguns dos dirigentes
desportivos de Moçambique, exímios em falcatruas do género.
Por cá, as eleições federativas parecem transparentes, democráticas e parecem obedecer os requisitos da FIFA, entidade que aliás nunca teve dúvidas
sobre a validade das mesmas.
Mas, na verdade, elas não são tão transparentes nem tão democráticas como parece.
A diferença entre as eleições na federação de Moçambique das do Quénia, reside no facto de os quenianos terem feito tudo às claras, à luz do dia, indicado fulano, beltrano e sicrano na direcção da federação, sem manobras dilatórias. Enquanto cá, o processo eleitoral tem sido sistematicamente viciado, com a bênção de um eleitorado bastante restrito, no qual os clubes não têm uma acção directa no processo de votação.
O exemplo moçambicano é mais sacana que o queniano. A FIFA devia saber disso.
A FIFA também devia permitir que os clubes passassem a ter uma acção directa na escolha dos membros federativos, e acabar- se, de uma vez por todas, com a fantochada das representações atravez das associações provinciais.
Caramba
( Salvador Raimundo, em “ Expresso “, de 23-05-08, retirado com a devida vénia )
A FIFA tem quase a certeza de que a actual direcção da Federação Queniana não resulta de um processo eleitoral democrático, transparente, mas imposta pelas autoridades governamentais do País.
Desse modo e após investigações preliminares, a FIFA terá apurado a veracidade das queixas que teriam chegado até sí, daí o encontro desta manhã para uma reunião decisiva sobre o assunto.
Estes quenianos ingénuos...
Os supostos responsáveis por esta vergonha, teriam escapado às garras da FIFA se, antes, tivessem requisitado os serviços de alguns dos dirigentes
desportivos de Moçambique, exímios em falcatruas do género.
Por cá, as eleições federativas parecem transparentes, democráticas e parecem obedecer os requisitos da FIFA, entidade que aliás nunca teve dúvidas
sobre a validade das mesmas.
Mas, na verdade, elas não são tão transparentes nem tão democráticas como parece.
A diferença entre as eleições na federação de Moçambique das do Quénia, reside no facto de os quenianos terem feito tudo às claras, à luz do dia, indicado fulano, beltrano e sicrano na direcção da federação, sem manobras dilatórias. Enquanto cá, o processo eleitoral tem sido sistematicamente viciado, com a bênção de um eleitorado bastante restrito, no qual os clubes não têm uma acção directa no processo de votação.
O exemplo moçambicano é mais sacana que o queniano. A FIFA devia saber disso.
A FIFA também devia permitir que os clubes passassem a ter uma acção directa na escolha dos membros federativos, e acabar- se, de uma vez por todas, com a fantochada das representações atravez das associações provinciais.
Caramba
( Salvador Raimundo, em “ Expresso “, de 23-05-08, retirado com a devida vénia )
AR debate intempestivo EGFE
Quase mesmo na recta final da 8ª Sessão da Assembleia da República,
AR, o Governo colocou, intempestivamente, no Parlamento a necessidade,
com carácter urgente, de se discutir as alterações no Estatuto Geral do Funcionário do Estado, EGFE, obrigando, deste modo, a que o mais alto órgão legislativo do País tivesse que dilatar o seu tempo de trabalho. Consequentemente, força a presença dos deputados de outros círculos eleitorais na cidade de Maputo.
A AR tem que obrigar o Governo a se habituar a apresentar as suas propostas de trabalho com antecedência. Foi evidente a desorganização e a precipitação, apesar dos continuados amortecedores de choque que a bancada do partido governamental tem oferecido ao Executivo. A agenda dos trabalhos é conhecida pelo primeiro dia de sessão e não ao longo dos trabalhos e o debate do EGFE não tem de urgência. O debate sobre as alterações a introduzir no EGFE bem poderia ficar para uma outra ocasião.
Não se sabe com quem o Governo discutiu as alterações a introduzir no EGFE. As partes interessadas que seriam os funcionários e o seu sindicato, que o Executivo protela a sua constituição, não foram ouvidos. O sindicato da Função Pública seria um parceiro na discussão desta matéria. O Ministério da Função Pública ao invés de se orgulhar de ter expulso quase 1000 funcionários, em 2007, deveria se preocupar em ter o sindicato. Porventura, o sindicato atrapalha algum interesse particular?
O presente debate, segundo nossa opinião, é extemporâneo e exclusivo. A proposta deveria ser, de imediato, retirada da AR para que seja debatida não só por um grupelho de que se julga iluminado, mas pelos funcionários do Estado. O Estado não é propriedade de algumas pessoas, mas, de todo o povo. As alterações a introduzir no EGFE não deveriam surpreender ninguém. Se a discussão não for abrangente, como é o presente caso, as suas alterações irão prejudicar muita gente. Isso deve ser evitado a qualquer preço.
Apenas os países com uma democracia mórbida ou de faz-de-conta não permitem que os funcionários do Estado se organizem em sindicatos. Será o caso de Moçambique? Porquê o governo não tolera sindicatos na Função Pública? Os que pensam de tal modo deveriam saber que os sindicatos não incomodam o patronato como também ajudam a organizar a massa laboral para uma maior produção e produtividade.
Os que temem o sindicato na Função Pública vale lembrar-lhes que os levantamentos populares de 5 de Fevereiro de 2008 não foram liderados por qualquer sindicato ou partido, segundo algumas correntes propalam, querendo esconder a cabeça na areia, como uma avestruz assustada. Foram
espontâneos e sacudiram o governo da sonolência. Quando chegar a vez, os funcionários do Estados tomarão a dianteira sem esperar pela autorização daqueles que, hoje, se opõem à sua existência.
Aqui fica o aviso para o governo não voltar, mais uma vez, a ser surpreendido pelos funcionários a quem o Executivo nega o direito a ter um sindicato.
( Edwin Hounnou, em “A TribunaFax”, de 19/05/08, retirado com a devida vénia )
AR, o Governo colocou, intempestivamente, no Parlamento a necessidade,
com carácter urgente, de se discutir as alterações no Estatuto Geral do Funcionário do Estado, EGFE, obrigando, deste modo, a que o mais alto órgão legislativo do País tivesse que dilatar o seu tempo de trabalho. Consequentemente, força a presença dos deputados de outros círculos eleitorais na cidade de Maputo.
A AR tem que obrigar o Governo a se habituar a apresentar as suas propostas de trabalho com antecedência. Foi evidente a desorganização e a precipitação, apesar dos continuados amortecedores de choque que a bancada do partido governamental tem oferecido ao Executivo. A agenda dos trabalhos é conhecida pelo primeiro dia de sessão e não ao longo dos trabalhos e o debate do EGFE não tem de urgência. O debate sobre as alterações a introduzir no EGFE bem poderia ficar para uma outra ocasião.
Não se sabe com quem o Governo discutiu as alterações a introduzir no EGFE. As partes interessadas que seriam os funcionários e o seu sindicato, que o Executivo protela a sua constituição, não foram ouvidos. O sindicato da Função Pública seria um parceiro na discussão desta matéria. O Ministério da Função Pública ao invés de se orgulhar de ter expulso quase 1000 funcionários, em 2007, deveria se preocupar em ter o sindicato. Porventura, o sindicato atrapalha algum interesse particular?
O presente debate, segundo nossa opinião, é extemporâneo e exclusivo. A proposta deveria ser, de imediato, retirada da AR para que seja debatida não só por um grupelho de que se julga iluminado, mas pelos funcionários do Estado. O Estado não é propriedade de algumas pessoas, mas, de todo o povo. As alterações a introduzir no EGFE não deveriam surpreender ninguém. Se a discussão não for abrangente, como é o presente caso, as suas alterações irão prejudicar muita gente. Isso deve ser evitado a qualquer preço.
Apenas os países com uma democracia mórbida ou de faz-de-conta não permitem que os funcionários do Estado se organizem em sindicatos. Será o caso de Moçambique? Porquê o governo não tolera sindicatos na Função Pública? Os que pensam de tal modo deveriam saber que os sindicatos não incomodam o patronato como também ajudam a organizar a massa laboral para uma maior produção e produtividade.
Os que temem o sindicato na Função Pública vale lembrar-lhes que os levantamentos populares de 5 de Fevereiro de 2008 não foram liderados por qualquer sindicato ou partido, segundo algumas correntes propalam, querendo esconder a cabeça na areia, como uma avestruz assustada. Foram
espontâneos e sacudiram o governo da sonolência. Quando chegar a vez, os funcionários do Estados tomarão a dianteira sem esperar pela autorização daqueles que, hoje, se opõem à sua existência.
Aqui fica o aviso para o governo não voltar, mais uma vez, a ser surpreendido pelos funcionários a quem o Executivo nega o direito a ter um sindicato.
( Edwin Hounnou, em “A TribunaFax”, de 19/05/08, retirado com a devida vénia )
Sunday, 25 May 2008
25 de Maio: Dia de África
"Instabilidade política, contínuas mudanças políticas, sociais e ideológicas, espasmos sociais e xenófobos persistentes, saúde precária e falta de saneamento básico…
25 de Maio está consagrado como Dia de África. Mais um que se passa e mais um ano que África vê alguns dos seus Estados em convulsões pouco agradáveis. Como seria bom que África padecesse de agitações provocadas por um crescimento económico consistente que resultasse num abalo social vitorioso. Infelizmente, vemos que os Objectivos do Milénio para 2015 estão perigosamente próximos da sua data limite e aqueles para os quais a ONU batalhou parecem cada vez mais longínquos.
África comemora o seu dia há cerca de 36 anos, desde que a ONU instituiu, em 1972, a data da formação da OUA como o Dia de África. Mas África continua, infelizmente, igual a si mesma.
Ou seja, mantém uma insistente instabilidade política, contínuas mudanças políticas, sociais e ideológicas, espasmos sociais e xenófobos persistentes, saúde precária e falta de saneamento básico.
Quando tudo parece que os dirigentes africanos caminham no sentido de dar aos seus povos aquilo que mais desejam, Paz, Saúde, Estabilidade ou Desenvolvimento há sempre uma qualquer agitação que coloca em causa esse desiderato.
Elas são as eleições, cujos resultados raramente são aceites sem estrebuchamento do perdedor – se à partida todos são vencedores porque todos estão no jogo democrático, no final não há vencedores porque o maior derrotado é o povo que depositou na urna o seu veredicto e nunca é formalmente aceite sem haver questiúnculas, por vezes e não poucas vezes, por motivos mais imbecis que camuflam a verdade: a vontade iníqua do poder! Ainda não há uma verdadeira unidade africana.
Persistem crises inesgotáveis – ou como inextinguíveis, por vontades externas, – como os de Darfur, no Chade, na Somália ou na República Democrática do Congo, para já não falar das crises surdas dos Grandes Lagos ou das tentativas sessionistas de Cabinda, na Nigéria, ou mesmo embrionárias no Príncipe.
E depois temos casos ainda mais flagrantes e incompreensíveis.
Autocratas, ditadores e assemelhados exercem o poder e blasonam fortunas que ninguém sabe esclarecer como obtiveram.
E do que dizer daqueles que vegetam em seu torno com miseráveis fortunas ainda maiores que dos detentores do Poder, quando há pouco tempo não passavam de simples e magníficos guerrilheiros que lutavam pela Liberdade dos seus Países em nome de ideais altruístas e monumentais.
Que eu saiba nas guerras de Libertação não havia como em tempos imemoráveis os despojos de guerra para fazer fortunas.
Por isso como é que elas apareceram ao ponto de haver quem mande aviões às suas fazendas buscar cabeças de gado para si e para familiares…
Para onde caminha África com estes contínuos e persistentes despropósitos?
Será que alguma vez veremos a União Africana afirmar que a unidade e solidariedade entre os países e povos de África, a defesa da soberania, integridade territorial e independência dos seus Estados membros e a integração política e socio-económica do continente, o grande sonho dos líderes pioneiros que em 1963 criaram a OUA está realizada?... Ou próximo?
Tal como Martin Luther King, eu ainda tenho um sonho.
Ver África como o Grande e Próspero Continente onde as doenças endémicas estão erradicadas; onde não se veja umas pequenas centenas de pessoas riquíssimas – com fortunas estranhas – e milhões, muitos milhões a padecerem de fome; estradas e caminhos-de-ferro levarem o desenvolvimento ao interior; cidades urbanizáveis e não aglomerados de pobres e indigentes; água, luz e todo o saneamento básico como um facto habitual e não uma amostra – pequena amostra – num todo.
Eu ainda mantenho o sonho de ver África como um Continente próspero e não como um local exótico!
( Eugénio Costa Almeida )
24-Maio-2008
©Publicado no Notícias Lusófonas, na rubrica "Manchete", em 24.Maio.2008, (http://www.noticiaslusofonas.com/view.php?load=arcview&article=21131&catogory=Manchete)
25 de Maio está consagrado como Dia de África. Mais um que se passa e mais um ano que África vê alguns dos seus Estados em convulsões pouco agradáveis. Como seria bom que África padecesse de agitações provocadas por um crescimento económico consistente que resultasse num abalo social vitorioso. Infelizmente, vemos que os Objectivos do Milénio para 2015 estão perigosamente próximos da sua data limite e aqueles para os quais a ONU batalhou parecem cada vez mais longínquos.
África comemora o seu dia há cerca de 36 anos, desde que a ONU instituiu, em 1972, a data da formação da OUA como o Dia de África. Mas África continua, infelizmente, igual a si mesma.
Ou seja, mantém uma insistente instabilidade política, contínuas mudanças políticas, sociais e ideológicas, espasmos sociais e xenófobos persistentes, saúde precária e falta de saneamento básico.
Quando tudo parece que os dirigentes africanos caminham no sentido de dar aos seus povos aquilo que mais desejam, Paz, Saúde, Estabilidade ou Desenvolvimento há sempre uma qualquer agitação que coloca em causa esse desiderato.
Elas são as eleições, cujos resultados raramente são aceites sem estrebuchamento do perdedor – se à partida todos são vencedores porque todos estão no jogo democrático, no final não há vencedores porque o maior derrotado é o povo que depositou na urna o seu veredicto e nunca é formalmente aceite sem haver questiúnculas, por vezes e não poucas vezes, por motivos mais imbecis que camuflam a verdade: a vontade iníqua do poder! Ainda não há uma verdadeira unidade africana.
Persistem crises inesgotáveis – ou como inextinguíveis, por vontades externas, – como os de Darfur, no Chade, na Somália ou na República Democrática do Congo, para já não falar das crises surdas dos Grandes Lagos ou das tentativas sessionistas de Cabinda, na Nigéria, ou mesmo embrionárias no Príncipe.
E depois temos casos ainda mais flagrantes e incompreensíveis.
Autocratas, ditadores e assemelhados exercem o poder e blasonam fortunas que ninguém sabe esclarecer como obtiveram.
E do que dizer daqueles que vegetam em seu torno com miseráveis fortunas ainda maiores que dos detentores do Poder, quando há pouco tempo não passavam de simples e magníficos guerrilheiros que lutavam pela Liberdade dos seus Países em nome de ideais altruístas e monumentais.
Que eu saiba nas guerras de Libertação não havia como em tempos imemoráveis os despojos de guerra para fazer fortunas.
Por isso como é que elas apareceram ao ponto de haver quem mande aviões às suas fazendas buscar cabeças de gado para si e para familiares…
Para onde caminha África com estes contínuos e persistentes despropósitos?
Será que alguma vez veremos a União Africana afirmar que a unidade e solidariedade entre os países e povos de África, a defesa da soberania, integridade territorial e independência dos seus Estados membros e a integração política e socio-económica do continente, o grande sonho dos líderes pioneiros que em 1963 criaram a OUA está realizada?... Ou próximo?
Tal como Martin Luther King, eu ainda tenho um sonho.
Ver África como o Grande e Próspero Continente onde as doenças endémicas estão erradicadas; onde não se veja umas pequenas centenas de pessoas riquíssimas – com fortunas estranhas – e milhões, muitos milhões a padecerem de fome; estradas e caminhos-de-ferro levarem o desenvolvimento ao interior; cidades urbanizáveis e não aglomerados de pobres e indigentes; água, luz e todo o saneamento básico como um facto habitual e não uma amostra – pequena amostra – num todo.
Eu ainda mantenho o sonho de ver África como um Continente próspero e não como um local exótico!
( Eugénio Costa Almeida )
24-Maio-2008
©Publicado no Notícias Lusófonas, na rubrica "Manchete", em 24.Maio.2008, (http://www.noticiaslusofonas.com/view.php?load=arcview&article=21131&catogory=Manchete)
Duas fotos
SA's long history of hatred for others
Chinese South Africans want to be black. The local Jewry is being lured into emigration. Hellenism is in decline, while many Portuguese immigrants are looking north - again. But that isn't stopping wealthy Britons from investing their cash in our property. And the number of African migrants, rich and poor, was rising - until a fortnight ago.
We're an immigrant nation. People have always come and gone. There has been a rush of new blood during every economic surge. Now there is conflict, so the emigrant exodus is as much calculated among the affluent as it is bloody among the impoverished.
In the lawless reaches of some of Gauteng's informal settlements and poorest townships, crises have been common for decades for black migrants.
There are untamed corners where criminals have long raped, robbed and murdered Mozambicans, Malawians, Angolans and Zimbabweans.
White descendants of immigrants, who feel out of control and are considering emigrating because of crime in the suburbs, may not realise the hell of a place like Ramaphosa, outside Reiger Park in Ekurhuleni. Most are, like other South African whites, barricaded behind home security systems and reliant on the quasi-paramilitary for their peace of mind.
A Mozambican man - a painter by trade - was set alight in Ramaphosa last Sunday. By Saturday, a week later, scraps of his clothing, his sneakers and the duvet which was thrown over him before he was set alight are scattered in the thick white dust where he lay burning.
After days of frenzied arson attacks, the settlement itself is marked by blackened heaps of rubble and flying ash between the shacks shared between black and coloured residents.
Urban locations such as Ramaphosa have long attracted African migrants with no means of setting themselves up in more salubrious circumstances. But settlements such as this are often far enough away from the nearest police station, distant enough from a main road, to nurture a rugged resistance to authority.
It was that - a rugged, disdainful resistance - that marauders showed 12 days ago when they bludgeoned a hole in our precarious human rights record and rampaged through Alexandra and Diepsloot, setting off the xenophobic violence that has destabilised the province and threatens the entire country.
Once, white immigrants traded in the central business district. Now it is the domain of Asian immigrants and asylum-seeking entrepreneurs: Bangladeshis, Pakistanis and Indians who have become terrified of their itinerant status and the stain their success has brought.
As some Asian residents of the CBD said this week, it has seemed to them for a while as though anything would be enough of a catalyst for the dirty urban battle over turf to begin in the country.
The instability in Zimbabwe has been contagious, say community policing forums in places such as Reiger Park. They claim they warned politicians a long time ago about the threat of ethnic cleansing.
Just weeks ago, there were hints of this when police raided the Central Methodist Church in Johannesburg, beating up and arresting mainly Zimbabwean immigrants who had sought refuge there.
Now that Alexandra, Diepsloot, Princess, Ramaphosa, Rondebult and many other places have seen burning, looting, beatings and death, President Thabo Mbeki says we must pledge to take action.
He has sent in the army. But human rights groups remain shocked by the lack of alacrity from the country's leadership on the perils of immigration and, in particular, of being a black foreigner.
Anyone who is surprised by the xenophobia of the past fortnight is either naive or disingenuous. Thousands here have lost their homes and possessions. Even the tragedies unfolding daily in the high-density areas of Harare are looking like a safer option to the hundreds who boarded trains and buses and fled the brutality.
In Zimbabwean writer Charles Mungoshi's book, Coming of the Dry Season, an old man speaks to his son: "Come back where? Nobody comes back to ruins. You will go on, son. Something you don't know will drive you on along deserted plains, past ruins and more ruins, on and on until there is only one ruin left: yourself."
