Friday, 3 February 2017

Governo da Frelimo e a sua mediocridade

Pode parecer que estamos a caricaturar, mas não estamos, aliás, como é natural, a realidade impõe-se e nós limitamo-nos apenas a dar-lhe visibilidade. As informações que nos são trazidas pelos meios de Comunicação Social têm nos mostrado um comportamento desvirtuado do Governo da Frelimo, que se especializou em maltratar, alienar e desorientar os moçambicanos. Aliás, a principal vítima desse Governo sem nenhuma réstia de sentimento é a população analfabeta, rotineira e sem o mínimo de consciência crítica, que acredita em tudo que reluz como sinal de desenvolvimento.
Usando, principalmente, os órgãos de informação especializados em fazerem coro à Frelimo, o Governo mostra-nos, uma vez a outra, até ao enjoo, a falta de consideração para com o povo, ao afirmar, por exemplo, que o povo deve procurar alimentos substitutos ao pão, a crise de combustível resultou do atraso de navios, entre outras estapafurdices. Na verdade, essas situações difíceis são vividas pela população, enquanto os dirigentes vivem à grande e à francesa à custa dos nossos impostos.
Quando se deles esperava moderação e, de alguma maneira, contenção, o Governo da Frelimo legítima o mais hipócrita de todos os princípios de que ser dirigente o esbanjamento dos bens públicos é a palavra de ordem.
Escandalizem-se ou pasmem-se, mas é hipocrisia ignorar, ou pior, escamotear esta realidade obscena: milhares de moçambicanos vivem numa desgrenhada miséria doméstica, em condições de tamanha desumanidade e enfrentam os duros, violentos e insuportáveis combates de que é feita a vida vivida à intempérie. Ao invés de solução dos seus problemas, o Governo da Frelimo vem com politiquices.
Aliás, o povo moçambicano, na sua maioria cientificamente empobrecido e concebido para viver de cinto apertado por políticas sem misercórdia, vive expressões mais crueis de falta de alimento, que se vai agravando a cada dia devido às dívidas ilegais, razões mais do que suficientes para fazer corar de vergonha os políticos que dirigem este país.
É deveras repugnante e simultaneamente revoltante ver o que faz o Governo da Frelimo. São vergonhosas as desculpas usadas para explicar situações que deixam os moçambicanos com os nervos em franja, como são os casos da crise de combustível e a corrupção cujo rosto é de conhecimento de todos.



Editorial, A Verdade

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