Wednesday, 1 September 2010

Manifestações paralizam cidade de Maputo

A cidade de Maputo e Matola estão a ser alvos de distúrbios em diversos pontos, especialmente nos bairros suburbanos, onde vivem as camadas mais desfavorecidas.
Os manifestantes montam barricadas nas estradas, lançam pedras contra a polícia e viaturas e queimam pneus.
A Estrada Nacional Número 1 – EN1-, a principal do país, está bloqueada em vários pontos. A circulação na EN4, que liga a cidade capital à África do Sul e Suazilândia, é restrita.
A cidade de Maputo está sem transportes públicos, quase só os hospitais estão em serviço.
A Polícia da República de Moçambique – PRM - colocou estrategicamente, em lugares com alta concentração populacional, brigadas policiais altamente equipadas.
No confronto com as forças de segurança algumas pessoas ficaram feridas, entre manifestantes e inocentes. Nalgumas situações, a PRM usou gás lacrimogéneo para acalmar a tensão.
Hoje, entraram em vigor em todo o país novos preços da água e da luz e o pão vai também aumentar em breve. Estes reajustamentos seguem o aumento do preço dos combustíveis, material de construção e produtos alimentares básicos.
Na terça feira, circulou em Maputo, por e-mail e por telefone, uma mensagem a apelar para uma greve.

O País

NOTA DO JOSÉ:
Acabo de receber um e-mail de Maputo com a seguinte mensagem:
" Estou a escrever à pressa porque a situação hoje está muito má. Há uma greve geral por causa do aumento do custo de vida. Estão a bloquear as ruas nos arredores, e já chegaram à praça da OMM (a rotunda da Coop). O céu está enublado com o fumo dos pneus queimados e ouvem-se tiros. As ruas estão bloqueadas, andam a apedrejar e a queimar veículos.
Táxis e chapas não circulam, está tudo um caos."
Telefonei para Maputo e foi-me confirmada esta situação descrita no referido e-mail.
Entretanto, o jornal A Verdade publicou um texto intitutaldo: "Registam-se algumas "manifestações" contra aumento de custo de vida", reportagem com imagens de vídeo. Leia aqui.
Vários blogues estão seguindo a situação. Por exemplo, Manuel de Araujo está a acompanhar directamente a situação. Confira aqui.
O blog do Professor Carlos Serra também acompanha atentamente a crise. Acompanhe aqui.
ADENDA: Confirma-se o pior: já há mortes, feridos, detenções e violência.

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