White immigrants remain protected. Not from crime, perhaps, but certainly from this desolation. For decades, laws protecting whites cushioned white immigrants while the situation of black migrants unfolded in anarchy. There is still no sustainable policy.
At a time of desperate unemployment here, many South African poor are uneasy about competition for housing and income with immigrants. Few seem to view foreigners as enhancing our society, so there is ambiguity in the response of those whose communities have shuddered over the past week.
The ruthless reduction of shacks and people in some townships and informal settlements has indeed been shocking. Mass expulsions, burning houses, looted possessions and the devastation of the identity of thousands who saw themselves, in many ways, as South African, should provoke our public outrage.
Studies show that, for instance, as many as 70 percent of Mozambicans living in their own country have family here.
Now white immigrants are also feeling the sting: their families in Portugal, Greece, Italy and Britain want them to come "home".
Asians say they are protecting themselves by binding tighter into their own communities. They speak about African precedents, such as Uganda in the early 1970s when Idi Amin expelled the entire Asian population, which numbered tens of thousands of people. Studies show that although Uganda today has a substantial Asian community again, not many are "returnees". It is first-generation entrepreneurs who now settle in Kampala.
South Africans seem to lack an assimilative disposition.
A woman in the Rondebult settlement in Ekurhuleni this week offered the opinion that the only people who matter in South Africa are Xhosas and Zulus. Another said the only people who are not immigrants are those with Bushman ancestry. "Even you, you're immigrants," the women said. "White English people come from overseas."
But the roughly 2 million white English-speaking South Africans - most of whom can trace their ancestry to the influx of British immigrants of the 1820s - are the least affected by the discrimination that has happened throughout South Africa this year.
Immigration has been poorly handled by successive leaders in this country, particularly when it has concerned cheap labour. The horrors experienced by the early indentured Asian work force bear testimony to this, as does the sweat of African labourers who were allowed in as clandestine immigrants to appease white capitalists and farmers.
Greek, Italian, Portuguese and Jewish immigrants settled within the law, albeit within their enclaves. White South Africans, for all their claims to hospitality, have long been guilty of closing ranks.
Greeks were regarded as little more than the café-owning class by many English-speaking whites, and Portuguese traders were marginalised as vegetable traders - not quite in the same league. Many who were at schools in Gauteng in the 1970s and 1980s will remember the rumours about white trash when the children of British immigrants arrived in their classrooms.
Many white South Africans seem startled by the numbers of black refugees and would-be immigrants who have crossed our borders in recent years; the only explanation for that response is the racially exclusive immigrant legislation that existed before 1994.
Although black people from Zimbabwe and Zambia had the same skills as whites from these countries, the National Party sought to bolster its constituency and invited only white migration from these countries as early as the 1960s.
Laws such as the Land Act of 1913 precluded black people from ownership, but people from Southern Africa have long been arriving here in large numbers. Even though some entered legally as contract workers, they were barred from residence.
Despite being discriminated against in terms of property ownership under the National Party, Jewish South Africans were living here in numbers before that. By 1867 and the discovery of diamonds in Kimberly, they were already integrated into our culture.
Jews have a proud anti-apartheid history, the terrors of Nazi Germany integral to their consciousness. But lately, many are considering leaving.
This is also true of Greek South Africans, whose numbers are falling - mostly, it seems, because of fears of crime and perceptions of the shifting nature of our future.
Their flight troubles those who hope to preserve Hellenism on this continent, to the extent that its most illustrious protagonist, George Bizos, the human rights lawyer, has been driven to urge loyalty to the country where the first Greeks arrived in the late 1800s.
Yet it is perhaps Chinese South Africans - who could not vote before 1994 - who are experiencing difficulties of exclusion and isolation which perhaps best approximate those of many African migrants.
Their campaign to be recognised as black even took them to the high court a few years ago, when the Chinese Association of South Africa sought a declaratory order to be able to benefit from employment equity and black economic empowerment.
Colour apparently forever our yardstick, Chinese immigrants in South Africa still fall into a grey area.
Meanwhile, we must contemplate the awful cost of hate that is still being tallied up for those who long to live here.
( Janet Smith , Sunday Independent on May 25, 2008 )
We're an immigrant nation. People have always come and gone. There has been a rush of new blood during every economic surge. Now there is conflict, so the emigrant exodus is as much calculated among the affluent as it is bloody among the impoverished.
In the lawless reaches of some of Gauteng's informal settlements and poorest townships, crises have been common for decades for black migrants.
There are untamed corners where criminals have long raped, robbed and murdered Mozambicans, Malawians, Angolans and Zimbabweans.
White descendants of immigrants, who feel out of control and are considering emigrating because of crime in the suburbs, may not realise the hell of a place like Ramaphosa, outside Reiger Park in Ekurhuleni. Most are, like other South African whites, barricaded behind home security systems and reliant on the quasi-paramilitary for their peace of mind.
A Mozambican man - a painter by trade - was set alight in Ramaphosa last Sunday. By Saturday, a week later, scraps of his clothing, his sneakers and the duvet which was thrown over him before he was set alight are scattered in the thick white dust where he lay burning.
After days of frenzied arson attacks, the settlement itself is marked by blackened heaps of rubble and flying ash between the shacks shared between black and coloured residents.
Urban locations such as Ramaphosa have long attracted African migrants with no means of setting themselves up in more salubrious circumstances. But settlements such as this are often far enough away from the nearest police station, distant enough from a main road, to nurture a rugged resistance to authority.
It was that - a rugged, disdainful resistance - that marauders showed 12 days ago when they bludgeoned a hole in our precarious human rights record and rampaged through Alexandra and Diepsloot, setting off the xenophobic violence that has destabilised the province and threatens the entire country.
Once, white immigrants traded in the central business district. Now it is the domain of Asian immigrants and asylum-seeking entrepreneurs: Bangladeshis, Pakistanis and Indians who have become terrified of their itinerant status and the stain their success has brought.
As some Asian residents of the CBD said this week, it has seemed to them for a while as though anything would be enough of a catalyst for the dirty urban battle over turf to begin in the country.
The instability in Zimbabwe has been contagious, say community policing forums in places such as Reiger Park. They claim they warned politicians a long time ago about the threat of ethnic cleansing.
Just weeks ago, there were hints of this when police raided the Central Methodist Church in Johannesburg, beating up and arresting mainly Zimbabwean immigrants who had sought refuge there.
Now that Alexandra, Diepsloot, Princess, Ramaphosa, Rondebult and many other places have seen burning, looting, beatings and death, President Thabo Mbeki says we must pledge to take action.
He has sent in the army. But human rights groups remain shocked by the lack of alacrity from the country's leadership on the perils of immigration and, in particular, of being a black foreigner.
Anyone who is surprised by the xenophobia of the past fortnight is either naive or disingenuous. Thousands here have lost their homes and possessions. Even the tragedies unfolding daily in the high-density areas of Harare are looking like a safer option to the hundreds who boarded trains and buses and fled the brutality.
In Zimbabwean writer Charles Mungoshi's book, Coming of the Dry Season, an old man speaks to his son: "Come back where? Nobody comes back to ruins. You will go on, son. Something you don't know will drive you on along deserted plains, past ruins and more ruins, on and on until there is only one ruin left: yourself."
White immigrants remain protected. Not from crime, perhaps, but certainly from this desolation. For decades, laws protecting whites cushioned white immigrants while the situation of black migrants unfolded in anarchy. There is still no sustainable policy.
At a time of desperate unemployment here, many South African poor are uneasy about competition for housing and income with immigrants. Few seem to view foreigners as enhancing our society, so there is ambiguity in the response of those whose communities have shuddered over the past week.
The ruthless reduction of shacks and people in some townships and informal settlements has indeed been shocking. Mass expulsions, burning houses, looted possessions and the devastation of the identity of thousands who saw themselves, in many ways, as South African, should provoke our public outrage.
Studies show that, for instance, as many as 70 percent of Mozambicans living in their own country have family here.
Now white immigrants are also feeling the sting: their families in Portugal, Greece, Italy and Britain want them to come "home".
Asians say they are protecting themselves by binding tighter into their own communities. They speak about African precedents, such as Uganda in the early 1970s when Idi Amin expelled the entire Asian population, which numbered tens of thousands of people. Studies show that although Uganda today has a substantial Asian community again, not many are "returnees". It is first-generation entrepreneurs who now settle in Kampala.
South Africans seem to lack an assimilative disposition.
A woman in the Rondebult settlement in Ekurhuleni this week offered the opinion that the only people who matter in South Africa are Xhosas and Zulus. Another said the only people who are not immigrants are those with Bushman ancestry. "Even you, you're immigrants," the women said. "White English people come from overseas."
But the roughly 2 million white English-speaking South Africans - most of whom can trace their ancestry to the influx of British immigrants of the 1820s - are the least affected by the discrimination that has happened throughout South Africa this year.
Immigration has been poorly handled by successive leaders in this country, particularly when it has concerned cheap labour. The horrors experienced by the early indentured Asian work force bear testimony to this, as does the sweat of African labourers who were allowed in as clandestine immigrants to appease white capitalists and farmers.
Greek, Italian, Portuguese and Jewish immigrants settled within the law, albeit within their enclaves. White South Africans, for all their claims to hospitality, have long been guilty of closing ranks.
Greeks were regarded as little more than the café-owning class by many English-speaking whites, and Portuguese traders were marginalised as vegetable traders - not quite in the same league. Many who were at schools in Gauteng in the 1970s and 1980s will remember the rumours about white trash when the children of British immigrants arrived in their classrooms.
Many white South Africans seem startled by the numbers of black refugees and would-be immigrants who have crossed our borders in recent years; the only explanation for that response is the racially exclusive immigrant legislation that existed before 1994.
Although black people from Zimbabwe and Zambia had the same skills as whites from these countries, the National Party sought to bolster its constituency and invited only white migration from these countries as early as the 1960s.
Laws such as the Land Act of 1913 precluded black people from ownership, but people from Southern Africa have long been arriving here in large numbers. Even though some entered legally as contract workers, they were barred from residence.
Despite being discriminated against in terms of property ownership under the National Party, Jewish South Africans were living here in numbers before that. By 1867 and the discovery of diamonds in Kimberly, they were already integrated into our culture.
Jews have a proud anti-apartheid history, the terrors of Nazi Germany integral to their consciousness. But lately, many are considering leaving.
This is also true of Greek South Africans, whose numbers are falling - mostly, it seems, because of fears of crime and perceptions of the shifting nature of our future.
Their flight troubles those who hope to preserve Hellenism on this continent, to the extent that its most illustrious protagonist, George Bizos, the human rights lawyer, has been driven to urge loyalty to the country where the first Greeks arrived in the late 1800s.
Yet it is perhaps Chinese South Africans - who could not vote before 1994 - who are experiencing difficulties of exclusion and isolation which perhaps best approximate those of many African migrants.
Their campaign to be recognised as black even took them to the high court a few years ago, when the Chinese Association of South Africa sought a declaratory order to be able to benefit from employment equity and black economic empowerment.
Colour apparently forever our yardstick, Chinese immigrants in South Africa still fall into a grey area.
Meanwhile, we must contemplate the awful cost of hate that is still being tallied up for those who long to live here.
( Janet Smith , Sunday Independent on May 25, 2008 )
Mbeki under fire over violence
AFP, By Florence Panoussian
President Thabo Mbeki, already under fire for perceived policy failings that caused an anti-immigant backlash in South Africa, now faces criticism about his handling of the crisis.
The head of state is yet to visit the worst affected areas of Johannesburg after two weeks of violence against foreigners that has left more than 50 dead and more than 25,000 displaced.
His pronouncements have been limited to a statement released more than a week after trouble began, a promise to create an investigating committee, and a brief comment carried by state radio SABC yesterday in which he talked of "the humiliating disgrace" of the episode.
Despite spreading violence, which began in Johannesburg two weeks ago but has now hit seven of the country’s nine provinces, he has not made a public address on the radio or television to appeal for calm.
"Mr President: Time to go," read a front page article in the Sunday Times. "Throughout the crisis, arguably the most grave, dark and repulsive moment in the life of our young nation, Mbeki has demonstrated that he no longer has the heart to lead," it continued.
Olmo Von Meijenfeldt, an analyst for the Institute for Democracy in South Africa, said "a strong appeal to the South African people from the president would be very welcome indeed."
The latest incident underlines Mbeki’s distant style of leadership, he added.
"He is not a man ... to put himself at the forefront," Von Meijenfeldt said.
"Due to his style of leadership and his personality, he is someone who is a bit far away from the day-to-day life of these communities."
By contrast, his rival in the ruling African National Congress party, Jacob Zuma, who defeated him to become head of the party in December, has been more vocal and is to visit victims today.
Mbeki’s foreign trips at a time of national emergency are also being lambasted.
"While Rome burns, President Thabo Mbeki is in Arusha (Tanzania); next stop: Tokyo, Japan," wrote commentator Maureen Isaacson in The Sunday Independent in an article titled "Our leaders have flown away while fairyland goes up in flames."
Despite his muted response, the issue of the violence is a huge personal embarrassment for Mbeki, an intellectual who has long championed the pan-African cause.
The warnings of a looming problem are also coming back to haunt him and the government as a whole.
Intelligence Minister Ronnie Kasrils admitted last week that the government knew tensions were growing.
"Of course we were aware there was something brewing. It is one thing to know there is a social problem and another thing to know when that outburst will occur," he said.
Outbreaks of anti-immigrant attacks have been reported since the late 1990s and the South African Human Rights Commission had warned starkly in 2007: "Xenophobia is definitely increasing."
Again, in March of this year, the commission issued a statement reiterating "its concern about the scourge of xenophobic violent attacks and brutal murders of foreign nationals."
It urged the government to pass a hate crimes law.
Both Von Meijenfeldt and Moeletsi Mbeki, of the South African Institute of International Affairs, believe a public appeal by the president would have limited impact.
Moeletsi Mbeki is the president’s own brother, but an outspoken critic nonetheless. "The current government has lost its credibility," he said.
"Even a strong statement by somebody who has such weak authority will not convince the people."
The underlying reason for the brutal outbreak of violence, which has seen armed youths purging poor slum areas of foreign inhabitants, is a failed immigration and foreign policy, he said.
"This crisis is the result of the failure of their foreign policy against Zimbabwe and they don’t want to admit that," said Moeletsi Mbeki.
He, like many others, believes President Mbeki’s failure to tackle President Robert Mugabe over Zimbabwe’s political and economic crisis is of paramount importance in the current context.
Between one and three million Zimbabweans are estimated to have fled to South Africa to find work and they now stand accused by locals of stealing jobs and committing crime.
"The solution has always been to take a strong position against Mugabe," said Moeletsi.
President Thabo Mbeki, already under fire for perceived policy failings that caused an anti-immigant backlash in South Africa, now faces criticism about his handling of the crisis.
The head of state is yet to visit the worst affected areas of Johannesburg after two weeks of violence against foreigners that has left more than 50 dead and more than 25,000 displaced.
His pronouncements have been limited to a statement released more than a week after trouble began, a promise to create an investigating committee, and a brief comment carried by state radio SABC yesterday in which he talked of "the humiliating disgrace" of the episode.
Despite spreading violence, which began in Johannesburg two weeks ago but has now hit seven of the country’s nine provinces, he has not made a public address on the radio or television to appeal for calm.
"Mr President: Time to go," read a front page article in the Sunday Times. "Throughout the crisis, arguably the most grave, dark and repulsive moment in the life of our young nation, Mbeki has demonstrated that he no longer has the heart to lead," it continued.
Olmo Von Meijenfeldt, an analyst for the Institute for Democracy in South Africa, said "a strong appeal to the South African people from the president would be very welcome indeed."
The latest incident underlines Mbeki’s distant style of leadership, he added.
"He is not a man ... to put himself at the forefront," Von Meijenfeldt said.
"Due to his style of leadership and his personality, he is someone who is a bit far away from the day-to-day life of these communities."
By contrast, his rival in the ruling African National Congress party, Jacob Zuma, who defeated him to become head of the party in December, has been more vocal and is to visit victims today.
Mbeki’s foreign trips at a time of national emergency are also being lambasted.
"While Rome burns, President Thabo Mbeki is in Arusha (Tanzania); next stop: Tokyo, Japan," wrote commentator Maureen Isaacson in The Sunday Independent in an article titled "Our leaders have flown away while fairyland goes up in flames."
Despite his muted response, the issue of the violence is a huge personal embarrassment for Mbeki, an intellectual who has long championed the pan-African cause.
The warnings of a looming problem are also coming back to haunt him and the government as a whole.
Intelligence Minister Ronnie Kasrils admitted last week that the government knew tensions were growing.
"Of course we were aware there was something brewing. It is one thing to know there is a social problem and another thing to know when that outburst will occur," he said.
Outbreaks of anti-immigrant attacks have been reported since the late 1990s and the South African Human Rights Commission had warned starkly in 2007: "Xenophobia is definitely increasing."
Again, in March of this year, the commission issued a statement reiterating "its concern about the scourge of xenophobic violent attacks and brutal murders of foreign nationals."
It urged the government to pass a hate crimes law.
Both Von Meijenfeldt and Moeletsi Mbeki, of the South African Institute of International Affairs, believe a public appeal by the president would have limited impact.
Moeletsi Mbeki is the president’s own brother, but an outspoken critic nonetheless. "The current government has lost its credibility," he said.
"Even a strong statement by somebody who has such weak authority will not convince the people."
The underlying reason for the brutal outbreak of violence, which has seen armed youths purging poor slum areas of foreign inhabitants, is a failed immigration and foreign policy, he said.
"This crisis is the result of the failure of their foreign policy against Zimbabwe and they don’t want to admit that," said Moeletsi Mbeki.
He, like many others, believes President Mbeki’s failure to tackle President Robert Mugabe over Zimbabwe’s political and economic crisis is of paramount importance in the current context.
Between one and three million Zimbabweans are estimated to have fled to South Africa to find work and they now stand accused by locals of stealing jobs and committing crime.
"The solution has always been to take a strong position against Mugabe," said Moeletsi.
Flames of hate have consumed our dream
On Monday morning, when the images of a Mozambican man’s horrific death by burning at the hands of a rampaging mob of South Africans hit international headlines, the dream that once was our nation died along with him.
The years of hard work, of reconciliation, of goodwill and of international acceptance went up in flames along with his flesh as our rage, heartlessness and loathing of our fellow Africans was laid bare for the world to see.
The innocence that once cloaked our democracy was ripped to shreds and the monster that we have become was hurled, naked and seething, into the international psyche.
We, like so many nations, had become the oppressors we fought against, the tyrants we unseated, the cynical murderers we thought we had defeated. In two short weeks, we destroyed the dream that so many fought and died for.
This was not an accident. Since 1994, the government we elected has failed us terribly in its handling of migration.
Moves by then Home Affairs Minister Mangosuthu Buthelezi to enact more progressive legislation were stymied by the ANC, purely for narrow political purposes, while his successor has proved to be little more than a puppet for a President whose inability to understand his nation is now legendary.
As the influx of foreigners grew — fuelled by the meltdown of Zimbabwe in which our government is also complicit — it was met by a total lack of empathy and vision.
The implementation of heartless Home Affairs policies stoked the flames of xenophobia.
When places of refuge for those who have fled a low-intensity civil war become soft targets for police; when people are arrested on the basis of their pigmentation or their accent; when top members of the ruling party make money on the side running repatriation camps; when refugees are criminalised, we set the scene for criminals to act with impunity against the most vulnerable people in our society.
Our government fostered hatred by institutionalising the idea of our fellow Africans being outsiders whose presence cannot be tolerated, who are less than us, whose darkness of skin and difference of tongue makes them less than men and women. Our leaders speak of noble concepts like the African renaissance while declaring fellow Africans to be outsiders who are not wanted.
