Monday, 28 April 2008

Coisas de que não me importo

A autora de um dos meus blogues favoritos (www.digitalnoindico.blogspot.com), resolveu surpreendentemente “mimar-me” ao incluir-me na corrente do “ Não me importo...”. Eu geralmente não entro em correntes mas vou fazer uma excepção pois esta está a ter uma certa adesão. Sendo assim, aqui deixo 6 das coisas que não me importo:

- Não me importo de afirmar que família e amigos são muito importantes para mim.
- Não me importo de assumir as minhas convicções, mesmo que não sejam populares.
- Não me importo de confessar que não sou perfeito e de que com a ajuda de Deus amanhã serei melhor do que sou hoje, pois o meu destino está nas Suas mãos, embora eu tenha de colaborar.
- Não me importo de ser indiferente ao materialismo que me rodeia.
- Não me importo de sofrer as consequências por ser sensível, sincero e frontal.
- Não me importo de que me chamem masoquista por gostar de Moçambique e do Sporting.

De acordo com as regras, nomeio os autores dos seguintes blogues:
www.mariaivonesoares.blogspot.com
www.pensartransgredir.blogspot.com
www.comunidademocambicana.blogspot.com
www.ondeteencontrar26072007.blogspot.com
www.ximbitane.blogspot.com
www.meumundonelsonleve.blogspot.com

Regras:
- Colocar o link da pessoa que nos "mimou"
- Colocar as regras no blog
- Partilhar 6 coisas que não nos importamos de fazer
- Mimar 6 pessoas para fazer o mesmo
- Avisar essas pessoas,deixando um comentário nos seus blogs

Sunday, 27 April 2008

Paulina Chiziane: O Alegre Canto da Perdiz










Dizem que sou romancista e que fui a primeira mulher moçambicana a escrever um romance (Balada de Amor ao Vento, 1990), mas eu afirmo: sou contadora de estórias e não romancista. Escrevo livros com muitas estórias, estórias grandes e pequenas. Inspiro-me nos contos à volta da fogueira, minha primeira escola de arte. Nasci em 1955 em Manjacaze. Frequentei estudos superiores que não concluí. Actualmente vivo e trabalho na Zambézia.
Paulina Chiziane

As obras de Paulina Chiziane encontram-se traduzidas nos seguintes países:Alemanha, Espanha, EUA, França e Itália

Paulina Chiziane nasceu em Manjacaze, Moçambique, em 1955. Estudou Linguística, em Maputo. Ficcionista, publicou vários contos na imprensa (Domingo, na «Página literária», e na revista Tempo). Publicou o seu primeiro romance, Balada de Amor ao Vento, depois da independência (1990), e é também o primeiro romance de uma mulher moçambicana.






Delfina é uma mulher bonita, «uma negra daquelas que os brancos gostam». A história de vida desta Delfina, «dos contrates, dos conflitos, das confusões e contradições», é a história da mulher africana, a história da apocalíptica perda do sonho. Esta mulher debate-se entre «escolher o caminho do sofrimento», o amor que sente por José dos Montes, e eliminar a sua raça para ganhar a liberdade», procurando o homem branco que lhe dará o alimento e o conforto que deseja. Mas o que é o amor para a mulher negra? Na terra onde as mulheres se casam por encomenda na adolescência? O problema arrasta-se ao longo do livro, aparentemente sem solução: «viver em dois mundos é o mesmo que viver em dois corpos, não se pode. Tu és negra, jamais serás branca». Mesmo assim a mulher negra «procura um filho mulato, para aliviar o negro da sua pele como quem alivia as roupas de luto».O sufoco das palavras outrora silenciadas, a valentia e a frontalidade gritam alto nos romances de Paulina Chiziane. Neste diálogo consigo própria, a conhecida escritora moçambicana, mistura imaginação, fantástico, misticismo, num retrato poderoso e peculiar da sociedade e da mulher africanas.

(Tirado da Internet)

Marco de correio: Machado da Graça

Olá Manuel
Tudo bem contigo, meu amigo?
Do meu lado está tudo nos conformes.
Queria-te falar hoje de uma coisa que se está a passar lá bem longe, nas altas montanhas que separam a China do Nepal e da Índia.
Isto é, da situação no Tibete.
Como sabes, ninguém me pode acusar de ser um
seguidor do Dalai Lama nem de andar pelo mundo,
de cabeça rapada, enrolado nuns panos cor de açafrão.
Mais do que isso, poucas simpatias tenho por sistemas políticos baseados numa religião, seja ela qual for.
Para mim religião e política devem estar higienicamente separadas, porque a História demonstra que, sempre que as duas se misturam, o resultado é péssimo.
No caso concreto do Tibete, o pouco que sei é que se tratava de um país extremamente atrasado, vivendo numa espécie de idade média asiática onde, fosse ele qual fosse, o aspecto de modernidade era proibido pelos monges dominadores.
Depois chegou a China e aquilo levou uma grande
volta, saltando, de repente, muitos séculos para a frente.
O que, assim contado, até parece uma coisa óptima.
Só que, ao que parece, os chineses não chegaram como amigos, com as mãos cheias de enciclopédias, motores e laboratórios. Até porque não podiam, na medida em que já tinham as mãos ocupadas a segurar espingardas e metralhadoras ou a conduzir veículos militares.
O meu pai costumava contar a história do pai que dizia ao filho: “Queiras ou não queiras hás-de ser bombeiro voluntário!”. Pois com o Tibete aconteceu mais ou menos a mesma coisa: Quisessem ou não quisessem lá tiveram de se modernizar.
E, depois da violência militar da conquista ter abrandado, seguiu-se a violência cultural da modernização acelerada.
Entretanto a China, orgulhosa do seu enorme avanço económico, meteu-se na aventura da candidatura à organização dos Jogos Olímpicos. Esquecendo-se de que tinha lá, nos confins do seu imenso território, um problema adormecido.
E ganhou a sua oposta em hospedar as Olimpíadas de 2008.
Só que não deu importância aos livros de História em que se relata como as Olimpíadas têm sido usadas para fazer propaganda a questões políticas, desde o ataque palestino aos atletas israelitas em Munique, ao massacre na Cidade do México e aos boicotes cruzados dos Estados Unidos e da União Soviética aos Jogos Olímpicos realizados no país adversário.
Outros mais atentos à História lembraram-se e fizeram agora ressuscitar a questão da autonomia/ independência do Tibete. Com um levantamento violento que fez a China responder com uma repressão muitíssimo mais violenta.
E aqui estamos, em vésperas dos jogos, com inflamados discursos a favor de boicotes aos Jogos, com tochas olímpicas a serem apagadas em Paris e todo um cortejo de outras coisas que, se calhar, só agora estão a começar.
E tudo porque a China não teve a paciência de fazer os tibetanos apreciarem a modernidade que lhes oferecia, de boa maneira. Preferiu impô-la debaixo das botas dos seus militares invasores. E isso, como sabes, raramente dá bons resultados.
Deu apenas aos tibetanos meios mais modernos
de se oporem à China.
No cimo daquelas montanhas, cheias de neve, muito provavelmente os dirigentes de Beijing vão conseguir, de novo, impor o silêncio e a calma. A desproporção de forças é esmagadora.
Mas os independentistas tibetanos já tiveram a sua vitória: Ao fim de décadas de serem ignorados, todo o mundo fala hoje do seu problema. Todo o mundo recorda a sua situação.
O que pode, se tiverem sorte, acabar por levar à vitória da sua causa. Não esqueçamos que, em Timor Leste, também foi o massacre num cemitério de Dili que fez o assunto voltar a sair das sombras e conduziu à independência.
Quem sabe se, nos Jogos Olímpicos de Beijing, o Tibete não acaba por ganhar uma medalha de ouro?
Um abraço para ti, do

