Monday, 3 December 2012

Primeiro congresso do terceiro partido consagrará o líder Daviz Simango



Maputo - O Iº Congresso do MDM será a consagração de Daviz mango na liderança do partido que projectou para terceira maior força política moçambicana, ameaçando o principal opositor Afonso Dhlakama, da Renamo, que o considerou "miúdo" para grandes combates políticos. 
Mais de três anos após a sua fundação, a 05 de Março de 2009, como resultado de uma dissidência na Resistência Nacional de Moçambique (Renamo), principal partido da oposição, o Movimento Democrático de Moçambique (MDM) realiza o Iº Congresso a partir de quarta-feira.  
Depois de romper a bipolaridade no parlamento moçambicano, dominado pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder, e Renamo, "metendo" na actual legislatura oito deputados do MDM nas eleições gerais de 2009, Daviz Simango vai ao congresso da Beira como candidato assumido e incontestável do partido às eleições presidenciais de 2014. 
"Pelo desenrolar dos acontecimentos, não restam dúvidas de que continuarei a ser o presidente do MDM e serei o candidato à Presidência da República nas próximas eleições gerais. Que não haja dúvidas", disse Simango, em declarações aos jornalistas, no termo de uma reunião da Comissão Política do MDM. 
"O congresso irá apenas formalizar a intenção dos militantes", assegurou Daviz Simango, que vai concorrer pela segunda vez à presidência do país, após ficar em terceiro lugar nas presidenciais de 2009. 
Nas presidenciais de 2014, Daviz Simango poderá voltar a concorrer com o seu mentor político, Afonso Dhlakama, presidente da Renamo, com quem entrou em colisão em 2008, ao contrariar a decisão de não se recandidatar ao município da Beira, centro do país.
Foi a convite de Afonso Dhlakama que Daviz Simango, até então membro de uma força política sem expressão, aceitou concorrer às eleições autárquicas de 2003, as quais ganhou, derrotando o candidato da Frelimo, partido no poder. 
Confrontado com a decisão de Daviz Simango avançar como independente e contra o candidato apontado pela Renamo, Manuel
Pereira, Afonso Dhlakama desvalorizou-o, qualificando-o de "miúdo", sendo obrigado mais tarde a aceitar a derrota. 
Apesar de o principal partido da oposição ter conseguido sempre bons resultados no centro do país, o peso do apelido Simango, que Daviz herdou do seu pai Uria, um histórico da Frelimo, executado com a mulher durante as purgas levadas a cabo pelo movimento independentista moçambicano, também ajudou na sua eleição ao município da Beira. 
No Iº Congresso, o MDM vai também procurar evitar os erros processuais que valeram ao partido o impedimento pelos órgãos eleitorais de concorrer na maioria dos 11 círculos eleitorais do país. 
Além de Afonso Dhlakama, Daviz Simango terá como adversário às presidenciais o candidato da Frelimo, que será escolhido pelo partido em 2013, tendo em conta que o actual chefe de Estado e presidente da força política no poder, Armando Guebuza, não se pode candidatar em 2014, por nesse ano atingir o limite de mandatos de dois anos imposto pela Constituição da República.



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