O relator da CPI e único membro proveniente da oposição, em representação da bancada do MDM, Venâncio Mondlane, queixou-se de ter sofrido ameaças durante os trabalhos.
Mondlane foi quem denunciou a situação de incompatibilidade de Edson Macuácua, o que levou ao afastamento deste.
Na página dois da acta da adopção do relatório, a CPI escreveu que Mondlane “não votou por motivos não justificados”, o que, segundo o mesmo, não corresponde à verdade.
Temendo que o posicionamento do MDM poderia “manchar” o relatório final, a Frelimo, que tem uma maioria expressiva na CPI, optou por silenciar o único oponente.
Isto levantou barulho na CPI, tendo-se recorrido às anteriores actas para certificação e constatou-se que o deputado estava no caminho certo.
Mas, mesmo assim, não lhe foi dado espaço para corrigir este erro. “Inexplicavelmente e surpreendentemente, na sala se gerou um clima hostil à minha pessoa, me impedindo de falar, recusando a inserção do posicionamento do grupo parlamentar do MDM, à mistura com impropérios, vilipêndios e ameaças directas à minha pessoa”, contou.
Ademais, na qualidade de relator da comissão, incumbia-lhe a missão de submeter o relatório final à secretaria da AR, acto que não se verificou, tendo ficado surpreso quando o documento chegou aos colegas da sua bancada.
Para além do antigo PR, Armando Guebuza, Manuel Chang, Adriano Maleiane e o PCA da Ematum, Proíndicus e MAM, António Carlos de Rosário, passaram pela CPI, o ministro do Mar, Águas Interiores e Pescas, Agostinho Mondlane, ministro do Interior, Basílio Monteiro, ministro da Defesa, Atanásio M´tumuke, antigo ministro das Pescas, Victor Borges. Todos apontaram o interesse nacional na constituição das empresas “visando providenciar a defesa e segurança da soberania e do património nacional”.
A CPI foi composta por 11 elementos dos quais Venâncio Mondlane era o único da oposição, neste caso Movimento Democrático de Moçambique (MDM), os restantes eram da Frelimo, sendo que a Renamo absteve-se de integrar a comissão.
SAVANA – 09.12.2016, no Moçambique para todos
Ja se esperava.
ReplyDeleteenquanto nao se rever o poder constitucional,isto nunca vai mudar!
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