( Machado da Graça, em “Correio da Manhã”, de 17/04/08), retirado com a devida vénia)











Estou aprendendo!

Um dia desses, enquanto esperava a vez na sala de espera de um consultório médico, percebi, solta entre as revistas, uma folha de papel. A curiosidade fez com que a tomasse para ler o conteúdo. Era uma bela mensagem que alguém havia escrito. O título, interessante e curioso: “ APRENDI “... Dizia o seguinte:

Aprendi que eu não posso exigir o amor de ninguém, posso apenas dar razões para que gostem de mim e ter paciência, para que a vida faça o resto.

Aprendi que não importa o quanto certas coisas certas coisas sejam importantes para mim, tem gente que não dá a mínima e eu jamais conseguirei convencê-las.

Aprendi que posso passar anos construindo uma verdade e destruí-la em apenas alguns segundos.

Que posso usar meu charme por apenas 15 minutos... depois disso, preciso saber do que estou falando.

Eu aprendi... que posso fazer algo em um minuto e ter que responder por isso o resto da vida.

Que por mais que se corte um pão em fatias, esse pâo continua tendo duas faces...e o mesmo vale para tudo o que cortamos em nosso caminho.

Aprendi... que vai demorar muito para me transformar na pessoa que quero ser... e devo ter paciência.

Mas, aprendi também, que posso ir além dos limites que eu próprio coloque.

Aprendi que preciso escolher entre controlar meus pensamentos ou ser controlado por eles.

Que os heróis são pessoas que fazem o que devem fazer “naquele” momento, independentemente do medo que sentem.

Aprendi que perdoar exige muita prática.

Que há muita gente que gosta de mim, mas não consegue expressar isso.

Aprendi... Que nos momentos mais difíceis, a ajuda veio justamente daquela pessoa que eu achava iria tentar piorar as coisas.

Aprendi que posso ficar furioso, tenho direito de me irritar, mas não tenho o direito de ser cruel.

Que jamais posso dizer a uma criança que seus sonhos são impossíveis, pois seria uma tragédia para o mundo se eu conseguisse convencê-la disso.

Eu aprendi que meu melhor amigo vai me machucar de vez em quando... E que eu tenho que me acostumar com isso.

Que não é o bastante ser perdoado, pelos outros... eu preciso me perdoar primeiro.

Aprendi que, não importa o quanto meu coração esteja sofrendo, o mundo não vai parar por causa disso.

Eu aprendi... Que as circunstâncias da minha infância são responsáveis pelo que eu sou, mas não pelas escolhas que eu faço quando adulto.

Aprendi que numa briga, eu preciso escolher de que lado estou, mesmo quando não quero me envolver.

Que quando duas pessoas discutem, não significa que elas se odeiam, e quando duas pessoas não discutem, não significa que elas se amem.

Aprendi que, por mais que eu queira proteger os meus filhos, eles vão-se machucar e eu também. Isso faz parte da vida.

Aprendi que a minha existência pode mudar para sempre, em poucas horas, por causa de gente que eu nunca vi antes.

Aprendi também que que diplomas na parede não me fazem mais respeitável ou mais sábio.

Aprendi que as palavras de amor perdem o sentido, quando usadas sem critério.

E que os amigos não são apenas para guardar no fundo do peito, mas para mostrar que são amigos.

Aprendi que certas pessoas vão embora da nossa vida de qualquer maneira, mesmo que desejemos retê-las para sempre.

Aprendi, afinal, que é difícil traçar uma linha entre ser gentil, não ferir as pessoas, e saber lutar pelas coisas em que acredito.

Com essa folha de papel eu aprendi que ainda tenho muito a aprender. E você??

Uma óptima semana para você!!! E continue aprendendo...


( Préstimos de Maria Helena )

Saturday, 26 April 2008

Humor: guerra entre faculdades

GUERRA ENTRE FACULDADES
Tudo começou quando...A turma de Direito resolveu colocar uma frase numa t-shirt quevirou moda no Campo Universitário: " O teu namorado não faz Direito? Vem cá que eu faço".
Em seguida, o pessoal de Medicina largou a seguinte:"Ele pode até fazer Direito, mas ninguém conhece teu corpo melhor que eu."
O pessoal de Administração não deixou para menos:"Não adianta conhecer o corpo, fazer Direito se não souber Administrar o que tem"
O pessoal de Administração ficou bem na fita até que a turma de Agronomia apareceu com a seguinte frase:"Uns conhecem bem, outros fazem direito e alguns sabem administrar o que têm, mas plantar a mandioca como nós ninguém consegue!"
Aí o pessoal da Publicidade largou esta: "De que adianta conhecer bem, fazer direito, saber administrar e plantar a mandioca, se depois não puder contar pra todo mundo?"
A turma da Engenharia, não se deu por achada, e saiu-se com esta:"De que adianta conhecer bem, fazer direito, saber administrar, plantar a mandioca, e poder contar para todo mundo, se não tiver energia e potência para fazer várias vezes?"
Mas a frase que ficou e se tornou campeã foi a da Economia (É k só podia!!!!"De que adianta conhecer bem, fazer direito, saber administrar, plantar a mandioca, poder contar para todo mundo, ter energia e potência para fazer várias vezes, se a mulher gosta mesmo é de dinheiro?"
Ninguém discutiu por um tempo, até que, as MENINAS do Curso de NUTRIÇÃO saíram-se MUITO BEM (mas, MUUUUUUITO BEM, MESMO!) com esta:"De que adianta conhecer bem, fazer Direito, saber administrar, plantar a mandioca, poder contar para todo mundo, ter energia e potência para fazer várias vezes e, ter dinheiro... Se, no final das contas... nós precisamos sempre de ensinar a comer!!!!!"


