Tuesday, 20 September 2011

A pátria acima dos partidos políticos (Concl.)

Citei tão-somente algumas das principais causas dos nossos actuais problemas políticos e sociais, sendo que os americanos, na minha modesta opinião, só tiram proveito dessas mazelas para fazer o trabalho que lhes compete.
Aliás, por ocasião das comemorações do 10º aniversário dos ataques terroristas de 11 de Setembro, os americanos, na pessoa do seu Presidente Barack Obama, renovaram os seus propósitos:
Às nações e povos que procuram um futuro de paz e prosperidade direi que têm um parceiro nos Estados Unidos. Porquanto mesmo enfrentando desafios económicos internos, os Estados Unidos continuarão a desempenhar um papel de liderança único no mundo – asseverou Obama.
Posto isto, julgo que todos e cada um de nós não somos demais para, com seriedade, honestidade e espírito patriótico, contribuir para a direcção correcta dos destinos da mãe-Pátria, denunciando com coragem e necessária frontalidade todos os actos e comportamentos desviantes e susceptíveis de concorrer para a nossa divisão como Povo independente e soberano.
Para tanto, é imperioso que livremo-nos desde já da cobardia e do cinismo, assumindo por conseguinte as críticas que fizemos a bem dos supremos interesses nacionais, os quais não podem jamais ser prejudicados ou postergados em prol da falsa camaradagem político-partidária. SIM A PÁTRIA, SEMPRE ACIMA DOS PARTIDOS POLÍTICOS!
Neste contexto, apraz-me deixar aqui registada a minha especial saudação ao compatriota, o HOMEM de nome Ahmad Camal, por ter reunido coragem suficiente para evitar recorrer a artimanhas ou comunicados de imprensa confusos e difusos para fugir das suas responsabilidades e confundir a opinião pública.
“Eu não me lembro de ter dito isso ao Todd Chapman. Contudo, a minha opinião é que há falta de vontade política para combater o narcotráfico”, declarou peremptoriamente Camal ao semanário “Canal de Moçambique”, edição de 7-9-2011, página 3.
Em seguida e para terminar, apresento algumas questões que quando forem cuidadosamente analisadas, creio bem que podem nos levar à conclusão de que o problema de Moçambique não são os Estados Unidos da América ou os americanos, como alguns concidadãos pretendem impingir-nos, mas sim algumas forças hostis ao desenvolvimento social e económico harmonioso que teimam em adiar indefinidamente a correcção de erros já detectados!!!
Senão vejamos:
a) Quando a mamã Graça denunciou publicamente que que Guebuza estava isolado, à semelhança do que fizeram com Samora Machel, quem é que saiu em defesa do nosso Presidente da República?
b) Quando amiúde um “dinossauro” como Marcelino dos Santos vem a público afirmar que “já não há crítica na Frelimo” e que “a riqueza de todos está nas mãos de alguns e o povo tem consciência disso”, está a dizer-nos claramente como é que o partido Frelimo está sendo dirigido hoje? Ou diz-nos que em Moçambique não há exclusão dos cidadãos com base nas suas opções político-partidárias?
c) Domingos Maíta foi o primeiro cidadão que em 1996 alertou publicamente que o País estava a ser tomado pelo crime organizado. Mas quem o escutou na altura? Idem, Teodato Mondim da Silva Hunguana!...
d) Perante a reafirmação do compatriota e empresário Ahmad Camal, segundo a qual não há vontade política para combater o narcotráfico em Moçambique, com que percentagem de credibilidade é que ainda ficam os resultados das averiguações da Procuradoria-Geral da República sobre o caso “MBS”?
e) Sendo a Constituição da República uma carta que diz respeito a todo o POVO moçambicano, a quem é que agrada o actual secretismo abismal acerca das respectivas matérias a serem revistas brevemente?
Tenho dito e até breve.

João Baptista André Castande. Notícias - 19.09.2011

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