A capital vive uma "situação de normalidade", embora as pessoas estejam a tomar cautelas em reacção à onda de raptos, o que está a ter efeitos na actividade da restauração, disseram hoje à Lusa alguns empresários.
O habitual e congestionado tráfego automóvel da capital mantém-se hoje igual ao de um qualquer outro dia de trabalho.
Alguns operadores do ramo da restauração referem, no entanto, uma quebra no número de clientes, sobretudo no período nocturno, devido ao aumento do número de raptos nas principais cidades moçambicanas.
"Temos notado um decréscimo no número de clientes que nos procuram. As pessoas estão a fazer a sua vida com normalidade, mas com alguns cuidados", disse à agência Lusa o proprietário de um restaurante, que não se quis identificar, dada a sua "exposição" no meio local.
Também um gestor do restaurante "Cristal", um dos mais procurados pela comunidade portuguesa de Maputo, adiantou à Lusa que o espaço está a registar uma quebra de "cerca de 30 a 40% no número de clientes" durante o horário de jantar.
"À noite, as pessoas tomam mais cuidados e, de facto, estamos a notar uma redução de cerca de 30 a 40% nos nossos serviços de jantar, mas, ao almoço, mantemos o mesmo número de clientes", disse.
"As pessoas estão com algum medo de sair durante a noite, o que se reflecte também nos jogos de futebol [referência às transmissões da Liga dos Campeões], que já não têm a mesma procura", acrescentou.
Ao longo dos últimos dois anos, vários casos de sequestros ocorreram nas principais cidades moçambicanas, afectando dezenas de famílias.
Lusa
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