( Préstimos de A. Velho )

Humor: orgulho de pai!

Quatro amigos encontraram-se numa festa, após trinta anos sem se verem.
Uns copos daqui, conversa de lá e de cá até que um deles resolve ir à
casa de banho. Os que ficaram, começam a falar sobre os filhos.

O primeiro diz:

- O meu filho é o meu orgulho! Ele começou a trabalhar como paquete
numa empresa, estudou, formou-se em Administração, foi promovido a
gerente da empresa, e hoje ele é o Presidente. Ele ficou tão rico, tão
rico, que no aniversário de um amigo ele deu-lhe um Mercedes novinho.

O outro disse:

- Que maravilha! Mas o meu filho também é motivo de orgulho. Ele
começou a trabalhar a entregar passagens. Estudou e tornou-se piloto.
Foi trabalhar numa grande companhia aérea. Resolveu entrar de sociedade
da empresa, e hoje ele é o dono! Ele ficou tão rico que no aniversário
de um amigo ele deu-lhe um 737 de presente!

O terceiro falou:

- Estão ambos de parabéns! Mas o meu filho também ficou muito rico. Ele
estudou, formou-se em engenharia, abriu uma construtora e deu-se tão
bem que ficou milionário. Ele também deu um presente para um amigo que
fez anos há pouco tempo. Ele construiu-lhe uma casa de 500m2!

O quarto amigo que entretanto chega da casa de banho, perguntou:

- Qual é o assunto?!?

- Estamos a falar do orgulho que temos dos nossos filhos. E o seu? O
que é que ele faz?

- O meu filho é 'gay', ganha a vida a fazer programas.

E os amigos disseram:

- Fogo, que decepção...

E ele respondeu:

- Qual quê... ele é o meu orgulho, é um grande sortudo! Sabem que no
último aniversário, ele recebeu uma casa com 500m2, um avião 737 e um
Mercedes, tudo presentes de três 'bichonas' que ele anda a comer!!


( Préstimos de Mag )

Friday, 25 April 2008

Mugabe golpeia instituições democráticas

Mugabe não reconhece que foi derrotado por Tsivangiray, não acredita que a ZANU-PF perdeu a favor do MDC, por isso, ensaia manobras dilatórias que, pelos seus cálculos, desaguarão no estado de emergência. O ditador espera prender a liderança do MDC, proibir actividades políticas, restringir a livre circulação de pessoas, impedir aglomerações de pessoas e golpear as instituições democráticas.
A recente cimeira da SADC, em Lusaka, foi branda com Mugabe. Não o obrigou a agir com racionalidade, abandonando o poder, por ter sido preterido. Mugabe conta com padrinhos e afilhados, a quem ajudou a manter ou a colocar no poder – Frelimo, de Moçambique, SWAPO, da Namíbia, e ANC, da Africa do Sul. Os compromissos que unem os governantes dos países da SADC não permitem condenação mútua.
O apoio deve ser aos povos e não aos governantes para se manterem no poleiro. Estes passam, os povos permanecem para sempre. É de bom senso que os libertadores assumam as consequências do princípio de que a soberania reside no povo. Nenhum dirigente foi enviado por Deus para governar seja qual for o povo.
O ditador diaboliza o vencedor como agente da Inglaterra e Ocidente. Chama a seus adversários de agentes do inimigo quando vencem as eleições e cidadãos comuns quando as perdem. Mugabe exige a recontagem e uma segunda volta antes da divulgação dos resultados. É um absurdo.
Os exemplos da Costa de Marfim e Quénia, destruídos pela ganância dos seus líderes, deveriam servir de lição. A derrapagem da economia do Zimbabwe custa a Moçambique uma pesada factura, com o corredor da Beira desfeito, devido ao belicismo de Mugabe e sua falsa reforma agrária.
Mugabe perde a ocasião de perpetuar seu nome no pedestal dos heróis. De combatente passa a vilão, odiado pelo povo que ajudou a se libertar do regime minoritário de Ian Smith. O ditador prefere morrer agarrado ao poder, apesar de ter visto um cartão vermelho directo.
Os tempos de Fidel Castro, que indicou seu irmão, Raul Castro, para o substituir na chefia do estado, passaram à história. Democracia é alternância ao poder. Se for julgado favorável, é reconduzido. Caso contrário, cede lugar a outro. Democracia não é, só, fazer eleições cíclicas e vencê-las, de forma retumbante, para agradar o Ocidente.
A SADC perdeu tempo, em Lusaka, elaborando um comunicado frouxo, ao invés de se despedir de Mugabe. Se a táctica mugabista pegar moda, estamos lixados. Não são claras as razões por que regimes africanos organizam eleições, se não respeitam o veredicto popular! Ninguém duvida de que Mugabe perdeu as eleições de 29 de Março.
Tememos que a arrogância e prepotência da Frelimo instale uma crise pior que à do Zimbabwe, em Moçambique, quando for confrontada por uma oposição organizada e laboriosa, capaz de lhe tirar o tapete dos pés. Se a Renamo fosse uma oposição séria, em 1999, teríamos uma situação simular, no País. Os ditadores não deixam o poder por via eleitoral.

( Edwin Hounnou, em “ A TribunaFax “, de 21 de Abril de 2008, retirado com a devida vénia)

Tuesday, 22 April 2008

Paulina Chiziane: um livro polémico?

http://dn.sapo.pt/2008/03/24/artes/muitas_mocambicanas_olham_homem_bran.html
"Muitas moçambicanas olham homem branco como salvação", ISABEL LUCAS, Paulina Chiziane, ESCRITORA
O romance que publicou agora em Portugal e será editado em Moçambique questiona o envolvimento dos indígenas na colonização.
Polémica garantida?

