Friday, 25 July 2014

Renamo assegura que Dhlakama está de "óptima saúde" e gere directamente o partido

 
Afonso Dhlakama, está de “óptima saúde” e mantém-se a gerir de perto as estruturas do partido, disse à Lusa fonte da estrutura partidária.

Em declarações à Lusa no dia em que o diário estatal Notícias noticia que o líder da Renamo pediu ajuda "devido à degradação acentuada do seu estado de saúde", a dirigente do partido Ivone Soares "desmente categoricamente" os rumores.
"Ainda ontem falei horas a fio com o presidente Dhlakama e posso garantir que ele goza de óptima saúde", disse Ivone Soares.
"O presidente Dhlakama continua a orientar por teleconferência os membros do nosso partido que estão a trabalhar nas cidades e nos distritos, tal como faz desde que foi assaltada a sua residência em Outubro de 2013", acrescentou Ivone Soares.
O Notícias refere na edição de hoje que "Dhlakama pode estar gravemente doente", dando conta de que na quinta-feira o líder da Renamo esteve a apenas alguns metros das posições das Forças de Intervenção Rápida, a cerca de 30 quilómetros da Gorongosa, no centro do país, e que pediu ajuda "devido à degradação acentuada do seu estado de saúde".
Para a Renamo, esta "é mais uma forma de tentar desmoralizar os seus membros e simpatizantes", uma actuação que diz ser recorrente quando "o Governo Frelimo está desesperado".
"Durante a guerra civil também diziam que o presidente Dhlakama tinha sido abatido, capturado, estava doente, perdeu os óculos", afirmou Ivone Soares, insistindo que o objectivo desta notícia é a desestabilização dos apoiantes da Renamo, após o partido ter conseguido entregar o registo criminal do seu líder, que o possibilita candidatar-se às presidenciais de 15 de Outubro.
A deputada lembrou que Renamo e Governo "estão muito próximos de um acordo para pôr termo a este impasse negocial" e espera que sejam criadas condições para que Dhlakama saia do seu refúgio na região da Gorongosa.
As duas partes estão há mais de um ano bloqueadas pelas negociações sobre a composição das forças de defesa e segurança e desarmamento do partido de oposição.
No início de Julho, o Conselho de Estado levantou a imunidade ao porta-voz da Renamo, António Muchanga, que foi detido após a reunião por instigação à violência.
Na mesma altura, cessaram os ataques de homens armados da Renamo num troço de 100 quilómetros às colunas de veículos escoltadas pelo exército na estrada N1, a única que liga o sul ao centro do país, embora persistam relatos de confrontos entre as partes.
Moçambique tem previstas eleições gerais para 15 de Outubro.
SAPO com Lusa

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