Tuesday, 24 July 2012

I Congresso do MDM marcado para cidade da Beira

Militantes do MDM preparam-se para o congresso
A realizar-se na primeira quinzena de Dezembro.

Segundo o porta-voz do MDM, a escolha da cidade da Beira tem que ver com os custos. Tendo em conta que a Beira está no Centro do país, a distância para os membros e delegados será reduzida.
 
O I Congresso do Movimento Democrático de Moçambique (MDM) vai, estrategicamente, ter lugar na cidade da Beira, na província de Sofala. Em termos de datas, os militantes do MDM escolheram a primeira quinzena de Dezembro.
De acordo com o porta-voz do MDM, José Manuel de Sousa, a escolha da cidade da Beira tem que ver com os custos. Tendo em conta que a cidade da Beira está no Centro do país, a distância para os membros e vários delegados provenientes das 11 províncias do país será quase igual para todos, não obrigando, assim, a alguns a percorrer longas distâncias para o local do encontro.
Entretanto, não há dúvidas de que o facto de a cidade da Beira estar nas mãos de Daviz Simango, presidente do MDM, tenha contribuído para essa preferência. Sem descurar o aspecto preço, a tranquilidade e a certeza de que todos os militantes poderão espaço para se alojarem pode ter pesado muito a favor, num país onde hospedar um membro da oposição pode dar lugar a represálias políticas, conforme costuma-se reportar.

Preparação do congresso
O processo de preparação do maior encontro do MDM já iniciou. Por exemplo, em Nampula, já começou o trabalho com as bases para a definição das teses, que deverão resultar num guião produzido pelas altas patentes do MDM.

Guias das teses
Ouvido pelo “O País”, o porta-voz do MDM disse que ainda não estar concluída a discussão das teses, mas essas deverão respeitar, por exemplo, o seguinte:
-Administração interna: a tese deverá analisar o sistema de defesa, segurança e a vida dos combatentes no país. Nessa área, o MDM defende um exército apartidário e melhoramento de segurança pública;
-Indústria e comércio: o MDM diz que, actualmente, se regista total ausência de política de comércio; a intromissão da classe governamental como parte interessada nos negócios prejudica os empresários nacionais e faz concorrência desleal. Também o partido entende ser pertinente debater os incentivos fiscais; preços de energia, água, entendendo, que esses factores influenciam para o custo de vida em Moçambique.
-Mulher e género: emprego, acesso às maternidades, saúde materna e oportunidades de negócios, bem como educação da rapariga.
-Saúde: aqui interessa o MDM debater como a população é tratada nos hospitais, centros e postos de saúde, atendimento médico-hospitalar, tempo de espera, equipamento e quadro médico;
-Educação, tecnologia e ciência: debater-se a questão das distâncias percorridas pelos estudantes às escolas, condições de leccionação, qualidade de ensino, ambiente de trabalho;
-Infra-estruturas: obras públicas e habitação, com destaque para as das zonas periféricas do país; infra-estruturas das zonas consideradas pólos de desenvolvimento e infra-estruturas habitacionais.
-Cultura e desporto: analisar o estágio do desporto moçambicano, os problemas que afectam o desenvolvimento desta área, política de promoção de talentos, entre outros assunto.

O País

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