Consta-se que agora começa a época do canhu, bebida que se consome abundantemente no sul de Moçambique, principalmente na província de Gaza. Eu sempre ouvi falar desta bebida, dizem que é muito saborosa e parecida com Amarula mas confesso que não conheço. Parece que há um certo mistério à volta desta bebida, é muito usada em cerimónias e é confeccionada por mulheres. Pois bem, este meu desejo de provar esta bebida está a tornar-se uma obsessão e posso jurar XICUEMBO XANHACA que não é por alegadamente ser um poderoso afrodisíaco capaz de envergonhar o Viagra! O curioso é que estou a fazer várias tentativas para obter uma garrafa deste precioso líquido e até agora nada, só promessas, mas não vou desistir! Quem me pode ajudar?
Thursday, 31 January 2008
Monday, 28 January 2008
As mentiras da crise
Como se sabe, a África do Sul atravessa uma grave crise energética que causa frequentes cortesde electricidade. Os prejuízos são incalculáveis, as minas estão paralizadas e a solução para este problema só virá daqui a vários anos. O programa telivisivo " Carte Blanche " revelou algumas mentiras que os responsáveis pela crise nos vão impingindo. Os executivos da Eskom apregoam que o problema é o consumo exagerado, quando afinal um " dossier " confidencial mostra que algumas centrais estão com graves problemas de manutenção. Tambem nos dizem que que o carvão humido tem causado dificuldades quando essa é uma situação normal que nunca provocou cortes de energia. Enquanto os executivos vão afirmando que o fornecimento aos países vizinhos foi interrompido, a verdade é que 1500 Mw foram distribuidos, dos quais 761 Mw à Mozal, em Moçambique. Durante o programa, várias dezenas de milhar de pessoas telefonaram respondendo à pergunta se a Eskom tem capacidade de resolver a crise. O resultado? Mais de 99% responderam NÃO!
Sunday, 27 January 2008
O que se faz às escuras?
A África do Sul está a passar por uma crise energética sem precedentes, os constantes cortes de electricidade estão a ter consequencias catastróficas para a economia e trazem instabilidade à minha vida pessoal e profissional. Para atenuar a minha irritação, deixei a mente vaguear e comecei a matutar no que farão os casais quando não há electricidade. Depois do jantar à luz das velas, não havendo televisão, computador, playstation, música, etc, o que podem fazer os casais? Infelizmente, só daqui a nove meses poderei confirmar as minhas suspeitas!
Meditação dominical
Na vida
Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito,repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda demarca, não arrisca vestir uma cor nova e não fala com quemnão conhece. Morre lentamente quem faz da televisão seu guru. Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere oescuro ao invés do claro e os pingos nos is a um redemoinhode emoções, exatamente a que resgata o brilho nos olhos, osorriso nos lábios e coração aos tropeços. Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infelizno trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto, para iratrás de um sonho. Morre lentamente quem não se permite, pelo menos uma vez navida, ouvir conselhos sensatos. Morre lentamente quem não viaja, não lê, quem não ouvemúsica, quem não encontra graça em si mesmo. Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da sua másorte, ou da chuva incessante. Morre lentamente quem destrói seu amor próprio, quem não sedeixa ajudar. Morre lentamente quem abandona um projeto antes de iniciá-lo,nunca pergunta sobre um assunto que desconhece e nemresponde quando lhe perguntam sobre algo que sabe. Evitemos a morte em suaves porções, recordando sempre queestar vivo exige um esforço muito maior que o simples ar querespiramos. Somente com infinita paciência conseguiremos a verdadeirafelicidade. (Pablo Neruda)
Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito,repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda demarca, não arrisca vestir uma cor nova e não fala com quemnão conhece. Morre lentamente quem faz da televisão seu guru. Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere oescuro ao invés do claro e os pingos nos is a um redemoinhode emoções, exatamente a que resgata o brilho nos olhos, osorriso nos lábios e coração aos tropeços. Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infelizno trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto, para iratrás de um sonho. Morre lentamente quem não se permite, pelo menos uma vez navida, ouvir conselhos sensatos. Morre lentamente quem não viaja, não lê, quem não ouvemúsica, quem não encontra graça em si mesmo. Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da sua másorte, ou da chuva incessante. Morre lentamente quem destrói seu amor próprio, quem não sedeixa ajudar. Morre lentamente quem abandona um projeto antes de iniciá-lo,nunca pergunta sobre um assunto que desconhece e nemresponde quando lhe perguntam sobre algo que sabe. Evitemos a morte em suaves porções, recordando sempre queestar vivo exige um esforço muito maior que o simples ar querespiramos. Somente com infinita paciência conseguiremos a verdadeirafelicidade. (Pablo Neruda)
À boa maneira portuguesa
A ser verdade, é impagável!
