Thursday, 1 October 2009

Campanha Eleitoral


Simango suspende “caça” em Manica

O PRESIDENTE do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), Daviz Simango, interrompeu terça-feira a campanha eleitoral que havia iniciado no dia anterior em Manica, deslocando-se de emergência a Maputo para viver de perto os acontecimentos ligados à rejeição das suas reclamações pelo Conselho Constitucional. O partido havia recorrido àquele órgão na sequência da sua exclusão parcial da corrida eleitoral pela Comissão Nacional de Eleições (CNE).
Humberto Escova, delegado provincial deste movimento na província de Manica, disse que conhecida a deliberação do CC, na noite de segunda-feira, o partido decidiu que Daviz Simango devia se deslocar a Maputo, devendo retomar a campanha eleitoral nesta parcela do país em data a anunciar.
Depois de conhecida a posição do CC de chumbar os recursos que o MDM havia submetido àquele órgão, o partido decidiu que o presidente devia se deslocar com urgência a Maputo para viver de perto os acontecimentos, explicou.
Simango, segundo disse Escova, entrou na província de Manica, proveniente de Tete, através do distrito de Guro, tendo trabalhado em campanha no ponto de entrada e nos distritos de Catandica, Vanduzi, Barue e Manica-Sede.
Nesta parcela do país, Daviz Simango tinha ainda em agenda, com duração de três dias, a efectivação da sua campanha eleitoral também nos distritos de Gondola, Mussurize e na cidade de Chimoio.
Sobre a decisão do CC, Escova disse tratar-se de um revés para a jovem democracia moçambicana e um duro golpe para o MDM, mas mesmo assim este não recua, continuando firme que Daviz Simango vai ganhar as presidenciais de 28 de Outubro próximo.
Face ao cenário que se vive causado pela decisão do CC, Escova disse que a posição do partido é de não interferir na decisão de voto dos seus apoiantes e militantes, destacando que o voto é secreto e pessoal, por essa razão cada qual deverá decidir em quem votar nos círculos eleitorais onde o MDM não concorre.
A fonte não descartou a possibilidade de muitos dos apoiantes do MDM optarem pela abstenção nesses círculos eleitorais, o que, segundo ele, é mau para a democracia moçambicana e para a imagem do país.


( Notícias, 01/10/09 )

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- Nacala-Porto: MDM entra em acção
O MOVIMENTO Democrático de Moçambique (MDM), liderado por Daviz Simango, começou esta semana a ser visível na cidade costeira de Nacala-Porto, na província de Nampula, duas semanas após o início da campanha com vista ao escrutínio de 28 de Outubro.
Maputo, Quinta-Feira, 1 de Outubro de 2009:: Notícias

Falando à AIM, Guilherme Mkali, delegado político distrital do MDM em Nacala, associou a aparição tardia do seu partido nesta campanha à chegada tardia do material, devido a problemas de transporte.
Mkali desvaloriza este pequeno percalço, afirmando que para um partido que nasceu há menos de nove meses o MDM está a fazer aquilo que outros partidos nunca fizeram em pouco tempo.
O delegado político do MDM considera que o seu partido está a ser contactado por vários segmentos da sociedade, manifestando simpatias e dando garantias de que o partido é a alternativa para a governação de Mocambique.
Veja que somos contactados por indivíduos para nos segredar que são do MDM, mas que não se podem expor para não perderem emprego. Portanto, não é por acaso que do Rovuma ao Maputo, o MDM está a constitui uma ameaça ao poder porque está a conquistar inúmeros simpatizantes, referiu.
Um dos seus maiores atractivos, segundo Mkali, é a sua dinâmica e aposta nos jovens.
Um partido que aposta nos velhos, como alguns partidos existentes no país está condenado a sucumbir, considera Mkali.
Sobre o manifesto do seu partido, Mkali diz que assenta na juventude e educação.
Nós apostamos nos jovens, mas não naquele jovem que os outros dizem que vai vender o país. Apostamos num jovem que sabe o que quer e que vai levar o país avante, como fizeram outros jovens. Outros jovens libertaram o país e outros jovens trouxeram a democracia, disse Mkali, para de seguida questionar porquê não acreditar que outros jovens também podem trazer o desenvolvimento?
É uma aberração. Duas gerações de jovens foram capazes e agora estão a negar que a terceira geração vai conseguir fazer algo. Porquê?', indagou.
Para Mkali, a aposta do MDM é a mais correcta, pois existem exemplos vivos dos seus feitos.
Veja quem está a liderar o MDM. O engenheiro Daviz Simango é um jovem que mostrou por “A+B” que é capaz. Todos dizem que a cidade da Beira é exemplo de desenvolvimento. E isso não é dito só por moçambicanos, mas também por estrangeiros que indicam a cidade da Beira talvez como exemplo de Moçambique e quem sabe mesmo de África, referiu.
Na ocasião, Mkali manifestou a sua satisfação com o curso da campanha.
Até agora só tivemos um caso de escaramuças, ocorrido no primeiro dia quando estávamos de regresso à nossa sede quando indivíduos que pareciam ser da Renamo, porque traziam bandeiras da “Perdiz”, nos interpelaram e acabaram criando ferimentos em dois jovens que foram parar ao hospital, tendo o caso sido reportado a Polícia, explicou.
Assim, como forma de evitar a repetição de novos incidentes, o MDM optou por fazer a sua campanha em zonas distantes das brigadas da Renamo.
Quando ouvimos dizer que a Renamo está de um lado, nós vamos para o outro, afirmou.


