Friday, 9 July 2010

Alargar a base crítica para promoção da boa governação – desafio colocado à sociedade civil dos PALOP reunida em Maputo


O DESAFIO que as organizações da sociedade civil nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) têm hoje é o de alargamento da base crítica de reflexão através da inclusão de todos os segmentos e o desenvolvimento de metodologias de interacção que reflictam os valores e práticas que se querem ver nessas nações e não só.


Maputo, Sexta-Feira, 9 de Julho de 2010:: Notícias

O repto foi lançado ontem, em Maputo, por Jamisse Taimo, presidente da organização não-governamental moçambicana JustaPaz, na abertura da Conferência de Edificação da Paz para os PALOP que se realiza na capital moçambicana, com o objectivo de elevar a consciência dos participantes sobre o contributo que a mulher pode ter na promoção da democracia e boa governação nesta comunidade de países.

Segundo Taímo, a sociedade civil nos PALOP deve ajudar a construir países democráticos e de paz através de meios democráticos e pacíficos. “Devemos edificar sociedades inclusivas e promotoras de direitos humanos através de meios e metodologias inclusivas. A mulher deve encontrar o seu espaço nesses processos e explorar todas as oportunidades ao seu dispor”, enfatizou o académico.

O encontro, subordinado ao tema “O Papel da Mulher na Promoção da Democracia e Boa Governação nos PALOP”, junta personalidades do sexo feminino provenientes de Moçambique e Guiné-Bissau, estando prevista ainda a chegada de uma delegação angolana, uma vez que as delegações dos restantes países do grupo – Cabo Verde e S. Tomé Príncipe – não estarão presentes do encontro.

Jamisse Taímo referiu ainda que os desafios que o mundo enfrenta hoje requerem um engajamento e criatividade na forma da sua abordagem e na qualidade e quantidade de actores que nele actuam. “Não existem muitas opções e o engajamento dos actores é colocado de uma forma bipolar: os que se incluem e os que se excluem. Do ponto de vista conceptual, o indivíduo ou grupo de indivíduos se torna agente activo e incluso de um determinado processo se, de uma forma concertada e objectiva, participarem no desafio da produção do conhecimento e moldagem das metodologias e práticas para o alcance dos objectivos pretendidos. O contrário representa a auto-exclusão”, enfatizou o antigo Presidente da Comissão Nacional de Eleições.

No encontro que hoje termina, serão apresentadas comunicações retratando a experiência de participação da Mulher na Promoção da Democracia e Boa Governação em diferentes países, com destaque para Angola, Guiné-Bissau, S. Tomé e Príncipe e Moçambique.

Ontem dominaram os trabalhos da conferência dissertações atinentes ao Papel da Mulher na Promoção da Democracia e Boa Governação nos PALOP; Espaços Criados para a Interacção da Mulher na Promoção dos valores de cidadania, assuntos que foram amplamente debatidos.

De referir que este encontro é co-promovido pela JustaPaz e o Instituto de Edificação da Paz para os PALO e espera-se que o mesmo possa identificar o papel, os desafios e o contributo que a Mulher pode trazer na promoção da boa governação; desenvolvimento de uma plataforma orientadora para a participação efectiva da mulher no processo de governação e identificação de espaços e oportunidades de inserção da mulher na promoção da boa governação.

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