Friday, 9 October 2015

Polícia moçambicana invade casa de Dhlakama na Beira

A casa do líder da RENAMO, Afonso Dhlakama, na cidade da Beira, no centro de Moçambique, foi invadida esta sexta-feira (09.10) pela polícia. Foram presos guardas do maior partido de oposição. Há blindados na rua.
Depois de quase duas semanas em local desconhecido, o presidente da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO) reapareceu novamente em público na quinta-feira (08.10), na serra da Gorongosa, na província central de Sofala.
Afonso Dhlakama viajou depois para a Beira, onde esta sexta-feira (09.10) era esperada uma conferência de imprensa na sua residência no bairro das Palmeiras, pelas 09:00 locais.
A essa hora, forças da Unidade de Intervenção Rápida (UIR) e Grupo Operativo Especial (GOE) da polícia de Moçambique vedavam o acesso dos jornalistas ao perímetro da casa de Dhlakama, que permanecia no seu interior, e evacuavam residências vizinhas, avança a agência de notícias Lusa.
Vários guardas do partido da oposição foram presos. "Um carro blindado recolheu toda a guarda de Dhlakama. Os homens da RENAMO estão agora no interior do blindado", de acordo com Arcénio Sebastião, correspondente da DW África que se encontra no local.
Segundo Ivone Soares, deputada da RENAMO que tem estado a acompanhar a situação, a residência de Afonso Dhlakama está "cercada pelo exército".
No local encontram-se também Lourenço do Rosário e Dom Dinis Sengulane, mediadores das negociações entre o Governo moçambicano e a RENAMO. Já estiveram na casa do líder da RENAMO.
Fontes do partido da oposição dizem que "há interação entre o chefe de Estado, Filipe Nyusi, que está em Pemba e Afonso Dhlakama".
A polícia disparou tiros e lançou gás lacrimogéneo para afugentar a população, de acordo com o correspondente da DW África.
Dhlakama não era visto em público desde 25 de setembro, após um incidente com a sua comitiva no distrito de Gondola, província de Manica. De acordo com o líder da oposição, nesse dia a sua comitiva foi atacada pelas forças de defesa e segurança. Este foi o segundo incidente com a sua caravana em menos de duas semanas.





DW

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