Friday, 10 July 2015

Precisamos de austeridade mas também queremos transparência

Mais do que deixar de viajar no jacto presidencial, que o Estado comprou e tem custos mesmo parqueado, e falar em cortes nas Presidênciais abertas que não sabemos ao certo quanto custam Moçambique precisa de transparência nas Contas do Estado.
Mas antes de tudo é necessário que o Senhor Presidente, e os membros do seu Governo, façam a declaração dos respectivos patrimónios. Depois, e enquanto damos tempo para vermos o mérito da fusão de Ministérios, queremos saber quanto ganha o Senhor e os membros do seu Governo, que regalias nós o seu patrão pagamos todos os meses?
Antes de voltarmos às Presidências abertas é importante o povo saber quanto custou a romaria da chama, chamada da unidade, pelo país.
Precisamos também de conhecer, em detalhe, os compromissos assumidos pelo Estado, passados e presentes, nas chamadas Parcerias Público Privadas e ainda os contratos firmados com os grandes investidores estrangeiros.
Os “cancros” do despesismo são mais do que conhecidos, começam no incompleto inventários dos bens imóveis, veículos automóveis e outros do Estado, passam pelo desvio de receitas, desorganização de justificativos de transacções, divergências nos valores requisitados e nos valores pagos em salários aos funcionários públicos, atropelos na Lei de procurment, entre outros.
O que nós, o seu patrão, pretendemos saber é que medidas concretas tem em mente para combater esses “cancro” que parecem não ter cura?
E com a EMATUM quais são os seus planos, para além da pesca e pôr-nos a pagar a dívida?
Se nos permite uma sugestão, enquanto esperamos para ver quanto realmente vai poupar em viajar na companhia aérea nacional, corte os membros do seu partido da trupe que o acompanha e pare com os encontros partidários durante as Presidências Abertas.

 
Editorial, A Verdade

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