Forças governamentais bombardeiam e destroem igreja católica em Muxúnguè
Muxúnguè (Canalmoz) – A “coluna” de viaturas que fazia o troço da N1, entre o Rio Save e Muxúnguè, foi atacada ao fim desta tarde já dentro da Vila de Muxúnguè, a cerca de quatro quilómetros do centro comercial, nas proximidades do quarto bairro. O ataque teve inicio cerca das 17h05 e durou cerca de vinte minutos. Como a nossa Reportagem pode testemunhar, no local, não houve mortos nem feridos, mas dois morteiros disparados pelas forças governamentais destruíram parcialmente a única capela da Igreja Católica local.
Confirmámos que no Hospital Rural de Muxúnguè não deu entrada qualquer cidadão a necessitar de socorro devido aos combates.
O ataque começou com dois homens armados, supostamente da Renamo, a saírem da berma da N1 e a posicionarem-se no meio da estrada de onde dispararam contra os três primeiros veículos civis que transportavam militares, depois do Land-Rover que ia à frente da escolta já ter passado. A primeira viatura era militar apetrechada com uma metralhadora pesada MG.
Os três primeiros veículos eram camiões em que estavam, por cima da carga, vários militares das forças governamentais.
A “coluna” integrava cerca de duzentas viaturas.
As forças governamentais ficaram ontem sem o último veículo blindado de que dispunham. Foi posto fora de uso pelos danos sofridos causados por um ataque de homens armados supostamente da Renamo.
Este é o primeiro ataque dentro da Vila de Muxúnguè desde os primeiros recontros em Abril de 2013, entre a FIR e a Renamo, cuja iniciativa partiu da polícia.
Os camionistas estão desde terça-feira a exigir que as forças governamentais deixem de se empoleirar nas suas viaturas, para que não sejam atacadas.
A Renamo tem declarado que não ataca viaturas civis se nelas não se fizerem transportar militares governamentais
(José Jeco, em Muxúnguè)
Canalmoz
(José Jeco, em Muxúnguè)
Canalmoz
vao morrer de fome
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