The response to the wave of mindless killings also leaves much to be desired. Claims by police and intelligence bosses that this is the work of a shadowy force do nothing to help. If they are true, this tells us that the government knew what was going to happen and failed to act. This makes it culpable, given the abuse of the intelligence services by factions within the ANC in their internal power struggle. Had they been performing their constitutional role, would not much of this mayhem have been avoided?
If they are lies, then these claims are another example of the Mbeki administration’s inability to accept failure, and its propensity to blame all wrongs on mysterious forces because of arrogance and an inability to understand the nation it claims to represent.
To resort to buck-passing in the face of such madness on our streets is in itself criminal.
The decision to deploy the military is not an easy one to live with. Under normal circumstances, their role should be to protect us from external threats, not ourselves, but the intervention is welcome — as long as it does not become a permanent fixture of South African life. The military’s role needs to be one of supporting the police while they root out those responsible for the looting, killings and beatings and make an example of them.
There are millions of marginalised South Africans who live in abject poverty and who have been failed by those they voted for. But no level of poverty can excuse what is happening. The culture of impunity within which thugs are acting needs to be broken. Now.
All of us — and our leaders in particular — need to remember the generosity and humanity that informed the Freedom Charter and our Constitution, and feel shame at what has been allowed to happen.
We need an extensive national project to instil tolerance, understanding of diversity and acceptance of difference among our people, to enact more humane immigration laws, to end the culture of criminalising those who turn to us for refuge and to ensure that those cruel and ugly people with blood on their hands pay for their actions.
We can no longer deny what we have become as a nation.
( Source: www.iol.co.za )
The years of hard work, of reconciliation, of goodwill and of international acceptance went up in flames along with his flesh as our rage, heartlessness and loathing of our fellow Africans was laid bare for the world to see.
The innocence that once cloaked our democracy was ripped to shreds and the monster that we have become was hurled, naked and seething, into the international psyche.
We, like so many nations, had become the oppressors we fought against, the tyrants we unseated, the cynical murderers we thought we had defeated. In two short weeks, we destroyed the dream that so many fought and died for.
This was not an accident. Since 1994, the government we elected has failed us terribly in its handling of migration.
Moves by then Home Affairs Minister Mangosuthu Buthelezi to enact more progressive legislation were stymied by the ANC, purely for narrow political purposes, while his successor has proved to be little more than a puppet for a President whose inability to understand his nation is now legendary.
As the influx of foreigners grew — fuelled by the meltdown of Zimbabwe in which our government is also complicit — it was met by a total lack of empathy and vision.
The implementation of heartless Home Affairs policies stoked the flames of xenophobia.
When places of refuge for those who have fled a low-intensity civil war become soft targets for police; when people are arrested on the basis of their pigmentation or their accent; when top members of the ruling party make money on the side running repatriation camps; when refugees are criminalised, we set the scene for criminals to act with impunity against the most vulnerable people in our society.
Our government fostered hatred by institutionalising the idea of our fellow Africans being outsiders whose presence cannot be tolerated, who are less than us, whose darkness of skin and difference of tongue makes them less than men and women. Our leaders speak of noble concepts like the African renaissance while declaring fellow Africans to be outsiders who are not wanted.
The response to the wave of mindless killings also leaves much to be desired. Claims by police and intelligence bosses that this is the work of a shadowy force do nothing to help. If they are true, this tells us that the government knew what was going to happen and failed to act. This makes it culpable, given the abuse of the intelligence services by factions within the ANC in their internal power struggle. Had they been performing their constitutional role, would not much of this mayhem have been avoided?
If they are lies, then these claims are another example of the Mbeki administration’s inability to accept failure, and its propensity to blame all wrongs on mysterious forces because of arrogance and an inability to understand the nation it claims to represent.
To resort to buck-passing in the face of such madness on our streets is in itself criminal.
The decision to deploy the military is not an easy one to live with. Under normal circumstances, their role should be to protect us from external threats, not ourselves, but the intervention is welcome — as long as it does not become a permanent fixture of South African life. The military’s role needs to be one of supporting the police while they root out those responsible for the looting, killings and beatings and make an example of them.
There are millions of marginalised South Africans who live in abject poverty and who have been failed by those they voted for. But no level of poverty can excuse what is happening. The culture of impunity within which thugs are acting needs to be broken. Now.
All of us — and our leaders in particular — need to remember the generosity and humanity that informed the Freedom Charter and our Constitution, and feel shame at what has been allowed to happen.
We need an extensive national project to instil tolerance, understanding of diversity and acceptance of difference among our people, to enact more humane immigration laws, to end the culture of criminalising those who turn to us for refuge and to ensure that those cruel and ugly people with blood on their hands pay for their actions.
We can no longer deny what we have become as a nation.
( Source: www.iol.co.za )
Finalmente o homem falou!
Esta noite o homem finalmente falou!
Na última quarta-feira, Thabo Mbeki deu ordens às Forças Armadas para ajudarem a Polícia a combater a onde de violência xenófoba e imediatamente abandonou o país numa das suas muitas viagens, como se tudo estivesse normal.
A primeira vez que Mbeki se referiu à crise foi na reunião do African Development Bank em Maputo, depois referiu-se ao problema numa conferencia de Imprensa no Kwazulu-Natal e mais tarde escreveu um comunicado condenando a violencia. Até agora ainda não visitou as áreas afectadas e só esta noite é que conseguiu arranjar tempo e disposição para ir à televisão. E o que disse o homem? Como sempre, falou muito mas pouco disse de relevante.
Na primeira página do Sunday Times de hoje, o jornal de maior circulação da África do Sul, exige-se que Thabo Mbeki se demita ou seja demitido pela Assembleia Nacional. Eu apoio!
Na última quarta-feira, Thabo Mbeki deu ordens às Forças Armadas para ajudarem a Polícia a combater a onde de violência xenófoba e imediatamente abandonou o país numa das suas muitas viagens, como se tudo estivesse normal.
A primeira vez que Mbeki se referiu à crise foi na reunião do African Development Bank em Maputo, depois referiu-se ao problema numa conferencia de Imprensa no Kwazulu-Natal e mais tarde escreveu um comunicado condenando a violencia. Até agora ainda não visitou as áreas afectadas e só esta noite é que conseguiu arranjar tempo e disposição para ir à televisão. E o que disse o homem? Como sempre, falou muito mas pouco disse de relevante.
Na primeira página do Sunday Times de hoje, o jornal de maior circulação da África do Sul, exige-se que Thabo Mbeki se demita ou seja demitido pela Assembleia Nacional. Eu apoio!
Rejoyce always!
I want to fill my life today
with the spirit of celebration.
I want to applaud each new day
And give it a standing ovation.
For yesterday has come and gone,
And tomorrow has yet to arrive.
But today is a moment of eternity
And I am thankful I’m thankful I’m alive.
Lord, help me not to take for granted
All Your blessings great and small.
Open my heart to celebrate,
To embrace and enjoy them all.
KARLA DORNACHER
Aceite-me como sou!
Esta é a história de um sodado que finalmente voltava para casa, depois de ter lutado no Vietname. Ele ligou para os pais em São Francisco.
- Mãe, Pai, estou voltando para casa mas antes quero pedir um favor a vocês. Tenho um amigo que eu gostaria de levar junto comigo.
- Claro, eles responderam. Nós adoraríamos conhece-lo também!
- Há alogo que vocês precisam saber antes, continuou o filho. Ele foi terrivelmente ferido em combate. Pisou numa mina e perdeu um braço e uma perna. Pior ainda é que ele não tem nenhum outro lugar para morar.
- Nossa!!! Sinto muito em ouvir isso, filho! Talvez possamos ajudá-lo a encontrar algum lugar para morar!
- Não mamãe, eu quero que ele possa morar em nossa casa!
- Filho, disse o pai, você não sabe o que está pedindo? Você não tem noção da gravidade do problema?
A mãe, concordando com o marido, reforçou:
- Alguém com tanta dificuldade seria um fardo para nós. Temos nossas próprias vidas e não queremos que uma coisa como essa interfira no nosso modo de viver. Acho que você poderia voltar para casa e esquecer esse rapaz. Ele encontrará uma maneira de viver por si mesmo!
Nesse momento, o filho bateu o telefone e nunca mais os pais ouviram uma palavra dele.
Alguns dias depois, os pais receberam um telefonema da polícia, informando que o filho tinha morrido ao caír de um prédio. A polícia, porém, acreditava em suicídio.
Os pais, angustiados, voaram para a cidade onde o filho se encontrava e foram levados para o necrotério para identificar o corpo. Eles o reconheceram e, para o seu terror e espanto, descobriram algo que desconheciam: O FILHO DELES TINHA APENAS UM BRAÇO E UMA PERNA!
Os pais nessa história são como nós, achamos fácil amar aqueles que são perfeitos, bonitos, saudáveis, divertidos, mas não gostamos das pessoas que nos incomodam ou não nos fazem sentir confortáveis.
Esta noite, antes de dormir, façamos uma prece a Deus, para que nos dê as forças que precisamos para aceitar, sem restrições, as pessoas como elas são, mesque que diferentes de nós. Peçamos a Deus para nos dar paciência, ela é um subproduto das tribulações, ela não é dada, é aprendida. Deus nos dá bençãos mas a felicidade depende de nós. Não peçamos a Deus para nos livrar dos sofrimentos, sofrer nos leva para longe do mundo e nos aproxima de Deus. Peçamos a Deus para nos ajudar a amar os outros como Ele nos ama.
Para o mundo você pode ser uma pessoa mas para uma pessoa você pode ser o mundo!
( Préstimos de Maria Helena )
- Mãe, Pai, estou voltando para casa mas antes quero pedir um favor a vocês. Tenho um amigo que eu gostaria de levar junto comigo.
- Claro, eles responderam. Nós adoraríamos conhece-lo também!
- Há alogo que vocês precisam saber antes, continuou o filho. Ele foi terrivelmente ferido em combate. Pisou numa mina e perdeu um braço e uma perna. Pior ainda é que ele não tem nenhum outro lugar para morar.
- Nossa!!! Sinto muito em ouvir isso, filho! Talvez possamos ajudá-lo a encontrar algum lugar para morar!
- Não mamãe, eu quero que ele possa morar em nossa casa!
- Filho, disse o pai, você não sabe o que está pedindo? Você não tem noção da gravidade do problema?
A mãe, concordando com o marido, reforçou:
- Alguém com tanta dificuldade seria um fardo para nós. Temos nossas próprias vidas e não queremos que uma coisa como essa interfira no nosso modo de viver. Acho que você poderia voltar para casa e esquecer esse rapaz. Ele encontrará uma maneira de viver por si mesmo!
Nesse momento, o filho bateu o telefone e nunca mais os pais ouviram uma palavra dele.
Alguns dias depois, os pais receberam um telefonema da polícia, informando que o filho tinha morrido ao caír de um prédio. A polícia, porém, acreditava em suicídio.
Os pais, angustiados, voaram para a cidade onde o filho se encontrava e foram levados para o necrotério para identificar o corpo. Eles o reconheceram e, para o seu terror e espanto, descobriram algo que desconheciam: O FILHO DELES TINHA APENAS UM BRAÇO E UMA PERNA!
Os pais nessa história são como nós, achamos fácil amar aqueles que são perfeitos, bonitos, saudáveis, divertidos, mas não gostamos das pessoas que nos incomodam ou não nos fazem sentir confortáveis.
Esta noite, antes de dormir, façamos uma prece a Deus, para que nos dê as forças que precisamos para aceitar, sem restrições, as pessoas como elas são, mesque que diferentes de nós. Peçamos a Deus para nos dar paciência, ela é um subproduto das tribulações, ela não é dada, é aprendida. Deus nos dá bençãos mas a felicidade depende de nós. Não peçamos a Deus para nos livrar dos sofrimentos, sofrer nos leva para longe do mundo e nos aproxima de Deus. Peçamos a Deus para nos ajudar a amar os outros como Ele nos ama.
Para o mundo você pode ser uma pessoa mas para uma pessoa você pode ser o mundo!
( Préstimos de Maria Helena )
Saturday, 24 May 2008
Fotocópias
Numa empresa portuguesa, por causa das fotocópias, foi emitida a seguinte circular:
Caros Colegas:
Pede-se encarecidamente ao pessoal da Empresa, que no momento de solicitar fotocópias ao colega da REPROGRAFIA, Sr. João, o façam de uma forma clara e objectiva, completando as frases que escreverem.
Acontece que os 'post it' adjuntos aos documentos por fotocopiar, e os pedidos escritos, têm causado problemas ao nosso colega de trabalho que nos faz o favor de tirar as cópias, chegando ao extremo de criar problemas conjugais.
Como exemplo, citamos algumas notas de 'post it' encontradas nos bolsos do nosso colega pela sua esposa.
- Por favor, João, depressa!...depressa!...Lindo!
- João!... faz-me como o fizeste da outra vez!
- João!... dá-me duas, rapidinho!
- João!... pelos dois lados... e presta atenção que por trás tem que ficar tudo.
- Por favor, João!... primeiro a mim, que estou aflita.
- Quando tirares, faz com que se veja o melhor possível.
- Pode ser sem pressa, mas que fique bem feito!
- João!... urgente! Podes meter-me no meio sem que ninguém perceba e fazer rapidinho?
- João! ... Pode ser pela frente e por trás. Se não conseguires, dá-me duas separadas.
- Então, João, quando é que me fazes o trabalhinho? Estou a ficar aflita.
Percebem agora a GRAVE situação que se encontra o nosso colega???
E agora imaginem o estado em que se encontra a sua ESPOSA e com razão.
( Préstimos de Olga )
Caros Colegas:
Pede-se encarecidamente ao pessoal da Empresa, que no momento de solicitar fotocópias ao colega da REPROGRAFIA, Sr. João, o façam de uma forma clara e objectiva, completando as frases que escreverem.
Acontece que os 'post it' adjuntos aos documentos por fotocopiar, e os pedidos escritos, têm causado problemas ao nosso colega de trabalho que nos faz o favor de tirar as cópias, chegando ao extremo de criar problemas conjugais.
Como exemplo, citamos algumas notas de 'post it' encontradas nos bolsos do nosso colega pela sua esposa.
- Por favor, João, depressa!...depressa!...Lindo!
- João!... faz-me como o fizeste da outra vez!
- João!... dá-me duas, rapidinho!
- João!... pelos dois lados... e presta atenção que por trás tem que ficar tudo.
- Por favor, João!... primeiro a mim, que estou aflita.
- Quando tirares, faz com que se veja o melhor possível.
- Pode ser sem pressa, mas que fique bem feito!
- João!... urgente! Podes meter-me no meio sem que ninguém perceba e fazer rapidinho?
- João! ... Pode ser pela frente e por trás. Se não conseguires, dá-me duas separadas.
- Então, João, quando é que me fazes o trabalhinho? Estou a ficar aflita.
Percebem agora a GRAVE situação que se encontra o nosso colega???
E agora imaginem o estado em que se encontra a sua ESPOSA e com razão.
( Préstimos de Olga )
Humor: Programa de rádio
Programa de Rádio
Locutor: - Quem fala?
Ouvinte: - É o Vicente.
Locutor: - De onde, Vicente?
Ouvinte: - Lapa!
Locutor: - Olha aí, Vicente da Lapa! Valendo o kit com camiseta e CD do Edson e Hudson . Presta atenção! Qual é o país que tem duas sílabas e se come a metade? Prestou bem atenção? Há um país com 2 sílabas e 1 delas é muito bom para se comer. Dez segundos para responder.
Ouvinte: - CUBA !
Locutor: (mudo por alguns segundos e algumas risadas no fundo) - Tá certo, senhor Vicente! Vai levar o prêmio pela criatividade. Mas aqui na minha ficha estava escrito JAPÃO...
Locutor: - Quem fala?
Ouvinte: - É o Vicente.
Locutor: - De onde, Vicente?
Ouvinte: - Lapa!
Locutor: - Olha aí, Vicente da Lapa! Valendo o kit com camiseta e CD do Edson e Hudson . Presta atenção! Qual é o país que tem duas sílabas e se come a metade? Prestou bem atenção? Há um país com 2 sílabas e 1 delas é muito bom para se comer. Dez segundos para responder.
Ouvinte: - CUBA !
Locutor: (mudo por alguns segundos e algumas risadas no fundo) - Tá certo, senhor Vicente! Vai levar o prêmio pela criatividade. Mas aqui na minha ficha estava escrito JAPÃO...
Friday, 23 May 2008
Guebusiness
"GUEBUSINESS"
Artigo retirado, com a devida vénia, do Correio da Manhã
Armando Guebuza:De marxista a empresário
Ministro 24-20'. É assim que muitos portugueses o recordam. Quando assumiu a pasta da Administração Interna, no primeiro governo pós-independência liderado por Samora Machel, uma das suas primeiras medidas foi a expulsão de portugueses. Ordenou-lhes que abandonassem a terra em que nasceram ou que adoptaram como sua em apenas 24 horas e juntassem todos os pertences acumulados durante uma vida de trabalho nuns parcos 20 quilos de bagagem.Hoje, enquanto presidente da República de Moçambique, Armando Guebuza parece ter substituído o radicalismo feroz do passado pelo pragmatismo e acolhe bem, inclusivamente, o regresso daqueles que partiram forçados porque afinal uma nação emergente precisa de todos para crescer e sair da lista dos mais pobres.A ordem de expulsão de portugueses não foi a única mancha no seu vasto currículo político. Pertencente ao núcleo duro do partido, convenceu o moderado presidente Machel a adoptar políticas radicais, de má memória para muitos moçambicanos. Foi o caso do impopular programa 'Operação Produção', que consistia em enviar desempregados das áreas urbanas e os que eram apanhados sem documentos em rusgas nocturnas para zonas rurais no Norte do país, onde nasceu. A maioria dos que foram integrados neste polémico programa nunca chegaria a regressar e muitos viriam a morrer de fome.'GUEBUSINESS'Quando o regime renunciou ao marxismo-leninismo para abraçar a economia de mercado e o multipartidarismo, Guebuza enterrou o passado marxista e mergulhou no mundo dos negócios tornando-se um empresário de sucesso. A lista de negócios em que se tem envolvido é tão longa – desde turismo à construção civil, passando por importações-exportações, gráfica e até imprensa – que ganhou a alcunha de 'Guebusiness'. Os seus críticos afirmam que se tornou no maior representante do capitalismo emergente e questionam o seu enriquecimento. Numa entrevista, quando lhe perguntaram como o tinha conseguido, respondeu orgulhoso: "Ganhei dinheiro com a criação de patos."Os seus negócios não o afastaram da carreira política. Em 2002 conseguiu ser eleito secretário-geral do partido, abrindo caminho para a ambicionada candidatura à presidência.Quando assumiu a chefia de Estado, em 2005, prometeu continuar com a política económica do seu antecessor e combater a pobreza, a corrupção, a criminalidade e a burocracia. Três anos volvidos ainda pouco conseguiu cumprir do que prometeu. É inquestionável que tem implementado reformas e que reforçou a recuperação económica, atraindo novos investimentos. Conseguiu também uma taxa de crescimento extraordinária que lhe tem valido louvores de instituições financeiras internacionais. Mas especialistas alertam que este megacrescimento económico assenta demasiado em megaprojectos, que não têm grande impacto social e pouco contribuem para reduzir a pobreza. De acordo com a ONU, 40% dos moçambicanos vivem com menos do equivalente a um dólar por dia. E esta situação tem gerado tensões sociais, como os recentes protestos contra o aumento dos transportes. O combate à corrupção também não está a correr muito bem. Ela persiste nas instituições e nem um caso foi levado à Justiça, cuja saúde inspira igualmente cuidados. Guebuza tem um árduo trabalho pela frente, mas há que lhe dar o crédito de ter sabido ser o garante da democracia e também da estabilidade, crucial para os investidores. LÍDER SINDICALFilho de um enfermeiro, Armando Emílio Guebuza nasceu em Murrupula, na província de Nampula, a 20 de Janeiro de 1943 (65 anos). Cedo se envolveu na política. Aos 20 anos era presidente do sindicato estudantil criado por Eduardo Mondlane, líder da independência, e juntou-se à Frelimo. No ano seguinte foi estudar para a Ucrânia. Ocupou altos cargos governamentais antes de assumir a chefia de Estado, em 2005. É casado e tem quatro filhos. MAIS SORRIDENTEArmando Guebuza tem sido muitas vezes criticado pelos seus conterrâneos por ser taciturno e demasiado formal no contacto com o povo. De facto, não era muito fácil vê-lo distribuir sorrisos. Mas os mais atentos têm vindo a notar uma mudança que, segundo algumas fontes bem informadas, se deve a conselheiros apostados em fazer passar uma imagem afável do presidente moçambicano. Note-se que a sua mulher, Maria da Luz, é, em contrapartida, uma pessoa comunicativa e de trato simpático. Características que a têm ajudado na campanha contra a sida, em que se tem empenhado activamente. APOIO TOTAL AO INVESTIMENTO CHINÊSO maciço investimento chinês em África, incluindo Moçambique, tem suscitado preocupações não só por parte dos moçambicanos, como também por parte dos parceiros ocidentais, incluindo o maior deles, a UE. A questão chegou a ser levantada na cimeira UE-África, que decorreu no ano passado em Lisboa e, nessa altura, o presidente moçambicano deixou claro que o investimento chinês continuará a ser bem acolhido e que os africanos sabem o que fazem. "Vejo África como continente independente, maduro e responsável. Assim sendo, quando África entra em negociações e faz acordos com outras entidades, fá-lo enquanto um parceiro maduro", declarou. A China tem investimentos de Norte a Sul de Moçambique em áreas como a construção e a reconstrução de infra-estruturas, exploração de minerais, como cobre e carvão, ou a produção de alumínio. Recentemente, a imprensa local denunciou abusos cometidos por empresas chinesas, nomeadamente o abate ilegal de madeira no Norte do país.
