Tuesday, 20 August 2013

Beira aos 106 anos


Capital de Sofala completa hoje mais um aniversário de elevação à cidade

A segunda mais importante cidade do país completa, hoje, 106 anos de elevação àquela categoria. Os sinais de desenvolvimento são visíveis, desde o aumento do parque imobiliário à instalação de novos projectos. Mas ao lado da linha de desenvolvimento, há um longo caminho por fazer
A zona industrial da Mu­nhava, por exemplo, está a registar muitos investi­mentos de empresas que abrem fábricas, armazéns e oficinas, resultando no surgimento de oportunidades para emprego de centenas de jovens.
Na rua do Engenheiro Resende, avenidasGeralVieiradaRocha, Sa­mora Machel, entre outras, pode ver-se centros comerciais a serem erguidos.
Com efeito, tornou-se difícil encontrar espaços vazios na cida­de, sendo que até algumas zonas suburbanas, como Manga, come­çam a colher edifícios de grande porte do ramo de comércio, bem como habitações.
Os espaços vazios que existiam estão a dar lugar a grandes cons­truções que se juntarão a tantos outros já em funcionamento.
Aliado a isso, estão as movi­mentações derivadas da dinâ­mica económica do país, com destaque para a exploração dos recursos naturais de Tete, na re­gião Centro do país, que têm o porto da Beira como saída para o mercado, que é estrangeiro, para além do escoamento de di­versos produtos para os países do hinterland, como Malawi, Zimbabwe, Zâmbia e RD Congo.
No que diz respeito às vias de acesso, 200 milhões de meticais estão a ser investidos pelo Conse­lho Municipal da Beira (CMB), para responder às reclamações dos automobilistas, sobretudo os de transportes semi-colectivos de passageiros, vulgos “chapas”, que chegam a preferir circular em alguns bairros em detrimen­to dos outros cujas estradas se apresentam cheias de buracos.
Foi pensando em reverter esse cenário que o CMB reabilitou a rua Daniel Napatine, no centro da cidade, via onde terminam os transportes de passageiros quer de carreiras internas, quer os in­terprovinciais, cujas obras termi­naram há dias.
Depois dos trabalhos na Da­niel Napatine, a edilidade está, desde ontem, a atacar a avenida das FPLM, partindo da praça da Independência até à Zona de Es­torial. Na verdade, a reabilitação daquela estrada vai conferir uma nova imagem à cidade da Beira, uma vez que é a principal porta de entrada da cidade para quem sai do Aeroporto Internacional, para além de que percorre os bairros nobres da cidade, nomeadamen­te, Estoril, Macuti, Palmeiras I e II e desagua na Ponta-Gêa.
No bairro do Vaz, a rua princi­pal que liga a Estrada Nacional número seis e a antiga Estrada Nacional beneficiou, recentemen­te, da colocação de pavés, estando agora os utentes desta via livres dos embaraçosos buracos.
A avenida 24 de Julho, uma das principais vias da Munhava, foi, nos tempos, um exemplo amargo de estradas esburacadas da Beira, mas agora apresenta-se revestida de pavés, desde a Alfredo Lawley até a Krus Gomes, esta última também com pavés depois de ou­trora ter sido uma dor de cabeça para os seus utentes.
A rua da Chota, que liga esta zona ao Matacuane, está a bene­ficiar de reabilitação, estando no fim a colocação também de pavés.
Brito Gonçalves, motorista de “chapa”, referiu que estas obras “vêm aliviar os automobilistas, pois temos sentido na alma as con­sequências de buracos, os carros não resistem. Meu apelo é de que o Conselho Municipal tem que continuar a trabalhar no sentido de melhorar as vias de acesso, de modo a que possamos circular à vontade”.

DOIS BILIÕES MT EM NOVOS HOTÉIS

O ramo de hotelaria e turismo na cidade da Beira tem estado a ganhar nova dinâmica. Ao todo, estão a ser investidos cerca de dois biliões de meticais na construções de novos hotéis de luxo, pensões e restaurantes. Estas obras vão ele­var o número de quartos disponí­veis de 1491 para 3027 quartos.
O destaque vai para o investi­mento chinês que está a ser re­alizado pela Sogecoa, que está a construir um grande hotel na zona costeira do Estoril, com di­mensões iguais ou superiores aos do Hotel Polana de Maputo. Este hotel poderá substituir o degrada­do Grande Hotel pela grandeza e majestade.
Outros grandes hotéis acaba­ram de entrar em funcionamento e outros ainda estão na fase de acabamentos, como são os casos do Lunamar, Sena, VIP e Baía, que se juntam a tantos guest hou­ses, que a cada dia proliferam pela cidade, respondendo assim a cada vez maior procura destes serviços na capital de Sofala.
Para além de satisfazer os hós­pedes, os investimentos no ramo hoteleiro estão a empregar muitos jovens na Beira, diminuindo, na­turalmente, os níveis de desem­prego.
Além de hotéis, são visíveis cons­truções de edifícios com fins para o arrendamento de escritórios ou mesmo para habitação.



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