Thursday, 2 February 2012

PJ apela ao usufruto da moçambicanidade

CADA jovem moçambicano deve assumir e usufruir plenamente da sua cidadania. Este apelo foi ontem lançado em Tete pelo presidente do Parlamento Juvenil, Salomão Muchanga, falando na abertura da conferência regional centro da agremiação, encontro que marca o lançamento oficial das actividades para 2012.

Maputo, Quinta-Feira, 2 de Fevereiro de 2012:: Notícias


Muchanga justificou o apelo afirmando ser premente consolidar a unidade entre os moçambicanos em geral e a juventude em particular, com uma postura de firme recusa e de pudor perante situações que chocam com a identidade nacional.
“É essencial insistir nos valores mais nobres da mocambicanidade e da afirmação nacional. Moçambique não pode continuar uma orquestra desafinada no concerto das nações”, ironizou.
Salomão Muchanga disse que a acumulação ilícita de riqueza e a corrupção minam seriamente a identidade política e moral da classe dirigente. Indicou que a falta de tolerância e de respeito pela diferença, a exclusão social e o ostracismo político continuam uma realidade no país. Porem defendeu o diálogo entre os vários sectores da sociedade para a solução destes e de outros problemas que enfermam o pais.
Muchanga afirmou que a falta de diálogo pode conduzir o país para uma crise de agenda. A experiência de outros países, segundo Muchanga, demonstra que quando a crise de agenda adquire um carácter cíclico, as elites políticas refugiam-se nos investimentos estrangeiros de grande dimensão.
“São esses investimentos que fazem aumentar a taxa de crescimento económico e os rendimentos das elites, mas sem nenhum efeito na cadeia produtiva desse mesmo país”, disse.
Segundo Salomão Muchanga, a conferencia regional centro exprime a capacidade de exercício da liberdade de expressão e na sua tradução em cidadania activa e engajamento construtivo. Demonstra que há no seio da juventude uma enorme energia criadora, ainda não totalmente aproveitada e prenuncia que está a emergir uma nova consciência; a consciência de uma acção colectiva.
“Queremos pois, um país onde haja algo para todos e não tudo para alguns” salientou Muchanga recorrendo a Carta Africana da Juventude, no seu artigo 26, que assume como responsabilidade dos jovens, participar nos processos de tomada de decisões, na elaboração e implementação de políticas públicas e na busca de soluções concertadas para os desafios das nações.
A conferência de hoje tem como principais oradores o veterano da luta armada de libertação nacional, Sérgio Vieira e o jornalista moçambicano Salomão Moyana.

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