Monday, 9 July 2012

Maputo: Santo António da Polana faz 50 anos





Centenas de crentes da Igreja Católica e de outras congregações religiosas juntaram-se ontem para celebrar a passagem dos 50 anos da fundação da Paróquia Santo António da Polana, na cidade de Maputo. Tratou-se de um momento de festa, em que para além da celebração eucarística foram narradas todas as etapas da construção daquela igreja bem como da própria fundação da paróquia, em Julho de 1962.
A celebração eucarística foi presidida pelo cardeal Dom Alexandre Maria dos Santos e, para além dos crentes, foi testemunhada pela Ministra da Justiça, Benvinda Levi, em representação do Chefe do Estado, o presidente do Município de Maputo David Simango e a governadora da cidade de Maputo, Lucília Hama.
Para além da necessidade de as pessoas fortificarem a sua fé, os presentes foram convidados a preservar a paz, seus valores, sua importância para o bem-estar e como um dos elementos fundamentais para o desenvolvimento do país.
Na sua intervenção, a ministra Benvinda Levi afirmou que a Igreja da Polana é um símbolo patrimonial da cidade de Maputo, tendo apelado aos crentes para continuarem os seus esforços para a preservação da paz.
Por sua vez, o presidente do Município de Maputo, David Simango, que é padrinho da celebração do jubileu da igreja, agradeceu a confiança e manifestou a sua disposição de contribuir para a preservação daquele templo.
Entretanto, a ocasião serviu para se falar das necessidades porque a Igreja da Polana passa para a sua preservação e manutenção. O pároco, frei Amaral Bernardo, explicou que no cume do edifício há pontos que estão a admitir a infiltração de águas.
“Quando chove muitas vezes a assembleia é obrigada a afastar se do centro da igreja porque pode molhar e os vidros em volta do edifício também precisam de ser substituídos porque já não estão em condições”, disse o frei Amaral Bernardo, acrescentando que a igreja também tem problemas do soalho cujos ladrilhos estão a descolar.
Acrescentou que todos estes materiais são de difícil acesso no país daí a necessidade da sua importação. “O último orçamento que nos foi apresentada por algumas empresas do ramo de construção indica que são necessários 589 mil dólares norte-americanos para a realização destes trabalhos”, afirmou.
A celebração de ontem foi a primeira de várias actividades que ao longo do ano serão realizadas pela passagem do jubileu de ouro da Igreja Santo António da Polana.

RM

3 comments:

  1. Craveiro Lopes disse...
    Obra prima do arquitecto Nuno Craveiro Lopes, meu pai. Conta-se a propósito da igreja de Sto António da Polana, que apesar de não ter cobrado honorários pelo seu trabalho à ordem dos Franciscanos, congregação religiosa que o contratou para projectar e acompanhar a construção da igreja, os padres desvirtuaram grande parte da beleza do seu projecto original, modificando o seu enquadramento, fazendo construir 2 "barracões" junto à igreja, para os aposentos e salão de festas, e principalmente adulterando a disposição interior do altar-mor, que ficava não onde está hoje junto a uma das paredes, mas no centro da igreja, directamente debaixo da cúpula, onde o efeito da luz ao longo do dia era mágico, refletindo-se imponentemente no chão de mármore branco que também foi trocado por ladrilhos castanhos. Ou seja, nas cerimónias os crentes ficariam sentados todos em círculo à volta do altar-mor, iluminado pelos vitrais coloridos da cúpula que se reflectiam em todo o templo, o que é conceptualmente muito mais belo e dinâmico que o que acabou por ser imposto pelos padres no fim. Tudo isto o desgostou profundamente e fez com que cortasse relações com a congregação. Agora que precisa de obras de remodelação profundas, incluindo o chão, era uma oportunidade de voltar ao projecto original: Colocar o chão de mármore branco e por o altar central com os bancos à sua volta...

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  2. Muito interessante, obrigado pela informaçao!

    Abraço!

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  3. Ola' Nuno. Me lembro de teu Pai supervisionando a construcao da miniatura ao lado do projeto final. Eu estava a caminho do Gremio e parei para ve los trabalhar.
    Grande Abraco, Joao de Abreu

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