Wednesday, 15 February 2012

Manue de Araújo denuncia mau relacionamento com governo provincial


Edil de Quelimane indignado com directores provinciais.

Alguns membros do executivo não estão a colaborar com a sua governação, em caso de solicitação para esclarecimento de certos assuntos que carecem de explicação ou intervenção do governo.
O edil de Quelimane, Manuel de Araújo, mostra-se indignado com o comportamento de alguns membros do executivo de Itai Meque, designadamente directores provinciais, pelo facto de não estarem a colaborar com a sua governação em caso de solicitação para esclarecimento de determinados assuntos e situações que carecem de explicação ou intervenção por parte dos directores provinciais.
Segundo o edil daquela urbe, que não quis avançar nomes dos directores provinciais em causa, diz que tal acção deriva da falta de cultura e ignorância desses governantes, no capítulo da democracia.
Recorde-se que Manuel de Araújo é do MDM e conseguiu derrubar a Frelimo da gestão daquela autarquia, facto que causa atritos de ordem partidária. “Há directores que não sabem o que é descentralização e o que é democracia, onde começa o poder do edil do município e onde é que termina o poder do governo. Eles misturam tudo com diferenças políticas, e em democracia não é assim”, desabafou.
De Araújo diz não se conformar com este mal-estar. “A atitude destes directores deixa-me muito triste, mas, como sabe, eu sou professor de profissão e gosto de dar aulas, neste caso, vou dar aulas de democracia”, disse.
Recentemente, antes do arranque do carnaval, por exemplo, a edilidade decidiu que o palco para a abertura das cerimónias devia estar colocado bem próximo à praça da independência, e bem antes de iniciarem os trabalhos, o edil emitiu uma carta à direcção da educação e cultura da Zambézia para a coordenação das actividades, mas a mesma sequer foi respondida. Contudo, a direcção de Manuel de Araújo decidiu arrancar com a fixação do palco para o início do carnaval na referida praça, mas viu-se surpreendido com a presença massiva de agentes da Força de Intervenção Rápida (FIR), a impedirem que a acção continuasse, alegando que, no local, se encontra a estátua do presidente Samora Machel, que devia ter sido inaugurada em Dezembro do ano passado.

Jorge Marcos, O País

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