Sunday, 29 June 2008

Golpe financeiro no INSS (1)

A ministra do Trabalho, Helena Taipo, mandou anunciar, a 03 de Junho de 2008, as evidências da grande corrupção que ocorria no Instituto Nacional de Segurança Social, INSS, desde 2002 sob a liderança do anterior director-geral, Abílio Mussane e do seu comparsa, ex-chefe da Repartiçao das Participações, Dulcínio Loforte.
Junta-se a esta dupla dos delapidadores do bem comum, o chefe do Departamento Informático, Paulino Simione, que ajudou a introduzir a MOZ IT, uma empresa ilegal, alegadamente, para informatizar o INSS, tendo facturando cerca de 3.8 milhões de meticais, a seguir à assinatura do contrato, igualmente ilegal.
O incompetente presidente do Conselho de Administração, Armando Pedro, tinha a obrigação profissional de velar pelo bom funcionamento da instituição que lhe dá, como salário, 250 mil meticais por mês, porém, declarou, ao semanário MAGAZINE, de 21 de Maio de 2008, como forma de se desculpar, que era impedido, por lei, de interromper o saque.
É inútil manter um dirigente, apenas, para se rodear de benesses e não para trabalhar. Noutras latitudes, quando se acha que não há condições para o pleno desempenho da função, colocase o lugar à disposição. Não se fica acocorado à espera, somente, de salários e curtição.
Os métodos que o grupo usava para sacar os fundos públicos partiam de sobrefacturações, repetiam entre duas a três de pagamentos da mesma factura, comissões ilegais, alterações de obras para continuarem a tirar dinheiro, concursos dirigidos a empresas de amigos, no lugar de serem públicos, etc., num verdadeiro assalto desenfreado aos cofres do INSS.
Quando o festival da fraude foi descoberto, os assaltantes começaram a gritar que a ministra fazia interferência excessiva, ultrapassando os limites impostos por lei. Queriam continuar impunes, com a cabeça e as mãos enfiadas nos cofres, enriquecendo-se sem causa.
Se todos os inquéritos ordenados pelo Governo fossem tornados públicos como foi o do INSS, muitos roubos teriam sido estancados e os que tivessem tido lugar os seus autores teriam sido julgados e condenados. Mas não é isso o que acontece.
Os inquéritos que se conhecem servem somente, para acalmar os
ânimos e não para revelar os resultados e consequências dos roubos dos fundos públicos. Se o mega-rombo ocorrido no Ministério do Interior, na época do ex-ministro Almerino Manhenje, no valor de 220 biliões de meticais da antiga família, tivesse sido publicitado, os seus autores estariam, neste momento, na cadeia, já condenados a pesadas penas.
A bola está nos pés da Justiça – Procuradoria Geral da República, que perde tempo em perseguir os pilhagalinhas e jornalistas, e dos Tribunais, céleres em condenar elementos da oposição política quando presos em manifestações. A sociedade espera que os que roubaram quase 10 milhões de dólares, no INSS, respondam em juízo para se devolver a confiança aos contribuintes pobres, gravemente, ferida por actos de gatunagem.


( Edwin Hounnou, em " A TribunaFax ", de 19/06/08, retirado com a devida vénia )

Fear and brutality will not end with the election

In the cities, the streets were all but deserted. In the country, the queues stretched for metres. But everywhere the mood was the same: fear, dread and resignation.
The dawn that illuminated President Mugabe’s pantomime election day could not have been more different to that of three months ago, when three challengers shared the ballot with him and voters got up before first light, quivering with excitement to be part of the change they sensed was imminent.
An e-mail being passed around from the Movement for Democratic Change leader Morgan Tsvangirai urged supporters not to boycott the polls if doing so would put their lives at risk.
“Whatever might happen, the results ... will not be recognised by the world,” said Tsvangirai. “God knows what is in your hearts. Don’t risk your lives.”
The result, he added, would “reflect only the fear of the people of Zimbabwe” and he urged the international community to reject it.
The atmosphere of fear on Friday was extraordinary. In the capital, police patrolled every block while white pick-up trucks, carrying Zanu-PF youth militia, hurtled around the streets, their passengers singing revolutionary songs and heckling passers-by, demanding to know why they were not voting.
At farms south of the capital, huge queues outside polling stations were watched over by party officials. There and in the slum areas of Mbare and Epworth, groups of voters arrived at the stations, accompanied by local Zanu-PF members, who ticked their names off lists and summoned them one by one to vote.
Along highways in Masvingo and Mashonaland scores of roadblocks had sprung up overnight, mostly manned by Zanu-PF militants. Motorists were stopped and ordered to head to the polls if they could not show the tell- tale little finger dyed pink with indelible ink, proving they had voted.
Frances, a staunch MDC supporter, said that she had gone to vote purely to get her finger marked because of “Operation Red Finger”, a reprisal campaign that the regime has promised to launch against anyone unable to prove that they voted.
“If we don’t vote, they don’t see the finger. We will be in trouble. They called it Operation Red Finger” she said.
At a rally, the militia gave warning that failing to vote would be fatal. “They are going to cut off our heads,” said Frances. “We believe them because many people in Mbare were butchered.”
Frances opted to spoil her ballot. It was an act of almost foolhardy bravery: she had to dodge the party officials outside recording the serial numbers of everyone’s ballot paper in order to check them after the vote.
Inside the station, election officials directed vendors from the sprawling Mbare market to the ballot box, warning them that if a single MDC vote was found there they would all be driven out of the market.
Similar patterns of coercion and intimidation were reported across the country, suggesting a highly orchestrated and centralised campaign. Voters in some areas were told to pretend they could not write and to ask for help from police or party officials.
International condemnation was swift. Foreign ministers of the G8 industrialised nations meeting in Kyoto denounced the systematic violence, obstruction and intimidation in Zimbabwe and demanded that the government work with the opposition. “We will not accept the legitimacy of any government that does not reflect the will of the Zimbabwean people,” the ministers said in a statement.
In an interview with The Times, UK foreign secretary David Miliband described Zimbabwe’s economic collapse and political brutality as “a scar on the whole continent”.
He said: “I think that there’s now a real responsibility on the African Union, as well as the SADC (Southern African Development Community). There are leaders across the AU speaking out, and I think that’s very significant. The AU is going to have to be part of the solution. It’s very clear to the UK that there’s no legitimacy for the government of Robert Mugabe.”
Both the US and the EU dismissed the election as a sham. In an interview with Channel 4 on Friday night, Archbishop Desmond Tutu implored the Zimbabwean leader to quit. “For goodness sake, Mr Mugabe, you can end this tragedy — step down,” he said.
He added that Africa’s leaders “should declare Mr Mugabe illegitimate if he claims that he is the newly elected president of Zimbabwe”.
Few outsiders have been allowed in to observe the vote. Among those present were monitors from the Pan African Parliament and the SADC. Their early assessments were grim. “The people are reluctant to talk,” Khalid Dahab, the Pan African Parliament spokesman said. “Some of them are saying, ‘We were told to come here’. It’s just not normal. There’s a lot of tension.”
A SADC observer said that the elections “were worse than those we witnessed in Angola in 1992, after decades of war, and are not credible”. Domestic monitoring groups called off their plans to observe the vote because of the extreme violence their volunteers have been subjected to.
As the election drew to a close, fears were rising of a rapid backlash against those who refused to vote. The Zimbabwean people have been warned that the intimidation will not end with the election. The pungwes (indoctrination sessions), which millions have been forced to attend, are to continue in case people “forget” who they should support. — ©The Times, London

Pensamento do dia

" Para conhecermos os amigos é necessário passar pelo sucesso e pela desgraça. No sucesso verificamos a quantidade, e na desgraça a qualidade."

( Autor desconhecido )

Saturday, 28 June 2008

O Abdul do Xipamanine


Um sujeito engravatado entra na lojinha do Abdul, no Xipamanine, e olha com desprezo para o balcão escuro, as roupas penduradas em ganchos, as caixas de papelão, os envólucros de plástico aos montes pelo chão. Abdul irrita-se com o desprezo do tipo e resmunga :
- Está a olhar para a loja do Abdul com cara de parvo porquê ?! Com esta lojinha, Abdul tem apartamento no Polana Shopping, tem apartamento no prédio chinês, tem casa no Belo Horizonte, tem quinta no Bilene, tem filho a estudar medicina nos Estados Unidos, tem filha estudando moda em Paris. Tudo só com lojinha!
- Bom dia, eu sou fiscal das Finanças!
- Muito prazer ! Eu Abdul, maior mentiroso do Xipamanine...

