A POLÍCIA, seja de Trânsito ou de Protecção é uma instituição encarregue de garantir a ordem pública, um campo associado a valores como a moral e boa conduta.
Maputo, Sábado, 17 de Setembro de 2011:: Notícias
Por aí, espera-se dos agentes da Polícia o correcto e o exemplar nas suas actuações. No entanto, a atitude de alguns agentes belisca essa imagem. Polícias interpelam cidadãos na via pública e, sem pudor, extorquem dinheiro; exigem valores monetários para soltar um criminoso, um infractor, até um simples drogado.
Por exemplo, quem viaja no “chapa” está já familiarizado com um termo usado por motoristas e cobradores: “o refresco”. Esta palavra simboliza o “pagamento” à Polícia de Trânsito, Polícia Camarária ou mesmo Polícia de Protecção, por um indivíduo que tenha cometido uma irregularidade. Assim, o “refresco” é usado sempre que os motoristas são mandados parar para uma alegada fiscalização (ou por cometer infracção na via pública). Nas situações em que têm que pagar uma multa ou ficar sem a respectiva carta de condução, então o “chapeiro” e o agente, num mútuo “acordo de cavalheiros” acabam por entender que o melhor é desembolsar “um refresco” ali mesmo para evitar burocracias…então o caso “morre” logo ali mesmo e não transita para instâncias judiciais.
A curiosidade nisto tudo parece não estar na prática do acto em si, mas de como o tal “refresco” é tramitado à luz do dia, perante passageiros e transeuntes. O pagamento do dinheiro é feito na maior tranquilidade, como se as pessoas envolvidas estivessem a praticar algo normal. Os passageiros ali presentes são vistos como meros números!
É assim diariamente ali defronte da Lixeira do Hulene, no prolongamento da Av. Vladimir Lenine ou nas Forças Populares, em que polícias de trânsito - de motos - fazem um cerco às “mini”-buses e camionetas na hora de ponta. Estes logo que são mandados “encostar”, o cobrador prepara 50 meticais que passa ao motorista - tudo explícito - e este, por seu turno, ao Polícia que também sem fingir recebe o “refresco”. E ninguém diz nada. Todos são cúmplices e parece que aceitam! Um acto criminoso que passou à categoria do banal. De lugar-comum. Ninguém se insurge perante este acto ilícito. Nalgumas vezes até o cobrador chama os trânsitos por nomes como “boss Macário”, ou “chefe Armando” etc. E os visados na maior indiferença aceitam esta quebra de protocolo e proximidade com os cobradores que os vulgarizam.
Mas como se isso fosse pouco, há ainda casos em que são os próprios passageiros que se insurgem com os motoristas que não pactuam com o pagamento do “refresco” .O que é errado passou para algo correcto e normal. E nesses carros viajam crianças e estudantes que vão “bebendo” este novo paradigma social. São coisas anormais e que já não estranhamos.
Por aí, espera-se dos agentes da Polícia o correcto e o exemplar nas suas actuações. No entanto, a atitude de alguns agentes belisca essa imagem. Polícias interpelam cidadãos na via pública e, sem pudor, extorquem dinheiro; exigem valores monetários para soltar um criminoso, um infractor, até um simples drogado.
Por exemplo, quem viaja no “chapa” está já familiarizado com um termo usado por motoristas e cobradores: “o refresco”. Esta palavra simboliza o “pagamento” à Polícia de Trânsito, Polícia Camarária ou mesmo Polícia de Protecção, por um indivíduo que tenha cometido uma irregularidade. Assim, o “refresco” é usado sempre que os motoristas são mandados parar para uma alegada fiscalização (ou por cometer infracção na via pública). Nas situações em que têm que pagar uma multa ou ficar sem a respectiva carta de condução, então o “chapeiro” e o agente, num mútuo “acordo de cavalheiros” acabam por entender que o melhor é desembolsar “um refresco” ali mesmo para evitar burocracias…então o caso “morre” logo ali mesmo e não transita para instâncias judiciais.
A curiosidade nisto tudo parece não estar na prática do acto em si, mas de como o tal “refresco” é tramitado à luz do dia, perante passageiros e transeuntes. O pagamento do dinheiro é feito na maior tranquilidade, como se as pessoas envolvidas estivessem a praticar algo normal. Os passageiros ali presentes são vistos como meros números!
É assim diariamente ali defronte da Lixeira do Hulene, no prolongamento da Av. Vladimir Lenine ou nas Forças Populares, em que polícias de trânsito - de motos - fazem um cerco às “mini”-buses e camionetas na hora de ponta. Estes logo que são mandados “encostar”, o cobrador prepara 50 meticais que passa ao motorista - tudo explícito - e este, por seu turno, ao Polícia que também sem fingir recebe o “refresco”. E ninguém diz nada. Todos são cúmplices e parece que aceitam! Um acto criminoso que passou à categoria do banal. De lugar-comum. Ninguém se insurge perante este acto ilícito. Nalgumas vezes até o cobrador chama os trânsitos por nomes como “boss Macário”, ou “chefe Armando” etc. E os visados na maior indiferença aceitam esta quebra de protocolo e proximidade com os cobradores que os vulgarizam.
Mas como se isso fosse pouco, há ainda casos em que são os próprios passageiros que se insurgem com os motoristas que não pactuam com o pagamento do “refresco” .O que é errado passou para algo correcto e normal. E nesses carros viajam crianças e estudantes que vão “bebendo” este novo paradigma social. São coisas anormais e que já não estranhamos.
Assim como no Brasil, essas atitudes de corrupção diária perpetuam uma cultura que só atrasam nossos países e os deixam à margem do mundo dito civilizado!
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