É um livro polémico. Tenho consciência, mas era preciso começar a discutir o problema. Olhávamos para o invasor como a causa dos problemas. A Zambézia é das províncias mais ricas, um lugar onde a exploração portuguesa foi muito forte. Se os portugueses eram tão poucos ali, como dominaram a província e o país? Qual a participação dos indígenas? Se parar para uma reflexão interna, a mão dos indígenas foi muito forte. A Zambézia foi a parcela do território com maior miscigenação. Como aconteceu? Será que as mulheres foram violadas? Será que se entregaram? Como é que a Zambézia tem tantos mulatos?Este livro, O Alegre Canto da Perdiz, parte de uma teoria.Segundo a tradição oral eram as mulheres negras que procuravam o homem branco para ter um filho mulato para que este não fosse depois deportado. Ainda há essa busca do homem branco. Muitas raparigas de 15 e 16 anos olham o homem branco como uma salvação. Sou observadora social e fui coleccionando estas questões.

Como explica, 30 anos após a independência, que essa busca do homem branco continue?

Estamos a assistir a qualquer coisa que não consigo interpretar. Os mulatos parecem estar de novo a assumir o controlo da situação. Com a economia de mercado aparecem os antigos portugueses a assumir o comando das infra-estruturas e o filho mulato ressurge no poder. Ainda não sei muito bem o que estou a fazer. Abro uma polémica para reflectir sobre o futuro do país. A reflexão sobre o que é ser moçambicano parou. Como nos vamos relacionar, que país estamos a construir? De forma suave tento levantar questões.E o que é ser moçambicano?Temos uma consciência nacional que não é comum aos outros países africanos. Moçambique está muito mais próximo da unidade nacional do que a maior parte das nações africanas. Aqui não há divisões tribais. Estamos todos misturados. Essa é das maiores relíquias de Moçambique.

Teme as reacções ao livro?

Tenho medo. Nem quero ser heroína nem mártir. Quero ser uma cidadã comum, mas não me sentiria bem se não escrevesse o que sei. Há gente que não vai gostar. Pode haver quem se zangue comigo. Acima de tudo quero contribuir para a reflexão da moçambicanidade.

O escritor Francisco José Viegas chama-lhe "a escritora mais divertida de África"...

Isso tem um pouco a ver com a estética da tradição oral. Quando os assuntos são muito profundos é preciso aligeirar. Já fiz isso com o livro anterior, em que o tema era a poligamia. De vez em quando tenho de fazer paragens para suavizar e dar um equilíbrio emocional ao leitor.

Mão estranha nas denúncias sobre INSS

Na guerra clássica, a luta pela posse de um território ou objecto estratégico, os comandantes designam os melhores soldados, atribuindo-lhes armas especiais, munidas de visor de longo alcance, destinadas a abater alvos seleccionados — membros do alto comando de exércitos inimigos, incendiar tanques de reservas de combustíveis ou munições. Abatendo tais alvos, deixa as tropas confundidas e neutralizadas. As forças ficam expostas às investidas inimigas.
As pretensas denúncias publicadas no SAVANA. de 21 de Março de 2008, com o título INSS: um saco azul, sobre o alegado uso indevido dos fundos do Instituto Nacional da Segurança Social, reflectem a intenção dos seus autores de atingir alvos que, noutras circunstâncias, não podem atingir nem provocar escoriações. Querem confundir a opinião pública e cortar a iniciativa da ministra do Trabalho, cuja acção ameaça os acomodados, que comiam a vida com uma colher grande.
Uma análise atenta ao arrolamento, feito às pressas, é fácil notar repetições de viagens e de atribuição, chegam a mencionar mais três vezes, do que chamam de despesas de representação. Deixa exposta a terceira intenção dos seus denunciantes. Se a denúncia fosse para corrigir o que anda mal, teriam tido o cuidado de elaborar bem o arrolamento que pretendiam transmitir ao público e não levantar uma cortina de poeira.
Para nos certificarmos da notícia, deslocámo-nos aos serviços da Migração e Aeroporto de Mavalane, onde verificámos que as viagens, tanto para Angola como para Suiça e França, foram extrapoladas. Para os dois arrolamentos, há repetições em 16/10, 8/1, 10/3 e 13/7. Há mais casos que poderiam ser citados. Gostaríamos de perceber o que este fenómeno, de facto, encerra. A relação das despesas de representação não diz quando isso aconteceu, o que deixa transparecer o que se pretende – transmitir uma imagem negativa da ministra.
Nós esperamos pela melhor denúncia para acreditar no conteúdo da sua mensagem. Uma denúncia consistente teria que mencionar a ordem de requisição, entrega dos fundos e a data.
Como faltam elementos essenciais que corporizam uma denúncia, a noticia não e digna de crédito. É um acto de má-fé. Helena Taipo é objecto de simpatia popular, devido à sua coragem e medidas de grande impacto social, que tem vindo a tomar para reestruturar a inspecção do Trabalho e o INSS.
Os detractores de Helena Taipo insatisfeitos pelo aperto do cerco, juntam-se aos seus “sócios” com quem sugam o INSS, queixam-se de excessiva interferência da ministra, na gestão da instituição. Porém, quando as coisas correm as mil maravilhas, são eles que anunciam os louros. Agora, que as torneiras estão a secar, falam de interferências. Os denunciantes esqueceram-se de anunciar que meteram empresas de seus amigos, no INSS, para sugarem, sem obedecer a concurso público, como manda a lei.
Nas investigações que fizemos, notámos mão estranha nas denúncias publicadas no SAVANA, visando denegrir, de forma dolosa, a ministra do Trabalho, devido ao seu empenho.

( Edwin Hounnou, em “ A TribunaFax “, 31 – 03 – 08 )

Sunday, 20 April 2008

Consegue visualizar?

Existe uma teoria muito em voga que garante ser possível alcançar qualquer coisa na vida se formos capazes de visualizar essa coisa. Por exemplo, se quer uma casa bonita tem de visualizar essa casa na sua mente, com todos os detalhes, e então terá de agir como se já tivesse essa casa, as forças da natureza conspiram para que esse desejo se cumpra. Devo confessar que eu acredito neste segredo, já li muito sobre o assunto e brevemente farei uma postagem sobre um livro que é um sucesso mundial de vendas.
Pois bem, aplicando este segredo à situação no Zimbabwe, aconselho que todos façam uma cópia desta foto e que a visualizem constantemente na mente, se calhar é a única maneira de o tirano de Harare deixar o poder. Vamos todos tentar?


