Friday, 16 August 2013

Oito milhões de moçambicanos vivem sem saber o que comer

Mais de oito milhões de moçambicanos vivem sem saber de onde virá a refeição seguinte após alimentarem-se.
Os dados revelam que o país está muito longe de atingir os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio. O Governo e parceiros lançaram um projecto para acelerar o combate à fome até 2015.
Em Moçambique, mais de oito milhões de pessoas vivem sem saber de onde virá a próxima refeição ou tomam refeições sem valor nutritivo. 35% dos mais de 23 milhões de moçambicanos passam fome. A desnutrição crónica assola a 43% das crianças com idade inferior a cinco anos.
Os números revelam o quadro de pobreza extrema a que o país está mergulhado, e cujos esforços de combate começaram em 2000, quando Moçambique e mais 190 países adoptaram os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM), comprometendo-se a atacar oito pontos estratégicos para reduzir a  miséria dos seus povos pela metade até 2015.
Hoje, a apenas dois anos do prazo estabelecido, e apesar de todos os esforços, pouco foi feito nesse sentido, e o país já não vai a tempo de cumprir com  maior parte das metas propostas. Agora, os esforços estão reduzidos ao essencial: produzir alimentos.
Esta semana, o Governo e três agências das Nações Unidas lançaram o programa “Acelerar o Progresso para o Alcance dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio”, num investimento de 67 milhões de dólares, nos próximos cinco anos.
O programa pretende aumentar a disponibilidade de alimentos através do aumento da produção e produtividade agrícola, bem como a produção pesqueira, nas regiões mais carenciadas, em benefício de cerca de 200 mil famílias, de sete províncias do país.
Geograficamente, o projecto será implementado nos corredores da Beira, Tete, Manica, Nacala, e as regiões costeiras das províncias de Nampula, Zambézia e Sofala. Nestes corredores vão surgir campos agrícolas que vão alimentar aos que hoje são os mais carenciados.




O País

No comments:

Post a Comment