Wednesday, 25 June 2008

O 25 de Junho


Comemora-se hoje o Dia da Independência Nacional, data que celebra o fim do jugo colonial.
Passavam poucos minutos depos das 0 horas do dia 25 de Junho de 1975 quando alguns soldados, entre eles André Matade Matsangaissa (o tal que a Frelimo insiste em chamar de bandido ), içaram a nova bandeira. Era o nascer de um país e de um sonho.
Ao comemorarmos esta data jubilosamente, o nosso pensamento está com os irmãos do Zimbabwe, vítimas da incompetencia e insensibilidade dos líderes da região. Também deveríamos reflectir profundamente sobre o estado da nação e questionar como é possível que a desigualdade social seja cada vez mais evidente e como se explica que depois de 33 anos Moçambique tenha tão grande défice em liberdade e democracia. Quem traíu os sonhos do dia 25 de Junho de 1975?
Bom 25 de Junho para todos!

Sunday, 22 June 2008

PM em ilusionismo político-administrativo

A Primeira-Ministra, PM, Luísa Diogo, no dia 09 de Junho de 2008, tranquilizou os contribuintes do Instituto Nacional de Segurança Social, INSS para não se alarmarem com o roubo financeiro de quase 10 milhões de dólares, confirmado pela comissão de inquérito do Ministério do Trabalho, MITRAB. A experiência diz que as comissões de inquérito do governo não têm desfecho. Esta é a primeira vez que se tornam público os resultados de uma comissão de inquérito.
A PM duvida dos resultados da comissão de inquérito do MITRAB. Não acredita nos resultados desta comissão, então, deveria solicitar uma auditoria externa e independente e não despachar uma auditoria do Ministério das Finanças, MF. A PM transmite a mensagem de que as conclusões da comissão são uma grande mentira.
Espanta-nos a rapidez e o prazo fixado para concluir o seu trabalho. É estranho a PM enviar uma auditoria financeira na ausência da ministra que tutela o INSS, a quem não quis receber em audiência, alegando sobrecarga da sua agenda de trabalho, como se pode deduzir do semanário SAVANA, de 30.05.08. A intenção desta atitude é de impedir a destituição do Conselho da Administração, em particular, do seu presidente.
Do relatório de inquérito sobre o INSS consta a empresa Chemane Construções, de Justino Chemane, administrador do INSS. Esta empresa recebeu, na obra da construção da delegação de Gaza, 1.143.739,69 dólares, Segundo o PAÍS, de 13.06.08. A obra estava, inicialmente, orçada em 572.545,95 dólares. Ignorando as recomendações administrativas, preceitos legais e técnicos, Armando Pedro, Abílio Mussane, Justino Chemane e Dulcínio Loforte duplicaram o custo da obra, em seu benefício.
Armando Pedro declarou ao MAGAZINE, de 21.05.08, que desconhecia as irregularidades por que passa o INSS. Agora, está provado que ele mesmo comandava as operações de roubo. Ao invés de fiscalizar, o PCA vira líder das falcatruas. Por isso, o seu afastamento é imperioso. A nova auditoria é para deturpar os resultados do inquérito do MITRAB e salvar os gatunos. Visa, dizem vozes atentas, manter o presidente do Conselho de Administração, apesar deincompetente e cúmplice.
A intenção ao despachar uma auditoria do Ministério das Finanças, MF, tem por objectivo desacreditar e aniquilar o relatório do MITRAB. Os contribuintes do INSS estão receosos de que, possivelmente, a auditoria financeira em curso proponha a transferência do INSS para a tutela do MF, onde parece haver terreno movediço demais, como é desígnio de individualidades.
Uma teoria em voga entre os corruptos, segundo a qual é mau anunciar resultados de seja qual for a auditoria e é perigoso quando for nos momentos pré-eleutorais. Este pensamento é falso. O combate à corrupção credibiliza o partido goveramental. Quem, afinal, deveria estar zangado seria a oposição, por ficar sem argumentos. A PM prejudica o seu partido por fazer um jogo político obscuro.

( Edwin Hounnou, em “ A TrbunaFax , de 16-06-08, retirado com a devida vénia )

Portugal perdoa dívida

A dívida bilateral de Moçambique para com Portugal, actuamente avaliada em cerca de 393 milhões de dólares americanos, será perdoada dentro dos próximos dias, durante a visita do Ministro das Finanças daquele país lusófono a Moçambique.
Esta boa nova foi dada na noite de terça-feira pelo Embaixador de Portugal em Moçambique, Freitas Ferraz, durante o banquete oferecido a numerosos convidados por ocasião das celebrações do 10 de junho, Dia de Camões e das Comunidades Portuguesas.
O diplomata luso afirmou que no acto da assinatura do perdão da dívida, que obedecerá a determinadas regras do Clube de Paris de que Portugal é membro, será igualmente firmada uma linha de crédito e atribuído outro fundo autónomo com vista a fomentar o investimento português no nosso país.«A deslocação do nosso ministro das Finanças a Moçambique irá culminar um processo que teve como ponto alto a visita de Estado do Presidente Cavaco Silva, e traduz a abertura de um novo capítulo nas nossas relações. Resolvemos todos os contenciosos pendentes. Não existe nenhuma sombra a toldar o nosso relacionamento, já não carregamos litigious do passado. A partir de agora trata-se apenas de prosseguir um caminho que no futuro beneficie ambos os povos», afirmou Ferraz.Também revelou estarem em perspectiva invesimentos portugueses de grande vulto, «ainda mais expressivos do que o próprio empreendimento de Cahora Bassa».
Números divulgados pelo AICEP indicam que o investimento luso aumentou em 94 por cento em 2007, relativamente a 2006, e as exportações para Moçambique cresceram em mais de 30 por cento.

Solidariedade

Em relação aos actos de xenophobia registados na África do Sul, reafirmou a solidariedade do povo português para com Moçambique, dizendo que «trata-se de um problema que precisa de um combate permanente, que diz respeito a todos». Felicitou os cidadãos e o Governo moçambicanos por não retaliarem, demonstrando o «sempre espírito pacífico deste povo». Realçou o facto de cidadãos portugueses residentes no no nosso país saberem, com a sua dedicação, trabalho, presença e empenho, prestigiar em Moçambique o nome de Portugal.

( Emidio Muchine, em “ Matinal “, de 12-o6-08, retirado com a devida vénia ).

Xenofobia silenciosa

Enquanto Moçambique e o mundo acompanhavam, incrédulos, as horrorosas cenas de xenofobia que iam acontecendo na África do Sul, que se prolongaram por quase um mês, deixando para trás um rasto de morte e desgraça, um outro fenómeno não menos repugnante passava-se num dos bairros de elite da capital moçambicana, onde 17 crianças com idades compreendidas entre os 10 e 17 anos estavam há já longo tempo sendo vítimas de pedofilia-para rimar com xenofobia- , supostamente praticada por indivíduos de nacionalidade turca que se faziam passar por mestres de alcorão. Contrariamente ao que se passou na vizinha África do Sul, em que a xenofobia era declarada, praticada nas ruas, no Bairro Triunfo ela era silenciosa, clandestina, que não transparecia para além das paredes opacas dos quartos onde me quartos onde meninos recrutados em algumas províncias do nosso país sob pretexto de beneficiarem de uma aprendizagem do islão, eram submetidos a abusos sexuais, matéria que por certo não consta no Alcorão. Qualquer que seja a pena que venha a ser aplicada aos presumíveis autores do crime, as marcas deixadas nas crianças em causa permanecerão indeléveis durante o resto das suas vidas.
Na verdade, o que se passou no Triunfo obriga a uma profunda reflexão sobre casos estranhos que frequentemente vêm a lume através da denunciante voz popular, que raramente encontra eco junto de quem, ao invés de um indiferente encolher de ombros,tem por obrigação investigar para apurar a veracidade dos factos. Várias notícias correram e continuam a correr, apontando casos de rapto ou tráfico de crianças, alegadamente para fins obscuros, alguns deles difíceis de provar, enquanto outros, como prostituição e mão-de-obra gratuita, há certeza da sua ocorrência. O “caso Diana” é apenas um de entre vários exemplos. Foi reconhecendo a exis-tência de pelo menos estes dois úl-timos casos que a Assembleia da República aprovou, na sua última sessão, a lei de protecção à criança.
Porque em matérias desta natureza Moçambique ainda se rege por aquilo que herdou da antiga potência colonial, actos como pedofilia, ou abuso sexual de menores, até aqui praticamente têm gozado de impunidade. Mesmo Portugal só despertou quando se deu o badalado escândalo da Casa Pia, por envolver influentes figuras públicas deste país.
Esperemos que o caso do Bairro Triunfo sirva também para despertar as nossas autoridades.