Artigo retirado, com a devida vénia, do Correio da Manhã
Armando Guebuza:De marxista a empresário
Ministro 24-20'. É assim que muitos portugueses o recordam. Quando assumiu a pasta da Administração Interna, no primeiro governo pós-independência liderado por Samora Machel, uma das suas primeiras medidas foi a expulsão de portugueses. Ordenou-lhes que abandonassem a terra em que nasceram ou que adoptaram como sua em apenas 24 horas e juntassem todos os pertences acumulados durante uma vida de trabalho nuns parcos 20 quilos de bagagem.Hoje, enquanto presidente da República de Moçambique, Armando Guebuza parece ter substituído o radicalismo feroz do passado pelo pragmatismo e acolhe bem, inclusivamente, o regresso daqueles que partiram forçados porque afinal uma nação emergente precisa de todos para crescer e sair da lista dos mais pobres.A ordem de expulsão de portugueses não foi a única mancha no seu vasto currículo político. Pertencente ao núcleo duro do partido, convenceu o moderado presidente Machel a adoptar políticas radicais, de má memória para muitos moçambicanos. Foi o caso do impopular programa 'Operação Produção', que consistia em enviar desempregados das áreas urbanas e os que eram apanhados sem documentos em rusgas nocturnas para zonas rurais no Norte do país, onde nasceu. A maioria dos que foram integrados neste polémico programa nunca chegaria a regressar e muitos viriam a morrer de fome.'GUEBUSINESS'Quando o regime renunciou ao marxismo-leninismo para abraçar a economia de mercado e o multipartidarismo, Guebuza enterrou o passado marxista e mergulhou no mundo dos negócios tornando-se um empresário de sucesso. A lista de negócios em que se tem envolvido é tão longa – desde turismo à construção civil, passando por importações-exportações, gráfica e até imprensa – que ganhou a alcunha de 'Guebusiness'. Os seus críticos afirmam que se tornou no maior representante do capitalismo emergente e questionam o seu enriquecimento. Numa entrevista, quando lhe perguntaram como o tinha conseguido, respondeu orgulhoso: "Ganhei dinheiro com a criação de patos."Os seus negócios não o afastaram da carreira política. Em 2002 conseguiu ser eleito secretário-geral do partido, abrindo caminho para a ambicionada candidatura à presidência.Quando assumiu a chefia de Estado, em 2005, prometeu continuar com a política económica do seu antecessor e combater a pobreza, a corrupção, a criminalidade e a burocracia. Três anos volvidos ainda pouco conseguiu cumprir do que prometeu. É inquestionável que tem implementado reformas e que reforçou a recuperação económica, atraindo novos investimentos. Conseguiu também uma taxa de crescimento extraordinária que lhe tem valido louvores de instituições financeiras internacionais. Mas especialistas alertam que este megacrescimento económico assenta demasiado em megaprojectos, que não têm grande impacto social e pouco contribuem para reduzir a pobreza. De acordo com a ONU, 40% dos moçambicanos vivem com menos do equivalente a um dólar por dia. E esta situação tem gerado tensões sociais, como os recentes protestos contra o aumento dos transportes. O combate à corrupção também não está a correr muito bem. Ela persiste nas instituições e nem um caso foi levado à Justiça, cuja saúde inspira igualmente cuidados. Guebuza tem um árduo trabalho pela frente, mas há que lhe dar o crédito de ter sabido ser o garante da democracia e também da estabilidade, crucial para os investidores. LÍDER SINDICALFilho de um enfermeiro, Armando Emílio Guebuza nasceu em Murrupula, na província de Nampula, a 20 de Janeiro de 1943 (65 anos). Cedo se envolveu na política. Aos 20 anos era presidente do sindicato estudantil criado por Eduardo Mondlane, líder da independência, e juntou-se à Frelimo. No ano seguinte foi estudar para a Ucrânia. Ocupou altos cargos governamentais antes de assumir a chefia de Estado, em 2005. É casado e tem quatro filhos. MAIS SORRIDENTEArmando Guebuza tem sido muitas vezes criticado pelos seus conterrâneos por ser taciturno e demasiado formal no contacto com o povo. De facto, não era muito fácil vê-lo distribuir sorrisos. Mas os mais atentos têm vindo a notar uma mudança que, segundo algumas fontes bem informadas, se deve a conselheiros apostados em fazer passar uma imagem afável do presidente moçambicano. Note-se que a sua mulher, Maria da Luz, é, em contrapartida, uma pessoa comunicativa e de trato simpático. Características que a têm ajudado na campanha contra a sida, em que se tem empenhado activamente. APOIO TOTAL AO INVESTIMENTO CHINÊSO maciço investimento chinês em África, incluindo Moçambique, tem suscitado preocupações não só por parte dos moçambicanos, como também por parte dos parceiros ocidentais, incluindo o maior deles, a UE. A questão chegou a ser levantada na cimeira UE-África, que decorreu no ano passado em Lisboa e, nessa altura, o presidente moçambicano deixou claro que o investimento chinês continuará a ser bem acolhido e que os africanos sabem o que fazem. "Vejo África como continente independente, maduro e responsável. Assim sendo, quando África entra em negociações e faz acordos com outras entidades, fá-lo enquanto um parceiro maduro", declarou. A China tem investimentos de Norte a Sul de Moçambique em áreas como a construção e a reconstrução de infra-estruturas, exploração de minerais, como cobre e carvão, ou a produção de alumínio. Recentemente, a imprensa local denunciou abusos cometidos por empresas chinesas, nomeadamente o abate ilegal de madeira no Norte do país.
DUDH e direito humano à vida: o caso moçambicano
DUDH e direito humano à vida: o caso moçambicano*
Josué Bila
A humanidade celebra, no próximo dia 10 de Dezembro de 2008, o 60º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH), aprovada pela Organização das Nações Unidas. A DUDH é um documento contemporâneo sobre direitos humanos, cujos articulados expressam, irrefutavelmente, o respeito à dignidade humana. O artigo 3º da DUDH é a isso referente: “Toda pessoa tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal”, “sem”, segundo o preâmbulo, “distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição”.
Posto isto, será que os moçambicanos gozam do direito humano à vida e, por consequência, do direito à liberdade e à segurança pessoal? A resposta pode depender do olhar, conhecimento e experiências de cada um. Dando um parecer ingénuo, respondo que os moçambicanos gozam, sim, do direito humano à vida. Porém, o meu sim é bastante condicionado. Por isso, poderei revolver o meu sim bastante condicionado, ao longo do texto.
Começo, antes, por dispor do conteúdo do artigo 40º da Constituição da República de Moçambique (CRM), referente ao direito humano à vida: (1) “Todo o cidadão tem direito à vida e à integridade física e moral e não pode ser sujeito à tortura ou tratamentos cruéis ou desumanos” e (2) “Na República de Moçambique não há pena de morte”.
Ora, em Moçambique, a ideia que salta à mente das pessoas, quando se fala do direito humano à vida, é aquela estritamente ligada (1) às máximas religioso-morais: não matarás; (2) a milhares de moçambicanos que perdeu a vida durante a guerra de desestabilização dos 16 anos (1977-1992); (3) à memória colectiva dos efeitos morais, emocionais e sociais de fuzilamentos instituídos pelo partido-Estado, até ao ano de 1990, consagrados no ordenamento jurídico de então; (4) à luta contra a cultura de brutalização, desumanização e baleamentos mortais dos cidadãos por agentes policiais, sob direcção da Polícia da República de Moçambique, aliada à impunidade, depois de 1990 a esta parte; e (5) ao aborto, por causa dos polémicos debates em torno do mesmo, uns a favor, outros contra e aqueloutros neutros. Em nosso meio, estas ideias têm, certamente, enquadramento quando se fala ou se defende o direito humano à vida. E têm, também, significado na luta pela dignidade das pessoas, como seres éticos, independentemente de suas particularidades.
Contudo, no actual estágio de Moçambique é imperioso desdobrarmos outros significados do direito humano à vida, para preencher algum vazio que o debate dos cinco pontos do parágrafo anterior traz. O direito humano à vida não só tem, a título exclusivo, como fronteira e delimitação a cultura de brutalização, desumanização e baleamentos mortais protagonizados por polícias e outros agentes estatais ou não-estatais, mas, também, se estende ao conjunto de políticas públicas capazes de manter, em qualidade e em dignidade, a vida dos moçambicanos. Por exemplo, a educação, saúde, família, habitação, alimentação, trabalho, segurança e tranquilidade públicas, segurança social e outros direitos – sociais, culturais, económicos, ambientais, sexuais, civis e políticos. Outrossim, um simples respeito pelas regras de trânsito por transeuntes, condutores e motoristas e respectiva colocação de lombas e mais semáforos nas estradas e ruas pelas autoridades municipais e estatais, com participação activa de cidadãos, com o objectivo de evitar atropelamentos ou sustos que podem causar desmaios às pessoas; não poluir o ambiente, por meio de emissão descontrolada de gazes pelas indústrias e viaturas, queimadas de lixo nos meios urbanos, suburbanos e rurais; campanhas anti-indústria de fabrico de armas de brinquedo, bem como a sua respectiva venda e compra; comunicação social pró-ética da vida; e educação sobre direitos reprodutivos e saúde materno-infantil são dos pouquíssimos exemplos-propostas que podem contribuir o bastante para a dignificação do direito humano à vida.
Mau grado, em Moçambique, quase que não existem políticas públicas desenhadas e implementadas sistematicamente para o exercício de cidadania e respeito à dignidade humana, o que é, em si, contraproducente. As autoridades estatais, não raras vezes, se esquivam em assumir um compromisso político consequente para a implementação de direitos humanos, o que afectaria, deste modo, o direito humano à vida. A tentativa de se falar de direitos humanos resvala sempre em falas deslocadas do real problema, por se elevar demagogias ocasionais, ideologias improdutivas, visões e promessas eleitoralistas, em meio ao conhecimento algo romântico e fragmentado do direito humano à vida.
Assim, recorrendo ao Plano de Acção para a Redução da Pobreza Absoluta - PARPA II e ao pensamento anterior, é confirmado o meu sim bastante condicionado sobre a efectivação do direito humano à vida em Moçambique. Os dados do PARPA II apresentam que, dos 20 milhões de moçambicanos, “10 milhões vivem ainda em pobreza absoluta”, ou seja, abaixo de um dólar por dia, como aludem as agências das Nações Unidas. Uma parte extremamente considerável dos restantes 10 milhões, que não vive em pobreza absoluta, também enfrenta privações sociais, razão pela qual a esperança de vida dos moçambicanos não vai além de 40 anos de idade, por o acesso a alimentos, saúde, educação, habitação, emprego, ambiente equilibrado e outros direitos, em quantidade e qualidade, constituir uma utopia, a avaliar pelo quase incomprometimento das autoridades estatais locais em implementar direitos humanos.
Mais: Dados do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento sobre os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio, relatados pelo Governo, indicam que a taxa de mortalidade infantil ronda entre 125, por 1000 recém-nascidos; a taxa de mortalidade de menores de cinco anos situa-se entre 200, em cada 1000 nascimentos. Estes são apenas alguns indicadores que precarizam e descartabilizam o direito humano à vida em Moçambique, dando azo ao supramencionado sim bastante condicionado.
Artigo 25º da DUDH
Baseando-se nos dados do PARPA II e das agências internacionais das Nações Unidas, é inegável que, em Moçambique, hajam e perfilam violações contra o direito humano à vida, que ferem o conteúdo do artigo 25º da DUDH, que assinala que: (1)“Toda a pessoa tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e a sua família saúde e bem-estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação, cuidados médicos e os serviços sociais indispensáveis, o direito à segurança, em caso de desemprego, doença, invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de perda de meios de subsistência em circunstâncias fora de seu controle” e (2)“ a maternidade e a infância têm direito a cuidados e assistência especiais. Todas as crianças, nascidas dentro ou fora do matrimónio, gozarão da mesma protecção social”.
Artigo 11º da CRM
Pode-se dizer ainda que as violações contra o direito humano à vida, em Moçambique, contrariam os objectivos do Estado moçambicano, dispostos no artigo 11 da Constituição da República de Moçambique: (c) a edificação de uma sociedade de justiça social e a criação do bem-estar material, espiritual e de qualidade de vida dos cidadãos; (e) a defesa e a promoção dos direitos humanos e da igualdade dos cidadãos perante a lei; (f) o reforço da democracia, da liberdade, da estabilidade social e da harmonia social e individual. Caso este artigo seja obedecido, por consequência, os objectivos do artigo 40º serão alcançados e vice-versa.
Enfim, os direitos humanos devem ser respeitados e implementados pelo (1) Estado e (1a) Governo, como políticas públicas eficazes e eficientes, entrosados no espírito atitudinal e comportamental de (2) cidadãos, a título individual e colectivo, para que se assista à elevação do direito humano à vida em Moçambique. Vale lembrar que, (3) a assistência e cooperação internacionais são chamadas a intervir, rumo à satisfação do direito humano à vida. A missão é de todos nós, certamente!
*Publicado no jornal ZAMBEZE (15 de Março de 2008)
Josué Bila
A humanidade celebra, no próximo dia 10 de Dezembro de 2008, o 60º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH), aprovada pela Organização das Nações Unidas. A DUDH é um documento contemporâneo sobre direitos humanos, cujos articulados expressam, irrefutavelmente, o respeito à dignidade humana. O artigo 3º da DUDH é a isso referente: “Toda pessoa tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal”, “sem”, segundo o preâmbulo, “distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição”.
Posto isto, será que os moçambicanos gozam do direito humano à vida e, por consequência, do direito à liberdade e à segurança pessoal? A resposta pode depender do olhar, conhecimento e experiências de cada um. Dando um parecer ingénuo, respondo que os moçambicanos gozam, sim, do direito humano à vida. Porém, o meu sim é bastante condicionado. Por isso, poderei revolver o meu sim bastante condicionado, ao longo do texto.
Começo, antes, por dispor do conteúdo do artigo 40º da Constituição da República de Moçambique (CRM), referente ao direito humano à vida: (1) “Todo o cidadão tem direito à vida e à integridade física e moral e não pode ser sujeito à tortura ou tratamentos cruéis ou desumanos” e (2) “Na República de Moçambique não há pena de morte”.
Ora, em Moçambique, a ideia que salta à mente das pessoas, quando se fala do direito humano à vida, é aquela estritamente ligada (1) às máximas religioso-morais: não matarás; (2) a milhares de moçambicanos que perdeu a vida durante a guerra de desestabilização dos 16 anos (1977-1992); (3) à memória colectiva dos efeitos morais, emocionais e sociais de fuzilamentos instituídos pelo partido-Estado, até ao ano de 1990, consagrados no ordenamento jurídico de então; (4) à luta contra a cultura de brutalização, desumanização e baleamentos mortais dos cidadãos por agentes policiais, sob direcção da Polícia da República de Moçambique, aliada à impunidade, depois de 1990 a esta parte; e (5) ao aborto, por causa dos polémicos debates em torno do mesmo, uns a favor, outros contra e aqueloutros neutros. Em nosso meio, estas ideias têm, certamente, enquadramento quando se fala ou se defende o direito humano à vida. E têm, também, significado na luta pela dignidade das pessoas, como seres éticos, independentemente de suas particularidades.
Contudo, no actual estágio de Moçambique é imperioso desdobrarmos outros significados do direito humano à vida, para preencher algum vazio que o debate dos cinco pontos do parágrafo anterior traz. O direito humano à vida não só tem, a título exclusivo, como fronteira e delimitação a cultura de brutalização, desumanização e baleamentos mortais protagonizados por polícias e outros agentes estatais ou não-estatais, mas, também, se estende ao conjunto de políticas públicas capazes de manter, em qualidade e em dignidade, a vida dos moçambicanos. Por exemplo, a educação, saúde, família, habitação, alimentação, trabalho, segurança e tranquilidade públicas, segurança social e outros direitos – sociais, culturais, económicos, ambientais, sexuais, civis e políticos. Outrossim, um simples respeito pelas regras de trânsito por transeuntes, condutores e motoristas e respectiva colocação de lombas e mais semáforos nas estradas e ruas pelas autoridades municipais e estatais, com participação activa de cidadãos, com o objectivo de evitar atropelamentos ou sustos que podem causar desmaios às pessoas; não poluir o ambiente, por meio de emissão descontrolada de gazes pelas indústrias e viaturas, queimadas de lixo nos meios urbanos, suburbanos e rurais; campanhas anti-indústria de fabrico de armas de brinquedo, bem como a sua respectiva venda e compra; comunicação social pró-ética da vida; e educação sobre direitos reprodutivos e saúde materno-infantil são dos pouquíssimos exemplos-propostas que podem contribuir o bastante para a dignificação do direito humano à vida.
Mau grado, em Moçambique, quase que não existem políticas públicas desenhadas e implementadas sistematicamente para o exercício de cidadania e respeito à dignidade humana, o que é, em si, contraproducente. As autoridades estatais, não raras vezes, se esquivam em assumir um compromisso político consequente para a implementação de direitos humanos, o que afectaria, deste modo, o direito humano à vida. A tentativa de se falar de direitos humanos resvala sempre em falas deslocadas do real problema, por se elevar demagogias ocasionais, ideologias improdutivas, visões e promessas eleitoralistas, em meio ao conhecimento algo romântico e fragmentado do direito humano à vida.
Assim, recorrendo ao Plano de Acção para a Redução da Pobreza Absoluta - PARPA II e ao pensamento anterior, é confirmado o meu sim bastante condicionado sobre a efectivação do direito humano à vida em Moçambique. Os dados do PARPA II apresentam que, dos 20 milhões de moçambicanos, “10 milhões vivem ainda em pobreza absoluta”, ou seja, abaixo de um dólar por dia, como aludem as agências das Nações Unidas. Uma parte extremamente considerável dos restantes 10 milhões, que não vive em pobreza absoluta, também enfrenta privações sociais, razão pela qual a esperança de vida dos moçambicanos não vai além de 40 anos de idade, por o acesso a alimentos, saúde, educação, habitação, emprego, ambiente equilibrado e outros direitos, em quantidade e qualidade, constituir uma utopia, a avaliar pelo quase incomprometimento das autoridades estatais locais em implementar direitos humanos.