Num concerto dos U2 em Lisboa, Bono Vox pediu silêncio ao público e começou a bater palmas compassadamente. Olhando para as pessoas que estavam em silêncio, pega no microfone e diz:
Num concerto dos U2 em Lisboa, Bono Vox pediu silêncio ao público e começou a bater palmas compassadamente. Olhando para as pessoas que estavam em silêncio, pega no microfone e diz:
- " Eu quero que vocês pensem em algo muito sério. A cada batida de minhas mãos uma criança morre em África".
Então, ouve-se uma voz das bancadas:
- " Então para de bater, ó filho da p**a!".
( Préstimos de Mag )
Saturday, 26 January 2008
Rei Eusébio
Tive conhecimento através do www.macua.blogs.com de um debate aceso que se vai travando num jornal britanico a propósito do nosso Eusébio ser considerado o melhor futebolista africano de todos os tempos ( confira blogs.guardian.co.uk ). As opinioes dividem-se pois muitos não consideram Eusébio como africano e é visível uma certa confusão nas ideias. Embora não seja descabido que os portugueses o reclamem como seu, eu pessoalmente não tenho dúvidas em o considerar moçambicano, aliás, sei de fonte segura que ele chegou a usar passaporte moçambicano. Esta situação levanta algumas questões. Quem decide a nacionalidade de uma pessoa, é a própria pessoa ou são os burocratas? Porque não deixamos que as pessoas definam e revelem a sua nacionalidade? É possível ser-se portugues e moçambicano ao mesmo tempo? As leis que regulam a nacionalidade são justas e realistas? Eu conheço alguns casos no mínimo estranhos!
O meu bom gosto impede-me de ser benfiquista ( eh! eh! eh ), mas não me esqueço da magia que ele espalhou pelos estádios que pisou. Obrigado, Rei, pelas memórias e parabéns pelos 66 anos que completou ontem!
Friday, 25 January 2008
Poema do Mia, recebi agora
Moçambique sai do chão !
E vai no porão
Caiu a sombra, tombou no chão
Fica um buraco no pé da nação
Lá vai a tábua de um caixão
O morto é a floresta de uma nação
Toda a riqueza para exportação
Não fica nada para nós, não, não
Não fica nada para nós, não, não
Já está mais que na hora, põe a mão na cabeça
E vê agora como a terra chora
A moto-serra, serra, serra
Rouba o verde, numa outra guerra
Lá vai a umbila
Lá foi o jambirre
Caiu a chanfuta
Caiu pau-preto
E voa a mssassa
Voou a mbaúa
Quem canta agora
É a moto-serra
Quem canta agora é a moto-serra
Parando a árvore, despindo a terra
Roubando o verde, numa outra guerra
Quem toca agora é a moto-serra
A música que agora toca no mato
Não é xigubo, makwaela, nem campo adubado
Não é enxada, não, não, não
Não é nem fumo de xitimela, my brother
Oh Papá, oh Titio
Corta aqui, mas depois planta ali,
Oh!Oh Papá, oh Vovô
Corta aqui, mas depois planta ali, Oh!
A música, agora, não é a canção
É o simples ronco do camião
Lá vai o tronco, lá vai a madeira
Lá vai a riqueza sem algibeira.