( Humberto Mandlate, em “ Matinal “, de 12-06-08, retirado com a devida vénia
)

Marco do correio: Machado da Graça

Olá, Ana Maria!
Como estás tu, minha amiga? E a tua família? Do meu lado, felizmente, estamos bem. Escrevo-te para te falar do grande receio com que continuo a enfrentar a situação nesta nossa zona da SADC.
É que as consequências da grave crise no Zimbábuè continuam a passar por cima das fronteiras dos nossos países, destruindo coisas que levaram dezenas de anos a construir. Primeiro foi a reacção violenta dos pobres sul-africanos, misturados com os marginais e criminosos, contra a entrada massiva de zimbabueanos no seu mercado de trabalho. Agora é a própria SADC que começa a ser ameaçada. Estamos a assistir a uma campanha de Robert Mugabe, dos seus ministros e da imprensa que lhe é fiel, no sentido de insultar Levy Mwanawasa, o Presidente da Zâmbia, e, neste momento, da própria SADC. Com a pouca imaginação de que dispõe, Mugabe acusa Mwanawasa de estar ao serviço dos britânicos contra o Zimbábuè. Tal como o MDC e, ao que parece, a maioria da população zimbabueana. Tudo às ordens do Gordon Brown.
E os nossos países continuam calados perante mais esta atitude irresponsável do ditador de Harare. Foi pena o famoso mímico Marcel Marceau ter morrido aqui há uns tempos. Imagina tu o que ele teria podido conseguir por cá em termos da famosa diplomacia silenciosa... Mas a verdade é que os dirigentes dos nossos países já não parecem, sequer, ter receio do ridículo, nas suas não-atitudes em relação a Mugabe. Calados seguem em frente, num desfile de deficientes sonoros. E foi precisa esta zanga entre Mugabe e Mwanawasa para sabermos que, no Japão, se reuniram os dirigentes da SADC para debater o tema Zimbábuè. E que, no encontro, estiveram presentes o rei da Suazilândia, os presidentes do Malaui, da Tanzânia, de Moçambique, da Namíbia e da África do Sul. E ainda os primeiros-ministros do Lesoto e de Angola e os ministros dos Negócios Estrangeiros da RD do Congo, do Madagáscar e do próprio Zimbábuè. Os nossos jornalistas que por lá andaram deviam estar muito distraídos, pois não me recordo de ter ouvido, ou lido, nada sobre este encontro. E digo que deviam estar distraídos porque não quero sequer pensar que foram proibidos de dar a notícia. Tu também não queres, pois não? Tudo isto porque, como defende Thabo Mbeki, não existe nenhuma crise no Zimbábuè e, em locais onde não existem crises, não se justificam cimeiras para as resolver. A data da segunda volta aproxima-se a passos largos e as consequências do que se vai passar anunciam-se cada vez mais desastrosas. Nada leva a acreditar que qualquer um dos candidatos vá aceitar uma declaração de vitória do outro. E o Governo ilegal de Harare persiste em não permitir a entrada de observadores que não sejam escolhidos a dedo por ele. Até aqui a direcção do MDC tem mantido uma posição de não entrar em confronto violento com as forças fiéis ao Governo, para evitar, de forma inteligente, que este declare o estado de emergência e anule a segunda volta eleitoral. Mas o que acontecerá se, depois das eleições, Tsvangirai sentir que perdeu de forma fraudulenta? Ele e os seus seguidores vão manter-se calmos e aceitar mais alguns anos de sacrifício e de destruição do país?
E o mais estranho é que, numa tal situação, os nossos dirigentes ao mais alto nível andem a saltitar por distantes partes do mundo: do Chile ao Japão, do Vietname aos Estados Unidos, de não sei onde para sítio parecido, como se tudo, na África Austral, estivesse na maior das calmas. Diz-se que a avestruz, quando se sente ameaçada, enterra a cabeça na areia para não ver o perigo e, portanto, ignorar que ele existe. Pois me parece que o número de avestruzes tem crescido imenso nos últimos tempos. Um beijo para ti do
Machado da Graça

Anda a violência xenófoba

Para onde iremos quando a África do Sul estiver destruída?Houve uma altura na minha vida em que procurei desesperadamente uma empregada doméstica porque não conseguia dar resposta ao trabalho, aobebé e às tarefas domésticas. Dirigi-me ao quadro de anúncios de uma loja de conveniências da vizinhança e anotei alguns contactos. Telefonei a um certo número de mulheres e marquei encontros com seis. Uma delas, sul-africana, não apareceu, mas mandou-me um kolmi. Quando lhe liguei, perguntou-me se podia ir buscá-la, porque não tinha dinheiro para o transporte. Disse-lhe que outras cinco mulheres, que não eram sul-africanas, tinham conseguido chegar a minha casa à hora marcada. Uma delas até veio com uma criança às costas, na neneca.Esse episódio, entre muitos outros, mostrou-me claramente que nós, sul-africanos, achamos que temos direito a tudo. Achamos que o mundo nos deve alguma coisa. Isso é sobretudo verdade para os negros. Não me levem a mal, mas, directamente ou indirectamente, pensamos que o apartheid é uma coisa aque nos podemos agarrar para podermos ser vistos como vítimas, e que tudo nos devia ser facilitado. E aqui estamos nós, 14 anos após o início da democracia na África do Sul, ainda agarrado a 1976. Muitos de nós não conseguem aproveitar o acesso à educação nem a oportunidade para aprender mais e marcar a diferença. Por isso abusámos de pessoas que estão simplesmente a fazer os possíveis por ganhar a vida. Os recentes ataques contra estrangeiros são a prova de que somos uma nação estúpida.'Roubam-nos os empregos e violam-nos as mulheres', dizem os responsáveis por centenas de crianças inocentes estarem agora a viver em tendas com as famílias. Como é que alguém pode tomar em mãos o seu destino quando ossul-africanos, no velho estilo dos bairros negros, se sentam todo odia a apanhar sol, na má língua e a queixarem-se dos estrangeiros quelhes roubam os empregos? Como é que uma pessoa que se esforça tanto por arranjar emprego e por exercê-lo bem merece ser espancada e até queimada?Não percebo como fomos engendrados como sul-africanos. Sei que nãotemos todos a mesma mentalidade, e que há cidadãos instruídos que sãocompletamente opostos a tais actos. Mas a rapidez com que essesataques se espalharam é uma vergonha nacional. Porque é que não participamos de forma tão rápida e colectiva em actividades de construção nacional? E porque estamos tão dispostos a participar quando se trata de coisas que não só destroem vidas humanas como também a economia e a credibilidade do país? Dizemo-nos uma nação civilizada? Tenho vergonha de ser sul-africana. Somos uma nação bárbara, é o nosso pior pesadelo.Pergunto-me o que acontecerá quando finalmente atingirmos o objectivode arruinar por completo o país - a economia, a credibilidade e osvalores sociais - e precisarmos da ajuda dessas mesmas pessoas queandamos a matar. Será que esperamos que esses países cuidem dos nossos filhos como fizeram no tempo do apartheid para regressarem à África do Sul como dirigentes instruídos, sábios e capazes? Ou será que esses países também têm o direito de espancar os nossos filhos, de os queimar vivos e de os escorraçar como se fossem criminosos?

XULU NOMFUND, In “The Times”, 26/5/2008.


Inspiração dominical

Uma velha senhora chinesa possuía dois grandes vasos, cada um suspenso na extremidade de uma vara que ela carregava nas costas.Um dos vasos era rachado e o outro era perfeito. Este último estavasempre cheio de água ao fim da longa caminhada do rio até casa,enquanto o rachado chegava meio vazio.Durante muito tempo a coisa foi andando assim, com a senhora chegandoa casa somente com um vaso e meio de água.Naturalmente o vaso perfeito era muito orgulhoso do próprio resultado e o pobre vaso rachado tinha vergonha do seu defeito, de conseguir fazer só a metade daquilo que deveria fazer.Depois de dois anos, reflectindo sobre a própria amarga derrota de ser rachado', o vaso falou com a senhora durante o caminho: 'Tenhovergonha de mim mesmo, porque esta rachadura que eu tenho faz-me perder metade da água durante o caminho até a sua casa...
A velhinha sorriu e disse:
Reparaste que lindas flores há somente do teu lado do caminho? Eusempre soube do teu defeito e portanto plantei sementes de flores nabeira da estrada do teu lado. E todos os dias, enquanto a gente voltava, tu regava-las. Durante dois anos pude recolher aquelas belíssimas flores para enfeitar a mesa. Se tu não fosses como és, eu não teria tido aquelas maravilhas na mnha casa. Cada um de nós tem o seu próprio defeito. Mas é o defeito que cada um de nós tem, que faz com que nossa convivência seja interessante e gratificante. É preciso aceitar cada um pelo que é... E descobrir o que há de bom nele.'Portanto, meu 'defeituoso' amigo/a, tenha um bom dia e lembre-se de regar as flores do seu lado do caminho...

