Wednesday, 3 September 2014

GOVERNO CONVIDA OBSERVADORES MILITARES INTERNACIONAIS

 O Governo moçambicano anunciou hoje, em Maputo, que já convidou os observadores militares internacionais que deverão fiscalizar a cessação das hostilidades no país, na sequência do acordo alcançado a 24 de Agosto com a Renamo, o maior partido da oposição.
Falando durante uma conferência de imprensa havida no fim 76ª ronda do diálogo político, o chefe adjunto da delegação do governo e ministro dos transportes e comunicação, Gabriel Muthisse, disse que “temos a expectativas que dentro em breve eles possam estar no nosso país para monitorar este processo de estabilização do nosso país”.
O convite já foi feito. Estamos em articulação com eles para ver as datas da chegada e logística (…) e todas essas questões que vão facilitar o trabalho quando eles chegarem”, explicou.
Por seu turno, o chefe da delegação da Renamo e deputado na bancada da Renamo, Saimone Macuiana, afirma que o líder do partido Afonso Dhlakama decidiu vir a Maputo porque ele coloca os interesses do povo acima de tudo.
O nosso povo é importante. É por isso que ele virá a Maputo.”
A missão de observadores internacionais inclui representantes da Itália, EUA, Portugal, Botswana, Africa Sul, Quénia.
Refira-se que o Presidente da República, Armando Guebuza, e Afonso Dhlakama deverão reunir-se na sexta-feira em Maputo, para homologar os acordos rubricados pelas chefias de ambas as delegações, em sede do diálogo político.
Para o efeito, aguarda-se a chegada do líder da Renamo a Maputo, que deverá acontecer na quinta-feira.
Aliás, António Muchanga, porta-voz do líder da Renamo anunciou em conferência de imprensa na semana passada que Dhlakama iria permanecer algures numa base da Renamo na Serra da Gorongosa, onde se encontra refugiado desde finais de Outubro de 2013.
Segundo Muchanga, o lider da Renamo condicionava a sua saída de Gorongosa para iniciar a campanha a aprovação do projecto de lei que ratifica a declaração sobre a cessação de hostilidades assinado na noite de domingo último entre o governo e a Renamo.
Aparentemente, a Renamo queria garantir uma maior segurança para o seu líder.
Contudo, o discurso mudou de tom depois do encontro havido sábado, algures na Serra da Gorongosa, na província central de Sofala, entre Dhlakama e uma delegação do governo italiano, composta por Dom Matteo Zuppi, da Comunidade Sant Egídio, o embaixador da Itália, acreditado em Moçambique, Roberto Vellano, e o vice-ministro do desenvolvimento económico, Carlo Callenda.



(AIM)

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