Sunday, 24 January 2016

Cabo Verde é o país de língua portuguesa mais democrático, diz EIU.

Cabo Verde é o país de língua portuguesa mais democrático, diz EIU.


Economist Intelligence Unit coloca Moçambique no grupo das democracias híbridas e Angola entre os regimes ditatoriais.

Cabo Verde é o país de língua portuguesa melhor colocado no Índice de Democracia de 2015 da revista The Economist Intelligence Unit (EUI) divulgado neste sábado.
No documento “Democracia em época de ansiedade”, o arquipélago ocupa a 32a. posição, seguido de Portugal, enquanto Moçambique fica na categoria das democracias híbridas, na posição 109, e Angola, no grupo de regimes ditatoriais, é o 131 da lista.
No relatório “Democracia em época de ansiedade”, lê-se que “há mais democracia do que simplesmente realizar eleições”.
O documento procura avaliar o estado da democracia por parte dos países e pontuar vários critérios que considera importantes para o funcionamento de uma sociedade democrática.
Com uma média de 7,81 pontos num total de 10, Cabo Verde integra o segundo grupo do “Democracy Index 2015", o de Democracias Imperfeitas, liderado pela Itália, Coreia do Sul, Japão, Costa Rica, Bélgica e França.
O arquipélago obteve 9,17 pontos nos itens Processo Eleitoral e Pluralismo, 7,86 em Governança, 6,67 em Participação Política, 6,88 em Cultura Política e 9,12 em Liberdades Civis.
Entre os países africanos, Cabo Verde é superado apenas pelas Ilhas Maurícias (18), que integra o grupo de elite das 20 democracias perfeitas, e Botsuana (28).
Logo a seguir, na 33a. posição, encontra-se Portugal com os mesmos 7,81 pontos, enquanto Timor Leste (41) é terceiro país lusófono da lista.
O Brasil, desde 2013, caiu sete posições e ocupa agora o 51º lugar, no mesmo grupo de Cabo Verde e Portugal.
Rodrigo Aguilera, analista-chefe para a América Latina da EIU, revela que as respostas dos entrevistados brasileiros foram “marcadas pelo desânimo” e que, envolvido no estudo há oito anos, ele não lembra “de ter visto uma atmosfera tão pessimista no Brasil”.
A terceira categoria é a de Democracias Híbridas e nela se encontra Moçambique que, com 4,6 pontos, ou seja menos da metade da pontuação, ocupa a 109a. posição.
As melhores pontuações acontecem nos items Participação Política e Cultura Políica, com 5,6, enquanto em Processo Eleitoral e Puralismo, Moçambique consegue 4,4, Liberdades Civis, 3,8, e Funcionamento do Governo, 3,6.
Angola aparece no lugar 131 e na categoria de Regimes Ditatoriais, com apenas 3,4 pontos.
O item Processo Eleitoral e Plurarismo recebe uma nota muito negativa, com 0,9 ponto, enquanto a melhor é na Participação Política, com 5 pontos.
Nos demais, Cultura Política consegue 4,4 pontos, Liberdades Civis e Funcionamento do Governo totalizam 3,2.
O pior país de língua portuguesa em matéria de democracia de acordo com a EIU é a Guiné-Bissau que, em 167 países, fica na 160a. posição.
Com uma pontuação de apenas 1.9 no geral, Bissau não consegue nenhum ponto no item Funcionamento do Governo, enquanto na Cultura Política chega a 3.1 pontos.
Nos demais, totaliza 2.8 pontos na Participação Política, 2,1 nas Liberdades Civis e 1,7 no Processo Eleitoral e Pluralismo.
São Tomé e Príncipe não aparece no Índice de Democracia de 2015 da EIU.
A lista é encabeçada pela Noruega, Islândia, Suécia, Nova Zelândia e Dinamarca e nos primeiros lugares é dominada pelos países europeus.
Os Estados Unidos ocupam a 20a. posição.
Na cauda estão Chade, Siria e Coreia do Norte. VOA

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