O mesmo estudo, iniciado em 2007 e que findou no presente ano, aponta que o tráfico das chamadas drogas pesadas (cocaína, mandrax, haxixe e heroína) até mesmo a canabis sativa, vulgarmente conhecida por soruma, afecta todos os países, sendo Moçambique um dos mais flagelados.
O IESS, uma empresa sul-africana, refere que Moçambique, África do Sul, Suazilândia, Tanzania, Malawi, Zimbabwe e Zâmbia são os maiores produtores da canabis sativa, tendo a maior parte da produção como destino países da América do Norte e Europa. Grosso modo, o tráfico de droga envolve pessoas que ingerem o produto, usando o estômago como meio de transporte, nalguns casos retiram o miolo de certos artigos para introduzir a droga, e noutros usam obras de arte e electrodomésticos para tentar ludibriar as autoridades.
O cigarro é tido como outro dos produtos traficados e com lucros acima da média, o que leva os países a terem que redobrar esforços para estancar o fenómeno. As quantidades traficadas são elevadíssimas e praticamente de todas as marcas de cigarros, e tudo se faz para que não sejam pagos os respectivos impostos em prejuízo dos Estados.
Os cigarros que mais predominam dentre os traficados têm como origem a China, onde chegam a ser embalados manualmente e contrafeitos, e o vizinho Zimbabwe, sendo vendidos em praticamente todos os países da SADC. Moçambique e África do Sul são os destinos preferenciais do cigarro contrabandeado.
Igualmente, o estudo encomendado pelas autoridades policiais da região salienta que o tráfico e importação ilegal de mercadorias e bens de consumo é um dos que mais evoluiu nos últimos anos e é comum em quase todos os países. Neste caso, ao que foi referenciado, a evasão fiscal é cometida com a protecção de altos oficiais da Polícia e das Alfândegas, que aceitam altos subornos para deixar passar a mercadoria.
Dentre outras práticas realizadas pelos integrantes do crime organizado, figuram assaltos à mão armada, tráfico de espécies raras, proibidas e em extinção, crimes financeiros e branqueamento de capitais, tráfico de pessoas e seres humanos, de viaturas, gado, material de construção, petróleo e diesel, peças de viaturas, entre outros.
"Quo vadis Africa"...
ReplyDeleteAo que estamos entregues e ao que chegamos.
Este cenário é muito preocupante e não vejo solução para resolvê-lo, por falta de empenho dos governos Africanos.
Maria Helena