( Imagem tirada da Internet e enviada pela Laura )

Five Finger Prayer


This is so neat - and it is surely worth making the 5 finger prayer a part of our lives.
1. Your thumb is nearest you.So begin your prayers by praying for those closest to you. They are the easiest to remember. To pray for our loved ones is, as C... S. Lewis once said, a "sweet duty."
2. The next finger is the pointing finger. Pray for those who teach, instruct and heal. This includes teachers, doctors, and ministers. They need support and wisdom in pointing others in the right direction. Keep them in your prayers.
3. The next finger is the tallest finger. It reminds us of our leaders. Pray for the president, leaders in business and industry, and administrators. These people shape our nation and guide public opinion. They need God's guidance.
4. The fourth finger is our ring finger. Surprising to many is the fact that this is our weakest finger, as any piano teacher will testify. It should remind us to pray for those who are weak, in trouble or in pain. They need your prayers day and night. You cannot pray too much for them.
5. And lastly comes our little finger - the smallest finger of all which is where we should place ourselves in relation to God and others. As the Bible says, "The least shall be the greatest among you." Your pinkie should remind you to pray for yourself. By the time you have prayed for the other four groups, your own needs will be put into proper perspective and you will be able to pray for yourself more effectively...

Don't tell God how big your storm is - tell the storm how big your God is!

Saturday, 19 April 2008

Piadas

Na confissão...
- Padre, eu toquei nos seios da minha namorada.
- Tocou por cima ou por baixo da blusa dela? - pergunta o padre.
- Foi por cima da blusa dela, padre - responde o jovem.
- Você é muito estúpido! Por baixo da blusa!!!, a penitência é a mesma!!!

O velho acaba de morrer.
O padre encomenda o corpo e rasga-se em elogios:
- O finado era um óptimo marido, um excelente cristão, um pai exemplar!!...
A viúva vira-se para um dos filhos e diz-lhe ao ouvido:
- Vai até o caixão e vê se é mesmo o teu pai que está lá dentro...

A freira vai ao médico:
- Doutor, tenho tido ataques de soluços, que não me deixam viver. Não durmo, não como, e tenho dores no corpo de tanto movimento compulsivo involuntário.
O doutor disse:
-Tenha calma, irmã, que vou examiná-la.
Ele a examina e diz:
- Irmã, a senhora está grávida.
A freira levanta-se e sai correndo do consultório, em pânico.
Uma hora depois o médico recebe uma chamada da madre superiora do
convento:
- Doutor, o que é que o senhor disse à irmã Carmem?
- Cara madre superiora, como ela tinha um forte ataque de soluços, eu disse que ela estava grávida. Espero que com o susto ela tenha parado de soluçar!
- Sim, a irmã Carmem parou de soluçar, mas o padre Paulo atirou-se da torre da igreja!!!

Um padre está em missão em pleno pantanal mato-grosso, quando lhe aparece pela frente uma enorme onça faminta. A fera lambe os lábios e prepara-se para atacar. O padre ajoelha-se e diz:
- Ó Senhor, incute nesta fera sentimentos cristãos!
E a onça:
- Senhor, abençoai este alimento que vou receber!

No confessionário :
- Padre, ontem eu dormi com meu namorado.
- Mas isso é pecado e pecado mortal, minha filha.
Reze cinco Pai Nosso de penitência.
A jovem fica mais algum tempo ajoelhada, pensa um pouco e depois pergunta ao padre:
- Padre, e se eu rezar dez Padres Nossos? Será que hoje posso dormir com ele outra vez?

O sacristão avisa o padre que está uma senhora à sua espera na sacristia.
Quando entra na sacristia o Padre dá de caras com uma mulata muito jeitosa, corpo escultural e mini-saia.
- Me falaram que o senhor está procurando empregada..
- Sim, minha filha... Fale-me das suas qualidades!
- Sei fazer muqueca de peixe, sei fazer cuscuz, doce e salgadinho, quindim....
- Que mais?
- Sei fazer cocada, pudim de leite condensado, leitão assado. Só tem um problema...
- Eu sou estéril, seu padre...
- Mulher de Deus... porque não disse isso logo?
Vamos entrando, minha filha...

( Préstimos de A. Velho )

Tuesday, 15 April 2008

The meaning of Zimbabwe


Primeiro-Ministro precisa-se!

Nenhum governo pode ser respeitado quando não toma medidas perante a evidência de actos tão graves de corrupção, pela forma escandalosa e fraudulenta como foi vendida a TEXMOQUE, em que os envolvidos – a IGEPE e não só - burlaram o Estado, segundo clarifica o Tribunal Administrativo, no seu Relatório e Parecer sobre a Conta Geral do Estado de 2006. A teia da cumplicidade é tão grande que este problema morrerá de morte natural. Ninguém será admoestado nem julgado.
O governo precisa de um primeiro-ministro dedicado à causa do povo, que saiba ajudar o Presidente da República resolver os problemas com que o País se debate. Embora a Constituição não atribua grandes poderes ao primeiro-ministro, porém, para quem ocupa tal posto, deveria estar dotado de capacidade de liderança de modo a coordenar o Governo.
Nos momentos cruciais, como foi o caso das manifestações populares de 5 de Fevereiro passado, semelhante à destituição do governo, a Primeira-ministra não deu mostras de nada. Confinou-se em quatro paredes. A culpa não tem que residir, apenas, no exonerado ministro dos Transportes e Comunicações, pela manifesta incapacidade de organizar o sector que dirigia. A culpa deveria ser partilhada por Diogo, que pouco ou nada faz para inverter o desempenho do Governo.
A remodelação governamental peca por ser tardia e ter deixado de fora os que deveriam sair, nomeadamente, Luísa Diogo e o ministro do Interior, José Pacheco, o comissário político. Não se sabe de que se ocupa Diogo na Zambézia, para onde se tem deslocado com frequência. Pacheco está, sempre, nas províncias de Sofala e Manica, mobilizando o povo para o seu partido, gastando fundos públicos, ao invés de trabalhar para o Ministério.
Se a inoperância do Executivo não for afastada, assistiremos, ainda, a manifestações mais violentas, nos próximos tempos. Enquanto os puxasacos continuarem a cantar que o estado da nação é bom, o governo será surpreendido. O País desfez-se da indústria, alegando pressão das instituições financeiras internacionais. Tem uma agricultura deficitária, inaceitável para quem diz ter a agricultura como base do desenvolvimento.
Agora, tudo começa e termina no umbigo de quem decide, o povo fica entregue à sua sorte. Nenhum governo, mesmo dos países eminentemente antidemocráticos, existe, só, para campanhas eleitorais, organizar eleições e vencê-las, de forma retumbante. Um governo tem razão de ser quando serve o povo. Se se furtar desta tarefa pelas mudanças na vida do povo, não merece simpatia dos governados.
Até aqui vemos a Primeira-ministra exibicionista, que só sabe insultar, sem agravo, os deputados da Renamo- União Eleitoral. O povo deu um forte sinal de cansaço de ser governado por madereiros e negociantes. Precisa-se um primeiro-ministro dedicado às causas nobres do povo e não o que induza o Presidente da República a nomear seus familiares para altos cargos públicos!

