Tuesday, 29 April 2014

No último dia do recenseamento, brigadas ainda se encontram


Até as 10 horas de hoje, último dia do recenseamento eleitoral, as oito brigadas que devem efectuar o recenseamento eleitoral nas zonas de conflito armado em Gorongosa ainda se encontram paralisadas na sede do distrito sob a alegação de falta de segurança dos brigadistas.
Para o porta-voz do Presidente da Renamo, António Muchanga, este impasse se verifica devido ao recuo das autoridades governamentais, que insistem em enviar as brigadas escoltadas pelos agentes da Policia da República de Moçambique (PRM), condição liminarmente refutada pela Renamo.
Muchanga, considera que a alegação de falta de segurança não se coloca, porque os agentes da PRM não irão garantir a segurança destes brigadistas, uma vez que até esquadras policiais são assaltadas. Segundo ele, esta situação só servirá para expor estes agentes como “carnes de canhão”.
Deste modo, a Renamo ainda não tem informação sobre quando estas brigadas entraram nas zonas de conflito e de igual modo, está a espera de uma resposta da CNE sobre o pedido de prorrogação do período de recenseamento eleitoral, sendo que a CNE ficou de se pronunciar hoje as 14horas.       
De referir que CNE esteve reunida durante o dia de Ontem e segundo avançou o jornal Diário da Zambézia “o recenseamento eleitoral poderá ser prorrogado, desde que o conselho de ministros aceite a deliberação da CNE” que terá dado entrada ainda na tarde de ontem.
O Pais, relata hoje que "o governo, depois de ter aceite as exigências da Renamo, que passavam por permitir a entrada das brigadas para o interior sem agentes da polícia da República de Moçambique, deu um passo atrás” e insistiu que a polícia deve acompanhar as brigadas.
O CanalMoz, cita o vice-presidente da Comissão Nacional de Eleições, Meque Braz (nomeado pelo Renamo) a dizer que as seis viaturas que transportavam novos computadores, toner, painel solar, geradores e a nova equipa de trabalho, já se encontravam em Nhamatanda quando foram paralisadas por “instruções superiores”, alegadamente do governador da província de Sofala, Félix Paulo.
A CNE, na conferência de imprensa na semana passada, afirmou que há 9 brigadas paralisadas, mais, nossos correspondentes da Beira e Gorongosa afirmam que são 8.


 
Boletim sobre o processo político em Moçambique

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