Forças do Governo e do braço armado da Renamo, principal partido da oposição, mantiveram confrontos em simultâneo com as negociações finais em Maputo para a cessação das hostilidades, segundo relatos da Polícia e imprensa.
No domingo, homens armados ligados à Renamo confrontaram-se com o exército no distrito de Mabote, província de Inhambane (Sul), tendo provocado a morte de um militar e danos numa viatura, segundo disse à Lusa uma fonte local, confirmando informações avançadas pelo jornal Mediafax.
A troca de tiros, que se prolongou da madrugada até ao raiar do sol, deixou deserto o povoado de Matleu, na localidade de Papatane, onde, segundo relatos de populares, se pretendia reagrupar o braço militar da Renamo que tem estado a movimentar-se a pé em grupos de até 200 homens do centro para o sul do país.
Na semana passada, as Forças de Defesa e Segurança e homens armados da Renamo também se confrontaram nas regiões de Egipto e Sadjundjira, em Gorongosa (província de Sofala, centro), na altura em que o líder do partido se despedia da população de Nhadombe, e o exército tentava transpor o cordão de segurança da guarda presidencial de Afonso Dhlakama, alegadamente para abastecer as suas posições.
"De facto, no dia 24 de Julho, das 14:00 às 15:00, houve dois disparos de homens armados da Renamo contra as colunas das Forças de Defesa de Segurança, quando estas pretendiam abastecer-se em alimentos para as suas posições", declarou hoje à Lusa Daniel Macuácuá, porta-voz do comando da Polícia de Sofala.
Este embate ocorreu um dia antes da data prevista, 25 de Julho, para se selar o acordo entre o Governo moçambicano e a Renamo para pôr fim à crise político-militar que levou o país ao seu pior momento desde a assinatura do Acordo Geral de Roma, há 21 anos.
A 18 de Julho, homens armados, supostamente da Renamo, raptaram 19 pessoas em Mavende, interior do distrito de Machaze (província de Manica, centro) durante uma perseguição" do exército, tendo duas voltado a casa, não havendo mais informações sobre as restantes dezassete, alegadamente utilizadas como escudos humanos.
"Dois líderes comunitários raptados foram usados para mostrar o caminho que possibilita a travessia a pé do leito do rio Save, a partir do distrito de Machaze (Manica), para Massangena (Gaza, sul). Logo que os homens armados atravessaram o rio libertaram as duas pessoas raptadas", descreveu hoje à Lusa, Vasco Matusse, porta-voz da Policia de Manica.
No entanto, segundo o administrador local, Gabriel Machate, as duas vítimas conseguiram escapar do cativeiro e regressaram a casa, desconhecendo-se também a situação das restantes pessoas.
Apesar destes confrontos, na segunda-feira, o Governo e a Renamo anunciaram consenso sobre o documento base para o fim da crise no país, faltando apenas as garantias de implementação, que incluem a entrada em cena de observadores internacionais.
O anúncio do acordo final é esperado na quarta-feira, após reunião entre os negociadores das duas partes, no Centro de Conferências Joaquim Chissano, em Maputo.
Lusa
Dlhakama é que tem verdadeiros boina-vermelhos é não estes que refletem a qualidade do produto nacional, tudo mau até militares. Os guardas de Dlhakama deverão constituir a tropa de elite, na verdadeentendem a arma, principalmente AK 40, mesmo com aquelas armas pesadas que foram arrancando aos mambas (FADM-perdedores) estimaram sempre está de calibre baixo, admiro. É assim também o currículum do mistério de educação para os ensinos em Moçambique, está tudo mal feito, a única coisa que tem qualidade é a corrupção aqui fazemos 100% e só.
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