Mais: Dados do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento sobre os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio, relatados pelo Governo, indicam que a taxa de mortalidade infantil ronda entre 125, por 1000 recém-nascidos; a taxa de mortalidade de menores de cinco anos situa-se entre 200, em cada 1000 nascimentos. Estes são apenas alguns indicadores que precarizam e descartabilizam o direito humano à vida em Moçambique, dando azo ao supramencionado sim bastante condicionado.
Artigo 25º da DUDH
Baseando-se nos dados do PARPA II e das agências internacionais das Nações Unidas, é inegável que, em Moçambique, hajam e perfilam violações contra o direito humano à vida, que ferem o conteúdo do artigo 25º da DUDH, que assinala que: (1)“Toda a pessoa tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e a sua família saúde e bem-estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação, cuidados médicos e os serviços sociais indispensáveis, o direito à segurança, em caso de desemprego, doença, invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de perda de meios de subsistência em circunstâncias fora de seu controle” e (2)“ a maternidade e a infância têm direito a cuidados e assistência especiais. Todas as crianças, nascidas dentro ou fora do matrimónio, gozarão da mesma protecção social”.
Artigo 11º da CRM
Pode-se dizer ainda que as violações contra o direito humano à vida, em Moçambique, contrariam os objectivos do Estado moçambicano, dispostos no artigo 11 da Constituição da República de Moçambique: (c) a edificação de uma sociedade de justiça social e a criação do bem-estar material, espiritual e de qualidade de vida dos cidadãos; (e) a defesa e a promoção dos direitos humanos e da igualdade dos cidadãos perante a lei; (f) o reforço da democracia, da liberdade, da estabilidade social e da harmonia social e individual. Caso este artigo seja obedecido, por consequência, os objectivos do artigo 40º serão alcançados e vice-versa.
Enfim, os direitos humanos devem ser respeitados e implementados pelo (1) Estado e (1a) Governo, como políticas públicas eficazes e eficientes, entrosados no espírito atitudinal e comportamental de (2) cidadãos, a título individual e colectivo, para que se assista à elevação do direito humano à vida em Moçambique. Vale lembrar que, (3) a assistência e cooperação internacionais são chamadas a intervir, rumo à satisfação do direito humano à vida. A missão é de todos nós, certamente!
*Publicado no jornal ZAMBEZE (15 de Março de 2008)
Wednesday, 21 May 2008
Um Obama branco e uma Hilary homem
Depois destas eleições, com certeza que a América não mais será a mesma.
Obama, tornou-se numa das figuras mais importantes na actualidade mundial. Na verdade, basta que o assunto seja americano para atrair a atenção do mundo inteiro. Obama conseguiu tal feito por ser um dos favoritos candidatos à Casa Branca.
O facto é interessante na medida em que pela primeira vez, concorrem de forma renhida, à Presidência dos Estados Unidos da América, um homem negro e uma mulher branca. Embora tenha havido em tempos candidatos com mesmo perfil, pela primeira vez, esses candidatos estão próximos do poder.
O facto é também, para além de interessante, muito curioso. Trata-se de um homem negro descendente de emigrante queniano e de uma mulher que já conhece a Casa Branca, pois é esposa do antigo Presidente norte americano Bill Clinton.
Na hipótese de Hilary Clinton vir a ganhar as eleições, Clinton o marido volta a casa Branca, desta vez para acompanhar a esposa.
Faz me pensar neste texto a hipótese de Obama ser um candidato branco. Acredito que Clinton a esposa já teria desistido da corrida, na medida em que o jovem consegue através de maioria esmagadora estar na frente da sua concorrente.
Um Obama branco já teria consolidado a sua vitória e neste momento teríamos como candidato seguro e provável habitante da Casa Branca o jovem Senador Obama.
Faz me pensar assim porque a questão racial ainda é dominante na mente de muitas pessoas no mundo. Dada a vergonha que a questão carrega consigo, quase ninguém gosta de aborda-la, mas ela está lá e muitas decisões são tomadas considerando esse aspecto.
Por outro lado, se tivéssemos uma Hilary homem, eventualmente o jovem senador estivesse impedido de correr, porque para além de ser muito mais velha, a esposa de Clinton tem a vantagem de conhecer a Casa Branca e ter nela vivido longas e duras experiências.
A verdade porém é que temos uma Casa Branca concorrida por um jovem negro e uma mulher branca.
A mulher é símbolo de fraqueza, o machismo das sociedades não permite que uma mulher venha a governar um Estado. As poucas experiências que conhecemos e até mesmo aqui em África, resultam de uma luta e uma grande insistência das mulheres sobre a mentalidade machista.
A questão é que se a Clinton vence as eleições torna-se na primeira mulher a governar os Estados Unidos e uma das personalidades mais importantes do mundo. Uma boa parte das decisões do mundo ou com repercussões no mundo inteiro, passariam a ser tomadas por uma mulher.
Temos que reconhecer que as sociedades ainda estão a construir o seu caminho no combate contra o preconceito e a discriminação contra a mulher.
Hoje, a Clinton é julgada como não tendo força suficiente para suportar a Casa Branca, a ponto de poder possibilidade de chegar no mínimo onde Obama chegou. Em África ainda nos debatemos com a origem étnica do candidato, mesmo antes de ver o seu manifesto.
Outra lição que fica ao mundo é a capacidade do Estado poder criar candidatos muito fortes como Obama e Hilary para concorrerem a mais alta função do Estado isso em todas as pessoas mesmo que elas sejam descendente directas de africanos e ter algumas influencias muçulmanas.
Mais do que um jovem negro e uma mulher branca a tudo fazerem para a Casa Branca, ilustra-se ao mundo um futuro diferente para os Estados Unidos e para o mundo depois das próximas eleições. Depois destas eleições, com certeza que a América não mais será a mesma.
(Custódio Duma, em “ O Autarca “, de 30-04-08, retirado com a devida vénia)
NOTA: A opinião do Custódio Duma é válida mas também se pode especular que se Obama fosse branco e Clinton fosse mulher talvez já não estivessem na corrida, é que ambos os candidatos não me convencem.
Obama, tornou-se numa das figuras mais importantes na actualidade mundial. Na verdade, basta que o assunto seja americano para atrair a atenção do mundo inteiro. Obama conseguiu tal feito por ser um dos favoritos candidatos à Casa Branca.
O facto é interessante na medida em que pela primeira vez, concorrem de forma renhida, à Presidência dos Estados Unidos da América, um homem negro e uma mulher branca. Embora tenha havido em tempos candidatos com mesmo perfil, pela primeira vez, esses candidatos estão próximos do poder.
O facto é também, para além de interessante, muito curioso. Trata-se de um homem negro descendente de emigrante queniano e de uma mulher que já conhece a Casa Branca, pois é esposa do antigo Presidente norte americano Bill Clinton.
Na hipótese de Hilary Clinton vir a ganhar as eleições, Clinton o marido volta a casa Branca, desta vez para acompanhar a esposa.
Faz me pensar neste texto a hipótese de Obama ser um candidato branco. Acredito que Clinton a esposa já teria desistido da corrida, na medida em que o jovem consegue através de maioria esmagadora estar na frente da sua concorrente.
Um Obama branco já teria consolidado a sua vitória e neste momento teríamos como candidato seguro e provável habitante da Casa Branca o jovem Senador Obama.
Faz me pensar assim porque a questão racial ainda é dominante na mente de muitas pessoas no mundo. Dada a vergonha que a questão carrega consigo, quase ninguém gosta de aborda-la, mas ela está lá e muitas decisões são tomadas considerando esse aspecto.
Por outro lado, se tivéssemos uma Hilary homem, eventualmente o jovem senador estivesse impedido de correr, porque para além de ser muito mais velha, a esposa de Clinton tem a vantagem de conhecer a Casa Branca e ter nela vivido longas e duras experiências.
A verdade porém é que temos uma Casa Branca concorrida por um jovem negro e uma mulher branca.
A mulher é símbolo de fraqueza, o machismo das sociedades não permite que uma mulher venha a governar um Estado. As poucas experiências que conhecemos e até mesmo aqui em África, resultam de uma luta e uma grande insistência das mulheres sobre a mentalidade machista.
A questão é que se a Clinton vence as eleições torna-se na primeira mulher a governar os Estados Unidos e uma das personalidades mais importantes do mundo. Uma boa parte das decisões do mundo ou com repercussões no mundo inteiro, passariam a ser tomadas por uma mulher.
Temos que reconhecer que as sociedades ainda estão a construir o seu caminho no combate contra o preconceito e a discriminação contra a mulher.
Hoje, a Clinton é julgada como não tendo força suficiente para suportar a Casa Branca, a ponto de poder possibilidade de chegar no mínimo onde Obama chegou. Em África ainda nos debatemos com a origem étnica do candidato, mesmo antes de ver o seu manifesto.
Outra lição que fica ao mundo é a capacidade do Estado poder criar candidatos muito fortes como Obama e Hilary para concorrerem a mais alta função do Estado isso em todas as pessoas mesmo que elas sejam descendente directas de africanos e ter algumas influencias muçulmanas.
Mais do que um jovem negro e uma mulher branca a tudo fazerem para a Casa Branca, ilustra-se ao mundo um futuro diferente para os Estados Unidos e para o mundo depois das próximas eleições. Depois destas eleições, com certeza que a América não mais será a mesma.
(Custódio Duma, em “ O Autarca “, de 30-04-08, retirado com a devida vénia)
NOTA: A opinião do Custódio Duma é válida mas também se pode especular que se Obama fosse branco e Clinton fosse mulher talvez já não estivessem na corrida, é que ambos os candidatos não me convencem.
Ministério Público contempla corruptos!
O Ministério Público, MP, uma instituição do Estado que deve velar pela legalidade, tem sido bastante contemplativo com indivíduos que tem estado
a roubar fundos públicos. Nem a Procuradoria nem o seu descaracterizado braço especializado – Gabinete Central de Combate à Corrupção, GCCC – têm feito algo para que os roubos parem. Até aqui ainda não se viu um corrupto graúdo no banco dos réus a ser julgado.
O MP não convida os corruptos que roubam nas instituições públicas para uma sessão de perguntas a fim de saber a origem de tanta riqueza que exibem perante os olhos lânguidos e famintos do povo. Mesmo com denúncias estampadas nos jornais e no Relatório e Parecer sobre a Conta
Geral do Estado produzido pelo Tribunal Administrativo, o MP não vai atrás dos corruptos. Deixa-os em paz e contempla-os enquanto empobrecem o País retirando milhões de meticais para os seus bolsos. Que tipo de corrupção está a combater o MP?
A maneira como o Estado se desfez da TEXTAFRICA, deixando que retirassem as máquinas ainda novas para revenda, e pela forma como seus
agentes fecharam o negócio da venda da TEXMOQUE, atirando dezenas de
trabalhadores para o desemprego, tem uma mão estranha de que esteja
pendurado nos píncaros do poder. Se o silêncio do MP se devesse, alegadamente, por falta de provas, pode ler dossiers disponíveis no Tribunal Administrativo e outras publicações para se aperceber da real dimensão
do saque a que os fundos públicos estão sujeitos.
Escreve o MAGAZINE, de 07 de Maio, pp. 10, que os antigos dirigentes do
Instituto Nacional de Segurança Social, INSS, para além de recrutarem directamente as empresas de seus comparsas para empreitadas do Estado,
pagavam a mesma factura proforma duas a três vezes, em conluio com a
Dora Construções, drenando, na maior tranquilidade do mundo, fundos públicos. Os pagamentos das empreitadas eram feitos antes de se celebrar o
contrato. Onde se viu tal prática? Isso não incomoda tão pouco o MP?
O projecto de alterações a um edifício de dois pisos para a delegação do INSS em Tete, foram feitos três pagamentos : 13.05.2004 – 281.305,05 meticais; 26.09.2006 – 601.808,92 meticais e 13.09.2006 – 387.596.90 meticais à Arcus Consultores, uma subsidiária da Dora Construções. Porque motivos o MP não persegue indivíduos que roubam ao Estado de
tal modo? Na nossa opinião, os indivíduos que procedem de tal maneira põem em perigo a segurança do Povo e do Estado moçambicanos, logo, não
deveriam estar em liberdade por serem perigosos.
Os que delapidavam o Estado a partir do INSS, haviam montado um truque que poderia levar à prisão, mas, ninguém está preso por estarmos num país onde a corrupção é tolerada. Para o projecto de construção de condomínios em Nampula, Beira e Maputo, foi cotado em 15 mil dólares. Os corruptos
devolveram a cotação, por ser de valor irrisório, e mandaram subir para 45 mil. Em países sérios, os que fizeram isso estariam, neste momento, na cadeia.
( Edwin Hounnou, em “A TribunaFax”, de 12-05-08, retirado com a devida vénia )
a roubar fundos públicos. Nem a Procuradoria nem o seu descaracterizado braço especializado – Gabinete Central de Combate à Corrupção, GCCC – têm feito algo para que os roubos parem. Até aqui ainda não se viu um corrupto graúdo no banco dos réus a ser julgado.
O MP não convida os corruptos que roubam nas instituições públicas para uma sessão de perguntas a fim de saber a origem de tanta riqueza que exibem perante os olhos lânguidos e famintos do povo. Mesmo com denúncias estampadas nos jornais e no Relatório e Parecer sobre a Conta
Geral do Estado produzido pelo Tribunal Administrativo, o MP não vai atrás dos corruptos. Deixa-os em paz e contempla-os enquanto empobrecem o País retirando milhões de meticais para os seus bolsos. Que tipo de corrupção está a combater o MP?
A maneira como o Estado se desfez da TEXTAFRICA, deixando que retirassem as máquinas ainda novas para revenda, e pela forma como seus
agentes fecharam o negócio da venda da TEXMOQUE, atirando dezenas de
trabalhadores para o desemprego, tem uma mão estranha de que esteja
pendurado nos píncaros do poder. Se o silêncio do MP se devesse, alegadamente, por falta de provas, pode ler dossiers disponíveis no Tribunal Administrativo e outras publicações para se aperceber da real dimensão
do saque a que os fundos públicos estão sujeitos.
Escreve o MAGAZINE, de 07 de Maio, pp. 10, que os antigos dirigentes do
Instituto Nacional de Segurança Social, INSS, para além de recrutarem directamente as empresas de seus comparsas para empreitadas do Estado,
pagavam a mesma factura proforma duas a três vezes, em conluio com a
Dora Construções, drenando, na maior tranquilidade do mundo, fundos públicos. Os pagamentos das empreitadas eram feitos antes de se celebrar o
contrato. Onde se viu tal prática? Isso não incomoda tão pouco o MP?
O projecto de alterações a um edifício de dois pisos para a delegação do INSS em Tete, foram feitos três pagamentos : 13.05.2004 – 281.305,05 meticais; 26.09.2006 – 601.808,92 meticais e 13.09.2006 – 387.596.90 meticais à Arcus Consultores, uma subsidiária da Dora Construções. Porque motivos o MP não persegue indivíduos que roubam ao Estado de
tal modo? Na nossa opinião, os indivíduos que procedem de tal maneira põem em perigo a segurança do Povo e do Estado moçambicanos, logo, não
deveriam estar em liberdade por serem perigosos.
Os que delapidavam o Estado a partir do INSS, haviam montado um truque que poderia levar à prisão, mas, ninguém está preso por estarmos num país onde a corrupção é tolerada. Para o projecto de construção de condomínios em Nampula, Beira e Maputo, foi cotado em 15 mil dólares. Os corruptos
devolveram a cotação, por ser de valor irrisório, e mandaram subir para 45 mil. Em países sérios, os que fizeram isso estariam, neste momento, na cadeia.
( Edwin Hounnou, em “A TribunaFax”, de 12-05-08, retirado com a devida vénia )
Sunday, 18 May 2008
Meditação
Existem pessoas que se sentem ofendidas, magoadas por qualquer coisa: à mais mais leve contrariedade, se sentem humilhadas... Ora, nós não viemos a este mundo para nos banhar em águas de rosas...
Agradeço todas as dificuldades que enfrentei; não fosse por elas, eu não teria saído do lugar... As facilidades nos impedem de caminhar. Mesmo as críticas nos auxilian muito.
Quando você não tiver uma palavra que auxilie, procure não abrir a boca.
Sabemos que precisamos de certos recursos, mas o Senhor não nos ensinou a pedir o pão, mais dois carros, mais um avião...
Não precisamos de tanta coisa para colocar tanta carga em cima de nós.
Tudo o que criamos para nós, de que não temos necessidade, se transforma em angústia, em pressão...
Valorizemos o amigo que nos socorre, que se interessa por nós, que nos escreve, que nos telefona para saber como estamos indo... A amizade é uma dádiva de Deus. Mais tarde, haveremos de sentir falta daqueles que não nos deixam experimentar a solidão.
A caridade é um exercício espiritual... Quem pratica o bem, coloca em movimento as forças da alma...
Quando os espíritos nos recomendam com insistencia a prática da caridade, eles esatão-nos orientando no sentido de nossa própria evolução, não se trata apenas de uma indicaçã ética, mas de profundo significado filosófico.
Tudo o que pudermos fazer no bem, não devemos adiar... Carecemos somar esforços, criando, digamos, uma energia dinâmica que se anteponha às forças do mal... Ninguém tem o direito de se omitir. Uma das mais belas lições que tenho aprendido com o sofrimento: NÃO JULGAR, definitivamente não julgar a quem quer que seja.
O exemplo é uma força que repercute, de maneira imediata, longe ou perto de nós.. Não podemos nos responsabilizar pelo que os outros fazem de suas vidas, cada qual é livre para fazer o que quer de si mesmo, mas não podemos negar que nossas atitudes inspiram atitudes, seja no bem quanto no mal.
Fico triste quando alguém me ofende, mas, com certeza, eu ficaria mais triste se fosse eu o ofensor.
Magoar alguém é terrível!...
Tudo tem seu apogeu e seu declínio... É natural que seja assim; todavia, quando tudo parece converger para o que supomos o nada, eis que a vida resurge, triunfante e bela!... Novas folhas, novas flores, na indefinida bênção do recomeço!...
( CHICO XAVIER )
Agradeço todas as dificuldades que enfrentei; não fosse por elas, eu não teria saído do lugar... As facilidades nos impedem de caminhar. Mesmo as críticas nos auxilian muito.
Quando você não tiver uma palavra que auxilie, procure não abrir a boca.
Sabemos que precisamos de certos recursos, mas o Senhor não nos ensinou a pedir o pão, mais dois carros, mais um avião...
Não precisamos de tanta coisa para colocar tanta carga em cima de nós.
Tudo o que criamos para nós, de que não temos necessidade, se transforma em angústia, em pressão...
Valorizemos o amigo que nos socorre, que se interessa por nós, que nos escreve, que nos telefona para saber como estamos indo... A amizade é uma dádiva de Deus. Mais tarde, haveremos de sentir falta daqueles que não nos deixam experimentar a solidão.
A caridade é um exercício espiritual... Quem pratica o bem, coloca em movimento as forças da alma...
Quando os espíritos nos recomendam com insistencia a prática da caridade, eles esatão-nos orientando no sentido de nossa própria evolução, não se trata apenas de uma indicaçã ética, mas de profundo significado filosófico.
Tudo o que pudermos fazer no bem, não devemos adiar... Carecemos somar esforços, criando, digamos, uma energia dinâmica que se anteponha às forças do mal... Ninguém tem o direito de se omitir. Uma das mais belas lições que tenho aprendido com o sofrimento: NÃO JULGAR, definitivamente não julgar a quem quer que seja.
