Friday, 20 May 2011

Moçambique:Países doadores querem mais rigor

O grupo dos 19 países que apoiam o orçamento geral do estado lançaram hoje fortes avisos ao governo para que seja mais rigoroso no cumprimento das metas estabelecidas

Falando em Maputo, no final dos encontros para avaliar o desempenho do governo moçambicano e dos seus parceiros no decurso de 2010, o embaixador britânico, Shaun Cleary, salientou que o executivo de Maputo deve continuar a demonstrar resultados positivos para justificar a continuidade da ajuda externa ao orçamento.
O grupo dos 19 países que apoiam o orçamento geral do estado lançaram hoje fortes avisos ao governo para que seja rigoroso no cumprimento das metas estabelecidas nos acordos entre as partes, para garantir a manutenção da ajuda ao país.
Falando esta quinta-feira em Maputo, no final dos encontros do processo de revisão anual, que avaliou o desempenho do governo e dos parceiros no decurso de 2010, o embaixador do Reino Unido, que chefiava a troika do G19, chamou a atenção para que o executivo de Maputo continue a mostrar resultados positivos para justificar a continuidade a ajuda externa ao orçamento.
“O apoio orçamental só pode ser justificado na base dos resultados. Nestes tempos de severas pressões financeiras, mostrar resultados ao público moçambicano e aos nosso públicos e mostrar que os fundos públicos estão a ser usados de forma eficiente”, realçou o alto comissário britânico em Moçambique, Shaun Cleary.
Os doadores consideram que o desempenho do governo foi “satisfatório” na maior parte dos 49 indicadores que integram os acordos entre as partes, com excepção da governação, onde das nove metas acordadas, apenas três foram atingidas.
A boa governação política e a luta contra a corrupção continuam a ser o maior foco de atenção do G19.
Segndo o G19, são necessários mais progressos no país sobretudo no que diz respeito ao pacote legislativo sobre anti-corrupção, incluindo o conflito de interesses, a declaração de bens, protecção de denunciantes assim como um plano estratégico para fortalecimento da capacidade do governo para combater a corrupção.
Da avaliação geral feita ao governo, dos 43 pontos que compõe as metas acordadas, o executivo recebeu nota positiva em 20, negativa em 23 e alguns progressos em 15.

William Mapote, Voz da América

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