Thursday, 12 December 2013

AUTORIDADES AGUARDAM PELA LEITURA DAS CAIXAS NEGRAS

Maputo, 12 Dez (AIM) – As autoridades moçambicanas continuam a aguardar pela leitura e interpretação dos dados das caixas negras do avião das Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) que se despenhou a 29 de Novembro último na Namíbia, matando todos os seus 33 ocupantes, anunciou hoje, em Maputo, fonte do Instituto de Aviação Civil de Moçambique (IACM).
Na semana passada, o IACM, órgão regulador da aviação civil em Moçambique, informou que as duas caixas de registo do avião já se encontravam nos EUA para a recolha e interpretação dos dados pelo Conselho Nacional de Segurança dos Transportes (NSTB), algo que ainda não aconteceu.
Falando em conferência de imprensa, o Presidente do Conselho de Administração do IACM, Comandante João de Abreu, explicou que as caixas estão na fila de espera, aguardando pela sua vez de serem analisadas.
Estas não são as únicas caixas a serem lidas. Há várias caixas negras e nós estamos na lista para chegar a nossa vez. Estou convencido que dentro desta semana ou no princípio da outra (semana) a comissão de investigação terá já resultados”, disse Abreu, sobre o curso das investigações para apurar as causas do acidente aéreo.
Segundo a fonte, os resultados das caixas – cujo processo de interpretação compreende a leitura, descodificação dos parâmetros de gravação e alinhamento dos mesmos com a voz – poderão ser conhecidos logo após a sua análise. Mas o relatório preliminar só será conhecido um mês mais tarde.
A leitura das caixas negras é considerado como um passo importante para se apurar as causas da queda do voo TM 470 das LAM que partiu de Maputo as 11.16 horas de sexta-feira, 29 de Novembro, com a previsão para chegar a Luanda as 14.00 horas. Contudo, caiu antes do destino, provocando a morte de todos os seus ocupantes.
Logo após a localização dos corpos das vítimas e dos destroços do avião em Rundo, no sábado, uma equipa da comissão de inquérito internacional, liderada pela Namíbia e que também inclui moçambicanos, começou a trabalhar para apurar as causas do sinistro.
Actualmente, pairam várias especulações em torno do acidente, tais como a falta de dois corpos.
Porém, o Comandante Abreu asseverou que foram recolhidos todos os restos mortais das vítimas no local do acidente, mas não precisou o número real dessas vítimas.
E para que não houvesse mais duvidas, o perímetro da investigação foi alargado. Não se circunstanciou apenas onde estavam os destroços. Abriram mais o leque e devo dizer com certeza que foram recolhidos todos os corpos que estavam no local do acidente, agora se são 31, 32 ou 33 eu gostaria de não especular”, disse Abreu.
Contudo, concluída a busca e recolha dos restos mortais das vítimas do acidente, segue-se a identificação dos corpos, um processo que inclui a recolha de amostras de familiares.
Outras actividades já realizadas incluem a auscultação das gravações da comunicação da torre de controlo e da aeronave.
Segundo a fonte, este trabalho confirmou que a aeronave comunicou a sua entrada no espaço aéreo da África do Sul e do Botswana. Porem, o avião das LAM não confirmou a sua saída do Botswana e entrada em Angola. Neste momento a comissão de inquérito está a trabalhar com as gravações do centro de radar de Gaberone para apurar dados mais concretos.
O Comandante Abreu explicou que a falta de contacto de saída é muito relevante, porque pode significar problemas de comunicações, falhas de rádio, bem como o facto de não ter reportado o ponto de chegada porque ainda não havia chegado a este ponto.


(AIM)

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