Wednesday, 25 July 2012

Alice Mabote apela ao partido MDM a apostar na formação da opinião pública

A presidente da Liga Moçambicana dos Direitos Humanos (LDH), Maria Alice Mabote, defende a necessidade de o partido Movimento Democrático de Moçambique (MDM) promover maior formação da opinião pública para transmitir conhecimentos relacionados com o processo eleitoral e saber exigir o cumprimento dos manifestos eleitorais por parte dos partidos vencedores. Mabote manifestou esta convicção na expectativa de se tentar evitar a manipulação dos eleitores pelo partido no poder.
Aquela representante da sociedade civil que falava em Nampula no último sábado(21) no decurso do seminário regional-norte de formação de quadros do MDM em matérias de processos eleitorais, informação e marketing político, disse que aquela formação política deve desde já iniciar a traçar novas estratégias, porque segundo suas palavras, a população está cansada com as falsidades da Frelimo e apenas olha para o MDM como o único partido capaz de mudar o actual sistema de governação em que verifica-se total exclusão das comunidades nas oportunidades de desenvolvimento.
A fonte afirmou que a participação vitoriosa do MDM nas autarquias do próximo ano constitui factor determinante para Dvis Simango poder atingir a ponta-vermelha. E para a concretização deste propósito, Alice Mabote instou os dirigentes do partido ao nível da base a fazer a integração de toda a camada social, sobretudo os intelectuais, camponeses, jovens (mulheres) e garantir para que todos estejam envolvidos na materialização dos objectivos. “A integração da mulher nos partidos políticos não deve ser uma miragem, pois os homens são os primeiros prostitutos”, precisou.
Acrescentou que a comissão política deve estudar bem a questão de se candidatar para as presidenciais. Se acharem que não será possível vencer as eleições colocando Davis Simango como candidato, então há necessidade de se escolher outra pessoa com uma credibilidade no seio da sociedade. E para garantir essa credibilidade no seio da sociedade, comunidade internacional e os doares apelou a prestação de contas através da auditoria interna e elaboração de plano estratégico anual. “O que interessa aos moçambicanos é apenas a mudança do sistema de governação”, explicou Alice Mabote referindo que a nível da base deve haver pouca realização de comícios populares, mas sim de um movimento que apelidou de “corrente de seis pessoas” que consiste em formar uma ramificação de membros onde cada um tem o dever de mobilizar mais seis pessoas de modo a garantir o seu voto ao candidato do MDM.
E para tal, é necessário realizar a educação cívica destinada aos cidaãos e defender os seus direitos em casos de eventual violação por parte do Estado e essa é única maneira de os partidos políticos serem conhecidos como entidades que lutam pela causa da sociedade. Mabote deu a entender que a Frelimo tem todos os meios para a realização da educação cívica, igualmente, transmitindo informações sobre as suas actividades enganando a população que tudo que está a fazer é certo. Por exemplo, referiu-se da presidência aberta de Armando Guebuza, onde é usado o dinheiro do Estado para a realização de actividades políticas. Por outro lado, aquele representante da sociedade civil disse que o MDM continua a perder tempo em terrenos improdutivos, como a cidade de Pemba, onde os camaradas não iriam entregar as pastas devido a história que a região detém.

A Verdade

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