Monday, 28 April 2014

“Detalhes militares” condicionam arranque do recenseamento em Gorongosa

Até as 14 horas de ontem, domingo, brigadas e membros da CNE estavam estacionados na cidade da Beira

Maputo (Canalmoz) – As nove brigadas do Secretariado Técnico da Administração Eleitoral (STAE) indicadas para orecenseamento das populações nas regiões afectadas pelo espectro de guerra civil, ainda não foram inst...aladas e por isso mesmo, o recenseamento ainda não arrancou na Gorongosa. Até as 14 horas de ontem, os membros da Comissão Nacional de Eleições (CNE) indicados para instalar as brigadas estavam “estacionados” na cidade da Beira. “Detalhes militares” entre o Governo e a Renamo, estão a condicionar a entrada dos brigadistas, segundo informou ao Canalmoz, o porta-voz da CNE, Paulo Cuinica.
Paulo Cuinica, não avança quais são os referidos “detalhes militares”. “São detalhes militares, ainda por acertar, e eu também não sei do que se trata”, disse. No entanto, garante que as duas partes (Governo e a Renamo) estão a debater como ultrapassar a situação. A equipa para a instalação das brigadas, partiu na última quinta-feira e tinha como pontos a Casa Banana, EPC de Vunduzi, Nhataca, Chionde, Tsikiri, Mussikazi, Piro e Mukodza.
Por volta das 14 horas de ontem, o segundo vice-presidente da CNE Meque Braz, que integra a equipa de instalação das brigadas confirmou ao Canalmoz que as brigadas ainda não tinham conseguido entrar em Gorongosa. Entretanto, fala de questões administrativas que têm que ver com a “reciclagem e reintegração das pessoas”. “As questões militares já foram ultrapassadas”, disse Braz.


O essencial é entrarmos na Gorongosa


Quando faltam dois dias para o término do processo de recenseamento, quer Cuinica, quer Braz parecem estar pouco preocupados com as datas. Para Meque Braz “a preocupação da CNE é pôr as brigadas a trabalharem”, sem se interessar, no entanto, com o tempo em que as mesmas vão operar. Por seu turno, Paulo Cuinica diz que o essencial é conseguir entrar na Gorongosa.
Sobre a prorrogação ou não do prazo, as fontes dizem não ter mandato para se referirem sobre o assunto. Dizem ainda que tal decisão depende do plenário da CNE. Refira-se que na conferência de imprensa havida na última quinta-feira, Cuinica disse que a CNE tinha recebido uma proposta da Renamo para a prorrogação do processo. Na ocasião, Cuinica disse que a proposta estava a ser ainda analisada.


(André Mulungo, Canalmoz)

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