Saturday, 21 June 2008

Humor

SE A MULHER FOSSE UMA BOLA…

Aos 20 anos seria uma bola de futebol. Tinha 22 homens atrás dela.

Aos 30 anos seria uma bola de basquetebol. Tinha 10 homens atrás dela.

Aos 40 anos seria uma bola de golfe. Tinha 1 homem atrás dela.

Aos 50 anos seria uma bola de ping-pong. Tinha 2 homens a empurrá-la de um lado para o outro.

Aos 60 anos seria uma bola preta de snooker. Tinha todos os homens a evitar tocar nela antes de tratarem de todas as outras.

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VELHICE

Dois velhotes já com os pés para a cova, uma noite
Decidem ir dar uma volta pela cidade e dar a última
queca.Depois de alguns drinks eles acabam num bordel.
A dona do bordel depois de olhar para os dois 'old geesers' sussurrou para a empregada:
- vai lá acima nos dois primeiros quartos e põe uma 'blow up doll (boneca insuflável) em cada cama. Eles são tão velhos e estão tão bêbados que não vão dar pela diferença, e assim não vou fazer com que duas das minhas empregadas percam o tempo.
a empregada preparou tudo e levou os velhos para cima. de retorno a casa um velho diz:- acho que a fulana que estava na minha cama, estava morta.- morta? pergunta o amigo. porque dizes isso?- bem, ela não se moveu toda a noite nem emitiu nenhum som enquanto eu fazia amor com ela..........o amigo respondeu:- podia-te ter calhado pior. eu acho que a minha era uma bruxa!- uma bruxa? porque razão dizes isso?- bem, eu estava a fazer amor com ela, beijei-a no pescoço, e dei-lhe uma dentadinha no bico da mama. ela peidou-se e voou pela janela fora e ainda por cima levou a minha dentadura.

Tuesday, 17 June 2008

When only one man dared speak


The stench filled the hall but the leaders kept smiling
There were 800 delegates, mainly political and business leaders, to the World Economic Forum for Africa, in Cape Town last week. They included our president and the leaders of many other African states.
All of them knew there was a big stink in the middle of the hall but none would acknowledge it. They walked around it and hoped it would go away. They went for lunch and came back. They had cocktails and came back.
But the stink would not go away. They uttered inanities about trade imbalances and sky-rocketing food prices. They pretended to be engaged with the issues that really affect their world, such as oil prices, but it was no good. The stink got worse.
But still no one would talk about it. After all, if anyone did mention the big stink emanating from right in front of them they would have to examine what caused it.
Then along came Raila Odinga, prime minister of Kenya. He broke the conspiracy of denial and pointed at the stink. And he knew what he was talking about.
It was exactly the same stink that caused Mwai Kibaki, president of Kenya, to steal the election in December . It was Kibaki’s theft that led to the death of 1500 people in the violence that ensued.
So Odinga pointed at the stink while the rest of Africa’s leaders kept quiet. He said Africa should stop using its colonial past as an excuse and accept that “mediocrity” of leadership kept it underdeveloped while Asian countries forged ahead.
“It is unfortunate that, in an African country, elections can be held and no results announced for more than a month, and African leaders are silent about it.
“It would not happen in Europe. Let us say what we mean and mean what we say when we talk about African development,” he said.
“The way it has been ruled is responsible for Africa’s underdevelopment,” he said.
Africa’s leaders had proved unwilling to share power.
Odinga’s words were a welcome diversion from the empty grins, and the niceties the leaders at such meetings like to mouth.
He clearly was not there for the buffet and the free drinks. He had won an election, it had been stolen from him and he had received no support from Africa’s leaders.
The man wanted to speak the truth — and did.
One must hope that the leaders at the economic forum were listening. Odinga’s words should have shamed them all.
In that hall were the African worthies who kept schtum while Zimbabwe’s Robert Mugabe arrested, tortured and stole from his countrymen.
There too was President Thabo Mbeki, who only six months ago tried to go for a third term as ANC president. One can only hope that Mbeki realises that, when people talk about African leaders who do not want to hand over power, they are talking about people like him.
It is heartening to see that there are South African leaders who agree with Odinga’s no-holds- barred analysis. Businesswoman Wendy Luhabe reportedly echoed his sentiments. She reportedly bemoaned the quality of political leadership on the continent but said that if Odinga represented the new face of Africa there was hope.
“Our leaders are simply not stepping up to the challenge,” she told a workshop at the economic forum. “There is a crisis of leadership in the world and South Africa is no exception.”
She said there was a “conspiracy of silence among African leaders” on critical issues. This, she said, made it difficult for the continent “to translate its challenges into what we would consider to be unprecedented opportunities”.
We ordinary citizens are as much to blame as our leaders for the state we find ourselves in — we let our leaders do these things to us.
South Africans, and Africans in general, must participate more strongly in their democracies. We must not only vote, we must speak up on issues. The best democrats are like the members of the dock workers’ union in Durban who refused to off-load the arms shipment meant for Mugabe’s regime two months ago. They not only spoke up, they acted.
The age of the Big Man in Africa is over. Ordinary citizens must ensure that it never returns.
( Justice Malala, in “ The Times “, 09-06-08
)

Stealing from whites is not a crime




Segundo o jornal sul-africano " Daily Sun ", um líder juvenil afirmou que roubar aos brancos não é crime. Não é difícil perceber porque a África do Sul vive mergulhada em crime, corrupção e violencia, gente como esta depois tem o descaramento de acusar os estrangeiros de cometerem crime!

Sunday, 15 June 2008

Violência xenófoba: um olhar ( 2 )


A África do Sul sempre foi um destino desejado para os que pretendem emigrar, é um facto que a pujança económica deste país se deve em grande parte ao esforço e dedicação dos imigrantes provenientes das mais diversas latitudes. Desde que foi alcançada a democracia, é notório o aumento paulatino de estrangeiros oriundos do continente africano, mas nos últimos anos esse fluxo migratório tornou-se numa verdadeira avalanche. À volta das grandes cidades os bairros da lata crescem cada vez mais, é para lá que diariamente vão parar milhares de pessoas que travam uma luta titânica pela sobrevivência.
Apesar de a África do Sul ser um país relativamente estável e próspero, os efeitos da crise económica são bem evidentes. O desemprego tomou proporções endémicas, é um cancro que ameaça o tecido da sociedade sul-africana. O Governo é acusado de não cumprir as promessas de uma vida melhor para todos e os pobres sentem-se desiludidos e abandonados pois a democracia trouxe a liberdade mas não conseguiu providenciar as necessidades básicas de muitos milhões de pessoas.
Dois factores contribuiram para o aumento de imigrantes na África do Sul: a abolição dos vistos de entrada e a situação no Zimbabwe. A abolição dos vistos de entrada foi um risco calculado, é uma porta aberta para a vinda de estrangeiros e corre-se o risco de se estar a internacionalizar o crime, os oriundos dos países vizinhos entram e saem sem problemas e muitos entram como visitantes e acabam por ficar, caindo numa situação de ilegalidade. Quando se fala de integração, a consequência imediata é a abertura das fronteiras, isso passa-se por exemplo na Europa onde praticamente não há fronteiras. O problema na África do Sul é que não existe uma polítca coerente para os imigrantes e refugiados, as fronteiras não são vigiadas e os níveis de corrupção são muito elevados.
A situação dos zimbabweanos é dramática pois deve-se inteiramente à incapacidade e insensibilidade dos politicos. O Zimbabwe é potencialmente um país rico e encontra-se no caos devido às acções lunáticas de um ditador sanguinário e ao silêncio cúmplice dos líderes da região. As coisas certamente teriam sido diferentes para esta região se Mbeki e Zuma tivessem dado ouvidos aos avisos proferidos há vários anos numa reunião da Commonwealth em Durban!
Não se sabe ao certo quantos zimbabweanos terão chegado à África do Sul nos últimos tempos, mas fala-se em mais de três milhões e se acrescentarmos os provenientes de outras paragens estaremos a falar em mais de quatro milhões de pessoas que aqui procuram uma vida nova. A verdade é que poucos países poderiam acomodar harmoniosamente um afluxo desta magnitude num curto espaço de tempo e as consequências são a constante luta pelos escassos recursos , os serviços sociais têm problemas e procurar emprego num mercado de trabalho deprimido é extremamente difícil.
O Governo de Thabo Mbeki tem-se distinguido em negar e ignorar problemas, foi assim com o Sida, com o crime, com a corrupção, etc., e tem sido assim com o Zimbabwe. Estes políticos vivem na ilusão de que fingindo que está tudo bem talvez os problemas possam desaparecer, puro sindroma de avestruz. Os politicos usam muito este estratagema para encobrirem a sua incompetência e no caso dos zimbabweanos é lógico que se não há crise no Zimbabwe então não é verdade que os zimbabweanos estejam a fugir do paraíso de Mugabe e sendo assim também não há refugiados.
Ao finalizar esta segunda parte quero deixar bem claro que esta violência xenófoba deve-se a uma combinação de diversos factores, mas tem muito a ver com a crise no Zimbabwe e com a incompetência e irresponsabilidade do Governo.

