A Assembleia da República (AR), o parlamento moçambicano, reprovou hoje, por voto maioritário, a proposta da oposição que solicitava o Governo a esclarecer as recentes informações publicadas pelo ‘site WikiLeaks’, nas quais dirigentes do Estado e outras figuras políticas do país são implicadas de envolvimento em actividades ilícitas.
A proposta foi levantada na sessão plenária da ultima quarta-feira pela Renamo, maior partido da oposição em Moçambique, como questão previa. O assunto foi tratado pela Comissão Permanente do parlamento que decidiu remeter o caso a plenária de hoje.
O voto da bancada maioritária, a Frelimo, acabou 'chumbando' a proposta da oposição, referindo que a mesma visa desviar os moçambicanos da sua principal agenda que é o combate a pobreza.
O Deputado Raimundo Pachinuapa disse, na defesa do voto da sua bancada, que 'somos deputados com grandes responsabilidades e não podemos viver de fofocas e boatos'.
De acordo com Pachinuapa, os 'sites' de fofocas e especulações serão combatidos por se serem contrários ao sentido de Estado.
Ele acusou a Renamo de viver de desinformações, com o único objectivo de desestabilizar o país, incitando até a desobediência civil.
Enquanto isso, a Renamo, através do deputado Milaco, afirma que o assunto é de interesse público por afectar a boa imagem dos moçambicanos.
Segundo ele, ao se negar a ida do executivo ao parlamento ficou mais do que claro que o assunto também mexe com alguns membros do parlamento moçambicano.
Ele indicou que o tráfico de drogas no país não tem rosto e que a justiça moçambicana nunca teve coragem de enfrentá-lo. 'Podem escapar internamente mas um dia o Tribunal Penal Internacional se encarregará disso' , prometeu Milaco.
Enquanto isso, o deputado Ismael Mussa, do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), que secundou a proposta da Renamo disse que a informação avançada pelo 'site Wikileaks' embora seja classificada não é oficial.
Ele referiu que seria melhor se tratar o assunto com alguma antecedência já que, segundo as suas palavras, até aqui só foram publicados quatro de um total de 940 ficheiros que têm a ver com Moçambique.
Mussa disse ainda que já há outras informações apontando para a libertação de contentores de droga no porto de Maputo.
O Governo de Moçambique já desmentiu publicamente as informações da 'WikiLeaks'.
Em comunicado de imprensa, o Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação referiu que o governo moçambicano se distancia do conteúdo dessas informações.
'Essas informações não têm qualquer base de sustentação e atentam contra a imagem, o prestígio e o bom-nome do Estado moçambicano e dos seus dirigentes', refere o comunicado, realçando que as informações do site fundado pelo australiano Julian Assange 'são susceptíveis de prejudicar a dinâmica das relações internacionais'.
No comunicado, o governo moçambicano reafirmou a sua determinação na prevenção e combate aos actos ilícitos, que constituem obstáculos à sua agenda nacional de luta contra a pobreza e pelo desenvolvimento, e mantém o seu cometimento na promoção das boas relações de amizade, solidariedade e cooperação com todos os Estados.
(RM/AIM)
A proposta foi levantada na sessão plenária da ultima quarta-feira pela Renamo, maior partido da oposição em Moçambique, como questão previa. O assunto foi tratado pela Comissão Permanente do parlamento que decidiu remeter o caso a plenária de hoje.
O voto da bancada maioritária, a Frelimo, acabou 'chumbando' a proposta da oposição, referindo que a mesma visa desviar os moçambicanos da sua principal agenda que é o combate a pobreza.
O Deputado Raimundo Pachinuapa disse, na defesa do voto da sua bancada, que 'somos deputados com grandes responsabilidades e não podemos viver de fofocas e boatos'.
De acordo com Pachinuapa, os 'sites' de fofocas e especulações serão combatidos por se serem contrários ao sentido de Estado.
Ele acusou a Renamo de viver de desinformações, com o único objectivo de desestabilizar o país, incitando até a desobediência civil.
Enquanto isso, a Renamo, através do deputado Milaco, afirma que o assunto é de interesse público por afectar a boa imagem dos moçambicanos.
Segundo ele, ao se negar a ida do executivo ao parlamento ficou mais do que claro que o assunto também mexe com alguns membros do parlamento moçambicano.
Ele indicou que o tráfico de drogas no país não tem rosto e que a justiça moçambicana nunca teve coragem de enfrentá-lo. 'Podem escapar internamente mas um dia o Tribunal Penal Internacional se encarregará disso' , prometeu Milaco.
Enquanto isso, o deputado Ismael Mussa, do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), que secundou a proposta da Renamo disse que a informação avançada pelo 'site Wikileaks' embora seja classificada não é oficial.
Ele referiu que seria melhor se tratar o assunto com alguma antecedência já que, segundo as suas palavras, até aqui só foram publicados quatro de um total de 940 ficheiros que têm a ver com Moçambique.
Mussa disse ainda que já há outras informações apontando para a libertação de contentores de droga no porto de Maputo.
O Governo de Moçambique já desmentiu publicamente as informações da 'WikiLeaks'.
Em comunicado de imprensa, o Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação referiu que o governo moçambicano se distancia do conteúdo dessas informações.
'Essas informações não têm qualquer base de sustentação e atentam contra a imagem, o prestígio e o bom-nome do Estado moçambicano e dos seus dirigentes', refere o comunicado, realçando que as informações do site fundado pelo australiano Julian Assange 'são susceptíveis de prejudicar a dinâmica das relações internacionais'.
No comunicado, o governo moçambicano reafirmou a sua determinação na prevenção e combate aos actos ilícitos, que constituem obstáculos à sua agenda nacional de luta contra a pobreza e pelo desenvolvimento, e mantém o seu cometimento na promoção das boas relações de amizade, solidariedade e cooperação com todos os Estados.
(RM/AIM)
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Interessante! O velho Pachinuapa lá está. Isto já não é política, mas negócio.
ReplyDeleteNoutros casos Pachinuapa não se metia.
Mas uma coisa, ainda bem que negaram apresentarem-se ao público, porque só iam distrair aos mocambicanos e à comunidade internacional.