Wednesday, 2 June 2010

Durante uma semana Seminário de dirigentes do partido Frelimo paralisa instituições do Estado

Recursos do Estado foram usurpados para servir seminário dos “batuqueiros da maçaroca”


Maputo (Canalmoz) – Desde o passado dia 28 de Maio que os dirigentes de instituições do Estado estão fora dos gabinetes para participar no “seminário de integração de dirigentes” do partido Frelimo, que decorre na Escola Central desse partido, na cidade da Matola, com o término marcado para domingo, dia 6 de Junho. O seminário iniciou-se no dia 28 de Maio, o dia seguinte ao encerramento da primeira sessão ordinária da Assembleia da República, necessariamente para permitir a participação dos deputados da Frelimo.
Acontece, porém, que, para além dos deputados, participam no seminário ministros, vice-ministros, Presidentes de Conselho de Administração das empresas públicas, directores nacionais, presidentes de municípios e demais dirigentes do Estado, que, como se sabe, são todos membros do partido Frelimo.
O seminário decorre das 7:00 às 17:00 horas, o que faz com que as instituições do Estado fiquem sem os seus dirigentes, durante todo o período normal do expediente. Qualquer tentativa de contacto com um dirigente governamental, neste período em que decorre o seminário, redunda num fracasso total.

Uso e abuso dos bens do Estado

Para além da ausência dos dirigentes nas instituições do Estado, onde estão colocados e onde deveriam estar a trabalhar, estes levaram consigo todos os recursos do Estado ao seu serviço. As viaturas e os agentes de segurança são os recursos (materiais e humanos) do Estado mais visíveis, que foram extorquidos para servirem o seminário do partido Frelimo.
A reportagem do Canalmoz esteve na escola desse partido, e pôde constatar que as viaturas protocolares dos ministros e de outros dirigentes governamentais, viaturas essas que são pertencentes ao Estado, foram desviadas para serem usadas no seminário do partido Frelimo.
Agentes de segurança do Estado, entre civis e polícias devidamente fardados, estão também mobilizados para escolta do Partido Frelimo na Matola, onde decorre a reunião dos dirigentes do partido no poder. É esta a crua realidade da usurpação dos recursos do Estado para fins partidários praticada pelo partido Frelimo.


(CANALMOZ, 02/06/10)



Nota do José = Uma situação inaceitável em democracia em que a Frelimo continua a confundir Estado com Partido. Torna-se evidente porque a Frelimo não quer abandonar a vergonhosa partidarização das instituições!

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