O exemplo é uma força que repercute, de maneira imediata, longe ou perto de nós.. Não podemos nos responsabilizar pelo que os outros fazem de suas vidas, cada qual é livre para fazer o que quer de si mesmo, mas não podemos negar que nossas atitudes inspiram atitudes, seja no bem quanto no mal.
Fico triste quando alguém me ofende, mas, com certeza, eu ficaria mais triste se fosse eu o ofensor.
Magoar alguém é terrível!...
Tudo tem seu apogeu e seu declínio... É natural que seja assim; todavia, quando tudo parece converger para o que supomos o nada, eis que a vida resurge, triunfante e bela!... Novas folhas, novas flores, na indefinida bênção do recomeço!...
( CHICO XAVIER )
Saturday, 17 May 2008
Benfiquistas: deixem falar o Mantorras!
DEIXEM FALAR O MANTORRAS !!!
O Professor Marcelo Rebelo de Sousa pediu ao Mantorras para atribuir uma nota ao GLORIOSO S. L. BENFICA numa escala de 1 a 10.
O Mantorras 'dispara ' pronto, ao seu estilo habitual :
' Nota DEZ, Professor'
- ' DEZ ?! ', questiona o Professor.
- 'Sim, Professor ... , prossegue o Mantorras :
1. DEZorganizado
2. DEZmotivado
3. DEZestabilidado
4. DEZactualizado
5. DEZqualificado
6. DEZanimado
7. DEZmoralizado
8. DEZordenado
9. DEZactivado
10. DEZmantelado'.
Diz o Professor: 'Bem, visto dessa forma, DEZ vezes DEZ é igual a CEM !'
O Mantorras quase nem deixa o Professor acabar a frase :
'É isso, Professor! CEM DINHEIRO, CEM EQUIPA, CEM FIO DE JOGO, CEM TÍTULOS, CEM TAÇAS, CEM VERGONHA, CEM MERDA NENHUMA'.
O Professor Marcelo Rebelo de Sousa pediu ao Mantorras para atribuir uma nota ao GLORIOSO S. L. BENFICA numa escala de 1 a 10.
O Mantorras 'dispara ' pronto, ao seu estilo habitual :
' Nota DEZ, Professor'
- ' DEZ ?! ', questiona o Professor.
- 'Sim, Professor ... , prossegue o Mantorras :
1. DEZorganizado
2. DEZmotivado
3. DEZestabilidado
4. DEZactualizado
5. DEZqualificado
6. DEZanimado
7. DEZmoralizado
8. DEZordenado
9. DEZactivado
10. DEZmantelado'.
Diz o Professor: 'Bem, visto dessa forma, DEZ vezes DEZ é igual a CEM !'
O Mantorras quase nem deixa o Professor acabar a frase :
'É isso, Professor! CEM DINHEIRO, CEM EQUIPA, CEM FIO DE JOGO, CEM TÍTULOS, CEM TAÇAS, CEM VERGONHA, CEM MERDA NENHUMA'.
Friday, 16 May 2008
Tuesday, 13 May 2008
Uma carta para Samora
Carlos Adrião Rodrigues- Começando a descobrir a história da descolonização.
Esta carta terá sido elaborada para o Presidente Samora Machel no segundo semestre de 1977....
Contribuições para a História de Moçambique
Carta de demissão do primeiro Vice-governador do Banco de Moçambique
Após a independência de Moçambique foi criado um banco central sobre
os alicerces do então Banco Nacional Ultramarino (BNU). Alberto
Cassimo viria a ser o primeiro governador do novo banco emissor - o
Banco de Moçambique. Carlos Adrião Rodrigues, advogado com cartório na capital moçambicana e ligado ao sector progressista da burguesia
colonial, ascendeu à posição de vice-governador daquela instituição
bancária.
Membro do grupo de pressão denominado «Democratas de Moçambique»,
Adrião Rodrigues havia-se evidenciado, conjuntamente com João Afonso
dos Santos, Pereira Leite e William Gerard Pott, num famoso processo
jurídico conhecido pelo «Caso dos Padres do Macúti» em que dois
prelados católicos, detidos na Beira pela PIDE/DGS no âmbito duma
conspiração engendrada por Jorge Jardim, eram acusados da prática do
"crime contra a harmonia racial", algo não contemplado no Código
Processual então em vigor na colónia portuguesa do Índico.
Desiludido com a política seguida pelo regime da Frelimo, mormente no
tocante à perseguição movida contra as minorias étnicas do país,
Carlos Adrião Rodrigues optou por se demitir do cargo para o qual
havia sido nomeado pelo governo de Samora Machel.
Idênticos passos viriam a ser dados por outros membros daquele grupo
de pressão, como Pereira Leite, Sérgio Espadas, entre outros.
William Gerard Pott, causídico moçambicano oriundo da Zambézia, viria
a ser detido pelo SNASP. Como consequência dos maus tratos e sevícias de que fora alvo por parte da polícia política, Pott viria a falecer poucas semanas depois, vítima de colapso cardíaco.
A seguir se transcreve o texto integral da carta de demissão que
Carlos Adrião Rodrigues endereçou ao Presidente Samora Machel:
Carlos Adrião Rodrigues
Rua de Infantaria 16, n° 103 2° Dto.
LISBOA
Exmo. Sr.
Presidente da República Popular de Moçambique
Excelência,
Venho apresentar a V.Exa a minha demissão do cargo de Vice-governador do Banco de Moçambique.
Em resumo as razões que me levam a tomar esta decisão, são as seguintes:
1. - A política de afastamento das minorias étnicas residentes em
Moçambique. Esta política - cuja determinação voluntária por parte do
governo não me oferece dúvidas e é facilmente demonstrável - além de
pôr em causa a existência de uma sociedade pluriracial em Moçambique,
em que eu pessoal-mente apostara, empurrou o país para o caos económico e social.
Por virtude de uma injustiça decorrente da situação colonial, mas que
ao governo revolucionário seria fácil corrigir, parte importante dos
conhecimentos necessários ao país estavam concentrados nessa gama
populacional (brancos, indianos, chineses e mulatos).
Ora, grande parte dessas minorias étnicas ficaria no país, caso lhes
fossem dadas determinadas garantias básicas (direito a não ser preso
excepto nos casos permitidos por lei, respeito pela sua propriedade
pessoal, garantias de julgamento rápido e de defesa em caso de prisão
legal, respeito da sua identidade cultural própria.
Em troca destas garantias fundamentais (que não seriam uma excepção
porque se deveriam aplicar a toda a população) elas dariam ao país o
seu trabalho, que enquadrado numa economia socialista, era essencial
para o arranque económico.
Em vez de se aproveitar essa parte da população, preferiu-se
acossá-la. Multiplicaram-se as prisões arbitrárias, as violências
verbais, o desrespeito pelos bens pessoais. Procurou-se substituir
essa população pelos cooperantes e por uma apressada formação de
quadros, mais apregoada que executada.
Escorraçou-se do país para fora homens que eram absolutamente
insubstituíveis, para já, e que num outro contexto teriam ficado.
Lembro só para exemplo os quadros agrícolas e veterinários escassos
mas extremamente importantes, apostados em ficar mas que um a um se
foram embora, bem contra vontade; os quadros de geologia e minas,
falsamente acusados de desvio de ouro, nas primeiras páginas dos
jornais locais, e que depois de se ter constatado a sua inocência
jamais mereceram uma reparação.
Os Zecas Russos, os Macamos e outros marginais ainda em circulação
foram promovidos a autênticos heróis nacionais, só porque espoliavam
as pessoas de seus teres e haveres o que, parece, era considerado
altamente patriótico e revolucionário. Verdade que eles espoliavam as
maiorias e as minorias, o que resulta em fraco consolo para umas e
outras.
E, neste caminho, acabou-se na pequena truculência anti-branco ou
anti-mulato, como foram os casos da expulsão dos agricultores brancos
do Vale do Limpopo - gente pobre que trabalhava a terra - e a expulsão dos chamados "comerciantes de nacionalidade" isto é, de pessoas que ao
abrigo de uma lei ridícula e que devia ser revogada, mas que existia e tinha sido publicada pelo governo da República Popular de Moçambique, tinham mudado de nacionalidade, para se garantirem um pouco mais contra as arbitrariedades que apontei. Ora, esta expulsão veio afectar a economia do país, na medida em que afastou os últimos operários com alguma especialização e de capacidade de direcção que não fossem negros. E quanto a estes últimos ainda está por fazer o balanço dos que fugiram. Mas segundo me consta, a zona do Rand, na África do Sul, está cheia de carpinteiros, mecânicos, electricistas, operários da construção civil, fugidos de Moçambique.
Durante muito tempo convenci-me que esta política era, não uma
política mas sim erros, próprios do processo. Ou tentei convencer-me.
Mas a constância dos erros e sobretudo o reforço da posição das
pessoas que eram o esteio desta política, surgido do 3° Congresso,
convenceu-me que se tratava de uma política sistematicamente
prosseguida. Ora eu tinha apostado noutra: a manutenção das minorias
étnicas, o respeito pelos seus direitos, mas contrariando severamente
todos os privilégios que, indiscutivelmente os beneficiava.
E Moçambique, porque um país onde tais minorias étnicas eram em número reduzido, podia ser o laboratório experimental de uma política que me parecia poder ser exemplo extremamente importante para a África Austral.
Por outro lado a força e o prestígio da FRELIMO permitiam-lhe fazer a
experiência. Não se fez e o resultado está à vista: o fracasso
económico, e a redução quase a zero das possibilidades de recuperação; um profundo desengajamento do povo, tanto no trabalho da construção do país como na actividade política; uma cada vez maior dependência da África do Sul que hoje, mais que no tempo colonial é a grande fonte das nossas disponibilidades externas e o grande fornecedor dos bens de consumo essenciais que a nossa produção reduzida torna vitais.
2 - Convencido como fiquei de que a sobrevivência das minorias étnicas e o projecto de uma sociedade pluriracial estavam condenados em Moçambique em virtude da política prática seguida - que contrariava a linha política anunciada - cheguei à conclusão que eu, como branco e ainda por cima não nascido em Moçambique, não tinha lugar nessa sociedade, pelo menos enquanto não mudar a sua praxis e não se decidir a assumir como sua toda a população (que era escassa) habitante do território. Portanto saio. Creia que não lhe minto se lhe disser que faço com a morte na alma.
E saio já porque também devo pensar um pouco mais em mim e que os meus anos se vão passando para iniciar vida nova utilmente noutro país.
3 - A pressão sobre as minorias não resultou em qualquer benefício
para a maioria. Antes pelo contrário - a quebra na produção e a
incapacidade de recuperação que se nota em quase todos os sectores da
economia, fazem prever um acentuado decréscimo no nível de vida da
população.
Postas as razões convém-me ainda esclarecer que considero V.Exa ainda
hoje, apesar das reservas expostas à política seguida, como o mais
autêntico representante do povo moçambicano, o verdadeiro líder
nacionalista de que Moçambique precisa.
Por outro lado, e como vacina contra boatos, quero afirmar que nas
minhas actuações sempre procurei defender com toda a honestidade os
interesses que me foram confiados por Moçambique.
Mas a corrupção a alto nível dentro do aparelho de estado existe, e
dela tive confirmação em Lisboa.
Pelas razões que exponho para a minha saída, acho ser meu direito, e
também meu dever, pedir a V.Exa que autorize a saída dos meus bens
pessoais que me fazem mais falta e que só com dificuldade poderia
substituir: mobílias, electrodomésticos, livros, discos e um carro
Simca 08-75, com 5 anos de uso. Caso V.Exa autorize, pessoa amiga, que indico ao Cassimo, tratará das demarches necessárias.
Mas se V.Exa achar que não deve autorizar, também passarei sem elas.Aceite V.Exa os cumprimentos meus e de minha mulher e os nossosdesejos das maiores prosperidades para o Povo Moçambicano.
Carlos Adrião Rodrigues
( Préstimos de A. Velho )
Esta carta terá sido elaborada para o Presidente Samora Machel no segundo semestre de 1977....
Contribuições para a História de Moçambique
Carta de demissão do primeiro Vice-governador do Banco de Moçambique
Após a independência de Moçambique foi criado um banco central sobre
os alicerces do então Banco Nacional Ultramarino (BNU). Alberto
Cassimo viria a ser o primeiro governador do novo banco emissor - o
Banco de Moçambique. Carlos Adrião Rodrigues, advogado com cartório na capital moçambicana e ligado ao sector progressista da burguesia
colonial, ascendeu à posição de vice-governador daquela instituição
bancária.
Membro do grupo de pressão denominado «Democratas de Moçambique»,
Adrião Rodrigues havia-se evidenciado, conjuntamente com João Afonso
dos Santos, Pereira Leite e William Gerard Pott, num famoso processo
jurídico conhecido pelo «Caso dos Padres do Macúti» em que dois
prelados católicos, detidos na Beira pela PIDE/DGS no âmbito duma
conspiração engendrada por Jorge Jardim, eram acusados da prática do
"crime contra a harmonia racial", algo não contemplado no Código
Processual então em vigor na colónia portuguesa do Índico.
Desiludido com a política seguida pelo regime da Frelimo, mormente no
tocante à perseguição movida contra as minorias étnicas do país,
Carlos Adrião Rodrigues optou por se demitir do cargo para o qual
havia sido nomeado pelo governo de Samora Machel.
Idênticos passos viriam a ser dados por outros membros daquele grupo
de pressão, como Pereira Leite, Sérgio Espadas, entre outros.
William Gerard Pott, causídico moçambicano oriundo da Zambézia, viria
a ser detido pelo SNASP. Como consequência dos maus tratos e sevícias de que fora alvo por parte da polícia política, Pott viria a falecer poucas semanas depois, vítima de colapso cardíaco.
A seguir se transcreve o texto integral da carta de demissão que
Carlos Adrião Rodrigues endereçou ao Presidente Samora Machel:
Carlos Adrião Rodrigues
Rua de Infantaria 16, n° 103 2° Dto.
LISBOA
Exmo. Sr.
Presidente da República Popular de Moçambique
Excelência,
Venho apresentar a V.Exa a minha demissão do cargo de Vice-governador do Banco de Moçambique.
Em resumo as razões que me levam a tomar esta decisão, são as seguintes:
1. - A política de afastamento das minorias étnicas residentes em
Moçambique. Esta política - cuja determinação voluntária por parte do
governo não me oferece dúvidas e é facilmente demonstrável - além de
pôr em causa a existência de uma sociedade pluriracial em Moçambique,
em que eu pessoal-mente apostara, empurrou o país para o caos económico e social.
Por virtude de uma injustiça decorrente da situação colonial, mas que
ao governo revolucionário seria fácil corrigir, parte importante dos
conhecimentos necessários ao país estavam concentrados nessa gama
populacional (brancos, indianos, chineses e mulatos).
Ora, grande parte dessas minorias étnicas ficaria no país, caso lhes
fossem dadas determinadas garantias básicas (direito a não ser preso
excepto nos casos permitidos por lei, respeito pela sua propriedade
pessoal, garantias de julgamento rápido e de defesa em caso de prisão
legal, respeito da sua identidade cultural própria.
Em troca destas garantias fundamentais (que não seriam uma excepção
porque se deveriam aplicar a toda a população) elas dariam ao país o
seu trabalho, que enquadrado numa economia socialista, era essencial
para o arranque económico.
Em vez de se aproveitar essa parte da população, preferiu-se
acossá-la. Multiplicaram-se as prisões arbitrárias, as violências
verbais, o desrespeito pelos bens pessoais. Procurou-se substituir
essa população pelos cooperantes e por uma apressada formação de
quadros, mais apregoada que executada.
Escorraçou-se do país para fora homens que eram absolutamente
insubstituíveis, para já, e que num outro contexto teriam ficado.
Lembro só para exemplo os quadros agrícolas e veterinários escassos
mas extremamente importantes, apostados em ficar mas que um a um se
foram embora, bem contra vontade; os quadros de geologia e minas,
falsamente acusados de desvio de ouro, nas primeiras páginas dos
jornais locais, e que depois de se ter constatado a sua inocência
jamais mereceram uma reparação.
Os Zecas Russos, os Macamos e outros marginais ainda em circulação
foram promovidos a autênticos heróis nacionais, só porque espoliavam
as pessoas de seus teres e haveres o que, parece, era considerado
altamente patriótico e revolucionário. Verdade que eles espoliavam as
maiorias e as minorias, o que resulta em fraco consolo para umas e
outras.
E, neste caminho, acabou-se na pequena truculência anti-branco ou
anti-mulato, como foram os casos da expulsão dos agricultores brancos
do Vale do Limpopo - gente pobre que trabalhava a terra - e a expulsão dos chamados "comerciantes de nacionalidade" isto é, de pessoas que ao
abrigo de uma lei ridícula e que devia ser revogada, mas que existia e tinha sido publicada pelo governo da República Popular de Moçambique, tinham mudado de nacionalidade, para se garantirem um pouco mais contra as arbitrariedades que apontei. Ora, esta expulsão veio afectar a economia do país, na medida em que afastou os últimos operários com alguma especialização e de capacidade de direcção que não fossem negros. E quanto a estes últimos ainda está por fazer o balanço dos que fugiram. Mas segundo me consta, a zona do Rand, na África do Sul, está cheia de carpinteiros, mecânicos, electricistas, operários da construção civil, fugidos de Moçambique.
Durante muito tempo convenci-me que esta política era, não uma
política mas sim erros, próprios do processo. Ou tentei convencer-me.
Mas a constância dos erros e sobretudo o reforço da posição das
pessoas que eram o esteio desta política, surgido do 3° Congresso,
convenceu-me que se tratava de uma política sistematicamente
prosseguida. Ora eu tinha apostado noutra: a manutenção das minorias
étnicas, o respeito pelos seus direitos, mas contrariando severamente
todos os privilégios que, indiscutivelmente os beneficiava.
E Moçambique, porque um país onde tais minorias étnicas eram em número reduzido, podia ser o laboratório experimental de uma política que me parecia poder ser exemplo extremamente importante para a África Austral.
Por outro lado a força e o prestígio da FRELIMO permitiam-lhe fazer a
experiência. Não se fez e o resultado está à vista: o fracasso
económico, e a redução quase a zero das possibilidades de recuperação; um profundo desengajamento do povo, tanto no trabalho da construção do país como na actividade política; uma cada vez maior dependência da África do Sul que hoje, mais que no tempo colonial é a grande fonte das nossas disponibilidades externas e o grande fornecedor dos bens de consumo essenciais que a nossa produção reduzida torna vitais.
2 - Convencido como fiquei de que a sobrevivência das minorias étnicas e o projecto de uma sociedade pluriracial estavam condenados em Moçambique em virtude da política prática seguida - que contrariava a linha política anunciada - cheguei à conclusão que eu, como branco e ainda por cima não nascido em Moçambique, não tinha lugar nessa sociedade, pelo menos enquanto não mudar a sua praxis e não se decidir a assumir como sua toda a população (que era escassa) habitante do território. Portanto saio. Creia que não lhe minto se lhe disser que faço com a morte na alma.
E saio já porque também devo pensar um pouco mais em mim e que os meus anos se vão passando para iniciar vida nova utilmente noutro país.
3 - A pressão sobre as minorias não resultou em qualquer benefício
para a maioria. Antes pelo contrário - a quebra na produção e a
incapacidade de recuperação que se nota em quase todos os sectores da
economia, fazem prever um acentuado decréscimo no nível de vida da
população.
Postas as razões convém-me ainda esclarecer que considero V.Exa ainda
hoje, apesar das reservas expostas à política seguida, como o mais
autêntico representante do povo moçambicano, o verdadeiro líder
nacionalista de que Moçambique precisa.
Por outro lado, e como vacina contra boatos, quero afirmar que nas
minhas actuações sempre procurei defender com toda a honestidade os
interesses que me foram confiados por Moçambique.
