Wednesday, 10 April 2013

Relatora da ONU critica “pobreza generalizada” no país

Iniciou ontem visita de oito dias a Moçambique.


Magdalena Sepúlveda disse que apesar do impressionante crescimento económico e progresso do desenvolvimento, a pobreza continua generalizada.
A relatora da ONU sobre Pobreza Extrema e Direitos Humanos, Magdalena Sepúlveda, critica a “generalizada” pobreza em Moçambique, apesar de destacar “o impressionante crescimento económico e progresso do desenvolvimento do país” nos últimos anos.
Num comunicado do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos, citado pela Lusa, a propósito da visita oficial que ontem iniciou a Moçambique, onde vai avaliar os desafios no combate à pobreza, Magdalena Sepúlveda disse que “apesar do impressionante crescimento económico e progresso do desenvolvimento, a pobreza continua generalizada em Moçambique”.
Um relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento de 2013 coloca Moçambique na 185.ª posição de um universo de 187 Estados com piores Índices de Desenvolvimento Humano no mundo.
Durante oito dias, Magdalena Sepúlveda vai identificar os principais obstáculos que impedem o acesso aos serviços públicos de saúde, educação e justiça às pessoas que vivem na pobreza em Moçambique.
Na primeira visita ao país, a especialista em Direitos Humanos das Nações Unidas vai propor às autoridades moçambicanas estratégias para combater esses obstáculos e melhorar o gozo dos direitos por parte dos segmentos mais pobres da sociedade.
Durante a sua estadia em Moçambique, a relatora vai dedicar especial atenção às medidas de protecção social e aos programas do governo moçambicano, que visam ajudar as pessoas que vivem em comunidades rurais, particularmente as afectadas pelas recentes inundações no país.
Magdalena Sepúlveda tem agendado encontros com as comunidades que vivem em situação de pobreza nas províncias de Maputo, Gaza e Zambézia, e com altos funcionários do Governo e membros do parlamento moçambicano.
De acordo com a nota de imprensa, a perita vai igualmente encontrar-se com representantes do sistema das Nações Unidas, agências internacionais, comunidade doadora, sociedade civil e Comissão Nacional dos Direitos Humanos de Moçambique.


O País

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