( Elias Samo Gudo, da AIM, 021/10/09 )

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Maputo, quarta-feira, 30.09.2009 - Vertical, nº 1916 - “CC agiu com base em carácter político”, diz G15 - “A comunidade internacional deve decretar sanções económicas e políticas imediatas e incondicionais ao Governo moçambicano por este não respeitar e não fazer respeitar os princípios básicos da democracia e consequentemente o atropelo dos protocolos e das leis nacionais e internacionais”.
Os Partidos Políticos excluidos parcial e/ou totalmente das eleições Legislativas de 28 de Outubro próximo - em acórdãos separados - contestam a decisão e fazem “exigências para garantir a estabilidade no país”. Francisco Campira, porta-voz de 15 forças políticas sublinhou que houve injustiça nas decisões dos dois órgãos, insistindo no cumprimento rigoroso dos riquisitos exigidos por Lei, ou melhor: “cancelamento imediato da campanha eleitoral, demissão imediata e em bloco dos membros do CC e dos órgãos eleitorais, nomeadamente Comissão Nacional de Eleições (CNE) e Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE)”, além de uma convocação pelo Presidente da República (PR) Armando Guebuza, de uma sessão extraordinária da Assembleia da República (AR) para analizar o actual processo político-eleitoral.
Composto pelos partidos PASOMO, SOL, UD, UNO, UPM, PIMNO, PANAMO, PUMILD, PPLM, MPD, UDM, PARENA, Ecologistas, PT e coligação EU, alertam ainda sobre a necessidade da intervenção da SADC e UA, para a tomada de acções contundentes de forma a repor a ordem democrática e jurídica revistas na Constituição e nas demais eis e, “o levantamento da revolta popular, através de manifestações pacificas em todo o país e a abstenção nas urnas”.
Os partidos políticos consideram que “uma mão estranha determinou o afastamento dos partidos, sem olhar para as repercussões que poderão advir da exclusão dos candidatos e dos milhares de moçambicanos que ficarão fora deste processo”, disse o porta-voz do Grupo dos 15, e/ou G15. (redacção e J.Z).

( Citado em www.foreverpemba.blogspot.com )

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Excluídos ameaçam apelar à abstenção Caso o processo eleitoral não seja adiado

O grupo de partidos 15 partidos extra-parlamentares total e/ou parcialmente excluídos do processo eleitoral, depois de reunir-se, na manhã de ontem, na cidade de Maputo, decidiu avançar para decisões algo radicais face aquilo que chamaram de “decisão política” do Conselho Constitucional (CC) em manter, na íntegra, a deliberação tomada em primeira instância pela Comissão Nacional de Eleições (CNE). Depois da decisão do CC, o grupo pede agora intervenção da comunidade internacional, dos parceiros de cooperação, ao Presidente da República no sentido de buscar outras formas para encontrar consensos nesta polémica eleitoral.
Uma das saídas, segundo os extra - parlamentares passa, necessariamente, por adiar o processo e criar uma Alta Autoridade que vai gerir o processo eleitoral no sentido de torná-lo credível o processo eleitoral que, a manter-se tal como está, deverá ir à votação a 28 de Outubro próximo. Caso não se encontre uma saída que satisfaça as partes, avançam eles, irão iniciar acções que visam apelar os membros e, por consequência, os eleitores em geral no sentido de optarem por ficar nas suas casas no dia da votação. Tais apelos serão acompanhados, segundo ameaçam, com levantes populares.
“Esta acção deverá acontecer agora na campanha eleitoral e depois avançamos para manifestações exactamente no dia da votação” – disse Francisco Campira em representação dos 15 partidos que pretendem ir para o boicote do processo eleitoral.
Constam do grupo de partidos que ontem assinou um documento comum, o PASOMO, o Sol, o PIMO, o PARENA, a União Eleitoral, a UDM, os Ecologistas, entre outros, totalizando 15 formações políticas entre partidos e coligações de partidos.
Para o grupo, as responsabilidades pelas consequências a serem provocadas por estas acções serão, na totalidade, imputadas ao governo moçambicano, órgãos judiciais e de administração eleitoral, pois, segundo este grupo “estamos perante violações graves dos direitos consagrados na Constituição da República. Para nós está claro que realmente o CC, nada mais fez, senão legitimar a deliberação da CNE. Isto é mau para a democracia, pois, ela (a democracia) não se compadece com a intromissão de mãos estranhas nos órgãos gestores dos processos eleitorais” – disse Campira, prometendo, guerra sem quartel contra aquilo que chamou de eleições viciadas e com vencedores já definidos nos gabinetes.


MEDIA FAX - 30.09.2009 ( Citado em www.macua.blogs.com )

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