( O autor deste artigo é Edwin Hounnou, retirado, com a devida vénia, do “ A TribunaFax “ de 24/03/08)

Sunday, 13 April 2008

Anedota do dia

A caminho da reunião de emergencia da SADC, o Presidente da África do Sul, Thabo Mbeki, encontrou-se em Harare com Robert Mugabe, tendo afirmado que não há crise no Zimbabwe e que deveria dar-se tempo à ZEC para divulgar os resultados das eleições presidenciais.
No Zimbabwe a violencia continua e sucedem-se as prisões, tortura, intimidação, invasões e a actividade política foi proibida, e cada vez é mais evidente a fraude eleitoral preparada. Porém, para Mbeki está tudo normal, não há crise.

Meditation








R20.00 Seminar

A well-known speaker started off his seminar by holding up a R20.00 note. In the room of 200, he asked, 'Who would like this R20 note?' Hands started going up. He said, 'I am going to give this R20 to one of you but first, let me do this. He proceeded to crumple up the R20 note. He then asked, 'Who still wants it?' Still the hands were up in the air. Well, he replied, 'What if I do this?' And he dropped it on the ground and started to grind it into the floor with his shoe. He picked it up, now crumpled and dirty. Still the hands went into the air. My friends, we have all learned a very valuable lesson. No matter what I did to the money, you still wanted it because it did not decrease in value. It was still worth R20. Many times in our lives, we are dropped, crumpled, and ground into the dirt by the decisions we make and the circumstances that come our way. We feel as though we are worthless. But no matter what has happened or what will happen, you will never lose your value. Dirty or clean, crumpled or finely creased, you are still priceless to those who DO LOVE you. The worth of our lives comes not in what we do or who we know, but by WHO WE ARE. You are special- Don't EVER forget it.
'If you do not pass this on, you may never know the lives it touches, the hurting hearts it speaks to, or the hope that it can bring ...

Count your blessings, not your problems.

( Préstimos de Maria Helena )


Saturday, 12 April 2008

Rir é o melhor remédio

Bebedeiras à pala



A salsicha passou a ser outra!!!!!!!!!!!!!!!!eheheheheh



É 6ªfeira à noite e Miguel e João querem ir beber um copo, mas estão completamente lisos, porque perderam todo o dinheiro que tinham no casino, a jogar nas slots. Vai daí, o Miguel tem uma ideia brilhante p/ resolver o problema . Vai a uma roulotte e compra apenas uma salchicha. O João fica irritado e completamente fora de si, porque o amigo gastou o resto do pouco dinheiro k tinham, mas Miguel sossegou-o , dizendo k tem um plano infalível para beberem à pala.

Entram no 1º bar e pedem 2 uisques. Quando acabam, Miguel colcoca a salchicha a sair pela braguilha e pede ao amigo p/ fazer de conta k lhe esta a fazer sexo oral. O empregado ao ver isto, expulsa os 2 amigos do bar. Fazem isto em + 10 bares, até k o João diz ao amigo:" bem, isto está a resultar em cheio, mas já estou podre de bêbado e tenho os joelhos todos doridos”. Diz o Miguel:” E como é k tu pensas k me sinto? Perdi a salchicha logo no terceiro bar a k fomos! ".

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Rapidinhas

A mulher entra num restaurante e encontra o marido com outra :
- Pode me explicar o que é isto??
E ele responde:
- Só pode ser azar!!!*
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*- A senhorita aceita um uísque?
- Não posso. Me faz mal para as pernas.
- As suas pernas incham?
- Não, abrem...*
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- Carmen, você está doente? Te pergunto porque eu vi sair um médico da sua casa, esta manhã...
- Olha, minha querida, ontem eu vi sair um militar da sua e nem por isso você está em guerra, não é verdade?*
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*- Diga-me, por que motivo você quer divorciar-se de seu esposo?
- Meu marido me trata como se eu fosse um cão!
- A maltrata? Bate?
- Não, quer que eu seja fiel!
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(Préstimos de A. Costa)

Sunday, 6 April 2008

Save us from this vampire!