Mia Couto
(Préstimos de Ivone Caldeira)
E vai no porão
Caiu a sombra, tombou no chão
Fica um buraco no pé da nação
Lá vai a tábua de um caixão
O morto é a floresta de uma nação
Toda a riqueza para exportação
Não fica nada para nós, não, não
Não fica nada para nós, não, não
Já está mais que na hora, põe a mão na cabeça
E vê agora como a terra chora
A moto-serra, serra, serra
Rouba o verde, numa outra guerra
Lá vai a umbila
Lá foi o jambirre
Caiu a chanfuta
Caiu pau-preto
E voa a mssassa
Voou a mbaúa
Quem canta agora
É a moto-serra
Quem canta agora é a moto-serra
Parando a árvore, despindo a terra
Roubando o verde, numa outra guerra
Quem toca agora é a moto-serra
A música que agora toca no mato
Não é xigubo, makwaela, nem campo adubado
Não é enxada, não, não, não
Não é nem fumo de xitimela, my brother
Oh Papá, oh Titio
Corta aqui, mas depois planta ali,
Oh!Oh Papá, oh Vovô
Corta aqui, mas depois planta ali, Oh!
A música, agora, não é a canção
É o simples ronco do camião
Lá vai o tronco, lá vai a madeira
Lá vai a riqueza sem algibeira.
Mia Couto
(Préstimos de Ivone Caldeira)
Quénia: um alerta oportuno
O Professor Doutor Lourenço do Rosário, Reitor da Universidade Politécnica e Presidente do Forum Nacional do " Mecanismo Africano de Revisão de Pares - MARP ", afirmou a semana passada que " é errado pensar-se que países estáveis não podem tornar-se instáveis". O ilustre Reitor citou o caso do Quénia e alertou ser " errado pensarmos que os moçambicanos são pacíficos e por isso não pode acontecer nada ".( Confira o Canal de Moçambique de 15-01-08 }. Quem tem ouvidos que ouça, estamos todos avisados!
Sunday, 20 January 2008
Turismo: uma observação
Todos sabemos a importancia que o turismo tem para o desenvolvimento económico de Moçambique mas o que tenho ouvido e lido ultimamente sobre as experiencias dos turistas sul-africanos em Moçambique deixa-me preocupado. Os visitantes sul-africanos não poupam elogios a Moçambique mas sentem-se revoltados com a exploração desenfreada e roubo descarado de que são vítimas. Os problemas começam logo na fronteira onde alguns espertalhões se aproveitam do desconhecimento da língua e da burocracia complicada para extorquirem quantias elevadas de dinheiro. Ao longo das estradas é o cenário habitual de verdadeiros e falsos polícias a usarem todos os truques para sacarem dinheiro. Por vezes aparecem na Imprensa reclamações dos turistas que dão uma imagem muito negativa do País. Certamente que algo está errado quando o turista é olhado como fonte de dinheiro fácil em vez de factor crucial para o desenvolvimento de Moçambique. Será que estão a matar a galinha dos ovos de ouro?
Saturday, 19 January 2008
Dão-me licença? Posso entrar?
Com sua licença, já entrei e estou aqui para anunciar o nascimento deste blog, um projecto que por vários motivos tinha deixado na prateleira. A minha reluctancia também tem a ver com o facto de a blogosfera moçambicana estar muito bem servida tanto em qualidade como em quantidade. Este é um blog despretensioso cujo único objectivo é promover o diálogo e se conseguir provocar reflexões e sorrisos poderei concordar com o Fernando Pessoa quando afirmou " tudo vale a pena quando a alma não é pequena". Para este blog servir o seu propósito seria conveniente os visitantes deixarem as suas opiniões, mesmo que sejam divergentes, desde que tudo seja feito num ambiente de tolerancia e respeito. Por último, apelo à benevolencia dos visitantes pois este blog está em fase de construção. Prontos para a viagem? Apertem os cintos, vamos arrancar!