Mas a corrupção a alto nível dentro do aparelho de estado existe, e
dela tive confirmação em Lisboa.
Pelas razões que exponho para a minha saída, acho ser meu direito, e
também meu dever, pedir a V.Exa que autorize a saída dos meus bens
pessoais que me fazem mais falta e que só com dificuldade poderia
substituir: mobílias, electrodomésticos, livros, discos e um carro
Simca 08-75, com 5 anos de uso. Caso V.Exa autorize, pessoa amiga, que indico ao Cassimo, tratará das demarches necessárias.
Mas se V.Exa achar que não deve autorizar, também passarei sem elas.Aceite V.Exa os cumprimentos meus e de minha mulher e os nossosdesejos das maiores prosperidades para o Povo Moçambicano.
Carlos Adrião Rodrigues
( Préstimos de A. Velho )
Convite
Está convidao(a) para assistar ao vivo a um espectáculo inolvidável com o seguinte título: Como um leão devora um dragão. Mais pormenores em www.nucleosportinguistamocambique.blogspot.com .
Sunday, 11 May 2008
Centésima postagem: um poema
Naturalidade
Europeu, me dizem.
Europeu, me dizem.
Eivam-me de literatura e doutrina européias
e europeu me chamam.
Não sei se o que escrevo tem raiz a raiz de algum
pensamento europeu. É provável ... Não. É certo,
mas africano sou.
Pulsa-me o coração ao ritmo dolente
desta luz e deste quebranto.
Trago no sangue uma amplidão
de coordenadas geográficas e mar Índico.
Rosas não me dizem nada, caso-me mais à agrura das micaias
e ao silêncio longo e roxo das tardes com gritos de aves estranhas.
Chamais-me europeu? Pronto, calo-me.
Mas dentro de mim há savanas de aridez
e planuras sem fim com longos rios langues e sinuosos,
uma fita de fumo vertical, um negro e uma viola estalando.
( Poema de Rui Knopfli )
SA picking up a crippling tab for Zimbabwean crisis
Calculating the financial cost of the Zimbabwean crisis helps to measure relative priorities and gives guidance on what needs to be done.
Last year, the combined size of Zimbabwe and SA’s economies was US283-billion, but our neighbour accounted for just 0.2% of the total.
If only a third of the jobs held by Zimbabweans in SA are taken by locals, our unemployment rate would drop from the current 23% to 16%.
The financial repercussions of the political chaos and economic meltdown in the country should be spelt out because it’s costing us dearly, writes Jayendra Naidoo
While many question the role of South Africa and its right to intervene in the Zimbabwe crisis, the real question is whether we can afford not to intervene.
Zimbabwe stands on the edge of an election outcome that will lead either to a democratic change or a political disaster.
While the stakes are undoubtedly high for Zimbabwe, South Africans with other pressing challenges, such as electricity shortages, unemployment, crime and Aids, will inevitably ask why Zimbabwe should be given priority.
Social and political organisations should operate on principles of social justice and human rights. This allows strong moral stands to be taken regardless of economic interests.
But calculating the financial costs and benefits of the challenges we face helps to measure relative priorities and provides guidance on the amount of resources that can be invested to resolve an issue.
The question South Africans must ask is whether our current government policy of quiet diplomacy is an appropriate response, or should we rather be investing in a stronger approach to ensure a successful democratic election outcome and the restoration of the Zimbabwean economy?
Using public data, Macquarie First South’s economists have “run the numbers” on Zimbabwe’s effect on the South African economy.
SA Reserve Bank data shows that the combined gross domestic product of South Africa and Zimbabwe was US143-billion in 1994, with Zimbabwe’s share about 5%.
After experiencing steady growth through most of the ’90s, Zimbabwe’s economy has deteriorated since 1998 to the extent that it’s now the world’s fastest-shrinking economy with the world’s highest inflation rate.
By last year, the combined size of SA and Zimbabwe’s economies had doubled to US283-billion, but Zimbabwe’s economy accounted for just 0.2% of the total.
Today, the Zimbabwean economy is 40% smaller than what it was in 1999.
Had it maintained its pre-2000 growth rate, its GDP would be at least US7- billion larger than it currently is.
South Africa is Zimbabwe’s largest trading partner, supplying 40% of its imports and receiving 25% in exports.
It’s estimated that the share of “lost” exports from South Africa to Zimbabwe is approximately R22-billion.
Furthermore, perceived political risk attached to the Zimbabwean political crisis has had a big impact on South Africa, especially taking into account the current account deficit and the tough global financial environment.
International negative sentiments on Zimbabwe hurts South Africa as well, as investors in SA bonds and equities calculate the negative consequences on SA in terms of employment, growth and social stability.
In 2001, the initial wave of negative sentiment on Zimbabwe coincided with a 3% increase in South Africa’s cost of borrowing foreign currency.
Macquarie First South’s research estimated that, in the current global environment, a meltdown in Zimbabwe could weaken the rand by as much as 20%. This would push interest rates up by at least 2%.
This raises the borrowing and investment costs of public and private companies, and hits consumers in the form of higher transport costs, electricity, house rentals or mortgages, and a higher cost of goods generally.
This would equate to a total cost to South Africa of R24-billion.
The loss of SA exports to Zimbabwe has resulted in a total loss in GDP of R46-billion in the current year.
Of course, the cumulative effect over the past seven years is larger, and if the crisis continues for years ahead, the costs would continue to grow.
Conversely, in the context of a successful transition in Zimbabwe, positive sentiment would strengthen the rand and result in a reduced cost of borrowing.
Taking action to restore the Zimbabwean economy would potentially add 2% to our economy.
Zimbabwe’s crisis is not just a lost opportunity in terms of GDP, but a huge direct cost to South Africa.
Formerly a food exporter, Zimbabwe is now an exporter of poverty and refugees.
An estimated 3.5 million Zimbabweans are in South Africa, most working “illegally” in SA homes, restaurants and the construction sectors. At the same time, there are about four million unemployed South Africans who are actively looking for jobs.
If the Zimbabwean economy began functioning normally and started to create job opportunities again, many would return home and find jobs there.
Assuming that only a third of the jobs currently held by Zimbabweans are taken by South Africans, unemployment in South African would drop from the current rate of 23% to around 16%.
This translates into more income per average South African household, plus additional savings in unemployment benefits currently being paid and a decrease in remittances sent to Zimbabwe, which will save South Africa additional foreign exchange.
According to the SA Reserve Bank, the average total compensation for an SA employee (taking into account a labour force of 17 million people) is about R49 000 a year or R4 000 a month.
Assuming that the average Zimbabwean employed in SA earns even half of this, the direct effect of 1.2 million more South Africans being employed in those jobs would be about R30-billion.
Each average SA household would be roughly R3000 better off each year.
There are other costs too.
Zimbabwean food production has fallen 40% since 2000 and the UN World Food Programme estimates that 2.6 million Zimbabweans will need food aid in 2008. The country has lost major tourism revenues, foreign direct investment has dropped to less than 10% of its pre-2000 levels to US30-million, and SA suppliers have lost millions as a result of non- payment from Zimbabwean companies. The valuable mining and agricultural sectors have lost out on the high prices for commodities due to dramatic falls in their output.
Zimbabwe is a high-value challenge and opportunity for South Africa.
The costs or gains of getting it wrong are high — as are the gains of getting it right. If South Africa was a company, the shareholders of SA Inc would link the bonus of the top executive management to resurrecting Zimbabwe and helping to get it on the right path.
Weak action on South Africa’s part now is in itself an action and a choice.
Zimbabwe can’t afford to miss this critical chance for change.
But more still, South Africa can’t afford to miss this opportunity either.
• Naidoo is the executive chairman of the J&J Group and writes in his personal capacity .
( Sunday Times, 11-05-08 )
Last year, the combined size of Zimbabwe and SA’s economies was US283-billion, but our neighbour accounted for just 0.2% of the total.
If only a third of the jobs held by Zimbabweans in SA are taken by locals, our unemployment rate would drop from the current 23% to 16%.
The financial repercussions of the political chaos and economic meltdown in the country should be spelt out because it’s costing us dearly, writes Jayendra Naidoo
While many question the role of South Africa and its right to intervene in the Zimbabwe crisis, the real question is whether we can afford not to intervene.
Zimbabwe stands on the edge of an election outcome that will lead either to a democratic change or a political disaster.
While the stakes are undoubtedly high for Zimbabwe, South Africans with other pressing challenges, such as electricity shortages, unemployment, crime and Aids, will inevitably ask why Zimbabwe should be given priority.
Social and political organisations should operate on principles of social justice and human rights. This allows strong moral stands to be taken regardless of economic interests.
But calculating the financial costs and benefits of the challenges we face helps to measure relative priorities and provides guidance on the amount of resources that can be invested to resolve an issue.
The question South Africans must ask is whether our current government policy of quiet diplomacy is an appropriate response, or should we rather be investing in a stronger approach to ensure a successful democratic election outcome and the restoration of the Zimbabwean economy?
Using public data, Macquarie First South’s economists have “run the numbers” on Zimbabwe’s effect on the South African economy.
SA Reserve Bank data shows that the combined gross domestic product of South Africa and Zimbabwe was US143-billion in 1994, with Zimbabwe’s share about 5%.
After experiencing steady growth through most of the ’90s, Zimbabwe’s economy has deteriorated since 1998 to the extent that it’s now the world’s fastest-shrinking economy with the world’s highest inflation rate.
By last year, the combined size of SA and Zimbabwe’s economies had doubled to US283-billion, but Zimbabwe’s economy accounted for just 0.2% of the total.
Today, the Zimbabwean economy is 40% smaller than what it was in 1999.
Had it maintained its pre-2000 growth rate, its GDP would be at least US7- billion larger than it currently is.
South Africa is Zimbabwe’s largest trading partner, supplying 40% of its imports and receiving 25% in exports.
It’s estimated that the share of “lost” exports from South Africa to Zimbabwe is approximately R22-billion.
Furthermore, perceived political risk attached to the Zimbabwean political crisis has had a big impact on South Africa, especially taking into account the current account deficit and the tough global financial environment.
International negative sentiments on Zimbabwe hurts South Africa as well, as investors in SA bonds and equities calculate the negative consequences on SA in terms of employment, growth and social stability.
In 2001, the initial wave of negative sentiment on Zimbabwe coincided with a 3% increase in South Africa’s cost of borrowing foreign currency.
Macquarie First South’s research estimated that, in the current global environment, a meltdown in Zimbabwe could weaken the rand by as much as 20%. This would push interest rates up by at least 2%.
This raises the borrowing and investment costs of public and private companies, and hits consumers in the form of higher transport costs, electricity, house rentals or mortgages, and a higher cost of goods generally.
This would equate to a total cost to South Africa of R24-billion.
The loss of SA exports to Zimbabwe has resulted in a total loss in GDP of R46-billion in the current year.
Of course, the cumulative effect over the past seven years is larger, and if the crisis continues for years ahead, the costs would continue to grow.
Conversely, in the context of a successful transition in Zimbabwe, positive sentiment would strengthen the rand and result in a reduced cost of borrowing.
Taking action to restore the Zimbabwean economy would potentially add 2% to our economy.
Zimbabwe’s crisis is not just a lost opportunity in terms of GDP, but a huge direct cost to South Africa.
Formerly a food exporter, Zimbabwe is now an exporter of poverty and refugees.
An estimated 3.5 million Zimbabweans are in South Africa, most working “illegally” in SA homes, restaurants and the construction sectors. At the same time, there are about four million unemployed South Africans who are actively looking for jobs.
If the Zimbabwean economy began functioning normally and started to create job opportunities again, many would return home and find jobs there.
Assuming that only a third of the jobs currently held by Zimbabweans are taken by South Africans, unemployment in South African would drop from the current rate of 23% to around 16%.
This translates into more income per average South African household, plus additional savings in unemployment benefits currently being paid and a decrease in remittances sent to Zimbabwe, which will save South Africa additional foreign exchange.
According to the SA Reserve Bank, the average total compensation for an SA employee (taking into account a labour force of 17 million people) is about R49 000 a year or R4 000 a month.
Assuming that the average Zimbabwean employed in SA earns even half of this, the direct effect of 1.2 million more South Africans being employed in those jobs would be about R30-billion.
Each average SA household would be roughly R3000 better off each year.
There are other costs too.
Zimbabwean food production has fallen 40% since 2000 and the UN World Food Programme estimates that 2.6 million Zimbabweans will need food aid in 2008. The country has lost major tourism revenues, foreign direct investment has dropped to less than 10% of its pre-2000 levels to US30-million, and SA suppliers have lost millions as a result of non- payment from Zimbabwean companies. The valuable mining and agricultural sectors have lost out on the high prices for commodities due to dramatic falls in their output.
Zimbabwe is a high-value challenge and opportunity for South Africa.
The costs or gains of getting it wrong are high — as are the gains of getting it right. If South Africa was a company, the shareholders of SA Inc would link the bonus of the top executive management to resurrecting Zimbabwe and helping to get it on the right path.
Weak action on South Africa’s part now is in itself an action and a choice.
Zimbabwe can’t afford to miss this critical chance for change.
But more still, South Africa can’t afford to miss this opportunity either.
• Naidoo is the executive chairman of the J&J Group and writes in his personal capacity .
( Sunday Times, 11-05-08 )
Simplicidade
Oito da noite numa avenida movimentada. O casal já está atrasado para jantar em casa de uns amigos. A morada é nova, bem como o caminho que ela consultou no mapa antes de sair. Ele conduz o carro. Ela orienta e pede para que vire, na próxima rua, à esquerda.
Ele tem certeza de que é à direita. Discutem. Percebendo que além de atrasados, poderão ficar mal-humorados, ela deixa que ele decida.
Ele vira à direita e percebe, então, que estava errado. Embora com dificuldade, admite que insistiu no caminho errado, enquanto faz o retorno. Ela sorri e diz que não há nenhum problema se chegarem alguns minutos atrasados.
Mas ele ainda quer saber: - Se tinhas tanta certeza de que eu estava a ir pelo caminho errado, devias ter insistido um pouco mais... E ela diz: - Entre ter razão e ser feliz, prefiro ser feliz.
Estavamos à beira de uma discussão, se eu insistisse mais, teríamos estragado a noite!
Ele tem certeza de que é à direita. Discutem. Percebendo que além de atrasados, poderão ficar mal-humorados, ela deixa que ele decida.
Ele vira à direita e percebe, então, que estava errado. Embora com dificuldade, admite que insistiu no caminho errado, enquanto faz o retorno. Ela sorri e diz que não há nenhum problema se chegarem alguns minutos atrasados.
Mas ele ainda quer saber: - Se tinhas tanta certeza de que eu estava a ir pelo caminho errado, devias ter insistido um pouco mais... E ela diz: - Entre ter razão e ser feliz, prefiro ser feliz.
Estavamos à beira de uma discussão, se eu insistisse mais, teríamos estragado a noite!
MORAL DA HISTÓRIA
Esta pequena história foi contada por uma empresária, durante uma palestra sobre simplicidade no mundo do trabalho. Ela usou a cena para ilustrar quanta energia nós gastamos apenas para demonstrar que temos razão, independentemente de tê-la ou não. Desde que ouvi essa história, tenho-me perguntado com mais frequência: "Quero ser feliz ou ter razão?" Outro pensamento parecido diz o seguinte: "Nunca se justifique. Os amigos não precisam e os inimigos não acreditam."
Something to definitely think about
To realize the value of ten years:
Ask a newly divorced couple.
To realize the value of four years:
Ask two, now single, high school sweethearts.
To realize the value of one year:
Ask a student who has failed a final exam.
To realize the value of nine months:
Ask a mother who gave birth to a still born.
To realize the value of one month:
Ask a mother who has given birth to a premature baby.
To realize the value of one week:
Ask an editor of a weekly newspaper.
To realize the value of one hour:
Ask the lovers who are waiting to meet.
To realize the value of one minute:
Ask a person who has missed the train, bus or plane.
To realize the value of one second:
Ask a person who has survived an accident.
To realize the value of one millisecond:
Ask the person who has won a silver medal in the Olympics.
Time waits for no one. Treasure every moment you have. You will treasure it even more when you can share it with someone special.
Ask a newly divorced couple.
To realize the value of four years:
Ask two, now single, high school sweethearts.
To realize the value of one year:
Ask a student who has failed a final exam.
To realize the value of nine months:
Ask a mother who gave birth to a still born.
To realize the value of one month:
Ask a mother who has given birth to a premature baby.
To realize the value of one week:
Ask an editor of a weekly newspaper.
To realize the value of one hour:
Ask the lovers who are waiting to meet.
To realize the value of one minute:
Ask a person who has missed the train, bus or plane.
To realize the value of one second:
Ask a person who has survived an accident.
To realize the value of one millisecond:
Ask the person who has won a silver medal in the Olympics.
Time waits for no one. Treasure every moment you have. You will treasure it even more when you can share it with someone special.
Saturday, 10 May 2008
Quando é o Dia Internacional do Homem?
DIA INTERNACIONAL DO HOMEM. NUNCA LI TANTA VERDADE JUNTA EM TÃO POUCAS LINHAS....... Porque os homens também merecem...
Ser homem é: - Sentir a dor física de uma bolada nos tomates;
- A tortura de ter de usar fato e gravata no Verão ;
- O suplício de fazer a barba todos os dias;
- O desespero das cuecas apertadas;
- A loucura que é fingir indiferença diante de uma mulher sem soutien;
- A loucura de resistir olhar para umas belas pernas com uma mini-saia;
- Ir à praia com a sua mulher e resistir olhar para aquele mulherão que está deitada ao lado;
- Viver sob o permanente risco de ter de andar à porrada com outro homem;
- Vigiar o grelhador no churrasco ao fim de semana, enquanto todos se divertem;
- Ter sempre de resolver os problemas do carro;
- Ter de reparar na roupa nova dela;
- Ter de reparar que ela mudou de perfume;
- Ter de reparar que ela mudou a tinta do cabelo de Imedia 713 para 731 loiro/bege;
- Ter de reparar que ela cortou o cabelo, mesmo que seja só 1cm;
- Ter de jamais reparar que ela está com um pouco de celulite;
- Ter de jamais dizer que ela engordou, mesmo que seja a pura verdade;
- Desviar os olhos do decote da secretária, que se faz distraída e deixa a blusa desabotoada até ao umbigo ;
- Ter a obrigação de ser um atleta sexual;
- Ter a suspeita de que ela, com todos aqueles suspiros e gemidos, só está a tentar incentivar-nos; - Ouvir um 'NÃO, doí-me a cabeça', virar para o lado conformado e dormir, apesar da vontade de partir o quarto todo e fazer um escândalo ;
- Ter de ouvi-la dizer que está sem roupa, quando o problema dela é onde colocar novos armários para guardar mais roupa;
- Ter de almoçar aos domingos na casa dos sogros, discutir política com aquele velho reaça, tratar bem os sobrinhos, controlar-se para não olhar para o decote da irmã dela e não arrear um arraial de porrada ao irmão dela, sacana do caraças que vem sempre pedir dinheiro emprestado.
Depois Elas ainda acham que é fácil, só porque NÃO TEMOS O PERÍODO!
ALTOOOOOOOOOO Desculpem estar a estragar o mail, mas falta uma coisa muito importante que acontecia e ainda acontece a quem usa calças com fecho em vez de botões, - Entalar a gaita na porcaria do fecho. São duas dores...... É o entalanço e depois abrir o fecho outra vez...... Estão a ver. Ter um filho só custa no parto!!! -- Boas curvas dessas e das outras.