· The perilous situation in Zimbabwe has sparked mounting fears that Robert Mugabe’s iron-fisted regime will again unleash brute force in a desperate bid to intimidate the electorate into extending his 28-year reign.
In a plea for international intervention, the opposition yesterday called for help in countering the “vampire instincts” of the ageing tyrant’s government.
Zimbabwean opposition leader Morgan Tsvangirai yesterday joined those accusing President Mugabe of deploying war veterans and pro-government militia and recruiting soldiers ahead of a presidential run-off vote.
Tsvangirai, whose Movement for Democratic Change says he won the presidential vote, said he was already forming a new government and called for talks with Mugabe, who he called a “lame duck” leader.
The Zimbabwe Electoral Commission (ZEC) has now passed the stipulated seven-day period for the release of results.
Tsvangirai said he was the clear winner and there was no need for a run-off.
“The result is known, that the MDC won the presidential and parliamentary election.
“President Mugabe and Zanu- PF (the ruling party) should accept the results. The MDC won the election and will not accept the suppression of the will of the people,” Tsvangirai said in his first declaration since the election.
The MDC yesterday appealed for the United Nations to intervene to prevent bloodshed in a presidential run-off campaign.
On a conciliatory note, Tsvangirai said he would guarantee Mugabe’s safety in the aftermath of the elections.
Tsvangirai spoke as human rights groups and churches warned that the military, the war veterans and other militias were preparing to unleash violence on Zanu-PF’s opponents.
“Given that high-profile commanders in the security establishment have vowed not to salute any other head of state except the current incumbent, the probability of violence is very high ,” said Zimbabwe’s Alliance of Christian leaders.
Irene Petras of Zimbabwe Lawyers for Human Rights said the organisation was “concerned about the current state of affairs”.
In another development, armed police briefly prevented an MDC lawyer from entering the Harare High Court during a legal effort to force results being made public. The court eventually postponed the hearing until today after the electoral commission asked for more time to prepare its response.
Appealing for UN intervention, MDC spokesman Nelson Chamisa said there were signals that the 84-year-old Mugabe was preparing to crack down.
“They are trying to intimidate people, they are trying to set up the context for unleashing violence. The vampire instincts of this regime are definitely going to come out,” said Chamisa.
“But we cannot be alone. We need the international community to help us. The UN has to make sure that there is no violence in this country ... They should not (wait to) come when there is blood in the street, blood in the villages.”
In the parliamentary election, the MDC won 96 seats, a breakaway MDC faction won nine, Zanu-PF won 94 and an independent won one. In the senate results announced yesterday, the MDC and its breakaway faction won 30 seats and Zanu-PF also won 30 seats.
· Cosatu spokesman Patrick Craven warned the Mugabe government against using dirty tricks to “suppress the will of the people”.
“We are extremely worried about the current situation. We are just lucky that the people of Zimbabwe remain patient . . . but for how long?” he said.
· Speaking from London, President Thabo Mbeki yesterday called on the international community to wait for the full election results.
“No, it’s time to wait ... Let’s see the outcome of the election results. I think the situation for now is manageable. If there is a rerun of the presidential election, let’s see what comes out of that, ” Mbeki told reporters in London, where he is attending a conference of “progressive governance” leaders hosted by Prime Minister Gordon Brown.
International pressure has been mounting on Mbeki to resolve the crisis. On a call from Air Force One on Friday, US President George Bush is said to have urged Mbeki to deal with the situation.
Brown yesterday said international observers must be allowed to monitor a rerun.
Mbeki met Brown in London yesterday to discuss Zimbabwe, among other issues. A senior government official said Mbeki told Brown to back off as he believes the British government is complicating his efforts to resolve the situation.
Mugabe’s Zanu-PF has apparently been angered by news that Britain is spearheading a 2- billion-a-year recovery package for a post-Mugabe Zimbabwe.
The official said: “ Zanu-PF says we have told you so: this MDC is not a genuine opposition as it is a front for the Brits. What do you say to Mugabe when he says that? The Brits do not understand the situation in Zimbabwe.”
Pretoria is claiming the peaceful election as a victory for its quiet diplomacy.
On Friday the Zanu-PF politburo met for a record eight hours. It unanimously endorsed the defence and security chiefs’ advice for Mugabe to face Tsvangirai in a run-off.
“The defence and security chiefs told him they will do everything and anything in their power to ensure that he (Mugabe) beats Tsvangirai in the run-off,” a politburo member said yesterday.
“ As the politburo, we agreed on Friday that we will not deliver the country to Tsvangirai on a silver platter. President Mugabe will be our candidate. We cannot allow Tsvangirai to return the country to Britain and the whites.”
Zanu-PF would use its “usual” structures to win, he said.
Zanu-PF administration secretary Didymus Mutasa claimed electoral officials had been bribed. “We will purge ZEC. There is no way we can conduct elections with thieves,” he said.
On Friday 400 of Mugabe’s so-called war veterans marched through Harare and later told the media that they would “defend the country’s sovereignty” against an opposition takeover and “a white invasion”.
“The election has been seen as a way to reopen the invasion of our people by whites,” veterans’ leader Jabulani Sibanda said.
He said the MDC’s declaration of victory was “a provocation against us freedom fighters”.
( Sunday Times, 06/04/08 )