( Continua)

You are My Sunshine!

YOU ARE MY SUNSHINE

You are My Sunshine,My only Sunshine...

(Be prepared to get watery eyes!)

Like any good mother, when Karen found out that another baby was on the way, she did what she could to help her 3-year-old son, Michael, prepare for a new sibling.They found out that the new baby was going to be a girl, and day after day, night after night, Michael sang to his sister in mommy's tummy.He was building a bond of love with his little sister before he even met her. The pregnancy progressed normally for Karen, an active member of the Panther Creek United Methodist Church in Morristown, Tennessee.In time, the labor pains came. Soon it was every five minutes, every three, every minute...But serious complications arose during delivery and Karen found herself in hours of labor. Would a C-section be required? Finally, after a long struggle,Michael's little sister was born. But she was in very serious condition. With a siren howling in the night, the ambulance rushed the infant to the neonatal intensive care unit at St. Mary's Hospital,Knoxville, Tennessee. The days inched by. The little girl got worse. The pediatrician had to tell the parents there is very little hope... Be prepared for the worst. Karen and her husband contacted a local cemetery about a burial plot.They had fixed up a special room in their house for their new baby but now they found themselves having to plan for a funeral. Michael, however, kept begging his parents to let him see his sister. I want to sing to her, he kept saying. Week two in intensive care looked as if a funeral would come before the week was over. Michael kept nagging about singing to his sister, but kids are never allowed in Intensive Care. Karen decided to take Michael whether they liked it or not. If he didn't see his sister right then, he may never see her alive. She dressed him in an over-sized scrub suit and marched him into ICU. I looked like a walking laundry basket.The head nurse recognized him as a child and bellowed, 'Get that kid out of here now. No children are allowed.' The mother rose up strong in Karen, and the usually mild-mannered lady glared steel-eyed right into the head nurse's face, her lips a firm line. 'He is not leaving until he sings to his sister' she stated. Then Karen towed Michael to his sister's bedside.He gazed at the tiny infant losing the battle to live. After a moment, he began to sing in the pure-hearted voice of a 3-year-old, Michael sang: 'You are my sunshine, my only sun shine, you make me happy when skies are gray.' Instantly the baby girl seemed to respond. The pulse rate began to calm down and become steady. 'Keep on singing, Michael,' encouraged Karen with tears in her eyes. 'You never know, dear, how much I love you, please don't take my sunshine away.' As Michael sang to his sister, the baby's ragged, strained breathing became as smooth as a kitten's purr. 'Keep on singing, sweetheart.' 'The other night, dear, as I lay sleeping, I dreamed I held you in my arms'. Michael's little sister began to relax as rest, healing rest, seemed to sweep over her.'Keep on singing, Michael.' Tears had now conquered the face of the bossy head nurse. Karen glowed. 'You are my sunshine, my only sunshine. Please don't take my sunshine away...'The next day...the very next day...the little girl was well enough to go home. Woman's Day Magazine called it The Miracle of a Brother's Song. The medical staff just called it a miracle. Karen called it a miracle of God's love.NEVER GIVE UP ON THE PEOPLE YOU LOVE.LOVE IS SO INCREDIBLY POWERFUL.
In God We Trust!

Um miminho!

E porque é tudo verdade aqui vai...Um miminho... Até vais sorrir só de ler.... ...verás porquê no fim! Pensa bem em cada um dos seguintes pontos antes de passares para o seguinte...FAR-TE-Á SENTIR BEM, principalmente o pensamento no final
.AS COISAS BOAS DA VIDA:

1. Apaixonar-se.
2. Rir tanto até que as faces doam.
3. Um chuveiro quente num Inverno frio.
4. Um supermercado sem filas nas caixas.
5. Um olhar especial.
6. Receber correio (pode ser electrónico.....)
7. Conduzir numa estrada linda.
8. Ouvir a nossa música preferida no rádio.
9. Ficar na cama a ouvir a chuva cair lá fora.
10. Toalhas quentes acabadas de serem engomadas...
11. Encontrar a camisola que se quer em saldo a metade do preço.
12. Batido de chocolate (baunilha ou morango).
13. Uma chamada de longa distância.
14. Um banho de espuma.
15...Rir baixinho.
16. Uma boa conversa.
17. A praia.
18. Encontrar uma nota de 20 euros no casaco pendurado desde o ultimo Inverno.
19. Rir-se de si mesmo.
20. Chamadas à meia-noite que duram horas.
21. Correr entre os jactos de água de um aspersor.
22. Rir por nenhuma razão especial.
23. Alguem que te diz que és o máximo.
24. Rir de uma anedota que vem à memória.
25. Amigos.
26. Ouvir acidentalmente alguem dizer bem de nós.
27. Acordar e verificar que ainda há algumas horas para continuar a dormir.
28. O primeiro beijo (ou mesmo o primeiro com novo parceiro).
29. Fazer novos amigos ou passar o tempo com os velhos.
30. Brincar com um cachorrinho.
31. Haver alguém a mexer-te no cabelo.
32. Belos sonhos.
33. Chocolate quente.
34. Fazer-se à estrada com os amigos.
35. Balancear-se num balancé.
36. Embrulhar presentes sob a árvore de Natal comendo chocolates e bebendo a bebida favorita.
37. Letra de canções na capa do CD para podermos cantá-las sem nos sentirmos estúpidos.
38. Ir a um bom concerto.
39. Trocar um olhar com um belo/a desconhecido/a.
40. Ganhar um jogo renhido.
41. Fazer bolachas de chocolate.
42. Receber de amigos biscoitos feitos em casa.
43. Passar tempo com amigos íntimos.
44. Ver o sorriso e ouvir as gargalhadas dos amigos.
45. Andar de mão dada com quem gostamos.
46. Encontrar por acaso um velho amigo e ver que algumas coisas ( boas ou más) nunca mudam.
47. Patinar sem cair.
48. Observar o contentamento de alguem que está a abrir um presente que lhe ofereceste.
49. Ver o nascer do sol.
50. Levantar-se da cama todas as manhãs e agradecer outro belo dia.
51. E ver a tua cara a ler esta mensagem.

Amigos são anjos que nos levantam pelos pés quando as nossas asas não se conseguem lembrar de como se voa.

Saturday, 14 June 2008

Humor: Lições

Homem é como vassoura: sem o pau, não serve para nada.

Marido é igual a menstruação: quando chega, incomoda, quando atrasa, preocupa.

Se o dinheiro falasse, o meu diria tchau.

O homem é um ser tão dependente que até para ser “corno” precisa da ajuda da mulher.

Se a sua mulher pedir mais liberdade, compre uma corda mais comprida.

Todo o homem tem a fantasia de fazer sexo com duas mulheres ao mesmo tempo. As mulheres deveriam gostar da ideia, pelo menos teriam com quem conversar.

Mulher feia é como um muro alto, primeiro dá um medo…, mas depois a gente sempre acaba trepando.

Quando lhe atirarem uma pedra, faça dela um degrau e suba… Só depois, quando tiver uma visão plena de toda a área, pegue outra pedra, mire bem e acerte o crânio do filho da p**** que lhe atirou a primeira.


Sabe o que é a Meia Idade? É a altura da vida em que o trabalho já não dá prazer e o prazer começa a dar trabalho!!!