BOM FIM DE SEMANA
( Préstimos de Laura )
Ser homem é: - Sentir a dor física de uma bolada nos tomates;
- A tortura de ter de usar fato e gravata no Verão ;
- O suplício de fazer a barba todos os dias;
- O desespero das cuecas apertadas;
- A loucura que é fingir indiferença diante de uma mulher sem soutien;
- A loucura de resistir olhar para umas belas pernas com uma mini-saia;
- Ir à praia com a sua mulher e resistir olhar para aquele mulherão que está deitada ao lado;
- Viver sob o permanente risco de ter de andar à porrada com outro homem;
- Vigiar o grelhador no churrasco ao fim de semana, enquanto todos se divertem;
- Ter sempre de resolver os problemas do carro;
- Ter de reparar na roupa nova dela;
- Ter de reparar que ela mudou de perfume;
- Ter de reparar que ela mudou a tinta do cabelo de Imedia 713 para 731 loiro/bege;
- Ter de reparar que ela cortou o cabelo, mesmo que seja só 1cm;
- Ter de jamais reparar que ela está com um pouco de celulite;
- Ter de jamais dizer que ela engordou, mesmo que seja a pura verdade;
- Desviar os olhos do decote da secretária, que se faz distraída e deixa a blusa desabotoada até ao umbigo ;
- Ter a obrigação de ser um atleta sexual;
- Ter a suspeita de que ela, com todos aqueles suspiros e gemidos, só está a tentar incentivar-nos; - Ouvir um 'NÃO, doí-me a cabeça', virar para o lado conformado e dormir, apesar da vontade de partir o quarto todo e fazer um escândalo ;
- Ter de ouvi-la dizer que está sem roupa, quando o problema dela é onde colocar novos armários para guardar mais roupa;
- Ter de almoçar aos domingos na casa dos sogros, discutir política com aquele velho reaça, tratar bem os sobrinhos, controlar-se para não olhar para o decote da irmã dela e não arrear um arraial de porrada ao irmão dela, sacana do caraças que vem sempre pedir dinheiro emprestado.
Depois Elas ainda acham que é fácil, só porque NÃO TEMOS O PERÍODO!
ALTOOOOOOOOOO Desculpem estar a estragar o mail, mas falta uma coisa muito importante que acontecia e ainda acontece a quem usa calças com fecho em vez de botões, - Entalar a gaita na porcaria do fecho. São duas dores...... É o entalanço e depois abrir o fecho outra vez...... Estão a ver. Ter um filho só custa no parto!!! -- Boas curvas dessas e das outras.
BOM FIM DE SEMANA
( Préstimos de Laura )
Relaxe com uma gargalhada
Uma dona de casa ouve, de repente, bater à porta.
Quando a abre, depara-se-lhe um desconhecido que lhe pergunta se tem vagina.
Incrédula com a pergunta, bate-lhe com a porta na cara.
Por três vezes a situação se repete, decidindo por isso contar ao marido o sucedido.
Este instruiu-a:
- Amanhã, não vou trabalhar, se ele vier e perguntar-te se tens vagina, dizes que sim e eu estarei atrás da porta para o que der e vier.
No dia seguinte, o desconhecido voltou a aparecer e, quando ela abriu a porta, voltou a perguntar-lhe se ela tinha vagina.
Como combinara com o marido, respondeu que sim.
Ao que o desconhecido retorquiu:
- Diga, então, ao seu marido para deixar de usar a da minha mulher.
( Préstimos de A. Velho )
Quando a abre, depara-se-lhe um desconhecido que lhe pergunta se tem vagina.
Incrédula com a pergunta, bate-lhe com a porta na cara.
Por três vezes a situação se repete, decidindo por isso contar ao marido o sucedido.
Este instruiu-a:
- Amanhã, não vou trabalhar, se ele vier e perguntar-te se tens vagina, dizes que sim e eu estarei atrás da porta para o que der e vier.
No dia seguinte, o desconhecido voltou a aparecer e, quando ela abriu a porta, voltou a perguntar-lhe se ela tinha vagina.
Como combinara com o marido, respondeu que sim.
Ao que o desconhecido retorquiu:
- Diga, então, ao seu marido para deixar de usar a da minha mulher.
( Préstimos de A. Velho )
Thursday, 8 May 2008
"Vamos lá falar!" - Editorial do Zambeze
Editorial
“Vamos lá falar!”
Qual é afinal a jurisprudência sobre a nacionalidade moçambicana?
A semana que decorreu entre a nossa última edição e esta, foi rica em episódios. Nada melhor para quem gosta mesmo de jornalismo. E nada melhor do que isso acontecer em semana da Liberdade de Imprensa num país em que o respeito por ela é afirmado solenemente pelas mais altas personalidades.
Afirmámos na edição de 01 de Maio que a Sra. Dra. Luísa Dias Diogo tem o seu nome registado em assentos em conservatórias do Registo Civil português e perguntávamos também se ela sendo casada com um cidadão português continuaria mesmo assim a ser moçambicana ao abrigo do art. 14 da Lei da Nacionalidade de 1975 tendo ela casado a 07 de Novembro de 1981 com um cidadão que embora pudesse ser moçambicano nunca deixou de ser português. A partir daí esperávamos que aparecesse alguma entidade governamental ou do Aparelho de Estado Moçambicano a prestar os pertinentes esclarecimentos para que o País sossegasse perante as dúvidas suscitadas por provas inequívocas de que alguém na Família Diogo da Silva estava em condições de ser português, isto é estrangeiro, e isso, nos termos da Lei moçambicana, tivesse suscitado que a cidadã que é a nossa Primeira-Ministra tivesse perdido a sua nacionalidade moçambicana pelo casamento (Art.º 14 da Lei da Nacionalidade de 1975).
Não houve resposta formal do Estado Moçambicano. A resposta, tímida, apareceu na 1.ª página do jornal «Notícias», em caixa no rodapé. Antetítulo: “Nacionalidade da PM”. Título: “CP da Frelimo dissipa dúvidas”. Texto: “Um comunicado da Comissão Política do Partido Frelimo chegado ontem (02 de Maio de 2008) à nossa redacção refere que a Primeira-Ministra, Luísa Diogo, é moçambicana e nunca perdeu a nacionalidade, contrariamente às informações veiculadas por uma certa Imprensa”.
“A Comissão Política, reunida ontem na 21.ª sessão extraordinária sob a direcção do presidente do Partido Frelimo, Armando Guebuza, esclarece ainda a todo o povo moçambicano que Luísa Diogo casou-se em 1981 com António Albano Silva, cidadão moçambicano ao abrigo do art.6 da Lei da Nacionalidade de 25 de Junho de 1975”.
“O comunicado adianta que «apela ao povo moçambicano a manter bem vivo o sentido de vigilância contra os boatos e quaisquer acções de desinformação que visam distrair-nos da tarefa fundamental que é o combate à pobreza.”
O primeiro episódio curioso que registámos foi que este comunicado, para além de não ser de nenhuma entidade governamental ou do Estado Moçambicano, e ser portanto de uma entidade de direito privado, embora de credibilidade respeitável, não foi enviado ao ZAMBEZE para lhe podermos dar publicidade, afim de complementarmos a nossa trajectória em busca da verdade. Lamentamos que o Partido Frelimo não nos tenha permitido isso. Mas seja como for, na busca da verdade, tudo acresce à investigação, ainda não concluída, e aqui fica registada a transcrição do não menos credível «Notícias».
O segundo episódio curioso deu-se, esta segunda-feira, dia 05 de Maio de 2008, às 16:00 horas. A essa hora entra-nos pela redacção um oficial de diligências da Procuradoria Geral da República, Distrito Urbano N.1 da Cidade de Maputo. Delicada e cortesmente apresenta-nos três notificações para que Fernando Veloso, director, e dois outros jornalistas, Luís Nhachote, editor-adjunto, e Alvarito de Carvalho, co-autores da peça “Luísa Diogo registada em Portugal - Primeira-Ministra ainda é moçambicana?”, se apresentassem para responderem em auto de perguntas às 08:00 horas do dia seguinte.
A maratona foi das 08 da manhã, às 17:20 da tarde. Fomos tratados com toda a dignidade: nem água, nem comida. Mas o Procurador também não comeu, nem bebeu.
O interrogatório cingiu-se ao artigo que fez a primeira página do ZAMBEZE na pretérita edição.
Afirma agora a Comissão Política do Partido Frelimo que o marido da Dra. Luísa Diogo, Primeira-Ministra de Moçambique, é moçambicano ao abrigo do art.º 6 da Lei da Nacionalidade de 25 de Junho de 1975, facto que só por si fará com que sua esposa não tenha perdido a nacionalidade por ter casado com um também português até prova em contrário. Nós já provámos que é. Venha a contraprova.
Posta essa questão, e porque há pessoas, que por motivo de terem outra nacionalidade, para além da moçambicana, estão a ser lesadas no seu bom nome e também a serem impedidas de participar mais activa e coerentemente na luta contra a sua própria pobreza absoluta, usufruindo de igual forma das prerrogativas mais vantajosas que a nacionalidade moçambicana confere aos moçambicanos na sua própria terra, insistimos e decidimos ir em frente, até que se esclareça de uma vez por todas qual é a jurisprudência sobre este tema da nacionalidade.
Não se pode aplicar um critério, a uns de uma forma, e a outros, de outra. O critério deve ser, no nosso modesto entendimento, igual para todos, independentemente de se ser membro da Frelimo, mais útil à causa desta ou daquela individualidade, mais ou menos fiel a esta ou àquela organização.
Todos os cidadãos são iguais perante a Lei. É um preceito jurídico-legal. Mas qual é a jurisprudência nesta matéria da nacionalidade? Um moçambicano pode ou não ter mais do que uma nacionalidade? Porque razão a senhora Ministra da Justiça não vem a terreiro explicar-se?
Não pomos em dúvida que o digno causídico Albano Silva seja moçambicano. Admitimos que o seja. Mas também é português. Se para o casal Diogo Silva não há problemas de serem portadores de mais do que uma nacionalidade, porque se hão-de estar a criar problemas aos outros moçambicanos confrontados com a mesma realidade?
Se o filho da Sra. Dra. Luísa Diogo pode ter a dupla e comprar casas ao Estado Moçambicano, porque razão os outros cidadãos que haja nas mesmas circunstâncias não poderão ser tratados da mesma forma pelas instituições do Estado? Será ou não porque a Mãe de Nelson Diogo da Silva é primeira-ministra?
Nelson Diogo da Silva só pôde adquirir a nacionalidade portuguesa originária, em Outubro de 1991, porque seu pai é português. Será que António Albano Silva cumpriu com tudo o que diz a Lei da Nacionalidade Moçambicana de 1975? Será que ele “no prazo de 90 dias após a Independência” de Moçambique, ao abrigo do art.6 da lei, declarou que desejava ser moçambicano, ou só o fez em 1977? E isso foi publicado em Boletim da República?
Na altura a muitos foi retirado o direito à cidadania moçambicana. Albano Silva renunciou à nacionalidade portuguesa como então se exigia para se poder ser moçambicano? Como terá ele renunciado à nacionalidade portuguesa se nada consta no seu assento de nascimento em Mirandela, Bragança, Portugal? Nasceu em 1950, registou casamento em 1991, comprou casa em 2000 em Portugal, como foi?
Vamos lá continuar a falar. Da nossa parte não se trata de prejudicar seja quem for. Trata-se de defender tratamento igual para todos os que se encontrem em igualdade de circunstâncias. “Vamos lá falar!”. Há mais quem queira participar no combate à pobreza absoluta sem ser excluído por leis que se aplicam de maneira diferente quando convém para que outros enfrentem a mesma luta pelo empoderamento com menos concorrência, não será?!...
Esclarecendo-se tudo isto em torno do casal e filho de Luísa Diogo, Primeira-Ministra, acabam-se as dúvidas. Qual é a jurisprudência? Ver-se-á pela forma como o assunto vai ser encerrado. Cá estamos para continuar o debate e ajudar o Presidente da República ou alguém por si mandatado a dar desfecho a esta questão para que se crie definitivamente jurisprudência sobre esta matéria. Ou será que cabe à Assembleia da República pronunciar-se? Vamos lá falar!
ZAMBEZE – 08.05.2008 ( Retirado com a devida vénia. Confira também: http://www.macua.blogs.com/ )
“Vamos lá falar!”
Qual é afinal a jurisprudência sobre a nacionalidade moçambicana?
A semana que decorreu entre a nossa última edição e esta, foi rica em episódios. Nada melhor para quem gosta mesmo de jornalismo. E nada melhor do que isso acontecer em semana da Liberdade de Imprensa num país em que o respeito por ela é afirmado solenemente pelas mais altas personalidades.
Afirmámos na edição de 01 de Maio que a Sra. Dra. Luísa Dias Diogo tem o seu nome registado em assentos em conservatórias do Registo Civil português e perguntávamos também se ela sendo casada com um cidadão português continuaria mesmo assim a ser moçambicana ao abrigo do art. 14 da Lei da Nacionalidade de 1975 tendo ela casado a 07 de Novembro de 1981 com um cidadão que embora pudesse ser moçambicano nunca deixou de ser português. A partir daí esperávamos que aparecesse alguma entidade governamental ou do Aparelho de Estado Moçambicano a prestar os pertinentes esclarecimentos para que o País sossegasse perante as dúvidas suscitadas por provas inequívocas de que alguém na Família Diogo da Silva estava em condições de ser português, isto é estrangeiro, e isso, nos termos da Lei moçambicana, tivesse suscitado que a cidadã que é a nossa Primeira-Ministra tivesse perdido a sua nacionalidade moçambicana pelo casamento (Art.º 14 da Lei da Nacionalidade de 1975).
Não houve resposta formal do Estado Moçambicano. A resposta, tímida, apareceu na 1.ª página do jornal «Notícias», em caixa no rodapé. Antetítulo: “Nacionalidade da PM”. Título: “CP da Frelimo dissipa dúvidas”. Texto: “Um comunicado da Comissão Política do Partido Frelimo chegado ontem (02 de Maio de 2008) à nossa redacção refere que a Primeira-Ministra, Luísa Diogo, é moçambicana e nunca perdeu a nacionalidade, contrariamente às informações veiculadas por uma certa Imprensa”.
“A Comissão Política, reunida ontem na 21.ª sessão extraordinária sob a direcção do presidente do Partido Frelimo, Armando Guebuza, esclarece ainda a todo o povo moçambicano que Luísa Diogo casou-se em 1981 com António Albano Silva, cidadão moçambicano ao abrigo do art.6 da Lei da Nacionalidade de 25 de Junho de 1975”.
“O comunicado adianta que «apela ao povo moçambicano a manter bem vivo o sentido de vigilância contra os boatos e quaisquer acções de desinformação que visam distrair-nos da tarefa fundamental que é o combate à pobreza.”
O primeiro episódio curioso que registámos foi que este comunicado, para além de não ser de nenhuma entidade governamental ou do Estado Moçambicano, e ser portanto de uma entidade de direito privado, embora de credibilidade respeitável, não foi enviado ao ZAMBEZE para lhe podermos dar publicidade, afim de complementarmos a nossa trajectória em busca da verdade. Lamentamos que o Partido Frelimo não nos tenha permitido isso. Mas seja como for, na busca da verdade, tudo acresce à investigação, ainda não concluída, e aqui fica registada a transcrição do não menos credível «Notícias».
O segundo episódio curioso deu-se, esta segunda-feira, dia 05 de Maio de 2008, às 16:00 horas. A essa hora entra-nos pela redacção um oficial de diligências da Procuradoria Geral da República, Distrito Urbano N.1 da Cidade de Maputo. Delicada e cortesmente apresenta-nos três notificações para que Fernando Veloso, director, e dois outros jornalistas, Luís Nhachote, editor-adjunto, e Alvarito de Carvalho, co-autores da peça “Luísa Diogo registada em Portugal - Primeira-Ministra ainda é moçambicana?”, se apresentassem para responderem em auto de perguntas às 08:00 horas do dia seguinte.
A maratona foi das 08 da manhã, às 17:20 da tarde. Fomos tratados com toda a dignidade: nem água, nem comida. Mas o Procurador também não comeu, nem bebeu.
O interrogatório cingiu-se ao artigo que fez a primeira página do ZAMBEZE na pretérita edição.
Afirma agora a Comissão Política do Partido Frelimo que o marido da Dra. Luísa Diogo, Primeira-Ministra de Moçambique, é moçambicano ao abrigo do art.º 6 da Lei da Nacionalidade de 25 de Junho de 1975, facto que só por si fará com que sua esposa não tenha perdido a nacionalidade por ter casado com um também português até prova em contrário. Nós já provámos que é. Venha a contraprova.
Posta essa questão, e porque há pessoas, que por motivo de terem outra nacionalidade, para além da moçambicana, estão a ser lesadas no seu bom nome e também a serem impedidas de participar mais activa e coerentemente na luta contra a sua própria pobreza absoluta, usufruindo de igual forma das prerrogativas mais vantajosas que a nacionalidade moçambicana confere aos moçambicanos na sua própria terra, insistimos e decidimos ir em frente, até que se esclareça de uma vez por todas qual é a jurisprudência sobre este tema da nacionalidade.
Não se pode aplicar um critério, a uns de uma forma, e a outros, de outra. O critério deve ser, no nosso modesto entendimento, igual para todos, independentemente de se ser membro da Frelimo, mais útil à causa desta ou daquela individualidade, mais ou menos fiel a esta ou àquela organização.
Todos os cidadãos são iguais perante a Lei. É um preceito jurídico-legal. Mas qual é a jurisprudência nesta matéria da nacionalidade? Um moçambicano pode ou não ter mais do que uma nacionalidade? Porque razão a senhora Ministra da Justiça não vem a terreiro explicar-se?
Não pomos em dúvida que o digno causídico Albano Silva seja moçambicano. Admitimos que o seja. Mas também é português. Se para o casal Diogo Silva não há problemas de serem portadores de mais do que uma nacionalidade, porque se hão-de estar a criar problemas aos outros moçambicanos confrontados com a mesma realidade?
Se o filho da Sra. Dra. Luísa Diogo pode ter a dupla e comprar casas ao Estado Moçambicano, porque razão os outros cidadãos que haja nas mesmas circunstâncias não poderão ser tratados da mesma forma pelas instituições do Estado? Será ou não porque a Mãe de Nelson Diogo da Silva é primeira-ministra?
Nelson Diogo da Silva só pôde adquirir a nacionalidade portuguesa originária, em Outubro de 1991, porque seu pai é português. Será que António Albano Silva cumpriu com tudo o que diz a Lei da Nacionalidade Moçambicana de 1975? Será que ele “no prazo de 90 dias após a Independência” de Moçambique, ao abrigo do art.6 da lei, declarou que desejava ser moçambicano, ou só o fez em 1977? E isso foi publicado em Boletim da República?
Na altura a muitos foi retirado o direito à cidadania moçambicana. Albano Silva renunciou à nacionalidade portuguesa como então se exigia para se poder ser moçambicano? Como terá ele renunciado à nacionalidade portuguesa se nada consta no seu assento de nascimento em Mirandela, Bragança, Portugal? Nasceu em 1950, registou casamento em 1991, comprou casa em 2000 em Portugal, como foi?
Vamos lá continuar a falar. Da nossa parte não se trata de prejudicar seja quem for. Trata-se de defender tratamento igual para todos os que se encontrem em igualdade de circunstâncias. “Vamos lá falar!”. Há mais quem queira participar no combate à pobreza absoluta sem ser excluído por leis que se aplicam de maneira diferente quando convém para que outros enfrentem a mesma luta pelo empoderamento com menos concorrência, não será?!...
Esclarecendo-se tudo isto em torno do casal e filho de Luísa Diogo, Primeira-Ministra, acabam-se as dúvidas. Qual é a jurisprudência? Ver-se-á pela forma como o assunto vai ser encerrado. Cá estamos para continuar o debate e ajudar o Presidente da República ou alguém por si mandatado a dar desfecho a esta questão para que se crie definitivamente jurisprudência sobre esta matéria. Ou será que cabe à Assembleia da República pronunciar-se? Vamos lá falar!
ZAMBEZE – 08.05.2008 ( Retirado com a devida vénia. Confira também: http://www.macua.blogs.com/ )