Alooter Continua

They found 888 handbags and 1060 pairs of shoes in Imelda Marcos’s palace after her husband was thrown out of the Philippines’ presidential palace.
This week, Zimbabweans dared to ask: what would a free Zimbabwe find in Grace Mugabe’s closet?
The widely loathed “First Shopper”, who last week was nowhere to be seen on election day — for the first time — has splurged over R1-million a time on shopping expeditions to the world’s fashion capitals.
She has reportedly packed whole palettes of Gucci and Ferragamo parcels onto a private jet.
She has even shopped for houses that weren’t for sale — and once simply took one from a white farming couple near Harare.
This week, as rumours surfaced that “Grabbin’ Grace” had decamped to Malaysia, Zimbabwean human rights activists warned that Robert Mugabe’s 42-year-old second wife could be smuggling plundered designer loot out of the country as her husband’s grip on power remained uncertain.
Geoff Hill, author of What Happens After Mugabe, told the Sunday Times: “It would be neglectful of a future government in Zimbabwe if they did not get a firm of auditors to investigate Grace Mugabe — to ask, has she benefited from ill- gotten gains, and where is all the loot?
“Zimbabweans want to know — and have a right to know — how she has funded this ridiculous champagne lifestyle.
“The Abacha family in Nigeria and the Mobutu family in the Democratic Republic of the Congo are still facing actions to recover loot from them, so there is ample precedent.”
One Zimbabwean human rights lawyer said: ‘‘She has humiliated Zimbabweans for too long; she cannot now be allowed to get away with it.”
While there are no reliable estimates of Mugabe’s personal wealth, Norb Garrett, head of the Kroll organisation’s business intelligence and investigations unit, told Forbes magazine that Mugabe was a “potential candidate” on the world’s list of billionaire dictators.
Zimbabwe was “the next place to look for a large amount of money missing”, he said.
Chengetai Mupara, former president of the Zimbabwe National Students’ Union, said Grace was among a number of government figures whose assets would need scrutinising when Mugabe finally lost power.
“There is no doubt that the first lady’s lifestyle has cost Zimbabwe quite a substantial amount of money, and that much of this will need to be repatriated to the people of Zimbabwe,” he said.
In 2006, the Sunday Times revealed that Gideon Gono, Zimbabwe’s Reserve Bank governor, had funded many of Grace’s shopping sprees to the tune of millions of US dollars, using illegal “parallel market” currency-conversion deals.
Responding to criticism that her spending on her size 8-A feet jarred with the crushing poverty in her country, she told one reporter: “I have very narrow feet, so I wear only Ferragamo.”
The Times of London described one trip: “In London, Grace would insist on taking over a suite at the exclusive Claridge’s Hotel. Bodyguards in tow, she would cruise through Harrods before piling her purchases into her chauffeur-driven Mercedes.”
Although reliable information on the couple’s personal life is rare, sources increasingly indicate that Grace’s high life is crumbling around her.
Last year, the notoriously overdressed former secretary was humiliated when she and Mugabe attempted to visit the family home of the president’s popular first wife, Sally Hayfron, in Ghana.
Grace had to wait in the car after the family refused to allow her in.
Anti-Mugabe websites have linked Grace to senior — and very junior — Zanu-PF members, including businessmen Peter Pamire and James Makamba, alleging that Mugabe had punished both for their intimate friendships with his wife.
The news website newzimbabwe.com claimed that Pamire — a black-empowerment advocate who died in a car crash in 1996, according to the official version — was in fact murdered by the Central Intelligence Organisation because he was thought to be having an affair with Grace.
The same site claimed that Makamba was effectively exiled by Mugabe.
In January this year, it emerged that Grace was embroiled in a feud with Mugabe’s family. According to Zimbabwe’s Guardian newspaper, Mugabe’s nephew, Leo Mugabe, had embarked on a campaign to stop his aunt from plundering the family fortune, because “Grace Mugabe has indicated that she intends to inherit most of President Mugabe’s assets in the event that he dies”.
Mugabe married Grace in 1996, having had a long-term affair with his former secretary during his marriage to Sally Mugabe, who died in 1992.
Hill said Mugabe had been “desperate for children”, having lost his son while he was in prison. He has had three with Grace: Bona, Robert jnr and Chatunga.
The marriage coincided with the start of the collapse in the economy and democratic freedoms in Zimbabwe, and many Zimbabweans believe it was Grace’s influence that led to the president’s hardline policies.
But “the reality is that it was Sally who helped keep Mugabe’s policies moderate; with Grace, we see the raw Robert. Sally was his intellectual equal and a true friend, and had a positive influence over him; Grace has no influence in terms of his decisions,” said Hill.
Grace, née Marufu, was reportedly born in South Africa and brought to Zimbabwe by her Zimbabwean father as a child.
She attended a Catholic school and, as a teenager, married Zimbabwe Air Force officer Stanley Goreraza, with whom she had a son, Russell. The Mugabes apparently kept up an amicable relationship with Goreraza, even visiting him in hospital in China while he was posted there as a diplomat.
Hill said Mugabe — still a Marxist at heart — was uncomfortable with his wife’s profligacy which, some observers suggested, had led to a strain in the relationship.
Hill said: “Her maiden name, Marufu, means ‘funeral’ in Shona — and, for Zimbabweans, her arrival on the scene marked the funeral of logical policies in Zimbabwe.”
Grabbin’ Grace’s Excesses Include:
• Being seen with “15 trolley loads” of luxury goods in the first- class lounge at Singapore airport, according to Britain’s Mirror;
• Spending more than R600000 in an afternoon in London;
• Using R8-million in government funds to help build a 30-room house she called Gracelands;
• Demanding that her husband fund the building of a R100-million mansion near Harare, fitted with Italian baths and oriental carpets ; and
• Spending R1.1-million in a two-hour shopping spree in Paris after finding a loophole in a European Union travel ban against her.
(Rowan Philip, London - Sunday Times, ) 06/o4/08)

Meditação dominical

DEFICIÊNCIAS

'Deficiente' é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino.
'Louco' é quem não procura ser feliz com o que possui.
'Cego' é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria, e só tem olhos para seus míseros problemas e pequenas dores.
'Surdo' é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão, pois está sempre apressado para o trabalho e quer garantir seus tostões no fim do mês.
'Mudo' é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia.
‘Paralítico' é quem não consegue andar na direcção daqueles que precisam de sua ajuda.
'Diabético' é quem não consegue ser doce.
'Anão' é quem não sabe deixar o amor crescer.
E, finalmente, a pior das deficiências é ser ‘miserável’, pois:

A amizade é um amor que nunca morre.

(Mário Quintana)

Saturday, 5 April 2008

Zimbabwe: duas opiniões

Num encontro com diplomatas em Pretoria, o Vice-Ministro dos Negócios Estrangeiros sul-africano, Aziz Pahad, acusou os media nacionais e internacionais de sugerirem que a demora na divullgação dos resultados eleitorais no Zimbabwe se deve a uma tentativa de fraude, acusando-os de actuar como instrumentos de conspiração e destabilização.
Entretanto, Frans Cronje, do SA institute for Race Relations, avisou que o Zimbabwe arriscava-se a entrar num caos ao estilo do Quénia se os resultados não forem divulgados urgentemente.
Cronje afirmou também que Thabo Mbeki tem de ser culpabilizado por ter enganado o mundo ao afirmar que havia progressos nos seus esforços de mediação entre Mugabe e o MDC.

Tuesday, 1 April 2008

Dia das Verdades

Tinha preparado algo alusivo a esta data, “Dia das Mentiras”, mas fui ultrapassado pelos acontecimentos no Zimbabwé, e ainda bem, dá-me mais satisfação falar das verdades.
No momento em que escrevo, não é bem claro o resultado das eleições devido a possíveis manobras, correm diversos rumores e alguns são perturbadores, mas há uma verdade incontestável: Mugabe foi derrotado e o Zimbabwé escolheu a mudança. Os comentadores irão analisar exaustivamente o significado e as repercussões deste acto eleitoral, mas os ventos que sopram do Zimbabwe dão alento aos que desejam mudança em Moçambique.
Já que mencionei mentiras, é no mínimo indecente que os observadores da SADC tenham apressadamente declarado o acto eleitoral credível, isto atesta bem a credibilidade desta organização.
Entre verdades e mentiras, fica a certeza de que a liberdade e a democracia irão prevalecer em toda a região e que os tiranos, corruptos e incompetentes começam a ter pouco espaço de manobra.