Wednesday, 24 August 2011

Oposição acusa Guebuza de misturar Estado com o seu partido

A oposição reagiu ao tal “Conselho de Ministros Alargado” e alega que Guebuza está a misturar Estado com o seu partido.
Os partidos da oposição com assento parlamentar criticam o facto desta reunião, da qual fazem parte os secretários da Frelimo, ser suportada pelo Estado e a ter lugar na Presidência da República: “Estão a confundir acções do Estado com as do partido no poder”, referem.
Fernando Mazanga, porta-voz da Renamo, maior partido da oposição em Moçambique, disse que “se formos a avaliar o impacto financeiro dessa reunião, tem influência nos cofres do Estado que não pertencem à Frelimo, mas, sim, aos moçambicanos que os suportam com seus impostos”.
Mazanga critica ainda as despesas de estadia dos secretários da Frelimo estarem a ser suportadas pelo Estado.
“É um gasto desnecessário e não vai ter nenhum resultado porque o Governo esgotou a capacidade de busca de soluções”, acusa Mazanga.
Já o Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceira força política nacional com representação parlamentar, através do seu porta-voz, José Manuel de Sousa, considera a reunião uma verdadeira afronta ao Estado de Direito Democrático, pois a Constituição da República não prevê tal modelo de reuniões do Governo.
Sobre a agenda desta reunião que decorre na Presidência da República, José Manuel de Sousa afirmou que o executivo moçambicano “já devia ter visto que as Presidências Abertas são uma afronta às instituições do Estado, porque o Estado tem representação a nível das províncias”.
Para o MDM, segundo o seu porta-voz, a realização do Conselho de Ministros com a participação de secretários da Frelimo é um claro sinal da “partidarização” do Estado, em que se “confundem” as suas atribuições “com as do partido Frelimo”.

Canalmoz

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