Graça Machel fizera alusão, durante o último congresso da Frelimo em Quelimane, em 2005, que havia membros que utilizavam dinheiro para comprar posições dentro do partido.
Na altura poucos havia que poderiam entender o alcance das suas palavras. E muito menos a magnitude do problema.
Mas se as últimas eleições internas da Frelimo não vieram confirmar, para além de qualquer margem de dúvida a existência dessa prática, algumas manifestações nesse sentido fizeram-se sentir.
Há sempre o imbatível argumento do triunfo da democracia interna, mas que em muitos casos não chega a nos revelar a extensão da manipulação que vezes sem conta ultrapassa as fronteiras do simple jogo de influências inerente à política.
Na sequência das recentes eleições internas tendo em vista o apuramento dos candidates a serem submetidos à Comissão Nacional de Eleições (CNE) para o escrutínio de 28 de Outubro, há membros do partido, não necessariamente os que porventura não tenham conseguido ser eleitos, que se manifestam escandalizados com o nível de manipulação e de corrupção que reinaram durante o processo.
Os perigos advêm de um sistema que contrariamente à abertura, à honestidade, e à pureza ideológica que caracterizavam processos desta natureza no passado, onde a luta pelo bem comum e serviço ao povo eram as principais motivações, ter-se passado a uma nova fase em que os interesses pessoais, o aceso à riqueza mal distribuída são fins que justificam todos os meios.
Estes não são comportamentos de indivíduos membros de um partido que se diz ser a encarnação de tradições de dedicação à patria e ao povo. São comportamentos de mercenários, pessoas que à primeira oportunidade não hesitarão em vender a pátria ao licitante mais alto.
São estes indivíduos que para ocultar a sua verdadeira face nauseiam-nos todos os dias com os seus gritos de serem os maiores patriotas, aqueles intolerantes que não têm o défice de rótulos para os que ousam estar do outro lado dos seus argumentos, que ainda não compreenderam que as coisas mudaram, e que Moçambique pertence a todos os moçambicanos.
Com este material a povoar os centros do poder, não será surpresa que um dia Moçambique venha a estar nas mãos de traficantes, barões da droga, vendedores de tudo quanto este país possui.
Para aqueles que ainda possuem qualquer resíduo de integridade, este não é o momento para se estar calado e ver a banda passar. É preciso denunciar publicamente estas práticas nocivas, sob pena de futuramente não haver tempo suficiente para o arrependimento.
PS: Para aqueles que aos Domingos, a partir do ofertório do povo, de Bíblia em punho atiram pedras para os que não frequentam a sua paróquia, pedimos a Deus para que os perdoe. Porque tão intoxicados com o seu poder e o dinheiro que o povo lhes paga, não sabem o que fazem.
Na altura poucos havia que poderiam entender o alcance das suas palavras. E muito menos a magnitude do problema.
Mas se as últimas eleições internas da Frelimo não vieram confirmar, para além de qualquer margem de dúvida a existência dessa prática, algumas manifestações nesse sentido fizeram-se sentir.
Há sempre o imbatível argumento do triunfo da democracia interna, mas que em muitos casos não chega a nos revelar a extensão da manipulação que vezes sem conta ultrapassa as fronteiras do simple jogo de influências inerente à política.
Na sequência das recentes eleições internas tendo em vista o apuramento dos candidates a serem submetidos à Comissão Nacional de Eleições (CNE) para o escrutínio de 28 de Outubro, há membros do partido, não necessariamente os que porventura não tenham conseguido ser eleitos, que se manifestam escandalizados com o nível de manipulação e de corrupção que reinaram durante o processo.
Os perigos advêm de um sistema que contrariamente à abertura, à honestidade, e à pureza ideológica que caracterizavam processos desta natureza no passado, onde a luta pelo bem comum e serviço ao povo eram as principais motivações, ter-se passado a uma nova fase em que os interesses pessoais, o aceso à riqueza mal distribuída são fins que justificam todos os meios.
Estes não são comportamentos de indivíduos membros de um partido que se diz ser a encarnação de tradições de dedicação à patria e ao povo. São comportamentos de mercenários, pessoas que à primeira oportunidade não hesitarão em vender a pátria ao licitante mais alto.
São estes indivíduos que para ocultar a sua verdadeira face nauseiam-nos todos os dias com os seus gritos de serem os maiores patriotas, aqueles intolerantes que não têm o défice de rótulos para os que ousam estar do outro lado dos seus argumentos, que ainda não compreenderam que as coisas mudaram, e que Moçambique pertence a todos os moçambicanos.
Com este material a povoar os centros do poder, não será surpresa que um dia Moçambique venha a estar nas mãos de traficantes, barões da droga, vendedores de tudo quanto este país possui.
Para aqueles que ainda possuem qualquer resíduo de integridade, este não é o momento para se estar calado e ver a banda passar. É preciso denunciar publicamente estas práticas nocivas, sob pena de futuramente não haver tempo suficiente para o arrependimento.
PS: Para aqueles que aos Domingos, a partir do ofertório do povo, de Bíblia em punho atiram pedras para os que não frequentam a sua paróquia, pedimos a Deus para que os perdoe. Porque tão intoxicados com o seu poder e o dinheiro que o povo lhes paga, não sabem o que fazem.
( Editorial do Savana, 17/07/09, citado no Diário de um Sociólogo )
Afinal, houve ou nao corrupcao/irregularidades nestas eleicoes internas da Frelimo?
ReplyDeleteMaria Helena
De um modo geral, não estou interessado nos assuntos internos da Frelimo, mas neste caso muitos apologistas frelimistas andaram a gritar aos quatro ventos que foi tudo democrático e que a Frelimo tinha dado lições de democracia. Afinal...
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