POR estas alturas a cúpula da Federação Internacional de Futebol (FIFA) deve estar reunida para, entre outros assuntos, decidir sobre a suspensão, ou não, da Federação Queniana do Futebol.
A FIFA tem quase a certeza de que a actual direcção da Federação Queniana não resulta de um processo eleitoral democrático, transparente, mas imposta pelas autoridades governamentais do País.
Desse modo e após investigações preliminares, a FIFA terá apurado a veracidade das queixas que teriam chegado até sí, daí o encontro desta manhã para uma reunião decisiva sobre o assunto.
Estes quenianos ingénuos...
Os supostos responsáveis por esta vergonha, teriam escapado às garras da FIFA se, antes, tivessem requisitado os serviços de alguns dos dirigentes
desportivos de Moçambique, exímios em falcatruas do género.
Por cá, as eleições federativas parecem transparentes, democráticas e parecem obedecer os requisitos da FIFA, entidade que aliás nunca teve dúvidas
sobre a validade das mesmas.
Mas, na verdade, elas não são tão transparentes nem tão democráticas como parece.
A diferença entre as eleições na federação de Moçambique das do Quénia, reside no facto de os quenianos terem feito tudo às claras, à luz do dia, indicado fulano, beltrano e sicrano na direcção da federação, sem manobras dilatórias. Enquanto cá, o processo eleitoral tem sido sistematicamente viciado, com a bênção de um eleitorado bastante restrito, no qual os clubes não têm uma acção directa no processo de votação.
O exemplo moçambicano é mais sacana que o queniano. A FIFA devia saber disso.
A FIFA também devia permitir que os clubes passassem a ter uma acção directa na escolha dos membros federativos, e acabar- se, de uma vez por todas, com a fantochada das representações atravez das associações provinciais.
Caramba
( Salvador Raimundo, em “ Expresso “, de 23-05-08, retirado com a devida vénia )
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