Monday, 24 June 2019

Independência!

Amanhã, Moçambique completa 44 anos independente. Portanto, trata-se de um País adulto. Que avaliação damos ao País? Péssimo! Não nos podemos contentar, 44 anos depois, em termos um País onde mais da metade da população continua a viver em condições de extrema pobreza. Não nos podemos contentar com um País à saque onde os malfeitores continuam impunes, por compadrio e nepotismo reinantes no seio do partido do Governo, a pretexto de políticas de protecção dos camaradas do partido, como, hoje, é uma inegável realidade.
44 anos depois, Moçambique não possui uma estratégia económica exequível, para se libertar da dependência económica externa. Para um País independente há 44 anos, é uma humilhação que o seu Orçamento do Estado dependa de doações de países de boa vontade cujos, por qualquer prevaricação nossa, nos podem cortar o financiamento, como o que se vive agora em virtude do odioso calote que deixou Moçambique de rastos.
É inacreditável que 44 anos depois ainda tenhamos um Estado que não consiga pagar, atempadamente, os salários míseros aos seus funcionários. 44 anos depois, o salário mínimo na Função Pública ainda não chega a cinco mil meticais.
Em 44 anos, Moçambique ainda não conseguiu acertar uma estratégia, publicamente conhecida para, pelo menos, produzir o que precisa para comer. O País ainda continua com fome. Moçambique não consegue produzir a sua própria alimentação, em quantidades satisfatórias para o seu povo.
44 anos depois, Moçambique ainda é um País-mendigo. Mais da metade da sua população activa continua no desemprego. 44 anos depois, a população ainda continua a ser transportada em carinhas caixa aberta, vulgos "My Love". Ainda temos centenas de famílias a viverem em lixeiras sob risco de contraírem qualquer doença ou serem vitimadas pelo próprio lixo, como o que aconteceu na Lixeira de Hulene.
44 anos depois, em Moçambique ainda morre-se de doenças como a malária. Ainda falta água potável para todos neste País, inclusivamente na cidade capital. Escangalhamos a cidade de Maputo. Hoje, os restaurantes são aqueles carros estacionados nas principais artérias da cidade que vendem comida de origem duvidosa e as autoridades fazem vista grossa porque sabem que isto deriva da sua própria incompetência em governar de forma correcta o País.
Há muito que se pode dizer desses 44 anos de independência que, em rigor, só ajudaram os que libertaram o País. São eles que abocanham toda a riqueza de Moçambique, como o que acontece nas minas de rubis em Cabo Delgado. 
44 anos depois, o desenvolvimento de Moçambique só existe em discursos políticos. Não existem exemplos, acções concretas.

Moçambique é uma pátria mal-amada. Destruída por pessoas que discursam em seu nome e da moçambicanidade. São os mesmos indivíduos que um dia chamamos de heróis e hoje só nos provam que não passam de ladrões vulgares!
(Justiça Nacional,  no Facebook)

Wednesday, 12 June 2019

Guerrilheiros da Renamo pedem demissão de Ossufo Momade


Fiéis a Afonso Dhlakama dão ultimato ao seu sucessor



Os guerrilheiros da Renamo, fiéis ao ex-líder Afonso Dhlakama, exigiram nesta quarta-feira, 12, a demissão do presidente do partido, Ossumo Momade, supostamente por estar a perseguir e a executar oficiais do Estado Maior General do principal partido da oposição em Moçambique.


No seu ultimato, apresentado em conferência de imprensa na Gorongosa, Sofala, centro de Moçambique, o líder do grupo, general Mariano Chissungo", exige que Ossufo Momad, eleito num Congresso do partido em Janeiro, renuncie o cargo até 10 de Julho, e seja indicado um novo candidato do partido as eleições de 15 de Outubro.
Em comunicado, a Renamo prometeu pronunciar-se amanhã 13.
Desde o início da semana, informações não confirmadas oficialmente têm denunciado execuções de guerrilheiros da Renamo, no que, em determinados círculos, está a ser considerado como um acerto de contas entre as alas do partido.


VOA