Friday, 13 June 2008

" Top 9 " faz desmandos na UGC

Desde que o padre Prosperino Galipone, o promotor da União Geral das Cooperativas, UGC, morreu, em 2003, esta iniciou a sua caminhada, para se mergulhar em crise profunda de gestão e financeira. Celina Cossa, a presidente vitalícia, e seus amigos conhecidos por ‘Top 9’, estão a afundar a UGC. Saqueiam e exageram salaries para si, um grupo de pequenos burgueses parasitas, emergentes do sacrifício dos cooperativistas, escreve o semanário ZAMBEZE, de 24 de Abril 2008, pp. 16/17.
Celina Cossa, em tempos, quando ainda se identificava com os anseios dos cooperativistas, chegou a vencer um milionário prémio internacional da luta contra a fome.
Mas, hoje, virou um verdadeiro problema bicudo para a UGC. A presidente da UGC está a comandar um grupo de pessoas que está a dizimar os recursos da UGC, denunciam as fontes. Despreza as capacidades internas e entrega servi-ços básicos a empresas estrangeiras, nomeadamente, IRVIN’S que compra ovos galados e vende pintos à UGC.
A presidente fez uma outra parceria com a CREEN FEED, destacando-se uma cláusula segundo a qual esta passaria a vender rações à UGC a preço especial. É fácil verificar, nos mercados do Maputo, que frangos da UGC chegam a pesar 700 gramas, os ovos produzidos pela UGC são, de modo geral, de tamanho pequeno. Não concorrem com ovos e frangos importados.
Os cooperativistas denunciam que os pintos, por vezes, passam durante três e alguns morrem de fome, por isso, ao fim de 30 dias, tempo calculado para abate ou venda, continuam ainda pequenos.
A presidente tem 200 mil meticais por mês, numa organização em que o salário mínimo é de 1.400, com atrasos de meses e ameaças de greves.
Fernando Domingos, director executivo, tem 150 mil. Ruth Mondlane, vicepresidente, ganha 130 mil.
Margarida Pequena ‘Espinhosa’ leva 100 mil. Ricardo Aguila e Natanael Parruque, directores da Cooperativa de Poupança e Crédito, e financeiro, ficam com 100 mil cada um. Sumbana e Muthombene, coordenador de projectos e intérprete da presidente, tem 100 e 24 mil meticais cada qual. Que política salarial tem a UGC?
Apenas os nove tiram da UGC quase um milhão de meticais, em forma de
salários. A doença que fustiga as empresas públicas em que o salário
do Presidente do Conselho de Administração paga mais de três ao conjunto
dos restantes trabalhadores, também, atingiu a UGC.
A gestão da escola de Bagamoyo e da Escola Técnica é um mistério conhecido, só, pelo ‘Top 9’. Estão ficando ricos, por excesso, e esquecem-
se de que estão a gerir uma cooperativa de camponeses e não empresa deles. A presidente tem pouco tempo para velar zelar UGC. Tem outro emprego no Conselho Municipal de Maputo, ocupa o cargo de vereadora.
Ninguém pode interromper este festival? Antes que seja tarde demais, aconselhamos aos cooperativistas a exigirem uma sindicância financeira, porque, a continuar de tal modo, o ‘Top 9’ vai afundar a UGC. Eles comem tudo e não deixam nada, avisava o cantor luso, José Afonso.


( Edwin Hounnou, em a “ TribunaFax “ de 09/06/08, retirado com a devida vénia )

Sunday, 8 June 2008

Violência xenófoba: um olhar ( 1 )





Nestas últimas semanas li e ouvi diversas explicações sobre a onda de violência xenófoba que avassalou a África do Sul, os políticos, comentadores e intelectuais avançaram com diversas teorias sobre a génese desta catástrofe. Eu não sou comentador nem intelectual, mas o facto de estar radicado na África do Sul há mais de três décadas e de conhecer relativamente bem a comunidade moçambicana talvez me possa dar uma perspectiva abrangente destes acontecimentos.
Esta onda xenófoba sinceramente não me surpreendeu, apenas fiquei chocado com o grau de violência e com a rapidez com que se alastrou pelo País. Os políticos que afirmam terem sido surpreendidos por estes acontecimentos são desonestos ou sofrem do complexo de avestruz, o Governo da África do Sul foi diversas vezes alertado sobre a possibilidade de violência xenófoba mas preferiu ignorar os sinais. Estes acontecimentos fizeram caír o mito de que a África do Sul é uma nação-milagre, o tal país arco-íris, um exemplo a ser apontado, um autêntico eldorado. Ficou bem patente que na África do Sul o rei vai nú, a realidade é que esta sociedade é violenta, intolerante, volúvel, com sentimentos latentes de tribalismo, racismo e xenofobia, mergulhada em crime e corrupção. Esta imagem é muito negativa para um País que aposta no Turismo e que tem grandes ambições de protagonismo na arena política internacional.
Quando a violência eclodiu, as primeiras afirmações indicavam que se tratava de uma conspiração para destabilizar o país. Falou-se que uma das alas do ANC tinha instigado o conflito para desacreditar a outra facção, também se punha a hipótese de que apoiantes de Mugabe tinham provocado a violência. Eu nunca acreditei nestas hipóteses porque sei que frequentemente os governos usam a história da mão externa para encobrirem os seus fracassos.
Ultimamente também li que estes incidentes nada tinham a ver com a xenofobia, tinha sido apenas uma combinação de diversos factores. Embora esta teoria não esteja totalmente errada, é descabido afirmar que a xenofobia não foi um elemento determinante.

( Continua )

O casal Mugabe em Roma


Um dos acontecimentos mais bizarros da pretérita semana foi a presença de Robert Mugabe em Roma numa conferência das Nações Undas sobre a crise alimentar mundial. Não deixa de ser irónico que Mugabe participe neste género de conferências quando as políticas desastrosas deste lunático atiraram milhões de zimbabweanos para a fome e miséria. Pior ainda, Mugabe tem sido exímio em usar a comida como arma política para submeter os cidadãos.
Em Roma, o casal Mugabe fcou instalado num luxuoso hotel na famosa Via Veneto custando 10.000 Randes por noite e Grace Mugabe teve oportundade de se dedicar à sua grande paixão: fazer compras nas lojas de moda e sapatarias.
Para esta viagem, os Mugabe levantaram do Reserve Bank a quantia de 80.000 dólares americanos, ou seja, 625.000 randes. De notar que o casal, no princípio deste ano, levantou 100.000 dólares para umas férias na Malásia e na Tailândia.Oficiais do Reserve Bank confidenciaram que estes levantamentos de moeda estrangeira são desumanos, pois o dinheiro é necessário para comprar comida e outros produtos básicos e que cada viagem dos Mugabe é uma oportunidade para esvaziar os cofres do Banco.

Xenophobic Cry



The piece I wrote with a broken heart

I might not be a South African


But I'm black, my skin is the same as yours

My colour is the same as yours

My genes are African, nothing but African

When your leaders were beaten by whites

I was there to shelter them

I was patient with them

I offered them food, shelter,

Most of all, I offered them protection


I might be a South African


I can't speak Zulu, cause I'm Vhenda

I can't speak Zulu, cause I'm Shangaan

I don't know what an elbow is in Zulu

As much as you don't know it in my language

Since when was Zulu the only South African language?

Yes...............I'm not from Gauteng

I was not born here, but I'm South African

Where should I go if you beat me

I'm not beating your father, mother, brother or sister who works at my area in the mines

I'm not calling them makwerekwere though they can't speak my language.


I might be dark in complexion


I might have the foreigners looks

I might have the foreigners body structure

Now I am scared to go to the only place that I call home

I'm scared of working down the street without my ID

Whites wanted me to do that centuries ago

Now you, my black brother is acting white


Why should you Black South Africans do this?


What makes you think that you better than me?

Who told you that I'm responsible for your unemployment?

Who told you that I'm less human

If I need to go back to Vhenda........let all the Zulus go back to KZN

Let all the Tswana's go back to Botswana

Let all the Sotho's go back to Lesotho

Let all the Ndebele's go back to Kwandebele

Let all the Xhosa's go back to Eastern Cape

Yes............let all the Swati's go back to Swaziland


Is this not ignorance?


Your unemployment is your responsibility

Use your intellect

Get up and work

Let education empower you

Seek humanity


Before 1994 you blamed whites

Now you are blaming me

Who are you going to blame after chasing me away?

Who are you going to blame after killing me?


For what it's worth.......................

I'm sorry I was not born here

I'm sorry I can't speak Zulu

I'm sorry for being too dark for your Joburg

I'm sorry for cleaning the toilets you don't want to clean

I'm sorry for doing your garden

I'm sorry for repairing your shoes

I'm sorry for protecting your leaders while they were in Exile

Yes.....................what you call Exile...........is my country

And most of all.......I'm sorry for building South African infrastructure

Please my brothers let there be peace and prosperity amongst black African people.

Written by a Teary Black African ......................

