Saturday, 9 October 2010

Que crescimento? Parem de anestisiar o povo!


Que crescimento?

Humilhantemente enganados pelas falinhas mansas de lobo travestido de cordeirinho, os moçambicanos ingenuamente têm confiado a resolução dos seus problemas e os seus destinos a um Governo insensivel. O mesmo Governo que, ao serviço de grandes interesses económicos e financeiros, coloca o povo a ocupar-se exclusivamente em futebóis deprimentes e novelas anestesiantes, porque do destino e da economia do país cuida ele e depois, assessorado por jornalistas estagiários transformados em pés de microfones, aparece em telejornais, erguendo os braços em pose estudadas e emitir sucessivos esgares, para passar a mentira em que é especialista: nada será como dantes porque o país registou um crescimento.
Que grande patavina!

Parem de anestesiar o povo!

Quando o povo necessita tanto de desenvolvimento mental, cultural e espiritual, mais do que pão e água para boca, o governo de turno serve-lhe, de forma crua, overdose de promessas infundadas e de discursos sobre o combate à pobreza absoluta proferidos, curiosamente, de barriga cheia para domesticar, anestesiar, cegar e desmobilizar a todos, todas que têm a infelicidade de ouvi-los. E, uma vez escutados, as populações interiorizam, assimilam e já não conseguem mais tirar da cabeça que são pobres absolutos e, como se não bastasse, acreditam que se encontram naquela situação gritante porque é obra do destino ou Deus assim o quer.
Portanto, é de conhecimento de todos – pelo menos dos que querem ver – que o país precisa de um serviço público de Saúde tanto eficiente quanto eficaz, expandir a rede sanitária para as zonas rurais e, ao invés de se ignorar a medicina tradicional, deve-se integrar e reconhecer a sua importância.
No que respeita à Educação, é imperioso que se dê a devida atenção para alfabetização, formação Técnico-Profissional, o melhoramento da qualidade de ensino e uma educação virada para a ciência e tecnologia. Em relação à Justiça, o caminho a seguir deve ser no sentido de torná-la actual e ao alcance do cidadão comum e uma reforma profunda no que concerne à nomeação de certos cargos. No que tange ao emprego e habitação, urge políticas criativas e inovadoras para responder esta necessidade que cada vez assola a sociedade.

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