Tuesday, 14 August 2012

Moçambique deve rever acordos sobre circulação na CPLP - Lutero Simango

Lutero-simango-mdm-parlamentoA livre circulação de pessoas e bens no espaço da CPLP é um processo que deve ser ultrapassado, pois segundo Lutero Simango, Moçambique, na qualidade de Presidente da organização, tem o poder de inverter a situação e deve envidar esforços no sentido de reforçar o cumprimento das metas estabelecidos pelas Nações Unidas até 2015.
«Os acordos aprovados sobre a concessão de Vistos de Múltiplas Entradas (VME) para determinadas categorias de pessoas, nacionais da CPLP devem ser respeitados e cumpridos por todos os Estados membros da comunidade, para melhorar os seus índices de desempenho na melhoria de vida dos seus cidadãos».
Lutero Simango, disse em entrevista ao site PNN, que a presidência moçambicana da CPLP deve ser feita no sentido de simplificar o processo de obtenção de vistos para facilitar a circulação de pessoas e bens. «Eu pessoalmente penso que a presidência moçambicana da CPLP deve ser feita no sentido de simplificar o processo de obtenção de vistos, porque para viajar a Portugal é muito difícil para o cidadão moçambicano, mas para os portugueses virem a Moçambique é mais fácil. Penso que na área dos vistos Moçambique tem que revisitar este quadro para que haja uma facilitação dos cidadãos e uma circulação livre dentro da comunidade dos países de expressão portuguesa».
Outra questão que Lutero Simango, chefe da bancada parlamentar do MDM, quer ver respeitada durante a presidência de Moçambique, é a promoção das questões mais práticas. «Nós sabemos que os países da CPLP não são vizinhos e, como tal, se fossem vizinhos diríamos que era fácil a sua governação, mas são países com valores culturais totalmente diferentes e às vezes opostos e são países que se encontram em vários continentes do mundo. Temos de adoptar mecanismos para nos concentrar, explorando a área dos mercados (…) Os países africanos podem produzir alimentos para a Europa e mesmo para alguns países em África; devemos procurar promover o nosso mercado e expandi-lo, aproveitando a existência do Brasil e Portugal na comunidade», concluiu Simango.

RM

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