Boletim sobre o processo político em Moçambique

Apesar de algumas falhas: Enchentes marcam primeiras horas de votação

O processo de votação para eleição do novo Presidente da República, deputados para a Assembleia da República e membros das assembleia provinciais iniciou normalmente na maior parte do país, com grande parte das assembleias a abrirem a horas.
Grande parte dos correspondentes do CIP reportam enchentes superiores a 100 eleitores nas assembleia registadas nas primeiras horas, o que indica um afluxo considerável .
Por outro lado, reportam morosidade no atendimento, decido à lentidão na identificação dos nomes dos eleitores, troca de cadernos, repartição de cadernos por várias mesas.
Igualmente, houve registo de demora na atribuição de credenciais aos delegados de candidatura dos partidos políticos, atrasos na alocação de materiais, como urnas e de montagem das próprias assembleias de voto.
Todos estes factores ditaram a demora na abertura das mesas de voto.

Incidências consideráveis

- Na Escola Primária Completa Manga Loforte, na cidade da Beira, 10 Assembleias de voto continuavam encerradas até pouco mais de 9 horas,
- Na Escola Primária Completa de Angoche, 10 Assembleia de Voto estão encerradas,
- Na cidade de Nampula faltam seis cadernos em alguns dos 9 postos de votação e muitos eleitores tiveram que regressar para as suas casas sem, votar,
- Na Escola Primaria Completa dos Beleneses, em Nampula, sete das 14 mesas não iniciaram no tempo previsto e não havia informações sobre a abertura até por volta das nove horas,
- Na Escola Primaria de Muegane, em Nampula, falta de pelo menos cinco cadernos nalgumas das 11 assembleias instaladas,
- Na escola secundária 12 de Outubro, na Cidade de Nampula, o processo arrancou duas horas depois devido a questões de logística ligadas a falta de cadernos eleitorais no local.
- Algumas mesas encontravam-se encerradas nas cidades de Chimoio, Pemba, e Matola até as 9 horas
- EPC Sede Macomia, em Cabo Delgado, algumas mesas apenas abriram depois das 9 horas,
- Escola Secundária da Vila de Inhassunge, na Zambézia, assembleias abertas apenas as 9 horas,
- Escola Secundária de Massinga, em Inhambane, faltam assembleia de voto.
- Em Metangula, Niassa, os helicópteros para a distribuição do material de votação só chegaram esta manha e até as 10 horas ainda se encontravam a transportar o material.

Nampula falha acreditação de observadores
- será impossível fazer PVT


O Secretariado Técnico da Administração Eleitoral (STAE) na Província de Nampula falhou a emissão de credenciais para mais de 400 observadores do Observatório eleitoral (OE), que neste momento estão impedidos de acompanhar o processo.
O OE diz que os nomes da lista finais foram apresentados na quinta-feira na semana passada (9 de Outubro), mas houve demora na emissão de credenciais. Algumas credenciais estão a ser emitidas desde o início desta manhã.
Espera-se que os observadores façam, também a contagem paralela dos votos, (PVT, Paralel Vote Tabulation, em inglês) e a falta de emissão de credenciais significa que muitos não serão capazes de cobrir as zonas mais remotas da província, no momento da contagem, esta noite.
Há também relatos de falta de emissão de credenciais para observador em Cabo Delgado e Sofala.

Faltam cadernos em Nacala-Porto

Um total de 31 cardernos contendo os nomes dos eleitores inscritos estão em falta em quatro escolas do distrito de Nacala-Porto, em Nampula.
Os cadernos são referentes às EP1 de Lacone (5), EPC de Mathapué (9), EPC Triângulo (7) e EPC Cidade Alta (10).

Caso de Angoche

No distrito de Angoche há registo de várias irregularidades, particularmente na Escola Primária Completa de Angoche, onde 10 assembleias de voto não estão a funcionar devido à troca de cadernos e os eleitores foram aconselhados pelo STAE ao nível local
para regressarem às suas casas.
A troca de cadernos afectou a votação do administrador do distrito, que teve que recorrer à outra assembleia de voto.
O STAE ao nível local reconhece a situação e diz que está a evidar esforços no sentido  de resolver a situação.

Falta de pessoal e troca de cadernos ditam atrasos na Beira

Até às 8 horas, em pelo menos 4 escolas primárias e duas secundárias, uma das quais foi onde o candidato do movimento democrático de Moçambique (MDM) Daviz Simango votou, o processo de votação não havia iniciado. Tratam-se das escolas primarias 4 de Outubro, Palmeiras 1, Amilcar Cabrar e a da Antiga Emissora, e as das Escolas secundárias da Manga e da Macunte.
Esta situação deveu-se à troca de cadernos e números de assembleias de votos, para além da falta de pessoal nas mesas de voto, concretamente nas escolas 04 de Outubro, Munhava e Amílcar Cabral, nas assembleias número 7001603,601-A,601- B,602,670,606,671, na Escola 04 de Outubro, 07002061, 903, 911, 912 e 914, na Antiga Emissora-Manyava e 07002805 e 806.
Os membros das mesas de voto estavam a assinar os seus contratos na manha de hoje, para depois serem colocados.
Entretanto, Celso Chimoio, director do STAE em Sofala, avança que estes problemas se verificaram desde ontem, uma vez que não se podia enviar material de votação ao seus respectivos destinos sem a presença dos seus responsáveis.