Friday, 7 January 2011

Dhlakama nas bases


O LÍDER da Renamo, Afonso Dhlakama, realiza a partir deste mês um périplo por todas as províncias do país, com o objectivo de avaliar a actual a situação económica, política e social do país.
Maputo, Sexta-Feira, 7 de Janeiro de 2011:: Notícias

De acordo com Fernando Mazanga, porta-voz do partido, a deslocação surge também na sequência das recomendações do último encontro da Comissão Política Nacional, realizado no último trimestre do ano transacto na cidade de Nampula.
“Neste encontro, os participantes recomendaram à presidência do partido no sentido de se continuar com o trabalho de contacto com a população no sentido de se medir o pulsar da vida política, económica e social do país”, afirmou Mazanga.
Segundo a fonte, a questão das manifestações de repúdio aos resultados eleitorais de 2009 “continuam na nossa ordem do dia”, sendo por isso de admitir que o assunto seja aflorado nos encontros que Dhlakama irá manter com as suas bases de apoio.
Mazanga disse que o trabalho nesse sentido teve início no ano passado, quando nos meses de Novembro e Dezembro, Afonso Dhlakama visitou os distritos de Nacala-Porto, Moma, Angoche e cidade de Nampula, todos na província de Nampula.
Por outro lado, o porta-voz da Renamo revelou que o seu partido tomou a iniciativa de formar um grupo de trabalho que irá dialogar com o partido no poder, a Frelimo, sobre o desenvolvimento da democracia multipartidária no país.
“Queremos propor conversações, muito embora a actual liderança da Frelimo não goste de chamar conversações mas diálogo. Prendemos abordar três pontos, sendo que o primeiro relaciona-se com a preservação da democracia multipartidária no país que deveria ser construída à base do Acordo Geral de Paz (AGP) mas que agora está a ser escamoteada nessa vertente.

O segundo ponto tem a ver com a necessidade de se criar uma nova ordem política nacional que deve ter como base a entrega da independência nacional aos moçambicanos e não a um grupo de indivíduos que se auto-intitula donos do país porque, alegadamente, estiveram em Nachingweia e lutaram pela independência, esquecendo-se que moçambicanos houve que lutaram na clandestinidade pelo fim do colonialismo no país”, disse Mazanga.
O terceiro ponto de diálogo que a Renamo deseja realizar com a Frelimo, prende-se com a situação social e económica que o país atravessa.

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