( Author unknown )

Friday, 6 June 2008

Roubo abana estrutura do INSS

Cerca do equivalente a oito milhões de dólares norte-americanos é o rombo sofrido pelo Instituto Nacional de Segurança Social, INSS, desde 2002 a 2007, concluíu uma comissão de inquérito especialmente nomeada para averiguar casos de corrupção e outras irregularidades que se vinham registando na instituição.
De acordo com a revelação feita ontem em Maputo pelo director nacional de Planificação e Estatísticas do Ministério do Trabalho, o presumível principal responsável da falcatrua é o director do Património, sobre quem recaíram processoscrime e disciplinar, estando também envolvidos outros quadros séniores do INSS.
Supostamente, o desvio do montante em causa teria sido facilitado através da adjudicação de obras e projectos a uma empresa ilegal registada fraudulentamente, uma vez que não foi sujeita a qualquer concurso, o que leva a crer que o dinheiro cobrado beneficiava também os facilitadores da operação.
O processo discipliar contra o diricetor do Património foi levantado pela entidade de tutela, o Ministério do Trabalho, enquanto o relativo ao crime corre os seus trâmites na Procuradoria Geral da República.
Na sua edição de 30 de Maio de 2008, o Semanário Indepentente Savana publicou um artigo em que fazia alusão a uma «insatisfação generalizada no Instituto Nacional de Segurança Social», alegadamente devido à assunção pela ministra do Trabalho, Helena Taipo, de uma preponderância fora do comum na instituição, à margem dos órgãos de Direcção. A interferência da ministra, segundo o jornal, estava a conduzir «a uma ausência de transparência na utilização dos fundos da organização, sendo essa uma das das razões para o actual ambiente de tensão que se vive dentro da instituição». Coincidentemente ou não, a decisão do Instituto Nacional de Segurança Social surge poucos dias depois de o Savana ter publicado o artigo em causa, o que à partida levanta a suspeita de haver intenção, por parte da visada, de limpar a sua imagem, o que se pode depreender a partir da justificação do director nacional de Estatísticas, de que as reformas radicais no INSS, e, consequentemente, a intervenção da ministra, têm em vista «estancar os males».

Popularidade

A popularidade de Helena Taipo alargou-se quando há algum tempo lançou a primeira ofensiva, após a sua nomeação para o cargo de ministra do Trabalho, ao próprio INSS, onde procedeu a uma profunda revolução no seio desta instituição, tendo mesmo chegado a mandar encerrar algumas das várias contas da mesma, depois de questionar as razões que teriam levado a tal fenómeno.
Tida em alguns círculos de opinião pública como “dama de ferro”, Taipo notabilizou-se pela sua directa e agressiva intervenção em determinadas questões envolvendo empresas, quando aparentemente se trate de atropelos à Lei Laboral moçambicana.É dos poucos membros do Executivo de Armando Guebuza que determinadas vozes consideram intocável!

( Humberto Mandlate, em “ Matinal “ de 03/06/08 , retirado com a devida vénia )

Um discurso

Discurso do Ministro Brasileiro da Educação nos EUA...
Este discurso merece ser lido, afinal não é todos os dias que um brasileiro dá um 'baile' educadíssimo aos Americanos...
Durante um debate numa universidade dos Estados Unidos, o actual Ministro da Educação CRISTOVAM BUARQUE foi questionado sobre o que pensava dainternacionalização da Amazónia (ideia que surge com alguma insistêncianalguns sectores da sociedade americana e que muito incomoda os brasileiros).
Um jovem americano fez a pergunta dizendo que esperava a resposta de um Humanista e não de um Brasileiro.
Esta foi a resposta de Cristovam Buarque :'De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazónia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse património, ele é nosso. Como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazónia, posso imaginar a sua internacionalização, como também a de tudo omais que tem importância para a humanidade. Se a Amazónia, sob uma ética humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro... O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazónia para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extracção de petróleo e subir ou não seu preço. Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser internacionalizado. Se a Amazónia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono ou de um país. Queimar a Amazónia é tão grave quanto o desemprego provocado pelasdecisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação. Antes mesmo da Amazónia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França. Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo génio humano. Não se pode deixar esse património cultural, como o património natural Amazónico, seja manipulado e destruído pelo gosto de uproprietário ou de um país. Não faz muito tempo, um milionário japonês, decidiu enterrar com ele, um quadro de um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado. Durante este encontro, as Nações Unidas estão realizando o Fórum do Milénio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu acho que Nova York, como sede das Nações Unidas, deve ser internacionalizada. Pelo menos Manhattan deveria pertencer a toda a humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua história do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro. Se os EUA querem internacionalizar a Amazónia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos também todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maior do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil. Nos seus debates, os actuais candidatos à presidência dos EUA têm defendido a ideia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida. Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do Mundo tenha possibilidade de COMER e de ir à escola. Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram, como património que merece cuidados do mundo inteiro. Ainda mais do que merece a Amazónia. Quando os dirigentes tratarem as crianças pobres do mundo como um património da Humanidade, eles não deixarão que elas trabalhem quando deveriam estudar, que morram quando deveriam viver. Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo. Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazónia seja nossa. Só nossa! '
( Préstimos de Maria Helena )

Monday, 2 June 2008

De novo a nacionalidade da Primeira-Ministra


Subitamente a questão da nacionalidade da augusta Primeira-Ministra, Luísa Dias Diogo Silva, volta à ribalta e de novo aparecem certos habilidosos tentando defender o indefensível.
O problema é extremamente simples: se Luísa Diogo se casou com um estrangeiro, pela lei então vigente perdeu a nacionalidade e teria de a re-adquirir. Quando as leis são injustas, devem ser mudadas e reparações podem ser feitas, num estado de direito não se pode é permitir que alguém esteja acima das leis, isso só acontece nas Repúblicas das Bananas.
Mesmo a propósito, li no www.macua.blogs.com o teor de um despacho que pode esclarecer algumas dúvidas.

Despacho
Em face das dúvidas de interpretação suscitadas sobre a questão de saber a quem compete a apreciação e decisão dos processos de reaquisição da nacionalidade, prevista no artigo 20 da Lei da Nacionalidade, esclareço o seguinte:
O artigo 20 do Decreto n.° 3/75, de 16 de Agosto, na redacção que lhe foi introduzida pelo artigo 2 do Decreto n.° 5/88, de 8 de Abril, distingue claramente os casos de reaquisição da nacionalidade previstos no artigo 16, da situação mencionada no artigo 20, ambos da Lei da Nacionalidade.
Para a primeira hipótese, o n.c 1 do citado preceito legal dispõe que se observará o disposto no artigo 14 do Regulamento, ou seja, requerimento dirigido pelo interessado ao Ministro do Interior, instrução do processo na Conservatória dos Registos Centrais, parecer do Ministério dos Nego* cios Estrangeiros e decisão do Ministro do Interior sobre o pedido de reaquisição.
Para a hipótese do artigo 20 da Lei da Nacionalidade, o n.° 2 do mesmo preceito (artigo 20 do Regulamento) determina simplesmente que a reaquisição se faz mediante prova de que a mulher não adquiriu outra nacionalidade ou de que obteve a nacionalidade do marido mas declara expressamente renunciar à mesma. Em ambos os casos a prova será produzida pelos serviços competentes do país do marido ou pela sua representação diplomática.
Esta distinção deverá ser interpretada no sentido de que foi intenção do legislador dispensar do processo relativo à reaquisição da nacionalidade, somente quando diga respeito à mulher moçambicana que a havia perdido por virtude do casamento, as formalidades exigidas no artigo 14 do Decreto n.° 3/75 (Regulamento da Lei da Nacionalidade).
E compreende-se que assim seja, pois, no caso do artigo Í6 da Lei da Nacionalidade, a reaquisição só será concedida na condição de o requerente fixar residência em território nacional e oferecer garantias políticas e morais de integração na sociedade moçambicana, ao passo que, no caso do artigo 20 da mesma lei, não se fixa qualquer condição, além da renúncia à nacionalidade eventualmente adquirida após o casamento.
Nestes termos, determino;
1. O processo de reaquisição da nacionalidade a que se refere o artigo 20 da Lei da Nacionalidade, não está sujeito às formalidades prescritas no artigo 14 do Decreto n.° 3/75, de 16 de Agosto (Regulamento da Lei da Nacionalidade).
2. Cabe ao Conservador dos Registos Centrais, reunidos todos os elementos de prova mencionados no n.° 2 do artigo 20 do Decreto n.° 3/75, de 16 de Agosto, lavrar oficiosamente o registo da referida reaquisição da nacionalidade.
Ministério da Justiça, em Maputo, 18 de Setembro de 1988. — O Ministro da Justiça, Vssumane Aly Daúto.

MARP identifica factores de ameaça em Moçambique

Em Moçambique já existem identificados nove factores de ameaça a
paz, estabilidade e segurança, segundo o documento do Mecanismo Africano de Revisão de Pares (MARP) produzido com base em estudos feitos junto das populações moçambicanas sobre a sua percepção sobre o país..
O documento destaca o clima de tensão e violência política nos períodos eleitorais, homens armados que ainda continuam nas matas da província de Sofala, carestia da vida, ausência
do diálogo permanente entre os actores políticos, elevado índice de criminalidade nas zonas urbanas, entre outros.
Um outro aspecto que mina a estabilidade política e segurança social é um crescente sentimento de identitário regionalista que resulta em simetrias constantes, assim como uma prevalência de conflitos sobre o uso e aproveitamento da terra, segundo ainda o documento do MARP que refere em seguida que os índices de pobreza, corrupção e enriquecimento fácil e ilícito têm igualmente produzido repercussões negativas no seio das populações com incidências das regiões rurais, bem como o sentimento
de exclusão social a que maior percentagem de moçambicanos tem enfrentado.
O mesmo documento assegura, que apesar dos conflitos eleitoral-políticos existentes no vizinho Zimbabwe e da recente crise de xenofobia na República da Africa do Sul, não existem ameaças externas a Paz, reiterando que internamente é remota a possibilidade
de retorno à guerra.
Porém, recomenda o documento para tomada de medidas concretas e consensuais para eliminação de homens armados, adopção de legislação mais punitiva contra práticas do crime organizado e demais acções, enquanto que no concernente a democracia constitucional, realça o documento que tem vindo a citar haver enormes desafios, isto porque o processo da democracia multipar- tidária em Moçambique ainda não é do domínio de todos.
De referir, entretanto, Moçambique não vai submeter este ano de 2008 o seu relatório de avaliação do seu desempenho à União Africana (UA) devido ao pedido nesse sentido de adiamento para Janeiro de 2009. O pedido foi formulado pelos países do grupo de Moçambique, nomeadamente Nigéria, Uganda e Borquina Fasso por estarem na fase de elaboração dos seus documentos de avaliação para serem submetidos a União Africa. Assim Moçambique passou a integrar o grupo das Maurícias e Lesotho que irão apresentar os seus documentos já em Janeiro de 2009.

( Ilídio Sitoe, em “ Diário do País “, de 02/06/08, retirado com a devida vénia )

PCA: salário invejável, trabalho nulo!

O Governo multiplica Conselhos de Administração, CA, nas instituições públicas, muitas vezes, sobrecarregando- as de gente inútil, imprestável e retirando-lhes a capacidade de pagar salários um pouco melhorados aos trabalhadores, porque uma boa fatia do seu rendimento vai para sustentar a vida faustosa do Presidente do Conselho de Administração, PCA, e um pelotão de administradores. Ocorrem roubos dos fundos públicos, desmantelam-se a organigrama para facilitar roubos e o CA diz desconhecer do que está a acontecer.
No Instituto Nacional de Segurança Social, INSS, existe um CA que é um exemplo de como se pode ganhar tanto dinheiro sem fazer absolutamente nada. As notícias que correm dão conta que, até à exoneração do então directorgeral, Abílio Mussane, era prática comum o desvio massivo dos fundos dos contribuintes, sobrefacturando o valor das obras públicas e outras falcatruas que poderiam ser traduzidos em actos criminais.
O PCA do INSS, Armando Muiane, diz que nada sabia nem tinha meios legais para travar os desmandos. Porém, doravante, já, tem “licença” para agir, segundo declarou o PCA ao MAGAZINE, pp. 05, de 21 de Maio de 2008. Quando os estatutos do INSS foram alterados e quem introduziu tais mudanças? Os que se queixavam, à imprensa, de haver uma intromissão excessiva da ministra do Trabalho na gestão corrente do INSS pretendiam esconder o que, hoje, se sabe - roubos.
Muiane não diz qual era a lei que não lhe permitia impedir os roubos e desde quando foi introduzida a lei que lhe dá força para contrariar possíveis saques e desmandos. Sabemos que não houve nenhuma alteração da lei ou estrutural ou no funcionamento da instituição.
O director-geral cessante autorizou que a MOZ IT - empresa ilegal - operasse no INSS, sacando, à partida, quatro milhões de meticais. O PCA diz que não tinha conhecimento de nada. As suas declarações denotam pouca seriedade na gestão dos fundos dos contribuintes. Pessoas sérias quando se apercebem que não têm condições para exercer as funções, demitem-se. Os tachistas continuam acocorados, atraídos pela grana, mesmo cientes que estão como fantoches, enchendo, na maior tranquilidade, o seu papo.
D as irregularidades reportadas tomámos conhecimento através da imprensa; nós não tínhamos conhecimento, sequer, da existência da MOZ IT; o que nós sabíamos é que os trabalhos eram executados pelo Centro de Processamento de Dados e quando víamos digitalizadores, o que a nós nos corria é que eram os por nós conhecidos, pelo que havia digitalizadores de uma empresa chamada MOZ IT, não o sabíamos. A antiga direcção geral usa “corta-mato” para tomar algumas decisões sem o nosso conhecimento, disse o PCA. Isto é mentira para que tem salário de 250 mil meticais/mês, para velar pelo bom andamento da instituição.
Para quê manter um CA que precisa de uma “licença” especial para fazer sua obrigação? A incompetência demite- se, o crime pune-se, dizia Machel.

( Edwin Hounnou no “ A TribunaFax “, de 28-05-08 , retirado com a devida vénia )

Sunday, 1 June 2008

Carta de Tsvangirai para Mbeki


O jornal sul-africano “ Sunday Times “ revela hoje o conteúdo de uma carta de Morgan Tsvangirai dirigida a Thabo Mbeki em que o líder do MDC acusa o Presidente da África do Sul de cumplicidade e de secretamente conspirar para perpetuar o regime de Mugabe.
Nessa carta, datada de 13 de Maio e que chegou ás mãos de Mbeki atavés dos canais oficiais, Tsvangirai afirma que o papel de Mbeki como mediador não é apropriado nem eficaz. Ele acusa Mbeki de falta de neutralidade, de dividir o MDC, de bloquear discussões sobre o Zimbabwe nas Nações Unidas, de ajudar Mugabe a adquirir armamento, de suprimir o Khampepe-Moseneke Report sobre as eleições de 2002 e de quebrar os principios de mediação ao mostrar falta de respeito pelo MDC.

1 de Junho: Dia Mundial da Criança



Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,

..........

Quando as crianças brincam
E eu as ouço brincar,
Qualquer coisa em minha alma
Começa a se alegrar.

( FERNANDO PESSOA )

O fim último da vida não é a excelência!

O autor deste texto é João Pereira Coutinho, jornalista. Vale a pena ler!

“Não tenho filhos e tremo só de pensar. Os exemplos que vejo em volta não aconselham temeridades. Hordas de amigos constituem as respectivas proles e, apesar da benesse, não levam vidas descansadas. Pelo contrário: estão invariavelmente mergulhados numa angústia e numa ansiedade de contornos particularmente patológicos. Percebo porquê. Há cem ou duzentos anos, a vida dependia do berço, da posição social e da fortuna familiar. Hoje, não. A criança nasce, não numa família mas numa pista de atletismo, com as barreiras da praxe: jardim-escola aos três, natação aos quatro, lições de piano aos cinco, escola aos seis, e um exército de professores, explicadores, educadores e psicólogos, como se a criança fosse um potro de competição.

Eis a ideologia criminosa que se instalou definitivamente nas sociedades modernas: a vida não é para ser vivida - mas construída com sucessos pessoais e profissionais, uns atrás dos outros, em progressão geométrica para o infinito. É preciso o emprego de sonho, a casa de sonho, o maridinho de sonho, os amigos de sonho, as férias de sonho, os restaurantes de sonho.

Não admira que, até 2020, um terço da população mundial esteja a mamar forte no Prozac. É a velha história da cenoura e do burro: quanto mais temos, mais queremos. Quanto mais queremos, mais desesperamos. A meritocracia gera uma insatisfação insaciável que acabará por arrasar o mais leve traço de humanidade. O que não deixa de ser uma lástima.

Se as pessoas voltassem a ler os clássicos, sobretudo Montaigne, saberiam que o fim último da vida não é a excelência, mas sim a felicidade!”

Luz violeta

Que a luz violeta desça do céu
e envolva todos os seres da Terra,
fluindo permanentemente e
transmutando os nossos códigos de DNA
proporcionando-nos ascender espiritualmente
aflorando as nossas capacidades de sentir de
forma pura,
levando-nos a vivenciar o amor de forma ampla
integralmente incondicional.
Que todo o planeta seja igualmente transformado
pela luz violeta da transmutação,
sarando o carma planetário
e desviando o curso dos resgates.
Se todos nós quisermos e pedirmos,
tudo pode ser alcançado,
pois o Mestre dos Mestres nos disse em sua
passagem terrena,
que nos seria concedido o que efectivamente
pedíssemos com fé e amor.
Solicitar a nossa mutação interior e a cura planetária
resume todos os pedidos,
pemite todas as soluções,
gerando em nós e na Terra paz, amor, paraíso.

(poesia de Moacir Sader)